A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

sábado, 9 de março de 2024

Tigrão

 

Fotos de meu amigo Rogério DaLuz.


  Wilson Fittipaldi Junior foi um empreendedor, um realizador de sonhos, não fui seu amigo, mas o conheci e temos, ou tivemos, muitos amigos em comum.

Empreendedor, realizador, mas acima de tudo quando sentava em um carro de corridas acelerava, e muito, um tremendo bota, um talento natural.
Com quase quatro anos mais que seu irmão Emerson, tinha a mesma velocidade, a mesma capacidade de acerto de um carro de corridas, o mesmo talento.

Com o KG-POrsche da Dacon a frente de Luiz Pereira Bueno e Bird Clemente.
Formula Dois no Brasil.


Abandonou uma carreira onde poderia ter o mesmo sucesso do irmão, ou Pace, e foi concretizar um sonho. Eu, mesmo sendo critico da forma, jamais deixei de ser um apoiador e entusiasta do projeto, e faltou apenas um tantinho   para seguir e dar certo.
Mais tarde voltou a correr no Brasil, e para perpetuar a glória escrita no troféu venceu com seu filho Christian as Mil Milhas Brasileiras, criação de seu pai Wilson Fittipaldi e Eloy Gogliano décadas antes. Venceu em outras categorias com a Stock Cars, mais tarde mostro a vocês, com fotos de meu amigo Carlinhos.
Lembro de muitas corridas dele, de Gordini, Berlinetta, KG-Porsche e mais tarde com os Formula 2, Um e os Esporte Protótipos.
Lembro muito bem, estava perto do "S" original de Interlagos, hoje Autódromo José Carlos Pace, ele com a Lola T70, não lembro se a branca ou a amarela. Foi provavelmente na Copa Brasil de 1971, quando corri em Estreantes e Novatos.
Se me falha a memória da data exata, de meus olhos e minha mente não saem a visão dele chegando à curva naquela pequena reta que levava da curva do Laranja à primeira perna do "S" à direita. Freava forte, o bico do carro quase raspando o asfalto, a traseira abanando, enfiava uma marcha, provavelmente a primeira, tomava a curva e um pouco adiante do ponto de tangência pisava fundo naqueles talvez 50/70 metros que levava até o Pinheirinho, a segunda curva do "S", o original. A frente do carro levantava, entrava outra marcha e contornava o Pinheirinho forte, saindo na zebra de fora acelerando a caminho do Bico de Pato. 
 
É Tigrão eu vi, e nunca vou esquecer! 

Rui Amaral Junior


4 comentários:

  1. Sensacional Rui...bela homenagem ao grande Wilson Fittipaldi Junior, um cara que sempre admirei e à medida que tomo conhecimento da sua História aumenta o respeito pelo Homem, que muitas vezes abriu mão dos próprios sonhos de piloto em apoio ao Emerson, que foi campeão em todas as categorias que participou!!!
    Parabéns pela matéria, como sempre de altíssimo nível!!!

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    1. Danilão!!! Vindo de vc , um grande jornalista esportivo me envaidece. Verdade esta foi a decisão dele, um dia te conto mais.
      Abraçalhão.

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  2. A decisão maluca de encerrar a carreira tão cedo (por uma linda razão, é verdade) fez com que a carreira de piloto do Wilson ficasse meio esquecida.

    Acho genial essa lembrança do Tigrão num momento como foi a Copa Brasil, com o carro mais lindo de todos os tempos: a Lola T70 amarela.

    Valeu, Rui!

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    1. Obrigado Walter, um dia conto mais.
      Um abração.

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Rui Amaral Jr