A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

segunda-feira, 25 de outubro de 2021

Siffert 50 anos... por Ronaldo Nazar

 

Jo Siffert após a má largada vinha recuperando terreno. Da 10ª posição na 1ª volta , já encontrava-se na 4ª posição na 14ª volta duelando com Jackie Stewart pela 3ª colocação. Aí veio o acidente na 15º volta encerrando prematuramente uma brilhante carreira.


O grid formado momentos antes da corrida. Aqui a 1ª fila . A partir da esquerda, Jo Siffert na pole position com a BRM n° 5. A sua direita, Peter Gethin com a BRM n°6. Fechando a 1ª fila com o 3° tempo Emerson Fittipaldi com a Lotus n° 8.


Largaram......Peter Gethin pega a ponta seguido de Emerson Fittipaldi com Howden Ganley na 3ª posição. Jo Siffert que tinha feito a pole larga mal e aparece bem à esquerda na foto na 10ª posição.

Jo Siffert e a BRM P 160 minutos antes do acidente fatal.

Os boxes da equipe Yardley BRM em Brands Hatch. Cena SURREAL hoje em dia. A partir da direita em pé de macacão Jo Siffert. Sentado com a mão no rosto, o neozelandês Howden Ganley. Ao seu lado esquerdo o inglês Peter Gethin que foi o vencedor da corrida.


 No dia 24 de outubro de 1971, o excelente piloto suíço Jo Siffert , viria a falecer devido a um acidente quando disputava a corrida de fórmula 1 não válida pelo campeonato mundial, denominada "World Championship Victory Race". Após largar mal na pole position Siffert vinha recuperando terreno, quando ao passar pelo declive de Pilgrim ,ao reduzir uma marcha o câmbio quebrou, as rodas traseiras travaram, a BRM P 160 saiu da pista para a esquerda subindo no barranco que margeava a pista (não havia guard rails) capotando duas vezes e explodindo .

Exato momento do impacto com a BRM correndo a pista de cabeça pra baixo. O atrito com o asfalto somado ao tanque cheio provocou o incêndio que matou Jo Siffert que está preso ao carro.

A BRM de Siffert após o acidente envolta em chamas. O piloto suíço não teve chance.

O que sobrou da BRM de Jo Siffert. A corrida que teria 40 voltas foi encerrada com 14 voltas. O que seria uma festa em comemoração ao bicampeonato de Jackie Stewart virou pesadelo.

O estado que ficou a BRM de Jô Siffert após os bombeiros apagarem tardiamente o incêndio. Siffert pagou com a vida a ineficiência do serviços de segurança do circuito de Brands Hatch.

Os pilotos tiveram que parar seus carros antes da curva do acidente de Jo Siffert. Notem andando de volta carregando seu capacete ao lado dos três homens, Emerson Fittipaldi.

Reportagem com depoimento fantástico de Emerson Fittipaldi da última conversa com Jô Siffert um dia antes da morte do espetacular piloto suíço.

Cartaz alusivo à prova. Notem que o brasileiro Emerson Fittipaldi é um dos destaques da corrida.
O cartaz da corrida homenageando o campeão d temporada de 1971, Jackie Stewart.

 Era a 15ª volta, o tanque estava com cerca de 60 litros de gasolina. Os fiscais de pista chegaram rapidamente ao local, mas por incrível que possa parecer, quado foram acionar os extintores , os mesmos estavam descarregados. Até o caminhão dos bombeiros chegar e montar as mangueiras passaram-se cerca de 4 minutos, tempo mais do que suficiente para que Joseph Siffert, viesse a falecer por inalação dos gases oriundos do acidente.

No momento do acidente quem liderava a corrida era o inglês Peter Gethin com outra BRM, seguido na cola pelo brasileiro Emerson Fittipaldi com a Lotus 72. Se tivessem as cercas de proteção, os extintores funcionando, Jo Siffert teria sobrevivido e alguns meses depois estaria competindo, pois foi constatado que ele só teve o tornozelo direito quebrado no acidente.

Jo Siffert pulando pra dentro do copickt do Porsche 908 na largada das 24 hs de Le Mans 1969. O suíço liderou a prova até o seu companheiro de equipe Brian Redman quebrar.


Jo Siffert tocando o Porsche 917 spyder CanAm. O piloto suíço foi o responsável pelo desenvolvimento do projeto para tornar o 917 um adversário capaz de vencer a equipe Mclaren na série dos super protótipos. Infelizmente a morte prematura não permitiu que Siffert colhesse os frutos desse incrível trabalho.  

1971. Jo Siffert à direita e a equipe técnica da Porsche que desenvolveram a 1^ versão do Porsche 917 Can Am . Em 1972 com a adição do turbo o carro ficou imbatível. Siffert infelizmente não pôde usufruir desse sucesso.

O time de pilotos da equipe Gulf Porsche, bicampeã mundial de marcas 1970/71. A partir da esquerda. Jo Siffert, deitado no Porsche 917 Pedro Rodríguez, o inglês Brian Redman e o finlandês Léo Kinunenn.

Zeltweg 1969 . Jo Siffert na foto é perseguido por Jacky Ickx no Gulf Mirage , obtém a 1ª vitória do Porsche 917 no mundial de marcas. Siffert foi o piloto que encabeçou o desenvolvimento desse incrível carro.

1970 , 6 horas de Watkins Glen. Jo Siffert e Brian Rednan vencem a prova final do campeonato de Marcas , sacramentando o título para a Porsche e seu fabuloso 917. Foi um verdadeiro MASSACRE sobre as Ferraris 512S que aparece na foto com Mário Andretti e Ignazio Giunti.

Siffert estava no auge de uma carreira vencedora aos 35 anos. Lá se vão 50 anos dessa estúpida morte. Em 1971, três grandes pilotos faleceram. Em janeiro em disputa dos 1000 km de Buenos Aires, prova de abertura do Campeonato Mundial de Marcas, o italiano Ignazio Giunti faleceu depois que sua Ferrari chocou-se com a Matra do francês Jean Pierre Beltoise. Giunti morreu queimado. Coincidentemente quem ganhou a corrida foi o Porsche 917 de Jo Siffert e Derek Bell. Em junho o mexicano Pedro Rodriguez também morreu queimado , depois que sua Ferrari bateu em um Porsche 906. Rodriguez era colega de equipe de Jo Siffert tanto na equipe Gulf Porsche do Mundial de Marcas, como na Fórmula 1 na equipe BRM.

Bela foto da BRM P160 com Jo Siffert ganhando o GP da Austria 1971. O suíço obteve o seu único GRAN CHELEM, pole position, volta mais rápida e liderou todas as voltas da corrida

Áustria. Circuito de Zeltweg 1971. Jo Siffert vence a sua 2^ e última corrida na F1. Emerson Fittipaldi foi o 2° colocado. Dois meses depois o GRANDE PILOTO suíço viria falecer.

Brands Hatch 1968. Jo Siffert dá à equipe Rob Walker a sua última vitória na F1 em ferrenho duelo com a Ferrari do neozelandês Chris Amon. Siffert perderia a vida 3 anos depois nessa mesma pista.

Jo Siffert não teve na fórmula1 o sucesso que conseguiu no Mundial de Marcas. Ele foi campeão mundial pela Porsche nos anos de 1968,69,70 e 71. Era o principal piloto da marca alemã tendo desenvolvido os Porsches 907,908,917. Na CanAm foi o principal piloto da Porsche ao desenvolver e correr com o 917 aspirado spyder na famosa série americana. Infelizmente Siffert não participou do campeonato em que a marca alemã finalmente derrotou a poderosa equipe Mclaren, 1972. Siffert já tinha tudo acertado para correr o campeonato completo. Na Fórmula 1 Siffert correu de 1962 a 1971. Teve apenas 2 vitórias em 96 GPS válidos pelo campeonato Mundial de F1. A primeira delas justamente em Brands Hatch em 1968 com uma Lotus 49 da equipe Rob Walker que ele defendeu por longos 4 anos. A sua outra vitória foi no GP da Áustria 1971, 2 meses antes de morrer. Essa vitória, foi o seu único Grand Chelem ao marcar a pole position, melhor volta e liderar todas as voltas.

O cortejo do enterro de Jô Siffert. Notem o homem à frente levando o seu capacete, em seguida o Porsche 917 com uma faixa preta. Uma multidão acompanhou a cerimônia.

O sarcófago onde Jo Siffert foi enterrado. Ele era muito querido e respeitado no meio automobilístico.

 Foto espetacular de Jo Siffert no grid aguardando instalado na sua BRM P 160. Após a morte do mexicano Pedro Rodriguez, Jo Siffert assumiu o desenvolvimento da equipe BRM fazendo os testes de pista. Foi notória a melhora de performance da equipe conquistando 2 GPS, Monza com Peter Gethin e Áustria com Jo Siffert. Siffert era muito bom em desenvolvimento.


Jo Siffert, deve sempre ser relembrado pelos amantes do automobilismo.

 

Ronaldo Nazar     




domingo, 24 de outubro de 2021

GP Brasil 1972 - O recorde e a corrida de Luiz Pereira Bueno

 


A ideia de colocar Luiz no grid da corrida que homologaria o Autódromo de Interlagos, hoje José Carlos Pace, no calendário da Formula Um era excelente, e a ela num evento antes da corrida, no sábado após a classificação em algumas voltas Luiz andaria pelo Anel Externo na tentava de estabelecer uma nova marca.

Tudo muito bem orquestrado por Antonio Carlos Scavonne com o apoio da Hollywood, rede Globo, e acredito que da Ford.

 

“Cavalo dado não se olha os dentes”

 

O carro alugado da March era o mesmo pilotado por Lauda e outros pilotos no ano anterior, se não me engano Niki apenas no GP da Áustria, quando Ronnie com o primeiro carro da equipe largou em decimo primeiro e Lauda em vigésimo primeiro!  Era o carro, assim como outros que a March alugava a pilotos iniciantes ou sem equipe, e à cada GP era um que pilotava.

A corrida foi mais um espetáculo para a homologação da pista, tanto que o campeão do ano anterior e sua equipe não vieram. A March veio com quatro carros, para Carlos Pace, um nome em ascensão na Europa e Henri Pescarolo, com boa experiência na F.Um, que corriam pela equipe de Frank Williams. Na equipe de fábrica o vice-campeão da Formula Um no ano anterior Ronnie Peterson, e o carro alugado para Luiz.

Carro alugado é geralmente decepcionante em 99.999% das vezes. Obviamente que o carro de Ronnie recebeu toda atenção da equipe, fora o que de melhor ela trouxe ao Brasil, assim como motores, pneus e outras coisinhas mais. A Luiz coube o que deram, certamente um motor com menor potência...

Os dois mecânicos designados para o carro pouco sabiam, e recebiam ordens da equipe, fora a troca de relações do cambio, que estavam erradas, pouco ou nada mais fizeram. (nas fotos os relatos dele)



O tamanho deste arquivo é grande, salvando vocês poderão ler.

No sábado após a classificação que o colocou em decimo segundo no grid, foram se me lembro umas dez voltas pelo Anel Externo, o suficiente para virar 52`0140/1000 (cinquenta e dois segundos e quatorze milésimos) à média de 221.963 km/h, sendo que o recorde anterior era seu com o Porsche 908/2, acredito que nos 500 Km de 1971, com   53`860/1000 (cinquenta e três segundo e oitocentos e sessenta milésimos).

Este recorde permanece, até por que nosso Autódromo foi descaracterizado, para mim violentado.

Para quem não conheceu Luiz posso afirmar que era um ser afável, apesar do vozeirão, educado e muito consciente do que fazia e de quem era, pouco esta corrida iria acrescentar ao seu Curriculum e acredito que viu que nada mais podia fazer, sentou no carro e fez o que fazia com grande maestria, sentou a bota. Luiz era um ser do bem, uma alma pura.

Da corrida pouco à acrescentar, parou duas vezes com problemas e terminou em sétimo ou oitavo, como disse antes, nada à acrescentar ao seu Curriculum.

 

Campeão, não esquecemos de você, sempre em nossos papos e lembranças, e cada vez que vemos um talento natural acelerando excepcionalmente lembramos que tivemos a honra de vê-lo pilotando. 

Ao Ronaldão e Chico.

 

Rui Amaral Jr

Fotos e texto do livro “Paixão e Tecnica ao Volante” Luiz Pereira Bueno.


 

PS: Desculpem as fotos com a narrativa dele, o livro não ajeitava no scanner e não quis danifica-lo, vou tentar melhorar na corrida de 1973.   


sexta-feira, 22 de outubro de 2021

IL ZINGARO È RE

 

Nelson e a BT49C largando para vitória em Imola 1981.

  Minha coleção da AutoSprint foi para algum amigo, mas nunca vou esquecer a manchete daquela semana, acredito que foi na edição logo após o GP dos EUA em Las Vegas.
Havia chegado o dia daquele Candango batalhador, experto, malandrão, mas que tanto lutou para chegar naquele lugar.

IL ZINGARO È RE
"O CIGANO É REI"

   É, quarenta anos atrás Nelson entrou definitivamente para a história da Formula Um e do automobilismo mundial.

TI SALUTO CAMPIONE

Rui Amaral Jr

PS: O titulo se refere à maneira que o Nelson vivia e vive. Estou para escrever sobre o campeonato de Formula Um de 1981, masssss...
Escrevi agora este pequeno post depois que recebi do Chico -Lameirão- via WhattsApp uma bronca contra nossa "imprensa", que hoje em dia esqueceu nossos verdadeiros valores.
Assinei sózinho pois ele não atendeu a ligação, mais tarde fofocamos.   





 

domingo, 17 de outubro de 2021

Mestre Luiz...

 


 

“Peço licença ao Rui para mais uns pitacos:

 

Sobre os 500 km de Interlagos de 1972, tem um belo 'post' aqui no Histórias: https://ruiamaraljr.blogspot.com/2012/04/500-km-de-interlagos-1972.html . Nesse 'post' tem um vídeo com imagens geniais em que (não tenho certeza) esteja o único registro da batida do Rolando (Ricardo?) Nardi (Berta) na Curva 1.

 

Sobre o tempo de volta, não consigo encontrar nenhuma informação do tempo do grande Luiz Pereira Bueno, no March 711, naquela sacada de marketing da equipe Hollywood, em 1972: qual teria sido o tempo?

 

Por falar em L.P.B., parece que esse Berta LR3 que largou na primeira fila é o que virou Berta Hollywood: será?

 

Ainda quanto aos tempos de volta, o Nilson Clemente mandou bem, colocando um Avallone no meio do grid, bem posicionado, entre protótipos europeus.

 

Para os mais novos, esses 500 km foram como se hoje estivessem em Interlagos as Oreca, Rebellion, Ligier, junto com protótipos Tubarão.

Walter”

Mea culpa...

 

Walter, meu caro amigo, bem que eu disse no post que nunca fui um historiador!

Escrevi lembrando da marca estabelecida pelo Luiz com o March 711, sei que escrevi aqui mesmo alguma coisa, mas não procurei, sinto muito.

Depois de ler seu comentário vim para o computador e eis que aqui ao meu lado, na estante me olhando, estava o livro “Paixão e Técnica ao Volante” de Luiz Pereira Bueno, que ganhei de meu amigo Ronaldo Nazar. Confesso que comecei a ler o livro anos atrás, mas me veio à lembrança tantas coisas e triste deixei de lado, nunca conclui, hoje o farei.

“Cavalo dado não se olha os dentes”

Ouvi a história deste Record do próprio Luiz e das agruras que sofreu para pilotar o March alugado, apenas não lembrava o tempo de volta, então nada citei no post anterior, até porque minha ideia era fazer uma analogia com o que veio à minha mente.

A ideia da promoção do Record foi de Antonio Carlos Scavonne, alguém que muito fez por nosso automobilismo e pouco é lembrado. Scavonne pereceu no trágico acidente de Orly, e o automobilismo brasileiro perdeu o seu grande incentivador.

Agruras: Tal qual a cavalo dado carro alugado o que se tem é aquilo que vem, Chico sofreu o mesmo na Formula 2 e eu quando fiz algumas corridas de Estreantes & Novatos.

A March, do senhor Mosley, entregou a Luiz para aquela corrida que homologaria Interlagos para Formula 1 um carro que ele não pode acertar, coisa que ele fazia com maestria, e além de tudo com o motor Cosworth DFV com o limite de giros cerca de 1.000 rpm a menos que esses motores permitiam.      

https://ruiamaraljr.blogspot.com/2010/03/ford-cosworth-1967.html

Enquanto nos outros motores da equipe o limite era de 11.500 rpm o seu era de 10.500, lendo meu post sobre o Cosworth DFV escrito mais de dez anos atrás, e conversando com o Chico, calculo que o motor do Record tivesse cerca de 420 hps.

Luiz virou com o March 711 o tempo de 52`014/1000 à média de 221.963 kmh. Ligeiramente mais rápida que os 52.404/1000 de Joest na pole dos 500 Km de 1972, mas muito aquém do que um Formula Um acertado e pilotado por ele conseguiria.

Então pesquisei; Tomando como base Monza 1971 e a Formula Um e os Esporte Protótipo, uma pista de alta, na época muito parecida com o anel Externo de Interlagos.

Na Formula Um, Ronnie Peterson com o March 711 largou na sexta posição com o tempo de 1`23”460/1000, com a pole de Chris Amon de 1`22”400/1000 com a Matra MS 120B. A melhor volta na corrida foi de Henri Pescarolo com a March 711, 1`23”800/1000.

Nos Esporte Protótipos a classificação foi com chuva, a pole de Vic Elford/Gerard Larrousse Porsche 917K 1`32”930/1000 sendo que Herbert Muller com a mesma Ferrari 512M foi decimo e o primeiro Porsche 908/2 de Ernesto Brambilla/Eicky/Mattli foi vigésimo. Na corrida, no seco, a melhor volta foi de Pedro Rodriguez 1`24” à média de 246.429 kmh.

Quanto ao Record acredito que Luiz com 711 acertado e um motor de ponta girasse cerca de um segundo ou segundo e meio mais rápido. E nos 500 Km ele foi soberbo, levando o 908/2 a brigar com gente bem mais forte! Aqui algo que ficou no tempo e em minha memória, e outro dia o Chico Lameirão comentou comigo, Reinold Joest impressionado com a corrida do Luiz convidou-o para fazer parte de sua equipe na Europa, convite declinado pois aqui no Brasil sua Equipe Hollywood ia de vento em popa...

Sobre o Berta LR não tenho informações, mas certamente o Mago de Alta Gracia fez o Berta-Hollywood desenvolvendo este carro, que aqui corria na Divisão 4, com motor V8 302 da Ford o mesmo do Maverick-Berta. Nos 500 Km o LR correu com o motor seis cilindros em linha com 3.800cc, motor desenvolvido por Berta, igual ao nosso Chevrolet Opala, era uma joia que desenvolvia cerca de 380 hps.

O vídeo é de meu amigo Luis Guimarães.

Fico devendo os 500 Km que o Chico e o Lian correram com o Porsche.

 

À memória de Luiz e Scavonne.

Aos amigos Chico e Walter.  


https://youtu.be/odHCjamc92Q

vídeo sobre a corrida e o recorde do Luiz.

Agradeço ao meu amigo Fabio Farias

 

Rui Amaral Jr       

quinta-feira, 14 de outubro de 2021

Tempos...

 


 Postando tempos atrás o texto de meu amigo Ronaldo Nazar sobre os 500 Km de Interlagos de 1966 fiquei encafifado com os tempos de voltas. Liguei para perguntar a ele se estavam corretos, pensava que os Mark I e os KG-Porsche virassem abaixo dos 1`15”200/1000, à média de 154 km/h que foi a melhor volta da corrida feita pelo vencedor, o grande Luiz Pereira Bueno com o Mark I. Interessante que como disse o Ronaldão a pista estava recapada recentemente e apresentava boas condições, e os tempos corretos.

A largada de 1966.
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Por volta do 1983/84 conversava com meu irmão Paulo, que me mostrava um recorte de jornal de seu primeiro treino pelo Anel Externo de Interlagos com o Porsche 550 RS Spyder em 1961, quando ele e seu parceiro Luciano viraram 1`20” a média de 144 km/h e brincando lhe disse que se assim fosse eu que havia feito uma corrida pelo externo o ano anterior com meu VW D3, quando virei a melhor volta da corrida com 1`3” 990/1000 à média de 180 km/h, à cada quatro voltas e pouco colocaria uma sobre ele. Depois ele me contou que na classificação havia virado 1`14” a média de 156 km/h, mas mesmo assim a cada seis voltas uma colocaria nele.

Brincadeiras à parte podemos ver nestas antigas corridas pelo belo e hoje violentado autódromo a evolução dos carros.

Não sou e nem pretendo ser um historiador, apenas conto histórias sem me aprofundar muito em pesquisas, então vamos lá.

Paulo Amaral



500 Km de 1961

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 Nos 500 Km de 1961 a pole foi do grande Ciro Cayres com uma Maserati-Corvette com o tempo de 1`10”300/1000 à média de 164.23 km/h. Na corrida e melhor volta 1`13”800/1000 à média de 156.44 km/h, garoava, foi de Ruggero Peruzzo que venceu conduzindo a Maserati 300S com Celso Lara Barberis e Emilio Zambelo.

Luiz e Joest...MMestre Luiz deu um show mesmo contra carros mais potentes como era o caso do 908/3.

Onze anos depois, e por iniciativa do genial Antonio Carlos Avallone, nos 500 Km de 1972 correram uma miríade de carros e pilotos que venciam corridas mundo afora. Herbert Muller, que do alto de seus metro e cinquenta e poucos tocava muito, com a Ferrari 512M, Reinold Joest com o Porsche 908/3, a esperança argentina o Berta RL com Angel Manguzzi, o grande Luiz Pereira Bueno com o Porsche 908/2, Marivaldo Fernandes com Alfa T33/3 e muito mais. Alfas T33/3, McLaren, Porsches de vários modelos, Lolas, Fiat Abarth como a da grande Lela Lombardi, Ford GT40 e o protótipo Avallone derivado da Lola, um deles com motor Ford pilotado por Nilson Clemente e o próprio Avallone com outro com motor Chevrolet.  

A pole foi de Reinold Joest que com o 908/3 virou 52` 404/1000 à média de 220.31 km/h. Na corrida Muller e a 512M fizeram a melhor volta com 53”020/1000 à média de 217.75 km/h.

Comparando as quatro corridas, sendo que em 1982 quando corri o autódromo estava muito melhor e mais rápido, mesmo que nos 500 Km de 1972;

Certamente Ciro e Celso com as Maserati com motores de mais de 300 hps, e em 82 com pneus mesmo sem serem slicks muito melhore que os de vinte anos antes, seriam bem mais rápidos que eu num VW com 150 e poucos hps, apesar dos slicks, o 550 não sei, talvez virassem o mesmo que eu.

Na corrida de 1966 os tempos me decepcionaram um pouco, acredito que o KG-Porsche de Marivaldo não estava então com o motor Porsche de dois litros com cerca de 200 hps e o Mark I segundo conversas com amigos tinha cerca de 135/140 hps. Dezesseis anos depois e com a evolução da pista e dos pneus não creio que chegassem a virar 1`4”.


Aqui cabe uma explicação, os pneus silicks são muito mais rápidos que os radiais em tempo de pista, mas a velocidades, até pelo menor atrito da banda de rodagem menor, são maiores em linha reta.

Já comparando com 1972 e aquele espetáculo inesquecível, eu teria tomado de Luiz, Joest, Muller e outros, uma volta à cada cinco, talvez mais já que de 1972 no começo dos slicks até 1982 os pneus evoluíram uma barbaridade, assim com a pista melhorou.

Apenas por curiosidade, meu tempo de 1`3” alto me deixaria em 20º no grid, logo à frente do Porsche 910 de Clovis Ferreira.

E como sonhador fico aqui imaginando...Não tivessem violentado nosso autódromo quanto viraria hoje um Formula Um ou Indy? Numa média de cerca de 310 km/h que acredito ser possível, estariam virando em mais ou menos 37` 200/1000, imaginem o quão seria maravilhoso assistir uma corrida destas!

 

Rui Amaral Jr   


PS: Deixei de lado uma consideração importante sobre o traçado, da saída da curva Quatro, a que entra para o circuito completo, até o lugar dos antigos boxes, onde hoje chamam de Café, a subida é acentuada, prejudicando muito os carros de menor potência.


sexta-feira, 8 de outubro de 2021

Viagem no tempo...

 

La storia della Scuderia Ferrari

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 Sempre que posso entro no site da Ferrari e fico lendo e olhando a história, viagem por ela.

Rui Amaral Jr

quinta-feira, 30 de setembro de 2021

sexta-feira, 24 de setembro de 2021

Russia 2021

 


 Não tenho muita vontade de voltar a comentar sobre a Formula Um, ainda mais depois do GP da Itália, onde a bela vitória de Riccardo não compensou a visão de carros que por força das configurações aerodinâmicas não conseguiam ultrapassar nem com a famigerada asa móvel.  

Como já escrevi antes, a disputa entre Max e Lewis me preocupa, ainda mais depois que os comissários resolveram punir Max, injustamente em minha modesta opinião.

Lewis vê seu trono ameaçado, e blá blá blá à parte vai fazer de tudo para mantê-lo, de tudo!

Espero de coração que tudo não termine com alguém machucado.





 

Rui Amaral Jr




segunda-feira, 13 de setembro de 2021

911

 



  Há longos doze anos escrevi um post sobre o Ivan, algo que muito me emocionou, logo depois entrei em contato com sua mãe e irmã. Ontem, passeando pelas estações da tv vejo uma entrevista com seu pai e relembrei a emoção que tive em nossas trocas de mensagens e contato telefônico.

Doze anos atrás, oito daquele ato ignominioso, eu sinceramente esperava que o mundo tivesse aprendido, hoje ao contrário disso vivemos numa polarização preocupante, espero de coração que possamos encontrar novamente o caminho da Paz e Harmonia.

Ao Ivan e aos 2976 outros homens e mulheres que pereceram no WTC.

Aos heróis do Corpo de Bombeiros, Departamento de Policia que heroicamente atuaram naquela situação catastrófica.



Dedico este especialmente à senhora Marilena, a Roberta e ao Dr. Ivan, mãe, irmã e pai do Ivan.

Agradeço ao José Ferraz.

 

Rui Amaral Jr

 

PS: No post de doze anos atrás o emocionante comentário da senhora Marilena, mãe do Ivan, e que sem a devida autorização não reproduzo aqui.













domingo, 29 de agosto de 2021

CULTURA DO AUTOMÓVEL - Setembro 2021

 

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quarta-feira, 25 de agosto de 2021

Carreras, son carreras...

 

Tony e o 908/2 em Road Atlanta

 1969 – Aquela pequena fera com seu motor de apenas três litros encara os grandes e quase vence Le Mans, conduzida por Gerard Larrousse e Hans Herrmann chegou a meros cento e vinte metros do GT40 vencedor de Jacky Ickx e Jackie Oliver. Na classificação largaram apenas atrás dos monstruosos 917 LH.

Ainda neste ano venceu duas provas do Mundial. A icônica Targa Flório com Gerhard Mitter e Udo Schuts, fazendo também o segundo, terceiro e quarto lugares e depois os 1.000 KM de Nurburgring com Jo Siffert e Brian Redmen, quando modestamente fizeram primeiro, segundo terceiro, quarto e quinto!

O carro era um sucesso, de fácil manutenção e rápido, logo muitas equipes o tinham, e venceu muito e muitos países, em diferentes categorias e com diferentes pilotos, aqui no Brasil a partir de 1971 com o grande e saudoso Luiz Pereira Bueno.

Na CanAm para enfrentou os monstruosos Grupo 7, pesquisando encontrei sua primeira participação em Watks Glen 1969, provavelmente numa data próxima ao Mundial de Marcas, quando com Jo Siffert foi sexto, cinco voltas atrás de Bruce, o vencedor com McLaren M8B. Nesta época a Porsche entrava na categoria com o 917 PA com Jo Siffert - motor 4.500cc -, mas Tony Dean participou de de algumas provas com o 908/2 inscrito pela Porsche AUDI.

1970 – Tony Dean estava sempre pronto para abiscoitar algum resultado entre os gigantescos Grupos 7, com motores que chegavam ou passavam os oito litros de cilindrada.

Em Road Atlanta larga em  decimo com o tempo de 1`25”50/100, quando Vic Elford faz a pole com o Chaparral 2J Chevrolet, crava 1`17”42/100 mais de um segundo mais rápido que a McLaren de Denny Hulme.

Masss...Fangio já dizia “carreras, son carreras” e Tony e o pequeno 908/2 vencem.

Certo que muitos quebraram, só ele e a Lola T163 Chevrolet de David Causey chegaram na mesma volta, e apenas seis carros completaram a corrida.

Mas já que corridas são corridas o que vale é bandeirada em primeiro, o braço levantado e os fartos dólares americanos no bolso.

 

Rui Amaral Jr

 

Racing Sports Cars

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908/2

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O 2J Chevrolet com Vic Elford, logo seria banido das corridas 

CHAPARRAL 2J

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Sábado passado, na fazenda de um amigo, à mesa com Jackie e Edimar Della Barba, Águia, Crispim e eu.

Della Barba e Crispim dois grandes mestres na arte de preparar motores. Ouvimos de Crispim a loucura de enquadrar o motor do 908/2, um dia quem sabe ele conta com detalhes para todos nós.

Bom demais estar com amigos do coração.

Rui






terça-feira, 17 de agosto de 2021

Maserati 250F

 

Ken Wharton, Reins 1954. 
Carlos de Menditeguy, Buenos Aires 1956.

Mike Hawthorn, Buenos Aires 1956.



sexta-feira, 30 de julho de 2021

quinta-feira, 29 de julho de 2021

Ike e seu Fiat

 

Os Webber 40 dando  o tom da conversa...

 Sobre o layout do Uno #41, estava pensando em muda-lo há muito tempo.





Já tinha usado a pintura da Gulf nos tempos em que ainda corria nas pistas de terra, aqui em Santa Catarina.

Depois de algum tempo, tendo como base a cor branco com pequenas variações de faixas, decidi por uma mudança radical.

Como estou participando de um “campeonato” de clássicos, nada melhor que uma pintura clássica para dar um destaque maior ao bólido. Afinal de contas, ele todo branco passava desapercebido para o público da categoria GoldClassic, mais parecia o carro de serviços da empresa.

Pensei em vários layouts, quase sempre com as cores da Itália (como um bom “carcamano”), mas no final pesou a beleza e a presença marcante do Britsh Racing Green. E para isso nada melhor que o layout da Lotus dos anos 60.

Quanto ao carro, Fiat Uno, a preparação é a mais básica dentro do regulamento da GoldClassic. Divisão 1 Turismo.

Têm duas Weber 40, comando, taxa e câmbio livre (dentro das relações disponíveis da Fiat). Suspensão com molas de fórmula na dianteira e a traseira quase travada. Pneu radial (nacional), aro 14”.  Por utilizar duas Weber 40 tem o peso mínimo estabelecido em 870kg com o piloto. O peso é a forma de equalizar os vários tipos de carburação/injeção disponíveis para a subdivisão D1 Turismo.


Nas temporadas anteriores utilizei uma Weber 40 (com as cornetas para fora), mas optamos por duas para esta temporada no intuito de ganharmos alguns cavalinhos a mais. Na corrida realizada em São Paulo, no mês de maio, estreamos a nova carburação e enfrentamos alguns problemas, mas que foram totalmente sanados para a etapa de Curitiba (realizada no último fim de semana).

O efeito visual das cornetas para fora do capô dá um toque mais racer ao Uno. Agora não dá para dizer que é o carro da empresa.

Sobre a GoldClassic, é a categoria de clássicos com a maior quantidade de carros e diversidade de modelos atualmente no Brasil, só posso dizer que é pura diversão. Em Curitiba éramos 74 carros, divididos em dois grids, D1/D2 e D3/D4.

Esse ano já tivemos duas etapas em Interlagos, e ainda teremos uma etapa extra-campeonato em Rivera (Uruguais) e finalizaremos em outubro no circuito Zilmar Beux em Cascavel.

Sobre o layout do Uno #41, estava pensando em muda-lo há muito tempo.

Já tinha usado a pintura da Gulf nos tempos em que ainda corria nas pistas de terra, aqui em Santa Catarina.

Depois de algum tempo, tendo como base a cor branco com pequenas variações de faixas, decidi por uma mudança radical.

Como estou participando de um “campeonato” de clássicos, nada melhor que uma pintura clássica para dar um destaque maior ao bólido. Afinal de contas, ele todo branco passava desapercebido para o público da categoria GoldClassic, mais parecia o carro de serviços da empresa.

Pensei em vários layouts, quase sempre com as cores da Itália (como um bom “carcamano”), mas no final pesou a beleza e a presença marcante do Britsh Racing Green. E para isso nada melhor que o layout da Lotus dos anos 60.

Quanto ao carro, Fiat Uno, a preparação é a mais básica dentro do regulamento da GoldClassic. Divisão 1 Turismo.

Têm duas Weber 40, comando, taxa e câmbio livre (dentro das relações disponíveis da Fiat). Suspensão com molas de fórmula na dianteira e a traseira quase travada. Pneu radial (nacional), aro 14”.  Por utilizar duas Weber 40 tem o peso mínimo estabelecido em 870kg com o piloto. O peso é a forma de equalizar os vários tipos de carburação/injeção disponíveis para a subdivisão D1 Turismo.

Nas temporadas anteriores utilizei uma Weber 40 (com as cornetas para fora), mas optamos por duas para esta temporada no intuito de ganharmos alguns cavalinhos a mais. Na corrida realizada em São Paulo, no mês de maio, estreamos a nova carburação e enfrentamos alguns problemas, mas que foram totalmente sanados para a etapa de Curitiba (realizada no último fim de semana).

O efeito visual das cornetas para fora do capô dá um toque mais racer ao Uno. Agora não dá para dizer que é o carro da empresa.

O motor 1.600 cc tem cerca de 130 hps.

Sobre a GoldClassic, é a categoria de clássicos com a maior quantidade de carros e diversidade de modelos atualmente no Brasil, só posso dizer que é pura diversão. Em Curitiba éramos 74 carros, divididos em dois grids, D1/D2 e D3/D4.

Esse ano já tivemos duas etapas em Interlagos, e ainda teremos uma etapa extracampeonato em Rivera (Uruguai) e finalizaremos em outubro no circuito Zilmar Beux em Cascavel.

Carlos Henrique "Ike" Nodari


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quarta-feira, 21 de julho de 2021

Silverstone 2021...Max x Lewis - Conta Chico.

Max & Lewis 



 Então Rui , o metiê da Motor Racing desde domingo que comenta o toque entre Verstapen e Hamilton .... !!! Como o “”” momento “”” e’ muito rápido , eles estavam viajando a perto dos 300 km/ h, as coisas acontecem mui rapidamente então fica fácil de se ter uma opinião errônea .... !!! Normal isso. Mas como me lembrei e prestei atenção suficiente para ver que Hamilton veio praticamente encostado a mureta na parte interna da pista, portanto sem tomada de curva o que acarretaria normalmente de o seu carro ter a tendência de ter uma saída “”” de frente “”” mas ele, se você notar sua mão na direção, em momento algum ele vira a direção para fora da sua tangencia .... Verstapen por seu lado, é notório que em estando no lado externo mas muito próximo de Hamilton , ele vira bem para o interno da tangencia .......então aí a sua roda T D “”” atropela “”” a roda D E de Hamilton  no que Verstapen perde totalmente o controle da macchina virando passageiro ...!!!! A bem da verdade, Verst vem fazendo esse movimento há várias corridas atrás e neste domingo voltou a fazer em algumas curvas antes .... então agora, no meu julgo, ele conheceu o outro lado da moeda, e pensará duas vezes {{ talvez }} antes de fazer qualquer situação semelhante ... mas foi um incidente de corrida que muitos de nós tivemos em nossa carreira ....!!!    Para mim até a punição de 10 segundos foi injusta ..... coisa para “”” Inglês ver “”””....!!!!

Mas , como estamos em uma democracia, cada um pode ter seu ponto de vista .....!!!! Veremos o G P da Hungria com bastante atenção .... !!!!


No link abaixo os comentários sobre o acidente com vários vídeos de diferentes posições.

 

Super abraço, Chico Lameirão.

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 No sábado ao final da tarde enquanto tomávamos um café e papeávamos ainda provoquei o Chico dizendo; Max arrasou!. Depois no meio de tantos assuntos a conversa desviou de rumo. 

Ontem ao telefone, depois de ler meu post sobre o acidente, pediu que eu visse dez vezes este vídeo da Sky. Mais tarde me enviou o texto acima.

Então vejam e revejam...

Abração Chico

Rui Amaral Jr




 

segunda-feira, 19 de julho de 2021

Conheço esta história....

 


 No final da década de 1980 dois franceses estavam no topo da "cadeia alimentar" do automobilismo mundial. Um era o mais alto dirigente do automobilismo e o outro bicampeão do mundo da Formula Um e reinava absoluto numa equipe de ponta rumo ao seu terceiro titulo mundial. Mas eis que a equipe contrata um brasileiro rapidíssimo, super focado em sua carreira e que jamais cairia nas artimanhas fora das pistas do francês, e vence em 1988 o mundial que já era favas contadas para seu companheiro de equipe.


 1989, chega Suzuka, a penúltima prova do mundial, Alain, o francês,  com quatro vitórias no mundial está dezesseis pontos à frente de Ayrton, que apesar de haver vencido seis vezes, deixou de marcar pontos em seis provas. Mas vinha num crescendo, tendo vencido a corrida anterior.
Ayrton faz a pole, mas quem assume a ponta é Alain, depois da metade da corrida Ayrton sente que chegou a hora de ir para cima, e numa grande manobra cocola seu carro ao lado de Alain na chicane. É quando o francês descaradamente e mostrando dentro da pista o mesmo caráter que até então mostrava fora delas, vira o volante e acerta Ayton. Alain abandona, sabe-se lá porque e Ayrton segue para vitória. Uma vitória que não lhe garantiria o titulo na próxima corrida, a última da temporada pois Alain continuaria sete pontos à sua frente. Mas acredito, até porque Alain tinha uma certa experiência, esta com um Cadango, que tirou de suas mãos um titulo mais do que vencido, articula com o outro francês e a vitória na pista é tomada de Ayrton no tapetão.
 

 Chega 1990, Alain deixa ingrata McLaren e vai para Ferrari, disputa o campeonato par a par com Ayrton, e chega à mesma Suzuka com onze pontos a menos que Ayrton, com cinco vitórias na temporada e o brasileiro com seis.  
 Ayrton faz a pole, mas quem toma a ponta na largada é Alain, maasssssss...


 Não vou comparar o toque de Lewis em Max à nenhuma situação vivida trinta anos antes. E apesar de não gostar da atitude de Lewis trazendo a politica para dentro do esporte jamais o compararia a Alain. Mas em Silverstone os comissários técnicos foram condescendentes com Lewis ao darem apenas 10 segundos de punição, afinal ele e Max estão constantemente abrindo muito mais que esta vantagem sobre os outros, e uma punição deste tamanho certamente entregou a ele a vitória, já que Max não pode largar novamente.


No dia anterior Max tinha dado o tom do que seria corrida, um show!

  Não que eu pense que a história vai se repetir, mas decisões como estas dos comissários levam para a pista cenários que podem terminar em tragédias.

Rui Amaral Jr

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Saudades dos amigos

 Sábado de Sol em São Paulo, Chico, Celso Freitas e eu nos encontramos na Praça Panamericana para um café e um delicioso papo entre amigos que não se viam há tempos por conta da pandemia. 

Um abração Chico e Celso,

Rui