A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

terça-feira, 30 de setembro de 2025

O efeito Max

  

Max - imagem da internet.


Hoje em dia quando algum piloto chega à alguma das categorias máximas do automobilismo aos dezoito anos já vem com uma bagagem de no mínimo dez anos nas competições, desde o kart até as fórmulas menores. Milhares de horas nas pistas e simuladores, mas uma coisa fica em segundo plano, é o talento natural, e isso Max tem de sobra! 
Uma lembrança me faz voltar ao passado, foi quando Jim Clark já com seus vinte e poucos anos, sentou num Auto Union em uma pista e de cara enfiou alguns segundos em seu amigo que corria com o carro. Nada além do talento natural, simplesmente.
Em uma das primeiras corridas do campeonato da F.Um deste ano lembro bem de Isack Hadjar, ao escapar e bater em uma curva de alta dizer que no simulador havia feito a mesma curva cravado, é assim hoje em dia. 
Ano passado, quando Sergio Peres sofreu ao tentar andar no mesmo ritmo de Max, uma pessoa  com quem assisto algumas das corridas da categoria, o criticava de forma contundente, e vejam agora Tsunoda, quase ao final de uma temporada em que fez de tudo para correr pela Red Bull não apresentou nenhum resultado satisfatório. Perez é um grande piloto, vamos ver na Cadillac ano que vem.
Quando Max venceu em Monza comentei no Face com uma amiga que acompanha a F.Um há muito tempo, dizendo que ele acordou, depois de alguma corridas apagadas, agora ia buscar o vice-campeonato, longe do ponteiro ainda tem chance de ficar com o vice, e vai tentar, com o enorme talento natural que possui, aquele talento que separa os grandes do resto.  

É apenas minha opinião ...

Rui Amaral Jr 

segunda-feira, 22 de setembro de 2025

Cárter seco.

 

O VW preparado por  Jorge Lettri e pilotado por Eugenio Martins e Christian Heins. Desstaque na primeira Mil Milhas Brasileiras que depois de andar na frente de carreteras com quatro vezes mais potência chegou em segundo lugar após a quebra do cabo do acelerador.

 

  Me desculpem se pareço didático, apenas li um comentário sobre quando mostrei o VW-Porsche do Christian/Eugenio e resolvi escrever. A grande maioria dos motores feitos especialmente para corridas trabalham com esse sistema. Mas nos motores transformados/preparados o óleo é armazenado no cárter onde um pescador o suga para enviar às partes a serem lubrificadas, virabrequim, bielas, camisas, pistões...Acontece que nos contornos de curvas, principalmente as de alta e raio longo, o óleo dentro do cárter vai para as paredes e deixa o pescador sugando ar baixando a pressão e podendo trazer prejuízos ao motor, em muitos casos aletas colocadas no cárter resolvem o problema, mantendo óleo suficiente onde o pescador atua. No caso do VW-Porsche preparado pelo mestre Jorge Lettri foi usado para garantir um perfeito trabalho do motor durante as 13/14 horas em que durava a corrida. Pulando década e meia veio a Divisão 3 e os motorzinhos VW que geravam cerca de 65 hps com 1.600cc se transformaram em usinas de força que em alguns casos, como os motores do Jr Lara a 157 hps, ouvi relatos de outros que chegaram a 160 hps, medidos em dinamômetro. Bem, a partir daí a grande maioria dos VW usavam a bomba de óleo Schadeck dupla, o cárter trabalhando seco, a bomba sugando o óleo com o pescador , que enviava o óleo até um radiador na frente do carro, e voltando que o depositava em um reservatório do qual a bomba lubrificava novamente o motor, esse reservatório era geralmente de cinco litros, em um de meus VW D3 tive reservatório maior para corridas longas, sem necessidade para corridas curtas, que mantinha a pressão do óleo estável em qualquer situação. Na tampa traseira da bomba fazíamos uma tomada para o conta-giros mecânico, que muitos de nós usávamos, na época, até 1982 quando fiz o último campeonato os eletrônicos ainda não eram confiáveis, quem me chamar de velho vai se arrepender! Nas fotos; Arturo vem brigando com o Jr Lara em Interlagos, notem que parte de seu radiador está tampada, devia estar frio naquele dia, todo esquema do motor do carro do Mogames, o meu era idêntico, o VW-Porsche e o radiador no capô dianteiro e um motor do Jr Lara quando ele inventou de andar sem ventoinha, mas não deu muito certo, e uma da frente de meu carro mostrando o radiador... Ia esquecendo; não usávamos o radiador de dentro da ventoinha, que para as corridas curtas era usada apenas para ventilação dos cabeçotes, tendo toda sua parte elétrica descartada, seu eixo e peças móveis devidamente aliviados e balanceados.

PS: Esqueci, tô véi...Usávamos também um filtro de óleo com uma base própria. No motor do Jr dá para ver...

Motor do Jr Lara, o filtro de óleo na parede corta fogo.
Carro do Mogames, o meu era igual.
Arturo Fernandes vem liderando Jr Lara. Nota-se seu radiodor meio tapado, devia estar frio este dia.
O radiador nha frente de meu carro. Desenho do saudoso Yassuo Igai.

 À seguir depoimento do Jr Lara, hoje em meu Facebook.

As grandes vantagens do cárter seco;
1- evitar o atrito do virabrequim batendo no óleo dentro do cárter
2- quantidade de óleo para lubrificar
3- evitar falta de lubrificação em curvas

Cheguei a colocar uma bomba desta no câmbio para evitar o atrito da cora e pinhão com o óleo, foi abandonada depois que usava um super aditivo, capacidade de 0,5 litros no câmbio
Com relação a tirada da ventoinha não deu certo nas laterais do WV, pois ex. em curva para esquerda faltava refrigeração nos cabeçotes da esquerda e assim igualmente para os cabeçotes da direita. O melhor ponto seria no teto logo após o pára-brisa mas era proibido pelo regulamento da D3 pois alterava a característica original do carro.


 Escrevi este texto no perfil do Histórias no Facebook há alguns anos respondendo algumas perguntas de um amigo. Ontem meu amigo Oscar Sajovic repostou e o Jr comentou.
Sobre o câmbio, o Jr usava um aditivo, eu usava óleo de motor, no caso Valvoline Racing. Eram corridas curtas e o câmbio revisado em cada uma delas, nunca houve nenhuma quebra ou desgaste.

Ao valente amigo Oscar, meu muito obrigado pela consideração de sempre e ao carinho da amizade.

Forte Abraço à todos.

Rui Amaral Jr   


 



sexta-feira, 12 de setembro de 2025

domingo, 17 de agosto de 2025

Magia Pura III - Crispim autografa seu livro.

 

O encontro com o Mestre; Ricardo  o sorridente Crispim, eu e meu amigo Zé Clemente que esperava seu autógrafo.

 


 Vou buscar o Ricardo para irmos à tarde de autógrafos de nosso querido amigo Crispim, Na casa dele sempre uma boa conversa com a querida Vera, casados a mais de quarenta anos ela sabe muito bem de todas amizades do marido, mais que uma amiga é uma irmã.
Nos minutos até o galpão do Flávio Gomes, local do evento, vamos conversando, vai ser uma tarde cheia de emoções, com certeza!
Lugar para estacionar não encontramos, mas do carro já damos um alô para nosso amigo Edimar Della Barba, conheci o Edimar com Crispim, quando eles faziam um Super Vê para meu amigo Julio Caio de Azevedo Marques.
Entramos no local já encontrando muitos amigos, Glácio Teixeira, Ricardo Oppi, Claudio Larangeira, João ... Amigos de uma vida.
Nós queríamos encontrar o Crispim e lá estava ele sentado com uma mesa à sua frente escrevendo mais de uma centena de autógrafos, feliz e sorridente como sempre.
Um grande homem, mestre em sua arte e na vida, recebendo o devido carinho de todos que tanto a admiram. 

Escrito com profunda amizade e carinho.

Rui Amaral Jr

PS: 
Magia Pura; O primeiro post escrito de um encontro nosso na homenagem que o Professor Ricardo Bock fez ao grande Bird Clemente na FEI  (link abaixo)

Magia Pura II escrito de um encontro que Julio Caio Azevedo Marques fez com centenas de amigos.( link abaixo)

Um agradecimento muito especial ao amigo Rodrigo Carelli, que gravou todo acontecimento com muitas entrevistas.
 
Não posso deixar passar o registro que o idealizador do livro, escrito por Bob Medeiros com a revisãode Bob Sharp, e do encontro foi o jornalista Flávio Gomes.
   

Ricardo, o aniversariante Edimar Della Barba e eu.

Com o campeão Nenê Finotti.
Com os mestres Riccardo Oppi e ClaudioLarangeira.
Com Luiz "Saloma"Salomão e Ricardo Oppi
Otavio Conceição, Walter e Ricardo.

 Na sequência de fotos abaixo a saída para o almoço de Oppi, Gláucio, João e mestre Laranjeira. Acontece que Oppi havia prometido ao Larangeira que iriam almoçar, saindo Oppi abraçou e conversou com duzentos amigos e o Larangeira com fome o esperava, foram "apenas" duas horas.

Gláucio, com uma amiga, é o motorista.
João e Larangeira aguardam ...
Quando enfim chega Don Ricardo Oppi! Fotos Otavio Conceição.



Obrigado meu grande amigo, forte e fraterno abraço.