A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

quarta-feira, 1 de junho de 2022

Toni Bianco

 


terça-feira, 31 de maio de 2022

Boi preto...

 


Pace e Big John.


 A verdade é que estava em Interlagos para ver outra vitória do Camilo, a corrida no sentido inverso de Interlagos, os boxes ainda eram no Café e eu estava quase em frente deles, mais para Subida dos Boxes, dali via os carros saindo da Um e vindo para a curva, o urro das cerreteras era de arrepiar quando elas viam e depois tiravam o pé, como dizia um amigo “dá para engolir um gato”, e então...chega aquele pequeno VW-Fusca, talvez uns vinte quilômetros mais lento, e entra naquela curva quase de pé embaixo! Ali ele tirava mais de cem metros da diferença para as carreteras, era Pace andando como ele sabia, no fio da navalha, botina embaixo...

Um dia trago para vocês esta corrida.

Não lembro bem dele nos Gordini, mas o Chico e eu sempre conversamos sobre. Formula 3, Formula 2 e vai pilotar para Frank naquele March do ano anterior.

Em 1973 Big John o convida para pilotar um de seus carros, como diria o grande Luiz, o Pereira Bueno, “boi preto conhece boi preto!”.  Equipe pequena, com poucos recursos financeiros, em ano complicado.

Escrevi há muito tempo sobre o motor Cosworth-Ford DFV, apenas não disse que havia motores e motores, equipes de ponta como a Lotus e McLaren tinham dezenas deles, sempre os mais fortes e podiam abrir mão de algum numa volta super rápida para tentar uma pole, e mesmo durante as corridas, mas as equipes médias não.

Stewart, Cevert, Ronnie, Lauda ao lado de Ickx, Reutman, Hulme ou Revson, o Rato escondido, não vejo Pace...


Com o Surtees Pace largava geralmente no meio do pelotão e ou quebrava ou chegava em sétimo ou mais atrás.

Chega Nurburgring, acredito que a decima corrida do campeonato, Pace faz o decimo primeiro tempo do grid, com 7`18”800/1000, onze segundos mais lento que o pole, Stewart com 7`07”800/1000. Chega a corrida e o dia é dele, vai para cima, anda no limite, não quebra e nas quatorze voltas da corrida por três vezes faz a volta mais rápida sendo que a mais rápida de todas 7`11”400/1000 foi sete gundos mais rápida que sua volta de classificação.

Ia esquecendo...Wilson e Emerson chegaram em quinto e sexto. 

Este era José Carlos Pace, que nos deixou no ano que segundo Lauda “seria o dele”, que andava sempre no fio da navalha, um tremendo bota!

Ao seu amigo Chico e ao Ronaldo Nazar que outro dia lembrou desta grande corrida.

 

Rui Amaral Jr          



quinta-feira, 26 de maio de 2022

Blog...

 



  Confesso a vocês que ando com pouca vontade de escrever, embora tenha tantas histórias em minha cuca. Continuo pensando e lendo muito sobre automobilismo, mas talvez preocupações outras, em conjunto que tempos nebulosos que o mundo e o Brasil vivem estejam tirando meu foco do realmente gosto de fazer, escrever sobre automobilismo.

 Tenho conversado muito com meus amigos, outro dia mesmo em longo papo com o Caranguejo – Carlos Henrique Mércio – que foi desde o “Bandido da Luz Vermelha”, ele é fascinado por histórias policiais, até o texto sobre automobilismo que tivemos ideia de fazer. Esqueci; também algumas fofocas, coisa que nunca iremos publicar.

Sei muito bem o quanto somos prestigiados por vocês que nos acompanham, no quadro acima mostro algumas das postagens que aparecem na frente no número de leitores. Sei que o BLOGGER talvez manipule esses números, pois segundo um de meus verificadores de audiência a segunda colocada da lista teve no dia de sua publicação mais de vinte mil visualizações, sendo que assim como as demais são acessadas todos os dias, nada a fazer.

Mesmo assim fico feliz quando vejo que a primeira colocada é um texto do Jr Lara e meu sobre a preparação dos motores VW para Divisão 3, que mesmo hoje com o avanço da tecnologia é acompanhado por alguns fóruns que são fãs dos motores boxer que os VW Fuscas usavam.

Posts do Luiz Fabiano, Milton Bonani e um que muito me emociona, o adeus ao meu amigo/irmão Arturão ou Turito, o grande Arturo Fernandes.

Na foto abaixo a homenagem que meu amigo Ararê Fernandes faz a todos os carros da Divisão 3. No caso meu #14, carro que comprei do amigo Luiz Pereira Bueno e que na equipe Hollywood correu com o amigo Julio Caio.


#14

link

Agradeço ao Ararê o carinho e amizade, na barra lateral do blog o link para sua página em que aparecem os carros que ele já mostrou, assim como para quem quiser fazer o pedido para desenhos em alta resolução.

Muito obrigado a todos que nos acompanham.

Forte abraço.




quinta-feira, 12 de maio de 2022

Desci a rua Augusta a 130 opor hora...

 

No alto o Conjunto Nacional e o Paes Leme.

Play Boys - entre eles meus amigos Chambel e Romeu Nardini.


 

 Estava sossegado escrevendo quando toca o telefone, em minha idade é telefone mesmo, celular é modernidade, era o Chico.

Voltando uns dias: Meu amigo Beto Chambel postou algumas fotos antigas da rua Augusta no Facebook, pedi para usa-las e guardei-as. Lembrei da época em que estudei no Paes Leme, esquina da Augusta com Paulista.

Lembrei que um amigo, ou o Expedito ou o Chico haviam feito uma apresentação à velocidade máxima subindo e descendo a Augusta. Enviei as fotos que mostro aqui para o Chico via WattsApp, sim antigos também usam estes “aparelhos”, mas entre tantos papos esqueci de perguntar.

No começo dos anos 70 ela foi acarpetada!



Rui: Chico, foi você que andou na rua Augusta de formula?

Uma risada das boas e...

Chico: Faz tempo Rui! Foi um filme para alguma propaganda não lembro. O DETRAN (não sabemos se era esta a designação na época) fechou as transversais da Av. Paulista até a rua Estados Unidos, tivemos que fazer o filme 5/5.30 horas, bem cedo para não perturbar o trafego.

Rui: E você centou o pé descendo?

Outra boa risada...

Chico: Os pais do Luiz – Pereira Bueno – moravam em um apartamento que dava para Augusta, devo tê-los acordado.

Rui: Os pais do Luiz e todo Jardim América, Consolação e adjacências!

Rimos muito, mas muito mesmo.

Por volta de 1966, eu com treze ou quatorze anos, meus irmãos, Cida e Paulo casaram, meus pais se separaram e minha mãe e eu ficamos sozinhos na casa do Pacaembu, então ela resolveu ir para um apartamento. Fomos morar na rua Antônio Carlos esquina da Bela Cintra, na outra esquina morava o Erasmo -De Boer- e fui matriculado no Paes Leme, acreditem, eles aceitaram!

No colégio além do Erasmo um montão de amigos antigos e na minha classe entre eles  Julio Caio -Azevedo Marques-, muitas corridas de carros de fenda -a Estrela diz que o termo Autorama só ela pode usar.

Era uma festa, São Paulo era cosmopolita, no Conjunto Nacional entre tantas atrações o cine Astor, onde vimos o surgimento dos Beatles, uma enorme pista de Autorama, lugares para comer e o Fasano, onde só íamos com nossos pais.

Alguns alunos do renomado colégio pegavam o ônibus elétrico em direção ao Paulistano para no meio do caminho descerem e na distração do cobrador puxarem os suspensórios do mesmo, as vezes também subindo. Nós, educadíssimos e comportadíssimos nunca o fizemos!

Suspensórios eram as cordas que seguravam as molas das guias que uniam o motor elétrico dos onibus e bondes à rede eletrica. Eu nuncaaaaaaaaa puxei!


A Augusta era o máximo, Galeria Ouro Fino, onde cortava o cabelo com o Rosário, os cinemas, onde íamos com as meninas, o Frevinho na Oscar Freire, a loja Ludy onde comprei muitos carinhos de autorama.

Enfim, a conversa com o Chico rendeu frutos, no fim fiquei sabendo que foi ele que desceu e subiu a Augusta sempre de botina embaixo com aquela Lola T200 Formula Ford e pude mostrar as fotos. Pena que que as cenas e fotos daquele dia se perderam no tempo. Quem sabe alguém aqui sabe alguma coisa mais.

O Paes Leme onde hoje é o banco Safra.
Todos muito bonzinhos! Na primeira fila ao centro Panga -Fernando Aranha- atrás dele João Batista Mello Peixoto, que já nos deixou, eu atrás dele, ao lado da direito da professora (de quem olha) o mais bonzinho de todos, Julio Caio, não vejo o Erasmo.



A música do Ronnie Cord é de 1963. Filho do grande maestro e compositor Hervè Cordovil, Ronnie era amigo de amigos muito próximos, moravam em Santo Amaro, conheci seu irmão Hervè, também musico.

 

Abraços

 

Rui Amaral Jr