A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

BONGOTTI

Radiadores Bongotti era a empresa da família, seu pai e tios, de meu amigo/piloto/fotografo/escritor Milton Bonani, as fotos são em Interlagos quando a ponte que passava à frente dos antigos boxes levava o patrocínio da empresa. 


Prova do Torneio Triangular Sul-americano disputado em 10/01/1960. Os carros identificados são:

Primeira fila
21 - Chevrolet Carretera - Ivo Rizzardi
78 - Chevrolet Carretera - Antônio Versa
34 - DKW Vemag - Christian Heins
10 - DKW Vemag - Marinho César Camargo

Segunda fila
33 - DKW Vemag - Eugênio Martins
13 - Fiat - Emílio Zambello
68 - Citroen 11 Legere - Walter Pucci
? - Skoda -?


Romeu Nardini; Rui, na primeira foto, o carro na ultima fila é um Simca Aronde. Falta saber quem pilotava. 



 Foi uma prova que foi preliminar do Torneio Triangular Sul-americano que recebeu o nome de "Prova Prefeito Ademar de Barros" e foi realizada em 30/11/1958.

Os participantes são:
82 - José Gimenez Lopes - Ferrari 250 TR (4ºlugar)
36 - Jean Louis Lacerda - Ferrari 750 Monza (2ºlugar)
46 - Celso Lara Barberis - Ferrari 250 TR (5º/Abandonou)
12 - Álvaro Varanda - Ferrari 250S (3ºlugar)

Na segunda fila
9 - Christian Heins - Porsche 550RS (1ºlugar)

Vencedor Porsche 550 RS de Christian Heins 

Escuderia Lobo do grande Camilo Christófaro, #7 Ferrari/Corvette de Carlinhos Aguiar, #18 Maserati/Corvette do Camilão e a Maserati vermelha de Arlindo Aguiar, que corriam na categoria Mecânica Continental.

 

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

CBA x ACB

II Seis Horas de Curitiba 1966

Moleque com meus 14/15 anos cheguei à Interlagos para assistir uma corrida, longe em minha memória acredito que havia Simcas, Alfas, Berlinetas...todos alinhados no grid quando chega um oficial de justiça com um mandato que impedia a realização da corrida...balburdia geral, grande confusão e brigas...era a briga ACB -Automóvel Club do Brasil- x CBA -Confederação Brasileira de Automobilismo.
O que acontecia era que o ACB era o representante do Brasil junto à FIA se não me engano desde a década de 1930 e já não atendia mais as exigências de coordenação que a chegada da industria automobilística ao nosso automobilismo de competição exigia e alguns notáveis e nosso automobilismo resolvem criar a CBA, no sistema federativo onde os clubes elegiam os membros das federações de automobilismo estadual e estas os membros da CBA. E a guerra de liminares e ações na justiça perdurou até acredito que 1969/70 quando enfim a CBA se tornou a autoridade máxima de nosso automobilismo. As ameaças à equipes e pilotos que competiam em provas comandadas por uma entidade ou outra eram grandes, descredenciamento, proibição de competir e até a proibição de representa o país em competições internacionais.
E foi isto que aconteceu com Avallone, Emerson, Pace e outros que para seguirem suas carreiras internacionais se filiaram em  clubes ingleses e durante um bom tempo correram sob esta bandeira!
Agora vocês vão pensar “o Rui foi tão vago, onde quer chegar!?”; acontece que no sábado quando cheguei em Interlagos para assistir as corridas do Campeonato Paulista fui de cara informado que a Vee havia sofrido uma cisão(corrigindo, leia-se divisão) e uma nova categoria com os carros dela correria com o nome de Formula 1.600 à revelia dos titulares da Vee. Fui até o Box do Heitor, com quem já havia conversado ao telefone e ele chateado me contou que o grid da Vee seria de apenas oito carro.
Fui procurar o Arturo e Duran como havíamos combinado e o papo de todos era sobre as duas categorias e muita conversa...conversa séria de quem realmente entende sobre o assunto e muita, mas muita mesmo conversa fiada de sapos que querem apenas ver o pior!
Me contaram que a F.1.600 havia oferecido aos pilotos a inscrição e mais algumas outras vantagens e que o grid dissidente seria de 19 carros, infelizmente não fiquei para ver a corrida deles pois fui com o João de Paoli e lá por 15.30h seu filho Gabriel já estava cansado e fomos embora.
Ainda no autódromo conversei com o Zullino, como tempos atrás havia conversado com ele e o Joca os idealizadores da categoria. Não conversei para levar e trazer fofocas, jamais falei “mas ele me disse isto!” apenas ouvi sem contar à nenhum o que o outro dissera pois isto não é de meu feitio, assim como não é a fofoca, diz que me disse e os comentários pelas costas, quando quero falar falo abertamente como escrevo aqui para vocês!
Penso e digo claramente que no campeonato de 2013 as vistorias técnicas foram feitas de forma atabalhoada prejudicando o campeonato e trazendo prejuízos à pessoas que quero e respeito, se foi proposital ou não não tenho como responder, quando souber digo e dou nome aos bois.
Sei que o Zullino parece ser prepotente e ter a fama de não escutar, mas podem ter certeza que meu amigo Zuzu com toda sua inteligência ouve e do fragmento de uma conversa tira sempre o mais importante e a idéia fica em sua cabeça!
O que nós que amamos o automobilismo e vimos na Vee uma forma de aparecimento de novos talentos para um país que hoje é tão carente de grandes pilotos queremos é que ao invés de brigas e discussões estéreis a categoria se fortaleça, volte a ter grids de 30 ou mais carros e continue a fazer o belo espetáculo que deu em Interlagos no ano de 2013!
Os comentários de duas pessoas que prezo e respeito sobre tudo isto, e faço minhas as palavras deles...Regina Calderoni “estou muito triste c/ acontecido, pois fui a Interlagos p/ apreciar 1 bela corrida, + infelizmente, foi de .... sem palavras.... eu quero de volta o que eu assisti e presenciei em 2013...acho que nós pilotos e publico merecemos...simples assim.”, Luiz Eduardo Duran "eu já vi isso acontecer no passado, e não foi bom para ninguém, eu estou na torcida para que tudo acabe bem."

Rui Amaral Jr

NT: Como sempre deixo aqui o espaço aberto à quem quiser se manifestar.

A parte boa do sábado;com os amigos!
 Romeu, Jackie Della Barba e Duran
 Arturo, Regina e Romeu
 não vi, não sei!rs
 Regina, Romeu, Duran , eu e João de Paoli
  Arturão, Zullino, Duran, João de Paoli e Ricardo fazendo pose!
  
 Mara Carrera, Washington, Arturo, Marcos e Duran
 Na chegada com Sérgio Albuquerque, eu, Duran, Arturão e João de Paoli 
 Heitor, Arturo, Duran, Zé Ciccone, Ricardo Bock, João e Gabriel.


sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

INTERLAGOS 2014

Comecei a correr em 1971, naquela época Interlagos se preparava para receber a Formula Um e estava em reformas, 1972 foi um ano difícil pois foram poucas as corridas por aqui. Mas nesta altura já existia Tarumã e poucas outras pistas Brasil afora...me perdoem os gaúchos, paranaenses que fazem um automobilismo espetacular massss o grande celeiro sempre foi São Paulo, que sempre recebeu à todos de braços abertos e mesmo pilotos de outros estados aqui fizeram suas carreiras, grandes carreiras!
Agora Interlagos não sei por ordem de quem ficará fechado para reformas do final de Maio até o GP Brasil de Formula Um! Fora as grandes categorias que correm Brasil afora me pergunto o que será feito de todo pessoal que disputa o belo campeonato paulista? São milhares de pessoas entre e preparadores, mecânicos, pilotos e outros que à ele se dedicam e ficarão todo este tempo à ver navios.
Pois é seu Bernie solta um pum e todo mundo por aqui tem que se borrar!
Justo agora que por iniciativa do vereador Floriano Pesaro, com a ajuda de meu amigo Sandro Kuschnir, e a lei 15.780/13 que inclui os campeonatos paulistas das várias categorias no rol de eventos oficiais da cidade, com alguns benefícios que isto irá trazer como a divulgação em folhetos distribuídos em hotéis e os anúncios das corridas nos ônibus que fazem a linha até Interlagos, coisa que já aconteceu na última etapa do paulista em Dezembro passado, e vislumbrávamos a volta do publico.
Ricardo Bock e eu estivemos esta semana na FASP - Federação de Automobilismo de São Paulo - com meus amigos Bastos e Almyr e a perplexidade é total
Sei que para o atual prefeito e seus auxiliares o automobilismo é um esporte  de elite e os envolvidos apenas play boys que querem usufruir um espaço publico que talvez para eles tenha um melhor destino e as obras que ora anunciam dêem uma enorme visibilidade ao prefeito e seus auxiliares perante ao mundo. Apenas talvez eles desconheçam que deste autódromo dependem milhares de famílias desde a do mais “play boy” dos pilotos até o mais humilde mecânico ou ajudante que dele tiram seu sustento!
Meu conselho à todos membros da atual prefeitura é que peguem um avião, obviamente na primeira classe já que tudo é pago por nós, acalmem o senhor Bernie e deixem Interlagos em paz, para quem realmente trabalha por nosso automobilismo!

Rui Amaral Jr          
Prestigiem o Campeonato Paulista de Automobilismo em suas várias categorias, à partir deste sábado belos pegas na Força Livre, Clássicos, Vee e no Campeonato Paulista de Marcas e Pilotos, não é cobrada entrada no autódromo e você ainda pode entrar nos boxes para ver os carros e pilotos que estarão na pista mais tarde disputando posições!

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

A RESSURREIÇÃO DE ANDREAS



 Em Zandvoort a última vitória de Niki pela Ferrari na foto ele na 312T2 e Mario na Lotus 78 MKIII




1977 foi a temporada depois do improvável. No ano anterior, James Hunt fora sagrado o campeão, após o seríssimo acidente de Niki Lauda em Nurburgring. O austríaco vinha dominando o campeonato de forma incontestável com a Ferrari 312T2, quando foi surpreendido pela batida na curva Bergwerk. Hunt aproveitou a oportunidade e virou o jogo nas seis provas finais, superando Lauda por um ponto. Além das visíveis cicatrizes em seu rosto, Niki trouxera outras marcas de 1976. A torcida italiana não o perdoou por ter abandonado por conta própria o GP do Japão, quando ainda tinha chances de ganhar o título. Na nova temporada então, o campeão mundial de 1975 era considerado um piloto decadente e os especializados apostavam em um bicampeonato para Hunt; em Reutemann com a outra Ferrari; em Andretti com a bela Lotus 78 e em José Carlos Pace, com seu Brabham Alfa finalmente acertado. Lauda? Estava acabado. 

 Carlos Pace e a Brabham BT45 e sua derradeira corrida em Kyalami.

 Jody, Wolff WR1 em Mônaco seguido por John Watson, Brabham BT45

 James Hunt, McLaren M23
e com a M26.

O ano porém, começou com uma zebra: no pampa argentino, vitória de Jody Scheckter e do novo Wolff WR1. Jody não era muito cotado porque trocara a Tyrrell por uma equipe totalmente desconhecida. Na Argentina, ele fora beneficiado por problemas com Pace nas voltas finais. Mas no Brasil, a lógica pareceu retornar, na vitória de Carlos Reutemann, que fez dele o líder do campeonato. Contudo na terceira prova do ano em Kyalami, Lauda “voltava “ à vida, com a primeira vitória desde de Nurburgring. Todavia, não comemorou, chocado pelo acidente que cobrou a vida de Tom Pryce na volta 22. E o destino continuou pregando peças, pois duas semanas depois, morria José Carlos Pace em um acidente de avião, no interior de São Paulo. Na etapa de Long Beach, Mario Andretti venceu com a nova Lotus 78, mas Lauda chegou em segundo e passou a co-líder do mundial ao lado de Scheckter, que seria o líder isolado após o GP da Espanha, depois de uma nova vitória de Andretti. Nada mau para um carro estreante. E Jody continuou assombrando, pois venceu em Montecarlo e ampliou a liderança. Seria o “South African Wild Man” a surpresa de 77, qual Hunt no ano passado? O estoque de coelhos da cartola da Wolff estava acabando. Nas quatro etapas seguintes, em Zolder, Anderstorp, Dijon-Prenois e Silverstone, Scheckter amargou quatro abandonos enquanto Lauda fez dois segundos lugares, um quinto e apenas uma não-classificação. 

 Gunnar Nilson, Lotus 78 MKIII
 Jacques Laffite, Ligier JS7

 Alan Jones, Shadow DN8
 Niki

Para além disso, nomes novos apareceram no rol dos vencedores: Gunnar Nilsson, venceu seu primeiro GP na Bélgica e Jacques Laffitte venceu o seu, na Suécia. Nos demais, a lógica. Andretti triunfou em Dijon e James Hunt (era ele o number one, lembram?) venceu pela primeira vez no ano, na Grã-Bretanha. Daí em diante, só deu Lauda. Vitórias em Hockenhein e Zandvoort; um segundo lugar em Osterreichring, outro em Monza e um singelo quarto lugar em Watkins Glen bastaram para fechar a conta. Lauda bicampeão, contrariando todas as expectativas. Alan Jones e a Shadow venceram na Áustria e Mario Andretti levou a melhor em Monza. Que importância teve isso? Nem a reação tardia de Scheckter, ganhando em Mosport Park ou James Hunt no Japão. Niki Lauda, de contrato assinado com a Brabham-Alfa para 1978 nem mesmo compareceu a essas provas. Mas já tinha deixado claro quem era o dono da banca...

CARANGUEJO