Caninana serpente ágil e muito rápida , agressiva mostra sua garra e velocidade quando provocada .
Orlando Menegaz e sua Caninana caminhando para vitória nos 500 KM de Porto Alegre em 1962 .
A Caninana mostra sua velocidade e rasga a reta do lendário Tarumã pilotada por Orlando Menegaz no ano de 1998 .
A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
domingo, 22 de novembro de 2009
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Carreteras no Tarumã 1998
No vídeo que recebi da talentosa Graziela Rocha com arquivos de seu pai Nelson Rocha , achei essa preciosidade , no dia 23 de Maio de 1998 no autódromo do Tarumã homenagearam nossos grandes pilotos de carreteras , grandes pilotos e grandes carros , o Gaúcho sabe como enaltecer seus ídolos e de todos nós. Consegui tirar essas fotos do vídeo , com minha conhecida incompetência para lidar com essa máquina , mas acredito que valeu pelo valor histórico . Obrigado Nelson e Graziela e obrigado a todos pilotos que um dia correram com esses bólidos . Obrigado por podermos recordar .
Alcidio Schröeder , Paulo Afonso Trevisan , Breno Fornari e de boné branco Orlando Menegaz .
Orlando Menegaz mostra à repórter Hickmann sua carretera Chevrolet com motor Corvette . Com este carro em dupla com Ítalo Bertão escreveram uma das mais belas páginas do automobilismo Brasileiro ao vencerem em Interlagos as Mil Milhas Brasileiras no ano de 1961 .
Postado por
Rui Amaral Lemos Junior
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
MIL MILHAS BRASILEIRAS 1984 - III por Rui Amaral Jr
Opala de João Lindau/Roberto Ferreira/Sebastião Santos .
No final de 1983 os amigos Marcos e Arno Levorin da retífica SALECAR, convidaram-me a correr as MM com Fabio filho de Marcos, usaríamos meu carro que, havia sido deles e estava parado desde o final de 1982. Correríamos na cat. Hot Car, eles tinham como patrocinador, uma indústria de café, teríamos de mudar a cor do carro para amarelo. Motor poderíamos usar o 1.800 cc. Carro amarelo para mim nunca deu certo de umas oito corridas que fiz com essa cor não terminei nenhuma.
Início de janeiro e dos treinos com 1.800 cc, o torke do carro ficava muito bom e começamos a andar bem rápido, acertamos chassi, agora poderia usar meus amortecedores Koni e iríamos correr com pneus da Peneubras na medida de altura de 20, pois a caixa três já estava com as relações acertadas para eles.
A equipe da rede Record chegou para fazer a chamada da corrida que transmitiriam e seus repórteres viram aquele VW andando uma barbaridade, quiseram gravar as cenas da chamada... apareci vestindo a touca o capacete e meu nome e depois o carro na pista. Aí o amarelo começou a funcionar. A indústria de café, apesar de já termos pintado o carro, deu para trás.
José Ferraz/Julio Miglioli
Os Levorin receberam uma oferta do Amadeu Rodrigues para dividir a tocada do carro comigo e o Fabinho e, apesar de gostar do Amadeu acabei não aceitando, até hoje me arrependo, e veio o Alexandre Benevides para dividir o carro conosco. O Alexandre, bi-campeão Brasileiro de gaiola nunca havia pilotado em pista de asfalto muito menos com pneus slick. Lembro em um treino ao levá-lo dar uma volta na pista, eu amarrado ao banco com cinto de seis pontas e ele sentado ao lado provavelmente na bateria. Não andaria forte, ia só mostrar a pista a ele, mas quando a 1ª encheu e fui descendo o “Retão” enfiando as marchas em sequência seus olhos estavam bem maiores que o normal, afinal aqueles Fusquinhas aceleravam uma barbaridade!
Mas além de super simpático o Alexandre não era bobo, afinal era bi-campeão de uma categoria que na época era super disputada. Correríamos com o patrocínio da Ind. de Pneus Levorin e verba levada pelo Alexandre.
Na classificação ficamos esperando um jogo de rodas que havia sido levado para dar um passe e de repente o organizador diminuiu o tempo do treino e tivemos de sair com pneus usados, faltando uns 5 min. para o final. E nós que achávamos que largaríamos lá na frente acabamos por largar na 4/5 fila.
Recordando a fantástica equipe de profissionais da CIBIÉ, quando foram instalar os seis faróis, quis dar um palpite e o chefe deles, que já havia feito 20 MM me disse que se não gostasse do modo que colocariam os faróis eles usariam meu palpite! Ficou simplesmente ótimo, e eu que já amava aquela pista de dia fiquei maravilhado de poder andar à noite praticamente no mesmo ritmo.
A CORRIDA.
Chovia “canivetes”, eu largaria, lembro de conversar com o Fabinho e o Alexandre e ver a preocupação em seus rostos, fomos para o grid. O único senão era que usaria pneus PIRELLI de F 3 cuja altura era de 22 o que tornaria o câmbio muito mais longo e a largada bem mais lenta até encher à 1ª.
Ao contrário do que escrevi antes, estava bem atrás da Alfa Romeo do Paulão e ele teimava em não fechar a porta, certamente para refrescar e eu preocupado. Ao acender a luz vermelha os carros das filas de trás já largaram e, olha que eram mais de 60, esperei o sinal verde, largando com toda dificuldade, pois a 1ª marcha com aquela relação e pneus 22 atingia mais de 120 KM/H e tirar o carro da imobilidade não foi fácil. Não vi o acidente da largada, estava no lado esquerdo da pista e preocupado com aquele enxame de Fiat, Passat e etc. da D1 que iam ultrapassando-me. Na descida do “Retão” comecei a tomar as posições desses carros que eram muito mais lentos que eu, os Pirelli grudavam na pista e até a junção tinha retomado muitas posições. Aí encontrei o Fiat Hot Car amarelo nº 25 do Chico Lameirão/Paternostro, quando fui ultrapassá-lo no “Café” notei algumas bandeiras já dentro da pista, tirei o pé preocupado com os que viam atrás , felizmente nada aconteceu, eram nossos “Anjos da Guarda” fazendo seu trabalho, cuidando de nossa segurança. Só ao chegar aos boxes fiquei sabendo do que ocorrera na largada, uma alicatada de um piloto inexperiente e a afoiteza de quem vinha atrás. Graças a Deus ninguém se feriu com gravidade.
Acredite se quiser, apesar de toda tensão em nosso Box, fui buscar um telefone para ligar a minha mãe, que assistia e devia estar preocupada, com ajuda do grande amigo Carpinelli.
A segunda largada foi mais tranquila, com a perda de muitas posições, mas logo recuperadas – dos Divisão 1 no “Retão” passei um monte e, no final da 1ª volta já vinha entre os 15. Os Pirelli grudavam no chão e o motor empurrava muito, com o câmbio me ajeitei, usando uma marcha mais curta que o normal e a 4ª somente na “Reta oposta”, “Reta dos Box” e “Retão”. Duas ultrapassagens lembro bem, o Capeta Palhares/Murilo Piloto de Alfa Romeo nº 33 que encontrei na freada da “TRÊS” e apesar de vir bem mais rápido só ultrapassei-o na freada do “Sargento”. A “Alfona” vinha o tempo todo de lado, da “Quatro” até a “Ferradura” o tempo todo derrapando, quando dava motor saia de traseira aí corrigia - grande piloto o Capeta . A outra foi quando ultrapassei o Paulão/Fabio Souto Mayor com a outra Alfa nº 22 , foi na curva depois do “Bico de pato”, coitada aquela curva nunca teve nome, ele vendo que eu vinha muito mais rápido fez um sinal com a mão e tomei a curva antes dele. Campeão é campeão até cedendo a posição ele foi um grande piloto.
Lá pela 8ª volta já estava entre os dez, e ao chegar na “Junção” notei a pressão de óleo a zero e entrei no Box - motor havia estourado. O interessante é que por conta do câmbio longo não o havia forçado, andando mais em cima dos pneus e freios
Motor foi trocado rapidamente e voltei à pista. Não tinha completado meu turno.
Na freada da “Três” uma desagradável surpresa, a ambulância que estava parada no Retão, atrás do Guard Rail havia saído, e como era meu ponto de referência quase estampo ali mesmo.
José Ferraz/Julio Miglioli
Saindo da “Subida do lago” notei óleo saindo de meu motor novo, tentei ir até o box, mas o motor apagou na freada do “Sargento” e lá ficou meu carro!
Ao parar logo veio um bandeirinha, deles escrevi neste blog “Anjos da Guarda” e segurando meu braço levou-me até um lugar seguro, para logo a seguir com seus companheiros sinalizar ao lado do carro, e veja bem um lugar dificílimo onde os Stock, Maverick e outros carros vinham numa freada forte, dificultada pelas condições do tempo.
Ao atravessar a pista, subindo pelo lado do “Sargento” algumas pessoas que assistiam dali a corrida aplaudiram-me - devo ter feito umas 5 ultrapassagens naquela freada. Chateado agradeci-lhes e um deles com o carro junto à cerca além dos aplausos ofereceu-me um copo de Congnac, agradecido bebi. Agora já podia, para chegar a meu box e ver o Fabinho e o Alexandre cabisbaixos, nossa corrida tinha acabado.
Confesso a vocês que fiquei muito chateado. Em momento algum forcei os motores, o conta-giros JONES com espia foi prova disso, confesso também que com os Stock parando para reabastecer muito antes de nós tinha a esperança de entregar o carro ao Fabinho numa boa colocação, talvez até na ponta.
Nunca mais corri, já tinha 32 anos, e se alguém algum dia me convidar a pilotar um carro de corridas que, por favor, não seja amarelo!
O detaque negativo dessas MM foi o atrolelamento de um espectador por um Maverick em pleno "Retão" , o bandeirinha que veio me contar quando voltei a Interlagos quase no final da corrida ainda estava emocionado .
Agradeço à Graziela Rocha , Fabiano Guimarães , José Ferraz , Duran , Romeu , Cláudio , Rui , Bifulco , Joel pelo apoio .
Dedico esta postagen à memória de dois amigões , os saudosos Arno Leverin e João Lindau Neto .
A seguir o relato do Romeu para a largada .
F250GTO disse...
Nessa Mil Milhas de 84 eu estava lá.
Exatamente na linha onde estava o Opala do Beto.
Na hora da largada desabou um verdadeiro toró em Interlagos.
A largada erroneamente numa situação dessas, foi dada com os carros parados no grid.
O carro apagou justamente na hora de largar, e o piloto ficou com o braço levantado acenando desesperado e já prevendo o pior, pois atras dele largavam mais de 60 e tantos carros.
Alguns, que vinham log atrás, perceberam e desviaram e por milimetros não acertaram o Opala.
Mas o pessoal que vinha detrás mesmo, sem visão por causa do "spray" e em maior velocidade encheu a traseira do Opala e bateram uns nos outros, algun tiveram inclusive principio de incendio.
Se não me engano, apesar dos estragos (grandes) dos carros, ninguem se feriu gravemente, felizmente.
Poderia ter sido bem pior.
Romeu.
No final de 1983 os amigos Marcos e Arno Levorin da retífica SALECAR, convidaram-me a correr as MM com Fabio filho de Marcos, usaríamos meu carro que, havia sido deles e estava parado desde o final de 1982. Correríamos na cat. Hot Car, eles tinham como patrocinador, uma indústria de café, teríamos de mudar a cor do carro para amarelo. Motor poderíamos usar o 1.800 cc. Carro amarelo para mim nunca deu certo de umas oito corridas que fiz com essa cor não terminei nenhuma.
Início de janeiro e dos treinos com 1.800 cc, o torke do carro ficava muito bom e começamos a andar bem rápido, acertamos chassi, agora poderia usar meus amortecedores Koni e iríamos correr com pneus da Peneubras na medida de altura de 20, pois a caixa três já estava com as relações acertadas para eles.
A equipe da rede Record chegou para fazer a chamada da corrida que transmitiriam e seus repórteres viram aquele VW andando uma barbaridade, quiseram gravar as cenas da chamada... apareci vestindo a touca o capacete e meu nome e depois o carro na pista. Aí o amarelo começou a funcionar. A indústria de café, apesar de já termos pintado o carro, deu para trás.
José Ferraz/Julio Miglioli
Os Levorin receberam uma oferta do Amadeu Rodrigues para dividir a tocada do carro comigo e o Fabinho e, apesar de gostar do Amadeu acabei não aceitando, até hoje me arrependo, e veio o Alexandre Benevides para dividir o carro conosco. O Alexandre, bi-campeão Brasileiro de gaiola nunca havia pilotado em pista de asfalto muito menos com pneus slick. Lembro em um treino ao levá-lo dar uma volta na pista, eu amarrado ao banco com cinto de seis pontas e ele sentado ao lado provavelmente na bateria. Não andaria forte, ia só mostrar a pista a ele, mas quando a 1ª encheu e fui descendo o “Retão” enfiando as marchas em sequência seus olhos estavam bem maiores que o normal, afinal aqueles Fusquinhas aceleravam uma barbaridade!
Mas além de super simpático o Alexandre não era bobo, afinal era bi-campeão de uma categoria que na época era super disputada. Correríamos com o patrocínio da Ind. de Pneus Levorin e verba levada pelo Alexandre.
Na classificação ficamos esperando um jogo de rodas que havia sido levado para dar um passe e de repente o organizador diminuiu o tempo do treino e tivemos de sair com pneus usados, faltando uns 5 min. para o final. E nós que achávamos que largaríamos lá na frente acabamos por largar na 4/5 fila.
Recordando a fantástica equipe de profissionais da CIBIÉ, quando foram instalar os seis faróis, quis dar um palpite e o chefe deles, que já havia feito 20 MM me disse que se não gostasse do modo que colocariam os faróis eles usariam meu palpite! Ficou simplesmente ótimo, e eu que já amava aquela pista de dia fiquei maravilhado de poder andar à noite praticamente no mesmo ritmo.
A CORRIDA.
Chovia “canivetes”, eu largaria, lembro de conversar com o Fabinho e o Alexandre e ver a preocupação em seus rostos, fomos para o grid. O único senão era que usaria pneus PIRELLI de F 3 cuja altura era de 22 o que tornaria o câmbio muito mais longo e a largada bem mais lenta até encher à 1ª.
Ao contrário do que escrevi antes, estava bem atrás da Alfa Romeo do Paulão e ele teimava em não fechar a porta, certamente para refrescar e eu preocupado. Ao acender a luz vermelha os carros das filas de trás já largaram e, olha que eram mais de 60, esperei o sinal verde, largando com toda dificuldade, pois a 1ª marcha com aquela relação e pneus 22 atingia mais de 120 KM/H e tirar o carro da imobilidade não foi fácil. Não vi o acidente da largada, estava no lado esquerdo da pista e preocupado com aquele enxame de Fiat, Passat e etc. da D1 que iam ultrapassando-me. Na descida do “Retão” comecei a tomar as posições desses carros que eram muito mais lentos que eu, os Pirelli grudavam na pista e até a junção tinha retomado muitas posições. Aí encontrei o Fiat Hot Car amarelo nº 25 do Chico Lameirão/Paternostro, quando fui ultrapassá-lo no “Café” notei algumas bandeiras já dentro da pista, tirei o pé preocupado com os que viam atrás , felizmente nada aconteceu, eram nossos “Anjos da Guarda” fazendo seu trabalho, cuidando de nossa segurança. Só ao chegar aos boxes fiquei sabendo do que ocorrera na largada, uma alicatada de um piloto inexperiente e a afoiteza de quem vinha atrás. Graças a Deus ninguém se feriu com gravidade.
Acredite se quiser, apesar de toda tensão em nosso Box, fui buscar um telefone para ligar a minha mãe, que assistia e devia estar preocupada, com ajuda do grande amigo Carpinelli.
A segunda largada foi mais tranquila, com a perda de muitas posições, mas logo recuperadas – dos Divisão 1 no “Retão” passei um monte e, no final da 1ª volta já vinha entre os 15. Os Pirelli grudavam no chão e o motor empurrava muito, com o câmbio me ajeitei, usando uma marcha mais curta que o normal e a 4ª somente na “Reta oposta”, “Reta dos Box” e “Retão”. Duas ultrapassagens lembro bem, o Capeta Palhares/Murilo Piloto de Alfa Romeo nº 33 que encontrei na freada da “TRÊS” e apesar de vir bem mais rápido só ultrapassei-o na freada do “Sargento”. A “Alfona” vinha o tempo todo de lado, da “Quatro” até a “Ferradura” o tempo todo derrapando, quando dava motor saia de traseira aí corrigia - grande piloto o Capeta . A outra foi quando ultrapassei o Paulão/Fabio Souto Mayor com a outra Alfa nº 22 , foi na curva depois do “Bico de pato”, coitada aquela curva nunca teve nome, ele vendo que eu vinha muito mais rápido fez um sinal com a mão e tomei a curva antes dele. Campeão é campeão até cedendo a posição ele foi um grande piloto.
Lá pela 8ª volta já estava entre os dez, e ao chegar na “Junção” notei a pressão de óleo a zero e entrei no Box - motor havia estourado. O interessante é que por conta do câmbio longo não o havia forçado, andando mais em cima dos pneus e freios
Motor foi trocado rapidamente e voltei à pista. Não tinha completado meu turno.
Na freada da “Três” uma desagradável surpresa, a ambulância que estava parada no Retão, atrás do Guard Rail havia saído, e como era meu ponto de referência quase estampo ali mesmo.
José Ferraz/Julio Miglioli
Saindo da “Subida do lago” notei óleo saindo de meu motor novo, tentei ir até o box, mas o motor apagou na freada do “Sargento” e lá ficou meu carro!
Ao parar logo veio um bandeirinha, deles escrevi neste blog “Anjos da Guarda” e segurando meu braço levou-me até um lugar seguro, para logo a seguir com seus companheiros sinalizar ao lado do carro, e veja bem um lugar dificílimo onde os Stock, Maverick e outros carros vinham numa freada forte, dificultada pelas condições do tempo.
Ao atravessar a pista, subindo pelo lado do “Sargento” algumas pessoas que assistiam dali a corrida aplaudiram-me - devo ter feito umas 5 ultrapassagens naquela freada. Chateado agradeci-lhes e um deles com o carro junto à cerca além dos aplausos ofereceu-me um copo de Congnac, agradecido bebi. Agora já podia, para chegar a meu box e ver o Fabinho e o Alexandre cabisbaixos, nossa corrida tinha acabado.
Confesso a vocês que fiquei muito chateado. Em momento algum forcei os motores, o conta-giros JONES com espia foi prova disso, confesso também que com os Stock parando para reabastecer muito antes de nós tinha a esperança de entregar o carro ao Fabinho numa boa colocação, talvez até na ponta.
Nunca mais corri, já tinha 32 anos, e se alguém algum dia me convidar a pilotar um carro de corridas que, por favor, não seja amarelo!
O detaque negativo dessas MM foi o atrolelamento de um espectador por um Maverick em pleno "Retão" , o bandeirinha que veio me contar quando voltei a Interlagos quase no final da corrida ainda estava emocionado .
Agradeço à Graziela Rocha , Fabiano Guimarães , José Ferraz , Duran , Romeu , Cláudio , Rui , Bifulco , Joel pelo apoio .
Dedico esta postagen à memória de dois amigões , os saudosos Arno Leverin e João Lindau Neto .
A seguir o relato do Romeu para a largada .
F250GTO disse...
Nessa Mil Milhas de 84 eu estava lá.
Exatamente na linha onde estava o Opala do Beto.
Na hora da largada desabou um verdadeiro toró em Interlagos.
A largada erroneamente numa situação dessas, foi dada com os carros parados no grid.
O carro apagou justamente na hora de largar, e o piloto ficou com o braço levantado acenando desesperado e já prevendo o pior, pois atras dele largavam mais de 60 e tantos carros.
Alguns, que vinham log atrás, perceberam e desviaram e por milimetros não acertaram o Opala.
Mas o pessoal que vinha detrás mesmo, sem visão por causa do "spray" e em maior velocidade encheu a traseira do Opala e bateram uns nos outros, algun tiveram inclusive principio de incendio.
Se não me engano, apesar dos estragos (grandes) dos carros, ninguem se feriu gravemente, felizmente.
Poderia ter sido bem pior.
Romeu.
Postado por
Rui Amaral Lemos Junior
domingo, 15 de novembro de 2009
MIL MILHAS BRASILEIRAS 1984- II por Fabiano Guimarães
"A expectativa para estas Mil Milhas era enorme. Desde que a prova voltou a ser disputada em 1982 eu e meu pai seguíamos sempre o mesmo ritual: Assistíamos a largada, ficávamos até umas duas da manhã voltávamos para casa e retornávamos ao autódromo por volta das 10:00 hs para assistir ao final da prova e fotografar os "sobreviventes". Em 84, na época com 14 anos respirava o mês todo apenas Mil Milhas, aguardando ansioso para assistir aquele que era o maior espectáculo do automobilismo brasileiro.
Fotos Luiz Guimarães Jr e Fabiano Guimarães .
Naquela época havia grande interação entre o público e os veículos que corriam, pois eram carros como os que utilizávamos na rua, Passats contra Escort, Fusca ultrapassando Voyage na reta, muitos não acreditavam como isso poderia acontecer, Opalas rugindo na reta e muitos pegas interessantes, bem diferente de hoje, com protótipos contra Porsches, Lister, Viper, ou seja carros que dificilmente teremos em nossas garagens.
Com 66 carros alinhados e muita chuva a adrenalina para a largada era enorme, um espectáculo magnífico para os olhos e ouvidos, na primeira fila o pole acho que era o Opala do trio Ingo/Affonso/"Pequepê", não me lembro e tenho certeza que algum blogueiro irá ajudar, na 2ª posição o Opala do trio Yoshikuma / Aliperti / Beto Nogueira. Não sei por qual motivo o Yoshikuma, proprietário do veículo optou em deixar o Beto largar. Pelo que me lembro sua experiência resumia-se em algumas provas de Turismo Opala e Marcas com um Escort, ou seja, muito pouco para tocar um Stock naquelas condições. Ao acender a luz verde, todos saíram exceto o Opalão do Beto. Chegou a dar um "pulinho" mas apagou ali mesmo. Claro que os primeiros que vinham atrás desviaram mas outros 8 veículos não tiveram a mesma sorte: o primeiro a atingir foi o Fiat da equipe Galileo, provavelmente passando de 3ª para 4ª marcha, pé embaixo, pilotado pelo Marcelo Toldi, que inclusive sofreu um princípio de incêndio, muito bem lembrado pelo blogueiro Romeu em seu comentário. O Marcelo foi removido pelo pára-brisa e levado ao hospital. Lembro ainda do Voyage do Josué, o Fiat do Nelson Silva e o Chevette do Marechal envolvidos no acidente. O barulho da pancada nas arquibancadas foi apavorante e os anjos da guarda dos pilotos envolvidos estavam mesmo de plantão, pois as consequencias poderiam ser piores. Dos 8 carros envolvidos, 2 tiveram condições de relargar inclusive o Chevette do trio Marechal / Magra / Dal Pont chegando até o final da prova.
A segunda largada foi normal e no final o trio Zeca Giaffone / Reinaldo Campello / Maurizio Sala com Opala sagrou-se campeão, com Leonel / Alencar em 2º e Camilo / Bel / Bertinni em 3º, todos com Opala. Quem quiser o resultado dos 10 primeiros é só consultar o excelente blog do Carlos de Paula. Estou enviando junto com o texto 4 fotos da prova, uma delas o Escort do trio Tucano / Louzão / Florenzo com o primeiro empurrando seu veículo na linha de chegada após uma possível pane seca. Até hoje esta pane é contestada com alguns afirmando que não passou de jogada de marketing para o patrocinador aparecer em revistas especializadas. Na outra foto, o Opala 3º colocado com o patrocínio da Ford!!?? na porta, algo impensável nos dias de hoje, por se tratar de um veículo Chevrolet. Em mais uma foto o Chevette do trio Marechal / Magra / Dal Pont, que apesar de bastante avariado com o acidente na largada foi até o final da prova.
E em outra o Passat nº 9 do trio Adalberto Ayres / Adalberto Ayres Jr. / José Versa . O Ayres Jr. é o "Chupeta" falecido ano passado com problemas cardíacos e gostaria de publicar esta foto para prestar uma homenagem afinal foi meu parceiro na tocada do Gol nº 17 no Paulista de Marcas em 1992. A história era sempre a mesma, eu largava na 1ª bateria e ele quebrava na 2ª, porém aprendi bastante com ele, era um grande cara e aonde estava era diversão garantida, mas isto é assunto para outra ocasião."
Com 66 carros alinhados e muita chuva a adrenalina para a largada era enorme, um espectáculo magnífico para os olhos e ouvidos, na primeira fila o pole acho que era o Opala do trio Ingo/Affonso/"Pequepê", não me lembro e tenho certeza que algum blogueiro irá ajudar, na 2ª posição o Opala do trio Yoshikuma / Aliperti / Beto Nogueira. Não sei por qual motivo o Yoshikuma, proprietário do veículo optou em deixar o Beto largar. Pelo que me lembro sua experiência resumia-se em algumas provas de Turismo Opala e Marcas com um Escort, ou seja, muito pouco para tocar um Stock naquelas condições. Ao acender a luz verde, todos saíram exceto o Opalão do Beto. Chegou a dar um "pulinho" mas apagou ali mesmo. Claro que os primeiros que vinham atrás desviaram mas outros 8 veículos não tiveram a mesma sorte: o primeiro a atingir foi o Fiat da equipe Galileo, provavelmente passando de 3ª para 4ª marcha, pé embaixo, pilotado pelo Marcelo Toldi, que inclusive sofreu um princípio de incêndio, muito bem lembrado pelo blogueiro Romeu em seu comentário. O Marcelo foi removido pelo pára-brisa e levado ao hospital. Lembro ainda do Voyage do Josué, o Fiat do Nelson Silva e o Chevette do Marechal envolvidos no acidente. O barulho da pancada nas arquibancadas foi apavorante e os anjos da guarda dos pilotos envolvidos estavam mesmo de plantão, pois as consequencias poderiam ser piores. Dos 8 carros envolvidos, 2 tiveram condições de relargar inclusive o Chevette do trio Marechal / Magra / Dal Pont chegando até o final da prova.
A segunda largada foi normal e no final o trio Zeca Giaffone / Reinaldo Campello / Maurizio Sala com Opala sagrou-se campeão, com Leonel / Alencar em 2º e Camilo / Bel / Bertinni em 3º, todos com Opala. Quem quiser o resultado dos 10 primeiros é só consultar o excelente blog do Carlos de Paula. Estou enviando junto com o texto 4 fotos da prova, uma delas o Escort do trio Tucano / Louzão / Florenzo com o primeiro empurrando seu veículo na linha de chegada após uma possível pane seca. Até hoje esta pane é contestada com alguns afirmando que não passou de jogada de marketing para o patrocinador aparecer em revistas especializadas. Na outra foto, o Opala 3º colocado com o patrocínio da Ford!!?? na porta, algo impensável nos dias de hoje, por se tratar de um veículo Chevrolet. Em mais uma foto o Chevette do trio Marechal / Magra / Dal Pont, que apesar de bastante avariado com o acidente na largada foi até o final da prova.
E em outra o Passat nº 9 do trio Adalberto Ayres / Adalberto Ayres Jr. / José Versa . O Ayres Jr. é o "Chupeta" falecido ano passado com problemas cardíacos e gostaria de publicar esta foto para prestar uma homenagem afinal foi meu parceiro na tocada do Gol nº 17 no Paulista de Marcas em 1992. A história era sempre a mesma, eu largava na 1ª bateria e ele quebrava na 2ª, porém aprendi bastante com ele, era um grande cara e aonde estava era diversão garantida, mas isto é assunto para outra ocasião."
Fotos Luiz Guimarães Jr e Fabiano Guimarães .
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Rui Amaral Lemos Junior
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