A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

CONFIGURAÇÕES


Ronnie Peterson e o Tyrrel P34, rodas pequenas na dianteira para facilitar a penetração aerodinâmica.

Ayrton e a estranha configuração de seu Toleman.

Na aerodinâmica a preocupação sempre foi grande vide os Auto Union de recordes e suas carrocerias totalmente carenadas, na Formula Um e Protótipos ela começou a ser pensada com seriedade na década de 1970, apesar de que as Mercedes Bens já em 1956 apresentavam para seus carros correrem em pistas de alta media de velocidade uma versão totalmente fechada que depois foi proibida pela FIA. Hoje qualquer equipe média tem um túnel de vento na proporção 1/1 e pode através dele fazer os acertos necessários, o que tornou os carros da Formula Um tão parecidos.

Ayrton na MacLarem essa estranha asa dianteira já mostrava a vocação atual para os bicos altos.


Vittorio Brambila e o estranho aerofolio de sua March.
Chris Amon e a asa dianteira criada para segurar a frente de seu carro no chão.

Quem já pilotou um carro de corridas bem sabe, a busca por um tempo melhor sempre foi complicada, muitas soluções pensadas e adotadas, cada uma a sua época e com seus efeitos.
Nos freios no final da década de 1950 começaram a aparecer os discos de aço com pinças e pastilhas que na época eram de amianto para substituir as panelas de freio com sapatas de lona. O primeiro carro a testar os discos foi o Bugatti 251 da Formula Um, que por falta de verba da equipe não foi usado em sua única corrida em 1956. Depois o Jaguar e outros carros, Bruce MacLarem morreu testando os freios a disco. Hoje os discos são de fibra de carbono e param os carros uma barbaridade.
Câmbio e diferencial e suspensão traseira também foram se aprimorando, já que deles sempre dependeu de uma boa tração para que nas saídas de curvas para que sempre se pudesse aproveitar toda potencia dos motores. Eixos traseiros rígidos depois deDion tantas outras invenções até chegarmos a caixa Hewland e o sistema de braços triangulares com semi eixos adotado hoje em todos carros de pista. Mesmo assim a tração continuou a ser um problema, diferencial autoblocante amenizava mas nunca foi suficiente para controlar a tração de um Formula Um, por exemplo, que na década de 1970 tinha um peso potencia na ordem de 1 HP para 1,5kg. Imagina hoje que esta relação é invertida, cada HP tendo de carregar mais ou menos 800g. Aí veio a eletrônica com o controle de tração que nas ruas é de muita utilidade mas nas pistas nivela os pilotos por baixo.


Fangio e a Mercedes Benz W196 de Formula Um, totalmente carenada. GP da Inglaterra 1954.
  


Pat Clancy Special 12º colocado na Indy 500 de 1948 pilotado por Billy DeVore.

Acima e abaixo o March 240, caça niqueis da equipe, abaixo pilotado por Ian scheckter.


El Lole testa a Ferrari T6, só propaganda.


Keke Rosberg testa o Willians com dois eixos traseiros. Parece que este carro foi muito rápido, mas a FIA acabou proibindo a configuração.


Henrique Mércio e Rui Amaral.


terça-feira, 24 de agosto de 2010

PROJETO 34


Templo 1977, curva do "Laranja" Depailler e Peterson num lindo sobreesterço, dois grandes pilotos essa corrida eu vi dali de perto simplesmente de arrepiar.



                        Jody a unica vitoria do Tyrrel P34 no GP da Suécia em Anderstorp 1976


                                                        Depailler num lindo voo em Monaco

                                                                   O Projeto 34

 1975 a grande preocupação das equipes e projetistas era a eorodinâmica, a penetração do carro no ambiente que o envolvia, os pneus e rodas super largos eram obstáculos diretos do ar que passava sobre o carro. Os túneis de vento eram somente em escala reduzida e não havia a informática.
Foi quando Derek Gardner trouxe a Kem Tyrrel a ideia de colocar na frente dos carros rodas de dez polegadas de diâmetro com pneus de perfil baixo, para fazer principalmente que o ar fluísse na dianteira dos carros e para isso concebeu o Projeto 34 o Tyrrel de seis rodas.

Ken Tyrrel abraça a ideia, ele que havia sido campeão do mundo com Stewart em 1973 via a superioridade de sua equipe ser ineficaz diante da MacLarem e Ferrari, alem de perder seu futuro campeão Cevert e logo a seguir Stewart que abandonou as pistas logo após de se tornar tri-campeão do mundo.

Para o Projeto 34 -P34- Ken foi buscar a parceria com a Goodyear para o desenvolvimento dos pneus que seriam colocados em rodas de aro 10 pol. E um dos maiores problemas ao desenvolvimento dos pneus era esse, só a Tyrrel iria usa-lo e não haveria parâmetro com outros carros.

No ano de 1976 sua equipe contava com dois expoentes da F I , Jody Scheckter e Patrick Depailler e foram deles os primeiros testes com o carro e a primeira participação em corridas no GP da Espanha de 1976.

Neste primeiro ano também veio a única vitória do carro com Jody no GP da Suécia em Anderstop tendo Depailler chegado em segundo, seguido de Lauda com Ferrari, Lafitte com Ligier, Hunt de MacLarem e Ragazzoni de Ferrari.

Na época a Formula Um era super competitiva e naquele ano Hunt se consagra campeão com a MacLarem deixada de bandeja para ele por Emerson.


Ronnie, sempre espetacular.

1977 sai Jody Scheckter para a Woolf e chega o Sueco Voador, Ronnie Peterson, neste ano alem de enfrentar um Lauda imbatível na Ferrari, o P 34 começa a ter problemas de desenvolvimento com os pneus, já que era a única equipe a usar e uma nova onda vinda de um grande genio do automobilismo começava a tomar forma. Era o carro asa do incrível Colin Chapman.

Outros carros foram feitos na configuração seis rodas, mas no final de 1977 a FIA resolveu mudar o regulamento e não permitir mais tal configuração.

Ofereço este post a meu amigo Joel - Joel Marcos Cesetti - cujo blog Sport Protótipos de template novo está cada dia melhor.  http://sportprototipos.blogspot.com/2010/08/detalhes.html
Me perdoem qualquer erro de datas e outros, pois esse post foi escrito principalmente do que tenho guardado na memória.


O March de seis rodas provavelmente um caça moedas da equipe. Howden Ganlei pilotando. 








Os pequenos discos de freio, sempre foram um problema nesse carro.

Notem a grossa barra estabilizadora, possivelmente para compensar o super grip que as quatro rodas proporcionavam.



O Willians de seis roda , dizem que o mais rápido de todos.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Francis, Mike e Ferraz


"Não sei como escrever. Não sei o que escrever. Faltam palavras pra expressar o sentimento de felicidade, satisfação, orgulho e alegria."Francis Henrique Trennepohl

Este é o começo do texto que meu amigo Francis colocou em seu post contando da estréia de VW na pista de terra de Ascura.
Parabéns Francis bela estréia e belo texto, um abração! 



domingo, 22 de agosto de 2010

UM POSTINHO NO PACAEMBÚ


Rui



Senti a mesma coisa , como o tempo passa , não é mesmo ?

Relembrar nossas molecagens no Pacaembú é muito bom , era uma turma boa , saudável , pena que o tempo passa , agente fica velho , a vida nos empurra um pra cada lado . Temos que agradecer , que agora temos a tar da internética para nos aproximarmos de novo , um santo remédio pra não ficar louco . rsrs

Uma coisa que seria legal de você agitar no blog e me proponho a colaborar , é um post com as histórias do Postinho . O pessoal iria gostar e nós nos divertíriamos muito relembrando o monte de absurdos que acontecia naquele posto . Eu por morar muito perto e ter uma tia que morava do lado com um primo bem mais velho , participei de três gerações de turmas , a primeira inclusive com Wilsinho, Emerson, Cacaio, Môco, Affonso,Tonão,Linguiça,Meneguello, Claudinho, Kiko Maia, Afonso e Toninho Russomano, Gito, Luizinho e Teté Pereira, entre outros . A segunda , que na minha opinião foi a mais agitada e irresponsável , com o Lincoln, Coelho, Alfredinho, Zé Sartóri, Amaral, Neto Aranha ,Antonio Henrique, Maurício, Calil, Adolfo, Zé Vic, Pedrinho Baldoccci, Junior Meirelis, Fonsequinha, Pedro Pereira,Nico Esteles, Hugo Molena, Luiz Celso Gianinni, Gamma, Lulú, Marinho Amaral e mais um monte que estou vendo na minha frente e o alemãozinho me faz fugir os nomes . E a nossa , com Manduca, Felpudo, Pangaré, Batata, Helinho Baldocci, Tonico Pereira, Wilsinho Araújo , Paulinho Lara, Marcelinho Aranha, Cezar Lolli, Carlinhos Teixeira, Marco Mammana, Lédo, Horácio, Teléco, Fred, Léllis, Raposa, Bellis e mais uma infinidade . rsrs Nossa mãe ...Se conseguisse juntar uma meia dúzia de cada geração , sai um livro de 500 páginas de histórias hilariantes . Quem sabe alguns desses internetando passe por aqui e se manifeste .


Outra coisa que gostei , foi a foto que você escolheu pra ilustrar o post . Embora a foto não seja das melhores em termos de qualidade eu gosto muito dela . Eu gostava muito do Ciro , ele era amigo do meu pai , então tive uma infância próxima dele , na realidade , amigos mesmo , como eles diziam ,” amigo de mijá junto” , era o Ari , irmão do Ciro , esse sim , vivia lá em casa , não sei se você o conheceu mas o cara era formidável , um dos caras mais engraçados que conheci na vida , não dava pra ficar perto dele sem rir muito , pena ter morrido tão cedo , acho que não tinha 50 anos ainda , teve um infarte fulminante .
Você ve como é , entrei só pra agradecer o post e já tô aqui , eu viajo . rsrs Isso que eu detesto teclar . Detesto não é bem o termo , é que eu sou um datilógrafo de mão cheia , então quando estou teclando , eu esqueço e teclo muito rápido , aí fica saíndo uma fumacinha e um cheiro de plástico queimado do teclado . Esse é o meu medo . Certo ?

Um abração



Mike
 
Recebi o comentário do Mike para o post “Mike ” e resolvi fazer esse post com o comentário e minha resposta.
 
Mike



Antes de tudo Mike é um prazer muito grande ter todos vocês aqui comigo, foi ótima sua descrição das duas corridas e seu texto de chorar de rir ao relembrar de tudo.
Quando você me perguntou por que eu não havia corrigido o que escreveu respondi a que essa era a graça de tudo. Nós em carne e osso contando o que passamos, nossas aventuras nas pistas e fora dela, e isso você faz de uma maneira que é só sua e muita gente e eu nos maravilhamos com ela.
Vamos sim contar mil histórias do Postinho do Pacaembu, você, o Jr Lara ( que é um fofoqueiro de primeira) , Manduca, Teleco, Pangaré... Vamos procurar outros amigos que na certa também estão nos procurando e contar tudo.
Algum tempo atrás alguém deixou um comentário no blog pedindo essas histórias e agora chegou a hora de contar.
Felizes de nós Mike que pudemos conviver com tantos ídolos e mais ainda sermos fãs de nossos amigos e saber que isso é reciproco.



Vem coisa brava por aí!  
 
Um abração Mike

PS: A foto foi retocada por RenatoPereira.