Simplesmente imperdivel, são dez videos, no terceiro que mostro Nino conta da sua paixão pela corrida.
A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
Targa Florio 1965
A Placa/Targa comemorativa da 49ª Targa Florio.
Lorenzo Bandini na Ferrari 275 P2.
Concebida em 1906 por Vincenzo Florio, nas Montanhas de Madonie a leste de Palermo na Sicília a Targa Florio tinha como principal objetivo divulgar a região e os ricos negócios da Familia Florio que incluíam navegação, hotelaria, terras etc. Na época foram projetados três percursos, Grande, Médio e Piccolo Madonie. Após a II Guerra Mundial apenas o Piccolo Madonie foi utilizado, com 72 km e as provas tinham 10 voltas perfazendo um total de 720 km. Grandes pilotos Italianos venceram a Targa, Nuvolari venceu em 1931/32, Gigi Viloresi em 1939/40, Umberto Magliori, Achile Varzi, Piero Taruffi, Enzo bem que tentou como piloto mas só conseguiu um segundo lugar em 1920 pilotando uma Alfa Romeo 40/60.De outros paises grandes pilotos tambem venceram, Stirlig Moss, Jo Siffert, Herbert Muller, Ricardo Rodrigues e muitos outros. Do ano de 1958 ate 1973 era valida pelo Campeonato Mundial de Viaturas Esporte e Gran Turismo, daí a importância da corrida de 1965 que vou lhes mostrar.
Nino ao volante da 275 P2
A Ferrari 275 P2 de Jean Guichet/Giancarlo Bagheti.
A Porsche vinha enfrentando a Ferrari e vencendo muitas corridas, apesar de mais nova vinha causando muitos estragos à Ferrari, e em sua casa na Targa Florio havia vencido desde 1960 três, em 1960 com Jo Bonnier/Hans Hermann com o Porsche RS60 OT Spyder, 1963 com o Porsche 904 GTS novamente com Jo Bonnier ai em dupla com Abate, e novamente em 1964 com Antonio Pucci/Colin Davies com o 904 GTS. A Ferrari havia vencido em 1961 quando Von Tripps/Olivier Gendebien levaram a Ferrari Dino 246 SP ao primeiro lugar e em 1962 quando a Dino 246 SP foi pilotada por Willy Maraise/Ricardo Rodrigues/Olivier Gendebien.
No ano de 1965 a Ferrari vem com sua esquadra composta por três principais carros para lutar pelo primeiro lugar na geral, as Ferrari 275 P2 com as duplas Ludovico Scarfioti/Mike Parkes . Jean Guichet/Giancarlo Baghetti e Nino Vacarella/Lorenzo Bandini. A Porsche com vários 904 GTS de fabrica e particulares vem tentar repetir a vitória dos dois anos anteriores.
GT 40 Roadster de Bob Bondurant/John Whitmore.
Na corrida o que se vê é Vacarella pilotando forte e rápido desde a largada, que é feita com os carros a intervalos de um minuto, e logo na segunda volta pulverizando o recorde da volta fazendo 39m21s, as outras Ferraris bem que tentam mas o Siciliano está irrepreensível e quando entrega o carro a Bandini na ao final da sétima volta a vitória esta consolidada, Hill/Bonnier com o mais rápido dos 904 GTS 8 cilindros já não fazem frente aos fabulosos tempos por volta da Ferrari # 198. E para a alegria dos Italianos, de Enzo e dos Sicilianos em particular dos quais Nino é o grande herói vencem a corrida deixando a disputa com a Porsche desempatada, agora são seis da Ferrari contra cinco da arqui-rival Alemã.
A belissima Alfa Romeo Giulia TZ164 de Lucien Biachi/Jean Roland.
MG TD Midget 1.300cc de Andrew Hedges/Paddy Hopkirk.
Austin Healey Sprit Spider 1.300cc de Bruno Aaltonen/Clive Baker.
O valente Abarth DT Spyder 1.600 cc de Hans Hermann/Leo Cella, sexto lugar na geral.
O nome Nino Vacarela foi na minha juventude sinônimo de raça, Ferrari e vitórias, volto depois a escrever sobre outras Targa Florio.
RESULTADO
Data: 5 de Maio .
Circuito: 72 km Volta mais rápida: Nino Vaccarella, Ferrari, 39:21.0 = 109.784 km/h volta 2
Espectadores mais de 250 000
Distancia: 10 voltas = 720 km
Média : 102.563 km/h
Largaram : 59 carros
Classificados 30 -
1º 198 SpA Ferrari SEFAC, Ferrari 275 P2 Nino Vaccarella/Lorenzo Bandini
2º 182 Porsche System Engineering,Porsche 904/906 Berg Spyder ColinDavis/Gehard Mitter
3º 176 Porsche System Engineering,Porsche 904/6 Umberto Maglioli/Herbert Linge
4º 174 Porsche System Engineering,Porsche 904/8 Coupe Jo Bonnier/Graham Hill
5º 94 Porsche System Engineering, Porsche 904 GTS Günther Klass/Antonio Pucci
6º 152 Abarth & Cie,Abarth 1600 OT Spyder, Hans Herrmann/Leo Cella
7º 70 Autodelta SpA,Alfa Romeo Giulia TZ '64 Lucien Bianchi/Jean Rolland
8º 132 Scuderia Sant Ambroeus,Ferrari 250 (275) LM Luigi 'Gigi' Taverna/Oddone Sigala
9º 58 Scuderia Etna, Alfa Romeo Giulia TZ Guiseppe Sirugo/Vincenzo Arena
10º 26 Abarth & Cie,Abarth-Simca 1300 Bialbero TwinCam Salvatore Calascibetta/Guiseppe Virgilio
11º 44 Dick Jacobs / British Motor Corporation,MG Midget, Andrew Hedges/Paddy Hopkirk
Agradeço a colaboração de meu amigo Henrique Mércio.
Postado por
Rui Amaral Lemos Junior
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
Jim Clark
Texto de Henrique Mércio.
Crystal Palace.
Ninguém diria que o destino de JAMES CLARK JR., era o de tornar-se um dos maiores pilotos de todos os tempos. Caçula da família, cercado por suas quatro irmãs mais velhas, caberia ao jovem varão tocar os negócios de seu pai, ou seja, cuidar das suas duas fazendas de criação de ovelhas, nos frios campos da Escócia. Mas o “highlander” logo estava as voltas com seu primeiro carro, um Sunbeam Talbot Mark III. Só que corridas, nem pensar. Os pais eram contra. Um dia porém, ele e seu amigo Ian Scott-Watson foram a uma prova que Clark calculou que seria longe o bastante de sua família; e além disso era só uma experiência sem continuidade. Scott-Watson sim, já era piloto há algum tempo. Pois na tal competição, o jovem escocês conseguia ser de dois a três segundos mais rápido que ele. Era como um presságio.
No Lotus Ford Cortina, grandes corridas no Turismo.
Lotus 30 S2 Ford.
Na Alemanha de Lotus 25 a seu estilo, tomando a ponta logo na largada.
Depois de uma campanha dos amigos, finalmente Jim Clark começou a competir. Suas primeiras participações foram em corridas de Fórmula Júnior, categoria de promoção da época. É na Fórmula Júnior que ele conhecerá o homem que irá dar-lhe a glória e a tragédia: Anthony Colin Bruce Chapman. A Lotus de Chapman começara nas pistas em 1958, e precisava de um piloto ”matador”: Stirling Moss estava em final de carreira; Graham Hill não era raçudo o suficiente e Innes Ireland, obscuro demais. Clark seria o homem e aquela longa relação começaria no Mundial de 1960, com a estréia em Zandvoort. No ano seguinte, a Fórmula 1 está numa fase de transição, dos motores de 2,5 para os de 1,5 litros. Quem dá as cartas é a Ferrari. Seus pilotos Phil Hill e Wolfgang von Trips postulam o título. O novato Clark, terá um papel importante na decisão entre os dois. Em Monza, Clark disputa posição com von Trips. Na curva Viallone, é ultrapassado pelo alemão, mas pega o seu vácuo e na Parabólica tenta dar o troco. O piloto da Ferrari não o vê e eles batem rodas. Pior para von Trips, que segue de encontro a multidão, matando 14 assistentes e morrendo também, no pior acidente da história da categoria. Um fato mais ameno na carreira de Clark em 1961, foi sua participação junto a Roy Salvadori nas 24 Horas de Le Mans, com um Aston Martin. Carro pouco competitivo, chegam em terceiro lugar. No ano seguinte, experimenta o sabor da primeira vitória em um GP. Com o Lotus 25 ganha em Spa, Aintree e Watkins Glen. G.Hill e a BRM são um páreo duro. Ano equilibrado, a decisão fica para Magdalena Mixuca, no México. Clark larga bem e dispara na ponta, seguido de Hill. Perto do final, a distância entre eles é tanta que o escocês voador já parece campeão, mas seu carro começa a soltar fumaça e ele entra no Box. Motivo: um mecânico esquecera de atarrachar um parafuso, que fizera vazar todo o óleo do motor, dando o título a Hill. Em 1963, além do Mundial de F1, Clark e a Lotus competem pela primeira vez na Indy 500. Na Europa, humilha a concorrência vencendo em Spa, Zandvoort, Silverstone, Monza, Reims, México e East London. Na Indy lidera a corrida, mas é batido pelo “local” Parnelli Jones, terminando em segundo. Descontente, pede a Chapman para correr na Milwaukee 200 e aí sim, chega a colocar 31 segundos em cima de A.J. Foyt, vencendo fácilmente. Campeão Mundial de 63 é pouco para Jimmy, mas a temporada seguinte não é das melhores. Na Fórmula 1, é primeiro em Zandvoort, Spa e Brands Hatch, mas os novos motores V-6 da Ferrari dão o título a John Surtees, mesmo que na prova do México, este corra com uma esquisita pintura azul e branca (?!) no carro de Maranello. Em Indianápolis, Chapman opta por utilizar pneus Dunlop enquanto a concorrência continua de Firestone. Prejudicado por uma greve na fábrica que atrasa a entrega das gomas, é justamente um pneu furado que o tira da corrida. Como consolo, fica com o Campeonato Britânico de Saloon, uma categoria de turismo onde corre com um Lotus Cortina. Em 65, outro “chocolate” nos adversários, com vitórias em East London, Spa, Clermont Ferrand, Zandvoort, Silverstone e Nurburgring. No final da temporada, bi-campeão, sem contar que nesse ano venceu Indianápolis também. Quem poderia detê-lo? Resposta, uma mudança de regulamento. Para 1966, o tamanho dos motores sobe para 3 litros. A Coventry-Climax, fornecedora da Lotus cai fora e Clark tem de correr com o motor BRM. Vitória, só em Watkins Glen, onde seu motor quebra na reta final na última volta e ele chega no embalo. Também se dá mal em Indianápolis, onde corre com as cores da equipe de Andy Granatelli, e é prejudicado por uma carambola de vários carros no começo da prova. A pista demorou a ser limpa e a cronometragem tinha várias dúvidas quanto ao número de voltas percorridas. Jimmy, demonstrara todo o seu fantástico controle do carro ao corrigir uma rodada em plena reta evitando uma batida, mas não evitou que a vitória ficasse com seu “freguês de caderno”, Graham Hill, ainda que muitos digam que houve erro nos mapas e o vencedor tivesse sido Clark. 1967 o encontra morando na França, como forma de fugir do leão do imposto de renda e aguardando ansioso pela estréia do novo propulsor Ford Cosworth DFV. Quando o engenho fica pronto, Jimmy o estréia com vitória em Zandvoort. Repete a dose em Silverstone, Watkins Glen e no México, mas não consegue alcançar Denny Hulme, da Brabham-Repco. Contudo, para 68, com o novo Lotus 49 acertado, ia ser como tirar doce de criança.
Ele começa o ano vencendo em Kyalami. Mas havia um detalhe. Clark corria paralelamente na Fórmula 2. Naquela temporada, já participara de duas etapas. Em Hockenhein, Alemanha, tinha a chance de recuperação. Largou do meio do bolo e passou para sexto, posição que perde na volta seguinte. Está em sétimo, disputando uma prova sem importância, quando o carro roda, sai da pista e segue por entre as árvores da Floresta Negra, até colidir com uma delas. Era 7 de abril de 1968. Jim Clark tinha 32 anos. Se fisicamente não está mais entre nós, restam as lembranças e as imagens fortes. Prefiro recordá-lo no comercial de automóvel que fez certa vez. Close em seu rosto. Está sério, concentrado. De repente, como se lembrasse de algo importante, sobe no carro e vai-se embora, pela pista molhada e nebulosa. Henrique Mércio.
Publicado no Jornal Minuano, Bagé/RS em 25/04/98, por ocasião dos trinta anos do falecimento de Jim Clark.
Postado por
Rui Amaral Lemos Junior
domingo, 7 de fevereiro de 2010
O PROTÓTIPO
Novas fotos do protótipo que vai usar carroceria do VW D3, os extratores de ar, suspenção dianteira com o grande radiador de agua e o aerofolio traseiro.
A Semana passada mostrei uma foto de um podium onde o Ferraz estava numa posição abaixo do Bruno, foi a maior bronca! "Rui tu tens fotos aí onde estou em primeiro, e patati patatá etc e tal" como tenho apenas umas 500 fotos do Ferraz fui buscar uma das que ele está em primeiro no podiun e o Bruninho e Orlando abaixo. Quero ver de que lado vem a bronca hoje! Depois um podiun de 1982 com Alvaro Guimarães, eu, Ricardo Mogames, Laercio dos Santos, Elcio Pelegrini e Ferraz.
O motor 1.900cc AP Turbo do Porsche do Ferraz, notem a cor do coletor de escape quando acelerado.
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Rui Amaral Lemos Junior
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