A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
terça-feira, 27 de outubro de 2009
PEQUENA HISTÓRIA DO AUTOMOBILISMO BRASILEIRO
Circuito da Gávea no Rio de Janeiro: as primeiras corridas no Brasil
por Renato Castro Barranco, Luis Fernando Ramos e Bob Sharp - revisão de Paulo Scali e Antonio Carlos Buarque de Lima
Tudo começou em 1906, com uma corrida de carros oficialmente organizada pelo Automóvil Club Argentino, a Buenos Aires - El Tigre - Buenos Aires. Antes, ocorreram corridas de carros extra-oficiais, no Brasil e na Argentina, organizadas pelos próprios participantes. Em 1902 aconteceu uma corrida de carros no Hipódromo Paulistano da Moóca entre 3 cavaleiros, sendo vencedor o Sr. José Paulino. Na Argentina houve em 1899 uma corrida entre 2 triciclos a motor.
A primeira corrida de automóveis oficialmente organizada no Brasil por um clube automobilístico - no caso o Automóvel Club de São Paulo - aconteceu em 26 de julho de 1908, em Itapecerica da Serra - São Paulo. O vencedor foi Sylvio Álvares Penteado, pilotando um Fiat de 40 cavalos e aclamado como herói por uma multidão de dez mil pessoas. Somente oito anos depois é que os carros voltariam a circular em São Paulo disputando uma corrida, quando um grupo de pilotos resolveu disputar uma prova num percurso entre São Paulo e Ribeirão Preto.
O primeiro carro de corridas brasileiro foi construído de 1933 a 1939 por João Geraldo Woerdenbag, da
" Woerdenbag Motors", na Rua do Senado n°. 341 - bairro Riachuelo, Centro do Rio de Janeiro.
Foi vencedor do III Gávea Nacional de 1940, pilotado por Rubens Abrunhosa, com motor Studebaker
e chassis próprio. Para quem não sabe, João Geraldo é pai do Tomás, que continuou na mesma oficina na
Rua do Senado, até falecer em agosto 2004 e do João Luís, que foi da Motorfix, uma excelente oficina nos
anos 1980 na Rua Assunção, em Botafogo. Atualmente, João Luis, já falecido -- pai do cantor
Lobão -- cuidava dos carros da família Marinho, no Rio de Janeiro.
No Rio de Janeiro, o nome Gávea é originário da maravilhosa pedra de 842 metros que se levanta quase à beira-praia entre a desembocadura do Rio Cachoeira e a Ponta do Marisco, integrante do Maciço da Tijuca. Este nome foi dado pelos portugueses por acharem a mesma parecida com a gávea de um veleiro, vista do mar.
Manuel de Teffé e seu Alfa Romeo, vencedor do "1º Prêmio Cidade do Rio de Janeiro" no Circuito da Gávea -1933
Neste famoso bairro, no final da década de 1920 e inicio da década de 1930 foram realizadas as primeiras corridas de automóveis regulares. A década de 30 marcou o florescimento do automobilismo no Brasil. Alguns anos após a entrada no País de montadoras como a Ford e a General Motors, as competições começavam a se multiplicar. Algumas delas, como a Prova de Subida de Montanha de Petrópolis, já atraíam alguns competidores estrangeiros.
Manuel de Teffé, piloto que regressava da Europa, onde teve alguns êxitos neste esporte, teve a idéia de trazer para o Brasil o circuito de corridas de automóvel, para que o evento tivesse repercussão internacional.
A idéia foi aceita e levada ao então presidente Getúlio Vargas, que prometeu todo o apoio. Na temporada oficial de turismo de 1933, o Automóvel Club do Brasil promoveu o circuito Niemeyer--Gávea, com o título "1º Prêmio Cidade do Rio de Janeiro", no domingo 1º de outubro, que contou com a participação do piloto Chico Landi.
Então o Automóvel Club do Brasil resolveu pleitear o direito de sediar uma prova que integrasse o calendário oficial da Federação Internacional do Automóvel. O pedido foi aceito e surgiu aí o Grande Prêmio Cidade do Rio de Janeiro. O local escolhido foi o Circuito da Gávea, um traçado de rua com mais de 11 quilômetros que contornava o Morro Dois Irmãos.
A largada era na Rua Marquês de São Vicente, quase em frente a então sede antiga do A.C.B.. Aliás, passei por lá no começo deste ano e me cortou o coração ao ver o velho casarão ser demolido. É uma vergonha como falta o respeito à memória do Brasil!! Mas, voltando ao assunto, o trajeto seguia pelas Avenidas Bartolomeu Mitre, Visconde de Albuquerque, Niemeyer e Estrada da Gávea, onde hoje é o bairro da Rocinha.
Um Alfa Romeo 8C 2300 Monza, passando pela linha de chegada na Rua Marquês de São Vicente, Gávea
Com mais de 100 curvas e diferentes tipos de piso (asfalto, cimento, paralelepípedo e areia), o traçado era um verdadeiro desafio à perícia e ao arrojo dos pilotos.
O local de largada, em que os carros cruzavam os escorregadios trilhos de bonde, aumentavam o nível de periculosidade.
Tudo isso junto rendeu o apelido de ?Trampolim do Diabo? ao Circuito da Gávea, que completou 71 anos da primeira corrida de 1933.
O automobilismo no Brasil ainda estava engatinhando. Em 1933, com esta inauguração do "Trampolim do Diabo" foi que realmente o Brasil passou a fazer parte do calendário do automobilismo internacional.
As três primeiras corridas contaram com praticamente apenas corredores sul-americanos. O fato mais marcante foi na corrida de 1935 quando Irineu Corrêa, que vencera no ano anterior, morreu ainda na primeira volta após se chocar com uma árvore e cair no canal do Leblon. Um dos pilotos mais talentosos que este País já teve, Irineu se destacava também em provas na Argentina e chegou a vencer uma corrida nos Estados Unidos, provavelmente a primeira vitória de um brasileiro no Exterior. Sua morte chocou o público da então Capital Federal.
A bandeirada de vitória a Irineu Correa, vencedor do II Circuito da Gávea - 1934
Notem a imensa platéia sobre a ponte do canal da Av. Visconde de Albuquerque, no Leblon.
Vários carros de passeio adaptados para corridas em oficinas de fundo de quintal participaram da prova -- vencida pelo Barão de Teffé -- junto com as "baratinhas", como eram conhecidos os carros de corrida monopostos da época.
Manuel de Teffé e seu Maserati no "Circuito de Petrópolis" - 1935
O vencedor do Circuito da Gávea de 1935 foi o mecânico e corredor ítalo-argentino Ricardo Carú, com um Fiat 519 adaptado. Carú nasceu na Itália e migrou para a Argentina, onde não conseguia vencer corridas de carros, mas obtinha uma quantidade notável de segundos lugares, motivo pelo qual era chamado nesse país de "El Eterno Segundo". Sua vitória no Brasil foi a primeira de sua carreira.
A corrida de 1936 marcou a chegada de competidores de peso. A Scuderia Ferrari, que na época ainda era o departamento de competições da Alfa Romeo, trouxe ao Rio dois de seus pilotos do segundo escalão, Carlo Pintacuda e Attilio Marinoni. A prova contou também com a participação da francesa Hellé-Nice, que causou um escândalo ao posar para fotos com um biquíni de duas peças e fumando na praia de Copacabana. A piloto não terminou a corrida e sofreu um grave acidente no mês seguinte, correndo em São Paulo, o que encerrou prematuramente sua carreira.
Os italianos da Ferrari também não tiveram sorte e abandonaram com o diferencial quebrado, com a vitória caindo no colo do argentino Vittorio Coppoli. Carlo Pintacuda não se deu por vencido e voltou para ganhar as duas edições seguintes.
Do trajeto do circuito, existe até hoje a Gruta da Imprensa, que é um platô destinado aos jornalistas da época que faziam a cobertura desse evento. No desenrolar de 21 anos de disputas do circuito da Gávea, houve sete interrupções motivadas por dificuldades diversas.
A corrida do Circuito da Gávea, tirada do Mirante do Leblon na década de 40, que mostra a Av. Visconde de Albuquerque e o Canal, quase sem nenhuma casa na região - foto acervo familiar André Decourt.
Tal era o progresso do esporte automobilístico mundial, que chegou a constituir manchete de sensação da imprensa internacional, fazendo famoso em todo mundo o bairro da Gávea e seu Circuito...
Foi nessa época que os brasileiros, apaixonados pelo novo esporte, descobriam num italiano seu primeiro ídolo ao vencer a corrida de 1937.
Seu nome: Carlo Pintacuda.
Adorado onde quer que estivesse, venceu também em 1938 e a partir daí passou a ser conhecido como o "Herói da Gávea"...
Sua mais espetacular corrida foi a de 1937, quando derrotou o potente Auto Union pilotado pelo alemão-austríaco Hans Stuck von Vielliez. A combinação de uma leve chuva com o travado circuito fez com que a óbvia vantagem do carro germânico fosse neutralizada.
Hans Stuck von Vielliez competiu no Brasil pela primeira vez em 1932, vencendo a corrida de Subida de Montanha da Rio-Petrópolis com um Mercedes-Benz SSKL. Na ocasião fez elogios à engenharia civil brasileira, pelos viadutos de concreto armado dessa estrada, espetados em cima de abismos, afirmando que nunca vira coisa igual em estradas de montanha européias.
No braço, Pintacuda derrotou Stuck por uma margem mínima e assinalou uma das poucas vitórias de um carro italiano sobre um alemão nos anos dourados do automobilismo, a década de 1930, antes da eclosão da II Guerra Mundial. Durante muitos anos, a palavra ?Pintacuda? foi incorporada ao linguajar carioca como sinônimo de motorista audacioso e o italiano chegou a virar tema de uma marchinha de carnaval, a "Marcha do Gago".
Esta singela marchinha foi do Carnaval de 1950, autoria de Armando Cavalcanti e Klécius Caldas, com intepretação de Oscarito, lançada no filme da Atlântida "Carnaval no Fogo", de 1949. O nome completo de Oscarito, nascido em Málaga, Espanha, em 16/8/1906 e vindo ainda bebê para o Brasil, era Oscar Lorenzo Jacinto de La Imaculada Concepción Teresa Dias. No filme, a mocinha era Adelaide Chiozzo, a acordeonista; o mocinho; Anselmo Duarte e o vilão; José Lewgoy. Oscarito faleceu em 4 de agosto de 1970, aos 64 anos. Bob Sharp diz que tinha oito anos na época e assistiu a esse filme não sabe nem quantas vezes.
É interessante salientar que haviam se passado onze anos desde a última vitória de Pintacuda na Gávea --1938 -- quando surgiu a "Marcha do Gago", o que evidencia quão profundamente ele deixou seu nome gravado na mente dos cariocas pela sua atuação nas curvas do Trampolim do Diabo, onde a letra dizia, imitando a voz de um gago, que só corria rápido para beijar:
Pintacuda e Hellé Nice .
Ta-ta-ta tá na hora
Va-va-va vale tudo agora
Sou mo-mole pra fa-falar
Mas sou um Pintacuda pra beijar.
(bis)
Eu fico ga-ga-ga-ga gago dentro do salão
Até pa-pa-pa-pago pra não ver canhão
Mas se a do-do-do-do-dona é boa
A minha língua se destrava à toa!
Carro passando pelos guardas postados na Avenida Visconde de Albuquerque, antes
de entrar na Avenida Niemeyer - foto acervo familiar André Decourt.
Foi a conselho de Stuck que a famosa corredora francesa de carros, ex-dançarina de "strip-tease" de cassino e ex-acrobata Mariette Hélène Delangle, a "Hellé-Nice" , veio competir no Brasil em 1936, nos Circuitos da Gávea (GP do Rio de Janeiro) e do Jardim América (GP de São Paulo), com seu Alfa Romeo 8C 2300 Monza.
O pseudônimo da francesa, grafado de outra forma, virou prenome de mulher no Brasil. Além disso, tal com Pintacuda mas em menor escala, ela ficou associada no Brasil à velocidade. Durante anos na cidade de São. Paulo, quando uma mulher motorista imprimia velocidade excessiva ao seu carro era admoestada com a indagação: "Quem você pensa que é? "Hellé-Nice...???".
Por causa da Segunda Guerra, o Circuito da Gávea foi interrompido de 1942 a 1946, retornando em 1947, , encerrando o reinado de Pintacuda. O piloto brasileiro Chico Landi, depois de sete anos de tentativas frustradas, teve a primeira das três vitórias na Gávea, sendo a de 1947 a mais espetacular. Sob um dilúvio bíblico, Landi bateu os ótimos italianos Achille Varzi e Luigi Villoresi.
Após ter seu motor encharcado logo na segunda volta, quando pegou uma enxurrada na Avenida Niemeyer, Landi conseguiu economizar uma parada nos boxes fazendo a vela secar com ventilação forçada, fazendo boa parte do percurso em descida com o motor desligado! Um golpe de gênio que não passou despercebido pelos Italianos e lhe rendeu convites para correr (e brilhar) na Europa nos anos seguintes.
Vale destacar ainda a primeira das duas edições de 1952, disputada em janeiro. O recém-coroado campeão mundial Juan Manuel Fangio - argentino - fez sua única participação na Gávea. Era o favorito, abriu uma avenida de vantagem na primeira volta mas teve seu diferencial quebrado na passagem seguinte. A vitória ficou com o ?Touro dos Pampas? José Froilán Gonzalez. Chico Landi teve um incidente e fez uma corrida de recuperação, chegando em segundo lugar e registrando a volta mais rápida da história do circuito com 7 min 03 s.
O piloto, mecânico e corredor brasileiro Odilon Barcellos com seu Bugatti modificado com motor
Chevrolet em uma das voltas do Circuito da Gávea na corrida de 1935, vencida pelo ítalo-argentino
Ricardo Carú, subindo a Avenida Niemeyer. Notem o "Hotel Leblon", ao fim da Av. Delfim Moreira,
esquina da Av. Visconde de Albuquerque...
A última corrida na Gávea, em janeiro de 1954, foi a única regulamentada para carros esporte, sendo que todas as outras ocorreram na especificação ?Força Livre?. Chico Landi era o franco favorito, mas um pneu furado no seu Ferrari 166 o obrigou a mais uma corrida de recuperação, o que o relegou ao segundo lugar.
Venceu o suíço Emmanuel de Graffenried, com Maserati 2-litros, que anos mais tarde foi presidente da FIA e ainda hoje lidera uma associação dos antigos pilotos de Grand Prix.
Vários ídolos passaram pelo circuito, entre eles o já famoso Juan Manuel Fangio e seu compatriota José Froilán Gonzalez, mas com Interlagos funcionando a pleno vapor e com um traçado que se tornara obsoleto para os carros dos anos 1950, as corridas na Gávea nunca mais ocorreram.
Ficou o papel histórico de ter colocado o Brasil na rota das competições internacionais e de ter plantado nesta nação uma paixão absoluta pelas corridas de automóveis, ainda hoje impregnada em gente como eu e você. E também em um certo ?Barão? Wilson Fittipaldi que, ainda adolescente, fugiu dos pais e viajou escondido ao Rio de Janeiro para, trepado numa árvore, assistir ao sensacional pega entre Pintacuda e Stuck.
Há ainda alguma dúvida que as corridas na Gávea foram a ignição para o sucesso brasileiro nas pistas de todo o mundo?
O Circuito da Gávea completo, com 11,6 quilômetros
Em seus 21 anos de existência, o Circuito da Gávea abrigou dezesseis corridas -- treze delas, vencidas por carros Maserati, Alfa Romeo e Fiat, atualmente todas as três pertencentes ao Grupo Fiat -- nomes, marcas e lendas que entraram definitivamente para a história do automobilismo brasileiro.
Lista de vencedores e velocidades-médias do GP Cidade do Rio de Janeiro
1933 ? Manuel de Teffé (BRA/Alfa Romeo) ? 67,162 km/h de média
1934 ? Irineu Corrêa (BRA/Ford V8) ? 70,817 km/h
1935 ? Ricardo Carú (ARG/Fiat) ? 68,792 km/h
1936 ? Vittorio Coppoli (ARG/Bugatti) ? 70,776 km/h
1937 ? Carlo Pintacuda (ITA/Alfa Romeo) ? 82,827 km/h
1938 ? Carlo Pintacuda (ITA/Alfa Romeo) ? 78,372 km/h
1941 ? Chico Landi (BRA/Alfa Romeo) ? 80,889 km/h
1947 ? Chico Landi (BRA/Alfa Romeo) ? 78,696 km/h
1948 ? Chico Landi (BRA/Alfa Romeo) ? 85,710 km/h
1949 ? Luigi Villoresi (ITA/Maserati) ? 82,806 km/h
1952 ? José Froilán Gonzalez (ARG/Ferrari) ? 90,321 km/h
1952 ? Henrique Casini (Ferrari) ? 72,906 km/h
1954 ? Emmanuel de Graffenried (SUI/Maserati) ? 76,275 km/h
Lista de vencedores do Circuito da Gávea Nacional
1938 ? Arthur Nascimento Jr. (Alfa Romeo) ? 81,608 km/h
1939 ? Manuel de Teffé (Maserati) ? 81,602 km/h
1940 ? Rubem Abrunhosa (Studebaker) ? 78,861 km/h
NT: Recebemos , a Graziela Rocha e eu esta maravilhosa história do Circuito da Gávea de Luiz Henrique Withers do Club do MP Lafer de Curitiba /PR , a quem agradecemos . Agradecemos as
fotos da corredora Helle Nice ao amigo Paulo Peralta e o filme postado por Nelson Pasini .
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às
15:46
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segunda-feira, 26 de outubro de 2009
COPA BAJA - SÃO JOAQUIM/SC
"Então vou te contar a aventura , depois vc resume,do meu ponto de vista feminino e ainda por cima estreante nesta modalidade:" Acompanhante em levantamento de pista"
Acordamos ás 6.00
Banho e secador nos cabelos, eu tonta saí toda arrumadinha...chovia que não parava mais.
Lama pra todo lado!eu na frente como Dyona e o Sivori e o Márcio( locais e amigos contratados para ajudar no caminho e no planejamento do Raly).
Eu com o caderninho para fazer a planilha, só que detalhe não sabia nada.
Em cada ponto o Dyonisio parava marcava no GPS e mandava eu marcar o desenho da pista(tipo :rio a esquerda, ponte á direita com as guias do gps e mais os km juntos).
Aí foi um Deus nos acuda, lá pelas 15.00 hs já estava fazendo os desenhos da planilha um pouco melhor, sempre com a paciência do Dyona.
O Pior foi quando fomos fazer o leavantamento da Serra Do Rastro...( eu sou um pouco medrosa , essa serra testa em uma altitude de 1.600 m e é considerada uma das mais acentuadas á nivel de precipicios e canions).
Os veículos em alguns casos nesta serra pra fazer a curva tem que manobrar, então dá pra iamginar como ela é!
Vc olha para o lado e só vê precipicios...dá um medo
Entramos na Serra estava com serração, não dava pra enxergar nada., comecei a ficar desesperada de medo e todos começaram a dar risada.
Briguei com o Dyona por ele fazer o caminho passar por essa serra, e questionei se os pilotos não iriam ficar bravos...aí a risada foi geral!
respondeu que muito pelo contrário, eles iriam adorar...e que aquele trecho seria feito por radar impedindo os pilotos de correrem.
Bom chegamos ás nove da noite para levantar apenas 100 km de pista!!
Uffa!!!
Cheguei com lama até o cabelo...
mas foi uma das coisas mais legais que eu fiz na vida e também percebi como é difícil e importante o trabalho do meu marido...comecei a dar mais valor pra isso.
O quanto ele se cansa, se entrega, o quanto ele gasta o quanto que nosso carrinho sofre ...tudo pelo amor do Dyonissio por Rallys... " Leandra Giovanetti .
Recebi da Leandra a aventura que ela e seu marido Dyonisio viveram para fazer a planilha do Rallye que ele está promovendo . Ela escreve o blog " Memórias de uma bieleta" contando sua aventura como dona de oficina e outros causos .
http://memoriasdabieleta.blogspot.com/
http://memoriasdabieleta.blogspot.com/
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Rui Amaral Lemos Junior
sábado, 24 de outubro de 2009
AC COBRA
O grande Innes Ireland na Targa Flório de 1974 .
Carroll Shelby em Daytona .
O belissimo AC 428 com Bob Bondurant e Neerpasch em Nurburgring 1965 .
Interior de um carro de rua feito para o mercado Inglês .
Simplesmente lindo .
Seu cubo rápido .
Seu motor V 8 Ford Cobra de 4.740 cc e 390 hp .
Motor Ford Cobra com 7.000 cc , dois compressores e mais de 500 hp .
Projetado como um esportivo nos anos 60 , seu nome era AC ACE , usava um motor de quatro cilindros com mais ou menos 100 hp , logo se tornou um vencedor nas pistas , usava um motor Bristol de 150 hp em corridas e venceu vários torneios na Inglaterra .
Projetado como um esportivo nos anos 60 , seu nome era AC ACE , usava um motor de quatro cilindros com mais ou menos 100 hp , logo se tornou um vencedor nas pistas , usava um motor Bristol de 150 hp em corridas e venceu vários torneios na Inglaterra .
Ai aparece um americano ainda por cima Texano e um tremendo bota , Carroll Shelby , piloto vencedor e apoiado pela Ford e tendo como companheiro da empreitada nada menos que Jim Hall , encomenda à fábrica um AC , mas equipado com um motor Ford V8 de 4.200 cc e 260 hp .
O carro que já era sucesso tornou-se uma lenda , várias mudanças foram feitas para que se adaptasse ao motor e corresse nos EUA . Com a nova motorização ganhou o mundo , venceu em diversas pistas , com motores que chegavam à 500 hp .
Talvez junto ao Porsche 356 e 550 seja o carro mais copiado de todos os tempos , tendo diversos construtores usado seu belo desenho para suas réplicas .
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Rui Amaral Lemos Junior
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
1971 - O ano em que tudo começou
Aos 18 anos minha corrida com o DODGE DART .
Na minha 1ª corrida de Divisão 3 tive de enfrentar essas feras .
Acabei de escrever no blog da Divisão 3 minha primeira experiência na categoria , as feras da época eram os carros da KINKO e meu amigo José Martins Jr com seu Puma 48 . Escrevendo acabei lembrando uma passagem com o Japonês Keneti Yoshimoto , que pilotava um desses carros , acho que o branco . Ele era bem mais velho , devia beirar os 40 anos , a simpatia em pessoa , experiente já corria a algum tempo e correu de Estreantes e Novatos até 1972 quando eu já era graduado . Foi numa das baterias do Torneio Sulan - Dezembro de 1971 -, vinha babando , meu radiador de óleo a um palmo de seu cano de escape , de repente na subida do lago já quase entrando na "Reta oposta" a correia de meu altenardor pulou , na época não era dentada , e com o aumento de potencia repentino acabei batendo meu para lamas no dele . Foi só um toquinho e não prejudicou sua corrida , já eu parava na volta seguinte .
Após a chegada fui me desculpar , ele me olhou e brincando me disse " você é maluco " , ao que retruquei " maluco é você , nunca vi Japones correndo de automóveis " e rimos à vontade . Ele era um piloto rápido e pilotava um ótimo carro .
No blog da Divisão 3 conto minha primeira corrida na categoria .
http://orlandobelmontejr.blogspot.com/2009/10/estreantes-e-novatos.html
Hoje meu amigo Carlos de Paula está impossivel , dá uma aula de automobilismo Americano .
http://brazilexporters.com/blog/index.php?blog=5
No blog da Divisão 3 conto minha primeira corrida na categoria .
http://orlandobelmontejr.blogspot.com/2009/10/estreantes-e-novatos.html
Hoje meu amigo Carlos de Paula está impossivel , dá uma aula de automobilismo Americano .
http://brazilexporters.com/blog/index.php?blog=5
às
17:10
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