A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

quarta-feira, 31 de julho de 2013

BESOUROS NO ASFALTO -2º Capítulo.

Amadeo, Arturo, Amadeu e Mogames.

Em abril, mês seguinte após a abertura do Campeonato, reuniu-se o “circo” da Divisão 3, na pista de Interlagos e o fato da sede da maioria das equipes ser na Paulicéia logo se fez sentir: 37 carros inscritos num grid puxado por Amadeu Rodrigues, ainda mordido pela desclassificação no Rio. Rodrigues foi o mais veloz, dividindo a primeira fila com o campeão Arturo Fernandes e depois vinham José Romano, Jr.Lara Campos, J.Franco ( o melhor dos Passats), Amadeo Campos e Rick Mogames seguidos dos outros três Passats, de Vicente Correa, Yoshikuma e Júdice. 

Amadeu larga na pole.

No domingo, um público pequeno, assustado pelos 200 cruzeiros (!!) do ingresso, assistiu Amadeu Rodrigues dar uma largada fulminante e tomar o primeiro lugar enquanto Arturo perdia posições para Romano e Lara Campos. Mas ainda no fechamento da primeira volta, Turito assumia a liderança, acompanhado de Amadeo Campos. Revezando-se na frente, eles distanciaram-se do grupo formado por João Franco, Lara Campos, Mogames e Amadeu Rodrigues. Franco e Lara abandonaram a disputa com problemas, o que beneficiou Rodrigues e Mogames que assumiram suas posições. Na ponta, o pega foi até a última volta, quando Arturo Fernandes decidiu a parada. 

 Arturo, Amadeo e Mogames.
Arturo, Mogames, Amadeu e Amadeo.
 Arturo, Amadeo, Jr Lara, Amadeu, Mogames e João Franco.
 Arturo e Amadeo.
 A rodada de Amadeu.


Na segunda bateria foi a vez de Ricardo Mogames largar muito bem, seguido por Arturo e Amadeu Rodrigues. Mas Turito mais uma vez foi para a frente. Amadeo Campos, um pouco mais atrás, começou a pressionar seu companheiro na Equipe Cetil/Presidente, Mogames, para perseguir Fernandes. A briga pela ponta desta vez seria entre três carros (casualmente, o #1,#2 e #3).Percebendo que estava ficando para trás, Amadeu Rodrigues acabou rodando na Ferradura na ânsia por recuperar-se. Já entre os ponteiros, a briga era de foice no escuro. Mogames assumiu o primeiro lugar na freada da Curva 3 na última volta, contudo Arturo devolveu a ultrapassagem no Sargento e venceu outra vez, com pequena vantagem. Com o terceiro lugar na prova, Rick Mogames era o novo líder do Brasileiro com 27 pontos, secundado por Arturo e Lara Campos, empatados com 20. Recuperando-se, Amadeu Campos aparecia na quarta colocação com 15 pontos. As Brasílias de José Antonio Bruno (5º) e Dimas Pimenta (7º), chamaram a atenção por terem terminado melhor que os Passats, mas a disputa estava só aquecendo.

 Romano, Amadeu, Amadeo, Arturo, Mogames...


CARANGUEJO

segunda-feira, 29 de julho de 2013

BESOUROS NO ASFALTO -1º Capítulo.

Novelas...história em capítulos, suspense, clímax. Seria possível transportar todos esses elementos para um Post no” Histórias...” e não matar de tédio aqueles que o prestigiam? Vale tentar. De cara pensei que o jeito era tratar de um tema de interesse mútuo, algo que agradasse a maioria e o que poderia ser melhor do que o Campeonato Brasileiro de Turismo Especial –Divisão 3 de 1980? Esse foi um ano marcante, pois tratava-se da última disputa com os combativos VWs ainda em forma, numa categoria em que eles eram os ícones. A partir da temporada seguinte, uma chusma de Passats aportaria na D3 e alteraria seu nome para Hot-Car. Nada mais seria como antes. Pretendo então, contar o que houve naqueles dias agitados, trinta e três anos atrás, baseado em artigos da época, um pouco da memória e com a vantagem que muitos dos protagonistas – meus personagens – estão por aí e podem vir a público e esclarecer ou mesmo me puxar as orelhas. Vamos lá então, sinal verde.

CARANGUEJO






Início da década de 80, movimentavam-se pilotos, preparadores, mecânicos para a disputa do Brasileiro de Turismo Especial. No ano anterior o Campeonato iniciara em setembro e tivera somente quatro etapas. Desta vez, com o patrocínio de uma instituição financeira e o dobro de corridas, começando em março, pensava-se em resgatar o público fiel da categoria e buscar o espaço que ela vinha disputando com a FVW1600 ou a Stock Cars. Etapa inaugural no Rio de Janeiro, na pista de Jacarepaguá e de cara, pole position do gaúcho Fernando Moser, uma cria de Tarumã e que sempre tinha boa performance na pista carioca. Após o Gordo Moser e na ordem, José Carlos Romano, Arturo Fernandes, Amadeu Rodrigues, José Antonio Bruno (com a Brasília frente limpa-trilho), Amadeo Campos, Lara Campos (este apresentava seu VW novo, com suspensão traseira McPherson), Ricardo Mogames, Yoshikuma e Gonzales. 


Arturo, Amadeu e Romano.
Romano
Jr Lara
Além do calor escaldante, praticamente todos queixavam-se do uso obrigatório das bobinas nacionais. Largada da primeira bateria, Moser saltou na frente enquanto Campos e Bruno tinham problemas. Amadeu Rodrigues logo deixava para trás Romano e Arturo, enquanto Rick Mogames e Lara Campos recuperavam-se. Romano abandonava com problemas na carburação e Rodrigues assumia a liderança. Ele venceria sem grandes problemas, acompanhado por Moser e Arturo Fernandes. Na segunda bateria, Amadeu continuou dando as cartas; ele voltou a assumir a ponta, deixando Fernando Moser brigando com Lara Campos. O motor do gaúcho o deixaria na mão e Lara começou uma boa disputa pela ponta com Rodrigues. 


Chegada, Amadeu e Moser

Enquanto o VW de Amadeu era veloz nas retas, o #5 Pocket-rocket de Lara Campos o alcançava nas curvas e acabou vencendo. Mogames foi o terceiro. E houve então a última surpresa. Pela soma de tempos, Amadeu Rodrigues ganhara a etapa, mas ele terminou desclassificado pois na pesagem seu carro acusou um peso de 685 quilos em vez dos 691 permitidos. E assim Lara Campos venceu, assumindo a ponta do campeonato com 20 pontos, cinco à frente de Mogames e oito sobre Claudio Gonzales. Mas tudo estava apenas no seu início...

Caranguejo


Alguns dos personagens...
Entre José Antonio Bruno e Tide Dalécio está Amadeu Rogrigues.


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NT: A Divisão 3 como todo automobilismo é regida pelo Anexo J da FIA, qualquer modificação no texto original tem que ser aprovado pelo CTD - Conselho Técnico Desportivo. No caso a categoria está inserida no item três do anexo e era disputada com carros de turismo onde a preparação de motores era quase livre, mantendo-se a cilindrada para Classe A até 1.600cc, os câmbios podiam ter suas relações de marchas trocadas, mas como regia o regulamento os sistemas teriam que permanecer os mesmos, ou seja para exemplificar; suspensões com barras de torção não poderiam ser trocadas por sistema McPherson como no caso da Brasília do Dimas que usava a frente enxertada da Variant II trocando a barra de torção original do VW pela McPherson.
No caso do peso do carro do Amadeu, o mínimo para categoria era 685 kg e sua alegação de troca de bateria é verossímil pois nos VW usávamos a ventoinha apenas para refrigeração das camisas dos cilindros, tirando delas o alternador. Alguns pilotos como eu dispunham de tomadas externas para ligar o carro.
Outro dia vi um comentário de um piloto que na D3 era tudo válido ou seja Força Livre, nada disso, existia um regulamento e era rígido como podemos ver no relato do Caranguejo, quem quiser disponho do Anexo J e pedindo envio por e-mail.

Rui Amaral Jr     

sexta-feira, 26 de julho de 2013

1975

Algumas fotos de meu amigo Marcos Sá me "obrigaram" à mostrar este dia de glória de nosso automobilismo, como já comentei aqui eu também estava lá, a lembrança nos basta!

À Carlos Pace

Obrigado Marcos, um abração

Rui

  Interlagos lotado!
Emerson chega para alinhar, na foto a McLaren M23 #2 de Jochen Mass, a Tyrrel 007 #4 de Patrick Dapailler, a Hesckeht 308B de James Hunt e a Tyrrel  #3 de Jody Scheckter.
 Carlos chega, para ocupar o 6º lugar no grid, o povo aplaude!
As fotos acima são do arquivo pessoal do Marcos.
J.P. Jarrier vai embora seguido das Brabhan de Pace e Reutmann.
Clay Regazzoni, Ferrari 312B3 quarto colocado e Emerson, McLaren M23 segundo colocado.
   Wilsinho Fittipaldi e o Fittipaldi FD02.
Na foto que recebi de minha amiga Ana e do acervo da família de Sérgio Mattos, Tite Catapani, Pace e Sérgio.
Foi indescritível!


Pole: Jean Pierre Jarrier, Shadow DN5 - 2`.29.880
Foi a primeira vez que um F.Um abaixou dos 2`30 em Interlagos.

Resultado final

quarta-feira, 24 de julho de 2013

500 KM de Interlagos 1961

Meus sinceros agradecimentos à Mariana e seu marido Luiz David Ribeiro, a filha deles Lina e seu marido Luiz Carlos Whitaker Sobral.

Rui Amaral Jr


Troféu dos 500 KM de Interlagos de 1961 de meu irmão Paulo.
 IV 500 KMS DE INTERLAGOS
AUTOMÓVEL CLUB DO BRASIL
FOLHA DE SÃO PAULO S.A
CATEGORIA ATÉ 2.500 CC
CAMPEÃO
7 DE SETEMBRO DE 1961
COMISSÃO DESPORTIVA ESTADUAL



 Paulo correu com Luciano Mioso e ao contrário do que está na Quatro Rodas eles chegaram em sexto lugar na geral e primeiro na categoria.