A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Emerson na Formula 3 - 1969

Emerson e Lotus 59 Ford-Holbay da Jim Russell Racing Driver School.

Saindo da Formula Ford em 1969 Emerson começou na Formula 3 depois que os principais campeonatos ingleses haviam começado.
Jim Russel dono da equipe Jim Russell Racing Driver School e seu chefe resolveu concentrar suas atuações no MCD LOMBANK CHAMPIONSHIP um dos mais prestigiados dos vários campeonatos ingleses de Formula 3. 


Emerson corria com uma Lotus 59 - Ford/Holbay e em sua primeira corrida, e décima etapa do campeonato em 13 de Julho no circuito de Mallory Park ele chegou no quinto lugar na corrida vencida pelo americano Roy Pike piloto do Gold Leaf Team Lotus equipe oficial da fabrica pilotando também um Lotus 59 - Ford/Holbay.
Na 11ª etapa no circuito de Brands Hatch no dia 3 de Agosto Emerson chega no segundo lugar atrás do britânico Bev Bond que pilotava uma  Brabham BT28 - Ford/Holbay.
12ª etapa Mallory Park dia 10 de Agosto, sua primeira vitória na Formula 3 e no campeonato, a seguir vieram, Bev Bond Brabham BT28 - Ford/Holbay, em sexto alguém que anos mais tarde aproveitaria toda capacidade de Emerson em acertar um carro, James Hunt com um  Brabham BT21 - Ford.
13ª , 14ª etapas duas vitórias em Brands Hatch nos dias 17 de Agosto e 14 de Setembro.
15ª etapa em Mallory no dia 28 de Setembro nova vitória em segundo seu companheiro de equipe e que mais tarde viria a ser novamente seu companheiro na Formula Um, David Walker,  Lotus 59 - Ford/Holbay.
Na 16ª etapa em Mallory Emerson teve problemas de freios e não pontuou.
Na 17ª em Brands Hatch no dia 19 de Outubro bateu.
E finalmente na 18ª etapa no dia 9 de Novembro e ultima corrida do campeonato uma grande vitória em Brands Hatch, os seis primeiros nessa etapa;  Emerson Fittipaldi, BR Jim Russell Racing Driver School Lotus 59 - Ford/Holbay 16'01.0" 2º Bev Bond, GB Gold Leaf Team Lotus Lotus 59 - Ford/Holbay 16'01.4" 3º 149 David Walker, AUS Lotus Components Lotus 59 - Ford/Holbay 16'09.0" 4º Richard Scott, GB Richard Scott Chevron B15 - Ford 16'15.2" 5º 145 Andy Sutcliffe, GB Andy Sutcliffe Lotus 59 - Ford 16'19.4" 6º Mike Beuttler, GB Clarke-Mordaunt Team Brabham BT28 - Ford/Holbay 16'20.6".  
 Tudo isso fora as corridas que fez no campeonato europeu como por exemplo no campeonato francês no dia 4 de Outubro quando foi enfrentar as feras que corriam no continente , na  XXV Coupe du Salon. A pole foi do sueco Ronnie Peterson pilotando um March 693 - Ford mas a vitória foi novamente de Emerson, a seguir os seis primeiros; 
Emerson Fittipaldi, BR Jim Russell Racing Driver School Lotus 59 - Ford/Holbay 27'49.0" 2º  Francois Mazet, F Francois Mazet Tecno 69 - Ford/Novamotor 28'00.4" 3º Jean-Pierre Jaussaud, F AGACI Tecno 69 - Ford/Novamotor 28'12.1" 4º Patrick Depailler, F Societé des Automobiles Alpine Alpine A330 - Renault R8/Mignotet 28'16.9" 5º Vittorio Brambilla, I Scuderia Picchio Rosso Birel - Ford/Novamotor 28'28.6" 6º Jean-Pierre Cassegrain, F Jean-Pierre Cassegrain Brabham BT28 - Ford 28'35.





Para os que não tiveram oportunidade de acompanhar na época só posso afirmar; isso foi apenas o começo! 

Fotos de meu arquivo pessoal da revista inglesa Autosport, e a primeira foto da revista Quatro Rodas, coleção digital edições de Novembro e Dezembro de 1969.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

FORMULA 3 - Fala David Walker

Outro dia lendo o post de meu amigo Carlos de Paula voltei quarenta anos no tempo e vi a corrida de Formula 3 em Interlagos em que David Walker fez de tudo. Eu estava lá e vi bem de perto, não vou dar razão às porradas que Fritz Jordan deu nele, mas eu faria o mesmo.

David Walker - Lotus 61 Holbay- na Formula Ford 1969, logo atrás Tony Trimmer - Titan MK4 Lucas da equipe de Frank Willians.


Em Tarumã, Walker, Wilsinho Fittipaldi, Carlos Pace e acho que Tony Trimmer.
A curva Tala Larga e todos estão pilotando Lotus 59. Notem que apenas Wilsinho usa spoilres e asa traseira. 
Clique para expandir. 

Revista Auto Esporte Abril de 1971 e Autosport Julho de 1969. 




quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

MIL MILHAS BRASILEIRAS DE 1981

Muitos amigos correram nessas Mil Milhas, essas fotos são do arquivo do Ricardo Bock que correu com o João Franco e Ronald Berg. Terminaram em sexto na categoria Hot Car.


João Franco no grid.

Jornal Folha de São Paulo 21 de Dezembro de 1981




Na troca de pilotos Ricardo observa, sai João entra Ronald.

Reparos na madrugada.

Tocada do Ricardo.
Ronald Berg.
Troca de pilotos e reabastecimento, sai Ronald e entra João.








quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

O BRASIL NA ÉPOCA DOS CHARUTÕES


Chico Landi e a Ferrari 375.

É preciso dizer que o Brasil, não atingiria uma gloriosa fase de oito campeonatos no Mundial de Fórmula 1, não fosse a participação quase anônima destes pioneiros cujos nomes destacaremos aqui. É provável que até existam outras figuras, tão importantes quanto estas, e que estejam perdidas por aí – a história por vezes é cruel -  mas aguardemos. Tudo começou no GP da Itália de 1951, quando o paulistano Francisco Sacco Landi, o Chico Landi, largou para a prova em Monza. Ele deu apenas uma volta – e parou com problemas de transmissão em sua Ferrari 375  - mas foi o suficiente para que a trajetória do Brasil nas pistas começasse a ser escrita. Na temporada seguinte, Chico retornou, mais uma vez, com espírito de desbravador. Unido ao uruguaio Eitel Danilo Cantoni, o argentino Alberto Crespo e ao brasileiro Gino Bianco, fundou a Escuderia Bandeirantes, com carros Maserati A6GCM. A equipe, com seus carros pintados de amarelo e rodas verdes, tornou-se o primeiro time brasileiro da F1, muitos anos antes da tentativa dos Irmãos Fittipaldi nos anos setenta. A primeira aparição da Escuderia foi no GP de Silverstone/52, com Bianco conquistando a 18ª posição; Cantoni, com problemas de freios, abandonou. Em Nurburgring/52, Gino nem largou e Cantoni só completou quatro voltas até parar. Na prova de Zandvoort/52, Landi consegue a então melhor colocação da equipe: 9ª posição, em dupla com o holandês Jan Flinterman; Bianco, que até largou melhor, em 12º lugar, para após quatro voltas. Em Monza/52, a Escuderia se apresenta completa: Chico Landi é o 8º, Cantoni o 11º, Gino tem problemas de motor e Crespo não se qualifica. 

Eitel Danilo Cantoni.
Gino Bianco

Para um time que veio de tão longe e na época, a Europa era muito mais longe e de muitas maneiras, os seus resultados não eram ruins. Mas a falta de apoio fez com que essa corajosa tentativa terminasse. Seu budget era mantido pelas iniciativas pessoais de Landi, Cantoni e de Luigi Emilio Rodolfo Bertetti (nome verdadeiro de Gino, nascido em Turim).  Em 1953, Chico Landi participa de dois GPs, o da Suiça e o da Itália. Em Bremgarten, sua caixa de câmbio cede quando faltam onze voltas e em Monza, Chico tem problemas de motor. Levemos em conta que ele ainda está com seu defasado  A6GCM, enquanto a concorrência tem modelos mais evoluídos. 

O Gordini T16
Gordini T32

É assim que levaremos dois anos para contarmos de novo com um representante, Hernando da Silva Ramos, o Nano. Pilotando um Gordini T16, Nano estréia com uma oitava posição no GP de Zandvoort; em Aintree, ele tem problemas de motor e em Monza também abandona, com problemas de combustível. Em 1956,enfim os  primeiros pontos para o Brasil na F1: no GP da Argentina, ressurge Chico Landi, que correndo em parceria com o italiano Gerino Gerini num Maserati 250F, termina em 4º. Nesses casos, previa o regulamento, os pontos atribuídos à colocação eram divididos entre os pilotos, no caso, 1,5 ponto para cada um. No GP seguinte, em Mônaco, Ramos conquista uma importante quinta posição; em Reims ele é de novo o oitavo e em Silverstone, estréia o Gordini T32, mas terá problemas mecânicos. Ele participará pela última vez de um GP, na Itália, onde não termina por causa do motor. E passa à História como o piloto brasileiro a marcar mais pontos no Mundial (2 x 1,5) e que mais vezes correu (7 vezes contra 6 de Chico Landi e 4 de Gino Bianco). 

Herbert Mackay-Fraser
Herbert Mackay-Fraser pilota uma BRM P25 em Rouen no GP da França 1957
Herbert Mackay-Fraser e sua Ferrari 750 Monza em Outon Park.

Em 1957, uma passagem meteórica de um pernambucano pela F1: Herbert Mackay-Fraser. Filho de um importante homem de negócios, morou nos Estados Unidos e adotou essa cidadania. Correu na Europa a partir de 1955, com carros Lotus. Sua única participação na Fórmula 1 ocorreu no GP da França/57 em Rouen.  Seu carro é um BRM P25, mas abandona na 24ª volta, por problemas na transmissão. Restou a curiosidade sobre o que ele poderia fazer na categoria, pois semanas mais tarde, Mac Fraser sofreu um acidente fatal num prova de F2 em Reims, com um Lotus. Seria ele, apontam as estatísticas, o primeiro piloto a falecer ao volante de um carro projetado por Colin Chapman.

Vitória em Brands Hacht, Mackay-Fraser e Jay Chamberlain, pilotando a Lotus Colin Chapman.

Herbert Mackay-Fraser 1922-1957
O acidente fatal de Herbert Mackay-Fraser

Mais dois anos sem participação brazuca e chega a vez de Frederico José Carlos Themudo d`Orey, o Fritz d`Orey. Considerado promissor, Fritz recebeu a ajuda de ninguém menos que o lendário Juan Manuel Fangio em sua aventura no Mundial de F1. Sua estréia ocorreu em Reims/59, com um Maserati 250F. Foi o décimo colocado depois de largar em 18º num grid de 22 carros. Esteve também em Aintree na Inglaterra, mas sofreu um acidente e em Sébring, participou com um Tec-Mec Maserati, que teve problemas mecânicos. A carreira de Fritz d`Orey foi brutalmente interrompida em 1960, após um sério acidente nas 24 Horas de Le Mans, em junho de 1960.

Fritz d`Orey,  com um Maserati 250F, Reims/59
O acidente de Fritz em Le Mans.

  A estes senhores, o nosso respeito.

C.Henrique Mércio