A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

quinta-feira, 30 de julho de 2020

Separados pela sorte...

São Paulo 1976 - Com o FD 04 Emerson na curva do S, quase na tangencia do Pinheirinho.
( primeira prova do campeonato )

 1975 - Wilson Fittipaldi começa a saga da equipe Fittipaldi na Formula Um, ele e Arturo Merzario não marcam nenhum ponto no mundial, era o aprendizado, contavam com um bom projetista, uma bela verba de patrocínio, masss...  
Vamos considerar a chegada do bi-campeão à equipe em 1976, na primeira corrida do campeonato, em Interlagos, Emerson faz um excelente quinto lugar no grid, 830/1000 atrás do pole, a McLaren de James Hunt, apenas 170/1000 da Ferrari de Clay Regazzoni o quarto. Com problemas no motor Emerson amarga um decimo terceiro lugar...
Neste ano Emerson e a equipe Fittipaldi fizeram três pontos no mundial, com os sextos lugares em Long Beach, Monte Carlo e Inglaterra. 

 Buenos Aires 1977 - Com o Wolf  WR1
( primeira corrida do campeonato )

 1976 - Depois de se separar de Frank Willians o canadense Walter Wolf ( não vem ao caso falar sobre ), trás o projetista Harvey  Postlethwaite para projetar seu carro. Chama Jody Schekter para pilotar o único carro da equipe.
A estréia é no primeiro GP do mundial de 1977 na Argentina, Jody vence a corrida, tendo Pace com a Brabham BT45 em segundo, Reutmann com a Ferrari 312T em terceiro e Emerson com o FD 04 em quarto. 
Neste ano a Wolf e Jody venceram mais duas vezes, Monaco e Mosport, terminando o campeonato na segunda colocação, atrás da Ferrari de Niki Lauda.

Em Monte Carlo já com o Wolf WR3, uma evolução do WR1 à frente de John Watson, que substituía Pace na Brabham.


 Ora...ouço e li ( hoje não leio quase sobre automobilismo, apenas de quem sei que sabe muito ), muitas bobagens sobre a bela saga da equipe Fittipaldi na Formula Um, mi mi mi, blá blá blá, a equipe foi boicotada pelos fornecedores de motores, só para ter uma ideia eles tinham dezessete Ford Coshorth DFV, pelos fornecedores de pneus, que faltou grana e mais blá blá blá, Quando  alguém me pergunta sobre algo que leu na internet então!!!!!
Ao contrário da Wolf que em 1977 priorizou sua força em um único carro, a Fittipaldi em 1976 trouxe outro brasileiro para a equipe, dividindo forças, mesmo Emerson sendo o primeiro piloto com toda prioridade da equipe.

A Wolf durou mais dois anos, quando foi comprada pela Fittipaldi, que durou até mais três anos até 1982. Foi uma pena, pois a equipe tinha tudo para dar certo, a grande tocada de Emerson, a vontade de Wilsinho, a competência de Divila... 

Faltou sorte.  
Sim, a sorte que aliada à competência e ao profundo conhecimento faz os campeões.
O resto é mi mi mi.

Rui Amaral Jr






4 comentários:

  1. Me interessei por automobilismo à época que a F1 apresentava ao mundo o "FABULOUS FITTI", em 1972. Independente de qualquer análise, um cara (pilotaço) que "troca o certo (M-23) pelo duvidoso (FD04)" merece respeito pelo que fez em toda sua vida profissional pregressa até conquistar DOIS títulos mundiais. É louvável e merecedor de todo reconhecimento o esforço da equipe garagista brasileira diante dos "gigantes" europeus e, portanto, também deve ser, ao menos, respeitado. Parabéns aos irmãos Fittipaldi.!!

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  2. Considero a história Fittipaldi mal contada.

    São pelo menos três histórias diferentes, em ordem cronológica: a carreira do Wilson, a carreira do Emerson e a equipe Fittipaldi.

    Dentre os pontos obscuros, há um crucial, mencionado aqui no "Hist´roias": o orçamento. Quanto era o orçamento da Ensign, Penske, Hill, equipes que marcaram poucos pontos. E da Surtees que fez zero pontos? Eu só conheço impressões, mas nunca li nada com indicações concretas de valores ou acesso a 'ativos' (pneus, motores) decisivos. E nos anos seguintes? Como foi o dinheiro?

    Outro ponto são os erros de estratégia (começar inovativa, virar 'normal', o carro de 1979 e por aí vai.).

    O Emerson ficar na equipe foi letal, porque eliminava uma fonte polpuda de dinheiro e atiçava as críticas.

    Também acho que faltou sorte.

    Mas gostei que o "Histórias" pegou um filão mal explorado: as histórias Fittipaldi, sempre contadas em partes desconexas. Valeu, Rui!

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  3. Pois é Walter...primeiro eu tive vontade de contar a estréia vitoriosa da equipe Wolff, e quando sentei para escrever fui lembrando da época. O paralelo que fiz foi dos dois ou três anos em que ela e a Fittipaldi disputaram o mundial. Veja que depois do primeiro ano a Wolff não fez mais nada, nadinha. Sempre me revoltou a maneira com que a mídia tratou o magnífico trabalho deles, e hoje me revolta as imensas besteiras que falam e escrevem sobre.
    Como sempre muito obrigado por seu comentário preciso.


    Um abração

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Rui Amaral Jr