Em tudo, a penúltima etapa do Campeonato Brasileiro de Turismo Especial de 1980 foi diferente. Em vez de duas baterias com seis voltas, bateria única com quarenta voltas e reabastecimento e troca de pneus; em vez de domingo, o dia da prova foi uma sexta-feira à noite, largada à meia-noite; em vez dos tradicionais favoritos, novos nomes. O que não mudou foi a formação do grid. Ricardo Mogames, um dos que temiam que o novo formato da disputa pudesse prejudicar carros potentes mas menos resistentes como os Divisão 3, fez a pole-position. Edson Yoshikuma veio logo depois, com Arturo Fernandes, Amadeo Campos, Lara Campos e Amadeu Rodrigues.
Edson
Contudo, sendo todos maiores e vacinados, não havia o que temer. Esperava-se que tivessem juízo e lembrassem que a corrida era longa e poupassem seus equipamentos. Porém, como diria Rui Amaral Jr, uma vez lá dentro, todo o mundo quer é mandar a bota. Dito e feito. Na largada, Yoshikuma assumiu a ponta, seguido por Amadeo Campos, Turito, Lara Campos e João Franco. Ainda na primeira volta, Vicente Correa procurava os boxes, com um pneu furado. Na volta seguinte, nosso consultor, Jr. Lara Campos abandonava na Curva do Laranja. Yoshikuma, Amadeo e Arturo iniciavam uma corrida à parte, com Amadeu Rodrigues acompanhando-os de longe. E as quebras continuaram: J.Franco, com problemas de embreagem e Rick Mogames, que teve um pneu furado e bateu forte na Curva 3. Edson, Amadeo Campos e Arturo mantinham sua corrida particular, trocando vácuo e se distanciando, enquanto Vicente Correa era o mais combativo. Depois da parada prematura, mandara às favas a prudência e na 17ª volta já era o quinto colocado. A equipe de Edson Yoshikuma foi a mais rápida nos pit-stops – 58 segundos - mas como de praxe, Edson abandonou logo depois com a tampa de óleo solta. Arturo Fernandes também teve problemas e Vicente quebrou a homocinética quando já estava em segundo. Quem sobrara? José Antonio Bruno, que no início da temporada dirigia a Brasília que na opinião do Tito Flávio Tilp é “a mais belas das Brasas”.
Voltando ao VW1600, Bruninho já tivera de tudo um pouco na corrida Acidentara-se nos treinos e na prova, rodou na décima volta depois de um pneu furado. Fazendo uma corrida de recuperação, Bruno era o segundo na 31ª volta, atrás de outro “cauteloso”, Amadeu Rodrigues. A sorte finalmente iria ajudar Amadeu? Nada disso. Um pedaço de jornal tapou o radiador de óleo e Rodrigues precisou parar no final do Retão, pois a temperatura subiu muito. Tempo o bastante para Bruno passar à frente e vencer, uma vez que o diretor da prova equivocou-se e deu a bandeirada quando ainda restavam duas voltas. Bruno foi o grande vencedor e Amadeu Rodrigues foi o segundo. Dos protagonistas, Turito teve menos prejuízo e apesar do problema de quebra do balanceiro, terminou em sexto. Mogames ainda era o líder com 77 pontos, Arturo o segundo com 66 e Lara Campos o terceiro com 64. Restando uma etapa, quem apostaria no nome do Campeão?
José Antonio Bruno
Caranguejo
Nem lembrava desta corrida, mas pelas anotações que tenho quebrou um balancim de válvula e praticamente me tirou da briga pelo campeonato mas tinha chance ainda..... No ano de 1978 essas corridas noturnas lotavam o Autódromo de Interlagos, lotavam mesmo com neblina sem neblina pista úmida por causa do sereno em fim era uma farra para nos pilotos e publico.
Jr Lara
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Jr, Arturo e Amadeo
Nem lembrava desta corrida, mas pelas anotações que tenho quebrou um balancim de válvula e praticamente me tirou da briga pelo campeonato mas tinha chance ainda..... No ano de 1978 essas corridas noturnas lotavam o Autódromo de Interlagos, lotavam mesmo com neblina sem neblina pista úmida por causa do sereno em fim era uma farra para nos pilotos e publico.
Jr Lara