A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Giovanni Salvatti - A trágica corrida de Formula 2 no Tarumã - 1971


             
Ronnie Peterson March 722.

Grahan Hill

 Ao final de 1971 parte da  elite do automobilismo mundial veio ao Brasil para o I Torneio Internacional de Formula 2, eu tinha começado a correr aquele ano e para mim andar pelos boxes em Interlagos e cruzar com aqueles pilotos que tanto admirava era algo indescritível.
Lembro perfeitamente de vir caminhando pelo Box e em minha direção vir Grahan Hill, sempre com um sorriso e aquelas pernas tortas do acidente em Jarama, fora outros nomes que sem a carreira do bicampeão do mundo vinham fazendo seus nomes na Formula Um e Dois. Já conhecia quase todos da Formula 3 onde muitos estavam a busca de um lugar no topo do automobilismo e  para temporada brasileira no final do ano vieram grandes nomes.
Alguns já na Formula Um como Ronnie Peterson, Carlos Reutman, Reine Wissel, Tin Schenken fora nossos ídolos Emerson, Pace, Luiz Pereira Bueno e Wilson.
Foi um espetáculo e tanto ver os Formula 2 virar em Interlagos em 2.43s a volta e não perdi um treino ou corrida, sempre chegava cedo e saia no finalzinho da tarde, quando os carros paravam de andar ficava em algum Box acompanhando o trabalho dos mecânicos, foi sem duvida inesquecível. 

Giovanni Salvatti

Não fui a Tarumã e foi lá que no belo espetáculo aconteceu a tragédia com Giovanni Salvatti. Na Europa ele foi campeão Italiano de Formula 3 e buscava seu lugar ao Sol depois de muitas dificuldades em seu difícil inicio de carreira, já que vinha de uma família humilde e para correr fez muitos sacrifícios. No Brasil tinha se apresentado muito bem no Torneio de Formula 3 e vinha andando muito bem na Formula 2,  na primeira corrida do Torneio chegou em 5º na classificação final tendo sido 6º na primeira bateria e 5º na segunda. Na segunda corrida foi 13º na final tendo chegado em 11º na primeira bateria e 16º na segunda.


O Guard Rail colocado de forma errada, deixou com que o bico do carro entrasse por baixo.

E a lamina pegasse na cabeça de Giovanni.



Em Tarumã chegou na primeira bateria em 13º lugar e na segunda quando vinha brigando com Wilson Fittipaldi pelo 4º lugar e tentou uma ultrapassagem após a reta dos boxes na curva 1, lá a uns 200 km/h foi reto e a lamina do guard rail colocada de forma incorreta acabou com a carreira e a vida do promissor piloto Italiano.
Vivíamos o começo da cruzada de segurança nas pistas, a era pré pneus slick, era o começo das proteções que chamamos de guard rail e infelizmente em Tarumã eles estavam colocados do forma incorreta.
Foi certamente uma tragédia, lembro de ter ficado muito abalado, pois tinha estado com aqueles pilotos durante as corridas de São Paulo e agora aquele que tinha visto aqui na Formula 3 e 2 estava morto. 

  Leia mais no Arquivo Digital Quatro Rodas, Dezembro de 1971.






quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Homenagem a Haroldo Guimarães Bastos Vaz Lobo


Agosto de 2008, dia 2. Nesta data apagou-se para sempre a chama que aquecia o espírito competitivo de um dos pilotos de carreteira mais brilhantes do Paraná e do Brasil: Haroldo Guimarães Bastos Vaz Lobo.

Seu nome e seu desempenho, como piloto, lembramos com saudade. Beirando os 80 anos de idade e "inteiraço", ouvimos dele em certa ocasião: "Eu não me intimidava com os carros mais fortes que o meu. Eu não era daqueles pilotos que deixavam de entrar na pista quando sabiam que teriam de enfrentar concorrentes melhor preparados. Eu participava de todas as corridas, com ou sem chance de vencer."

E dessa forma ele procedeu, já com aquela idade, quando levou , no primeiro dia de setembro de 2007, sua carreteira Ford 1940 número 5 para participar, em Passo Fundo /RS, da festa alusiva aos 50 anos da realização da corrida do centenário de fundação da cidade.

Agradeço ao competente jornalista, o amigo Ari Moro, a cedência desta publicação no Paraná Online, dia 22 de setembro de 2010

http://www.parana-online.com.br/canal/automoveis/news/478055/?noticia=HOMENAGEM+A+HAROLDO+GUIMARAES+BASTOS+VAZ+LOBO



quarta-feira, 22 de setembro de 2010

125 GPC A PRIMEIRA FERRARI MONOPOSTO.

Nino Farina no GP da Itália em Turim 1948.

A 125 F1 foi primeiro monoposto com a marca Ferrari. Na época ainda não existia a categoria Formula Um e ela corria na categoria GP. Estreou no Grande Prêmio da Itália, GP  de Torino em 5 de Setembro de 1948 pilotada pelo grande campeão Giuseppe Farina, este carro usava um compressor Rooths simples em seu motor V12, mas no ano seguinte foram feitas mudanças radicais nos cabeçotes, adotando cabeçotes com comando de válvulas duplos e a adoção do compressor Rooths de duplo estágio.
A suspensão dianteira manteve-se praticamente similar aos modelos esportivos com rodas independentes , enquanto a traseiro foi originalmente formada por eixos oscilantes e depois  De Dion. 
Em 1949 vieram as primeiras vitórias com Giuseppe Farina, então piloto da Alfa  Romeo emprestado à Ferrari, vencendo o GP de Rosário na Temporada Argentina e depois com  Ascari vencendo o Grande Prêmio da Suíça, GP da Bélgica , GP da Holanda, e o  Grand Prix da Itália. 
Para o ano seguinte a Ferrari abandonou a configuração de motor 1.500cc com compressor, mas aí já é o começo da Formula Um e fica para outro post. 



Motor: Dianteiro, longitudinal, 12V 60° 
            Diâmetro x curso       55 x 52,5 mm 
            Cilindrada unitária    124,73 cm3 
            Cilindrada total         1496.77 cm3 
            Taxa de compressão  6.5 : 1 
            Potencia máxima       230 CV a 7000 giros/min 
            Potencia especifica    154 CV/litro 

            Distribuição
            Um comando por cabeçote, 2 válvulas por cilindro 
            Alimentação 
            Um compressor volumétrico e um carburador Weber 40 DO 3C 

            Lubrificação cárter seco
            Fricção monodisco
    
Chassi: Tubular em aço 

Suspensão dianteira: Independente com triângulo e mola          transversal inferior. Amortecedores hidráulicos Houdaille. 

Suspensão traseira: Independente, semi eixo oscilante, barra de torção.Amortecedores hidráulicos  Houdaille.

Freios a tambor
             
Cambio 5 marchas mais ré.

Reservatório de combustível capacidade 120 l 

Pneus: Dianteiro  5.50 x 15 
            Traseiro     7.00 x 15 

Peso 710 kg com água e óleo. 

Velocidade máxima 260 km/h.






terça-feira, 21 de setembro de 2010

TURISMO CLÁSSICO


Meu amigo Francis montou um blog para divulgar a categoria de Turismo Clássico que corre na terra lá em Sta Catarina. O mais interessante de tudo é que não me contou, lendo hoje seu blog "POEIRA NA VEIA" acessei um link para ver o belo FIAT 147 e me deparo com seu novo blog. E no post ele ainda chama o Ike e o Fabiani de "máfia italiana" ora Alicatão modéstia sua, me esconde o blog ainda chama os dois de mafiosos!    
Deixo aqui para todo o pessoal que está levando mais essa categoria ao forte Catarinense na Terra minha admiração e entusiasmo e por enquanto torço de longe por todos. 
Força Francis, Ike, Fabiani e a todos que estão levando seus carros a pista.

     
Fabiani Gargioni e Ike Nodari criadores do novíssimo Fiat 147.

 O carro ficou lindíssimo, feito no capricho!

O motor feito no capricho, só não emprestem ao meu amigo Duran viu Ike e Fabiani!