A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

ALGUMAS FOTOS DE GRANDES PILOTOS

Gilles com Ferrari 126C turbo, do jeito que ele está "braceando", deve ser o contorno da Loews, em Mônaco/81. Primeira vitória do Turbo da Ferrari.
Tazio Nuvolari pilota uma Alfa Romeo da Equipe Ferrari em sua segunda vitória nas Mille Miglia em 1933, tendo como companheiro Decimo Compagnoni. É sempre bom ver o Homem do Broche de Tartaruga trabalhando.
Jochen Rindt co Lotus 49 larga na ponta para sua primeira vitória na Formula Um, GP dos EUA, Watikns Glen, ao seu lado Jack Brabham e Grahan Hill na terra. Prova marcante: Rindt vence finalmente e G.Hill fica seriamente ferido num acidente que lhe dará para sempre o andar desengonçado.
Luiz Pereira Bueno, Surtees TS9, GP do Brasil 1973, Interlagos.
José Carlos Pace, Brabham BT 45. JC Pace correu apenas três vezes com esse Brabham em 77. Desconfio que seja Interlagos na foto.
Jim Clark, Lotus 49T, larga para a vitória tendo a seu lado Chris Amon, Ferrari e Jack Brabham, Brabham. Clark numa rara foto onde ele aparece no Lotus "decalcado".Série Tasman/68. Quem venceu?

José Carlos Pace de Surtees, Interlagos. JC Pace de novo, de novo em Interlagos, desta vez 1974. O carro é o inguiável Surtees TS16.
Gilles.GP da Espanha, Jarama/1981. Grande corrida. Gilles aguenta no peito, por pelo menos vinte e cinco voltas a pressão de Laffitte (que aparece na foto), de Watson, Reutemann e De Angelis. Segunda vitória do Turbo Ferrari.
Tazio, vencendo em Monza em duas rodas. 
Clark comemorando com Chapman e a Lotus 33.
Ayrton no GP do Brasil de 1991. 

Os comentários nas fotos são de meu amigo Caranguejo.


domingo, 13 de fevereiro de 2011

SÁBADO

 Ontem o Francisco e eu passeávamos e resolvemos ir ao encontro de nosso amigo Fernando, que estaria na bela pista de autorama para replicas do AER-Campo Belo, logo após chegarmos lá chega o Fernando com sua caixa e seus belos carros. Ele e o Francisco ficaram testando as alterações em vários carros com a ajuda do super solicito Jorge diretor do clube, responsável e construtor da ótima pista. 

Dois bólidos do Fernando.
  
Conversando sobre automobilismo o Fernando e eu descobrimos que não fomos a Interlagos pelo mesmo motivo, absoluta falta de interesse com o que acontece em nossas pista. E pelo visto essa falta não é só nossa, é também de pilotos, equipes e publico. É o estado em que ficou nosso automobilismo de base, e acredito eu culpa de nossos dirigentes.

Leiam o que o Ferraz conta do sábado em Interlagos.

Hoje o Ferraz postou o que viu ontem em Interlagos, suas palavras mostram bem todo estado do que acontece.
Hoje lá em Santa Catarina mais uma etapa do Turimo Clássico e nela corre meu amigo Fabiani. Boa sorte Fabiani estamos aqui esperando pelo resultado. 

Em Santa Catarina quatro senhores de respeito aguardam a largada! Fabiani Gargioni, Francis Trennepohl, Ike Nodari e Jairo Gevaerd.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

CORRENDO



Outro dia escrevi um texto sobre a situação de nosso automobilismo, não me referia às categorias que hoje são tão bem geridas por seus organizadores como a Porsche Cup, Formula Truck, GT3, Stock Car junto com a Copa Montana e parece que agora o Brasileiro de Turismo. Todas super bem organizadas e geridas pelos responsáveis, trazendo aos participantes grande retorno de mídia e possibilitando a eles a busca do combustível financeiro para suas atividades.
Lembro bem quando comecei, a situação era bem diferente, a Federação e os Clubes cobravam sim as inscrições, mas divulgavam os eventos, trazendo algum publico ao autódromo e o retorno publicitário que tanto precisávamos.
Hoje as Federações e a CBA dispõe de assessores de imprensa mas a eles só interessa divulgar o que já é bem divulgado e tratam os pilotos que se aventuram a competir os torneios regionais como meros coadjuvantes, nem sabendo que é daquelas categorias que saem pilotos que poderão um dia se destacar em qualquer categoria do mundo.
Os clubes então nem se fala, como escrevi antes são meros vendedores de carteirinhas e inscrições, sendo os detentores de todas datas do calendário automobilístico fazem delas o que bem entendem. Não divulgam as corridas nem antes e nem depois e esse é um dos motivos de autódromos vazios e pilotos que sem divulgação não tem como conseguir patrocínio.
Ilustro este texto com alguma reportagens de minha primeira corrida, organizada por  Expedito Marazzi e apesar de ser de Estreantes e Novatos foi noticia nos grandes jornais de São Paulo, como era bem comum na época. 
Falta e esses senhores humildade e o reconhecimento  que a grana que entra em seus bolsos vem também dessa gente abnegada que gosta simplesmente de correr de automóveis, como aconteceu com Emerson, Nelson e tantos outros grandes pilotos.   


Fotos e matéria da revista Auto Esporte, Abril de 1971.


Matérias de dois jornais de grande circulação, fora Estado de São Paulo e Jornal da Tarde que também cobriram.   



quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

APENAS UM TREINO.

Arturo Fernandes. Em frente aos boxes, as antigas arquibancada, os eucaliptos...
Na segunda perna da Ferradura.

Na curva do Sol.

Pinheirino. 
Bico de Pato


Vendo em meus arquivos essas antigas fotos do Arturo Fernandes andando em Interlagos, no autentico Interlagos, no ano de 1975 não sei por que me veio à lembrança de um dia cinzento de 1982.
Era bem cedo e eu ia pilotar em um treino a Brasília Divisão 3 de meu amigo Gasolina, os boxes estavam vazios, apenas nós e uns poucos curiosos que não perdem uma oportunidade de ver um carro andando no Templo, sem eles talvez não tivesse tanta graça, são um pouco de nosso combustível.
Dias antes fui fazer uma visita a meu amigo Chapa - Flávio Cuono -, não pilotava desde 1979 acho,  mas nunca perdi de vista o amigo. Aqui  um parênteses; para ele digo que está velho e sempre foi chato, digo que por sua causa ralei muito e etc. etc. e tal, mas aqui posso dizer, um querido amigo.
“Ruizinho, você não tem vontade de acelerar?” lança o Chapa, quando ia responder entra o Gasolina em sua oficina e novamente o Chapa dispara “o Gasolina tem uma Brasília D3 e está procurando um piloto para andar com ela, faz um teste”.
E lá fomos nós ver o carro, era bem feio azul de uma cor indefinida, estava limpo e logo sentei em seu banco concha enquanto o Gasolina me explicava o que tinha o carro. Ele reclamava do cambio que era uma Caixa Um, mas dizia que o carro era bom e me convidou para dar umas voltas em Interlagos e acertar o bichinho para ele. Caso eu gostasse poderia correr com ele.
No dia seguinte sem acreditar levei para ele meu cinto de segurança de seis pontos, banco e algumas outras coisas e marcamos o teste para o meio da semana seguinte. Ah! Deixei lá também minha Caravam branca para puxar a carreta e combinamos o dia, ele queria que chegássemos bem cedo para aproveitar todo o tempo.
No dia combinado lá estava eu, antes das sete horas, bem antes, o Templo estava ainda com aquela neblina que só quem conhece sabe.  
O Gasolina todo entusiasmado já mexia no motor e começava aquecê-lo, fui vestindo o macacão e me perguntando”que faço aqui?”. Sentei na barata já de capacete ele me afivelou o cinto e mandou que eu fosse.
Primeira, segunda contornei a saída dos boxes que naquele tempo ia até o final da curva Um e acelerei. A pista ainda úmida da madrugada e desci o Retão colocando as marchas e me perguntando “que faço aqui?”.
Nunca havia andado com os Pneubrás e fui me acertando com o carro naquela primeira volta. Ao chegar a Um dei uma tirada de pé, era a primeira volta, e quando vejo o ponto de tangencia dela vi que estava bastante úmido, molhado, mesmo entrando nela maneiro, quase fui até a grama antes de fazer a Dois, aí me perguntei novamente “que faço aqui?”.
Algumas voltas mais e comecei a tomar gosto, a sentir o carro, a andar mais e mais forte. Parei no Box para que o Gasolina verificasse se tudo estava em ordem, calibrar novamente os pneus e lá estava o Chapa, que tinha vindo me ver.
Andei bastante com o carro, umas quarenta voltas, fizemos alguns acertos, mas ele era muito ruim, nada parecido com um carro que pudesse a vir andar rápido.
O Gasolina me convidou para correr a próxima etapa do Campeonato Paulista de Divisão 3, que aquele ano seria chamado de TEP, não aceitei. O carro teria que ser desmontado e começar tudo do zero e já não tinha paciência para isso, agradeci.
No dia seguinte ao ir buscar minha Caravam no Chapa ele olha para mim e dispara “o Marquinhos - Marcos Levorim - quer vender o VW Divisão 3 do Fabinho - Fábio Levorim - tem dois motores e um monte de tralhas. Vamos dar uma espiada?”.


E assim saí da retifica dos Levorim, a SALECAR com aquele Fusca vermelho na carreta, e com ele corri o ano todo com o #8.
A meus amigos queridos Chapa, Marcos, Fabio Levorim, Gasolina e tantos outros que me acompanharam sempre. 
Em memória do saudoso Arno Levorim, quem teve o prazer e a honra de conviver com ele sabe muito bem do que estou falando.

NT: Só quem já teve a oportunidade de andar sozinho em uma pista de corridas, pode saber o quanto é estranho. Apenas o ronco e seu carro, quem vê de fora sabe onde você está freando, trocando de marchas ou simplesmente errando.