A maioria dos carros traz em seu sistema de lubrificação do motor a bomba de óleo e o cárter, onde é armazenado o óleo que sugado pela bomba, através de um pescador, vai lubrificar suas partes móveis, sendo que depois de passar por um filtro, é novamente depositado no cárter.
Já nos carros de corridas tudo se complica. Curvas rápidas e lentas,feitas à velocidades muito maiores, tendem a jogar o óleo do cárter contra as paredes do mesmo, deixando o pescador sugar menos ou simplesmente ar, trazendo enorme prejuízo ao motor, as vezes o levando a quebras.
Os motores VW boxer, refrigerados a ar, trazem em seu sistema um radiador, no espaço da ventoinha, que ajuda a manter a temperatura do motor. O filtro de óleo é apenas uma rede, logo acima do pescador.
Vamos falar então dos motores VW boxer que usávamos nos VW da D3 e, conheço um pouquinho.
Enquanto um motor normal de 1.600cc rendia cerca de 45 hps, girando à 4.500 rpms, nossos melhores motores rendiam 150 hps, ou mais, com comandos de válvulas que os levavam a rotações de mais de 6.500 rpms, chegando alguns à 7.500 ou mais. Fora isso os freios a disco nas quatro rodas e os pneus slicks, faziam as freadas muito mais violentas, e curvas feitas a velocidades muito altas, fizessem com que a força centrífuga, jogasse o óleo contra as paredes do cárter, prejudicando a lubrificação. No começo da D3 e mesmo na D1, um “copo” fixado acima do pescador era usado para mantê-lo alimentado, coisa que com a evolução se mostrou inadequada.
A solução para este problema veio nos radiadores colocados fora do compartimento do motor e, principalmente da bomba de óleo dupla da Schadek. Nela enquanto uma parte suga o óleo pelo pescador, colocado no fundo do cárter que agora trabalha seco, e manda o mesmo até o radiador, sendo que na grande maioria dos casos era colocado na parte frontal dos carros,e depois de passá-lo por um filtro depositando em um reservatório. em sua grande parte de cinco litros. A segunda parte dessa bomba sugava o óleo do reservatório e mandava para a lubrificação do motor, mantendo em qualquer condição, freada violenta ou curva, a pressão necessária.
Lembro que a pressão de meus motores trabalhavam em 3/3.5 kgf/cm². Usei alguns reservatórios com mais de cinco litros, mas na maioria esta era medida que usávamos, eram cinco litros do excelente Valvoline Racing a cada troca de motor, e elas eram muitas, o filtro usava do Passat.
Há muito sem escrever, talvez seja a falta do Caranguejo - Carlos Henrique Mércio - a me incentivar, volto com este texto à falar dos VW D3, categoria que corri em grande parte de minhas atuações nas pistas.
Enferrujado, li e reli, sempre achando que faltava algo, ou não me explicava direito.
Então peço desculpas, pela ausência e por qualquer dúvida que deixei no texto.
Abraços a todos
Rui Amaral Jr



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Rui Amaral Jr