A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

quarta-feira, 19 de maio de 2021

UMA HISTÓRIA dentro de OUTRAS HISTÓRIAS - Conta Chico.

 

Lotus 18/DKW Formula Junior.

1960 - Jim Clark e o Lotus 18 Formula Junior.



O tema é a da FORMULA JUNIOR que a perdemos tempos atrás. 
Existente na EUROPA , foi a categoria percursora da FÓRMULA 3 // 1 litro que tantos pilotos excelentes nasceram dela.

        O Barão Manuel de TEFFE , o idealizador do Circuito da Gávea , fez ver a CHICO LANDI a necessidade de se ter uma categoria barata para novos valores aparecerem no cenário do automobilismo de competição brasileiro . Segundo TEFFE , não eram todos que poderiam ter uma FERRARI ou MASERATI para correr.

Bird, Letry e o Formula Junior com motor DKW/Vemag.
Letry, Bird e Marinho - Mario Cesar de Camargo Filho.


         SEU CHICO LANDI, aliado a TONI BIANCO colocou esse projeto em andamento construindo cinco autos com motores RENAULT GORDINI e DKW ambos de 1 litro de cilindrada, e mais dois, sendo um com motor SIMCA e outro com ALFA ROMEO JK , sendo estes dois autos concorreriam na classe das""" MECANICA NACIONAL """..

"Seu" Chico no Landi/Bianco, este com motor Alfa.
Toni Bianco com a gola levantada, Christian Heins...
Ludovino Perez e o Formula Junior com motor Gordini. 

          A nossa FÓRMULA  JUNIOR tinha o mesma regulamento da categoria EUROPEIA , o que iria abrir já no começo dos anos 60 um leque de oportunidades imensurável para o nosso automobilismo. Com o tempo, poder-se-ia ter pilotos brasileiros levando seus autos LANDI // BIANCO e de outros construtores para competir na EUROPA ..... Imaginem isso nos anos 60 ......!!!!!
           Para corroborar essas possibilidades houve um aparte muito interessante. COLIN CHAPMAM, o mago da LOTUS CARS, soube que por aqui o Departamento técnico da EQUIPE VEMAG havia conseguido potências de até 107 CVS em seus motores de 1.0 litro, potência está significativamente superior aos motores ANGLIA  que as LOTUS FORMULA JUNIOR usavam.

            O ENG SR BALDER , pai do piloto JAN BALDER e o ENG OTTO KUTNER , chamados por CHAPMAN, foram até a INGLATERRA para conversarem sobre a possibilidade de mandarem do BRASIL seus motores ...... !!!!! Volto a lembrar , isso nos anos 60 .....!!!! Da até arrepio só de se imaginar .....!!!!   Mas , {{{ sempre temos um MAS }}} houve uma vírgula nessa história ......

             A  AUTO UNION , detentora entre outras marcas da DKW, se posicionou autorizando essa operação se os motores fizessem um itinerário um pouco mais longo ..... BRASIL // ALEMANHA // INGLATERRA , o que a EQUIPE  VEMAG não concordou .... !!!!!

             Tanto na parte de motores como de chassis e de pilotos poderíamos estar extremamente bem situados internacionalmente naquela época .....!!!!

              Já tínhamos tido uma vitória na categoria da FORMULA JUNIOR em MESSINA nas duas principais posições ..... Em P 1 FRITZ  D' OREY e CHRISTIAN  HEINS em P 2 com autos STANGUELLINE // FIAT , estes ainda com motores dianteiros ......!!!!


O primeiro Stanguellini/Formula Junior, ainda com motor dianteiro.
Stanguellini/Formula Junior, já com motor traseiro.


               A FORMULA JUNIOR 1.0 por aqui , demonstrou uma total falta de visão de nossos cartolas ...... !!!! Sempre eles ....


                 E' só imaginar o que poderia ter ocorrido  !!!!!!!


                                                         Abraço , Chico Lameirão

_________________________________________________________________________

 Peço licença para comentar no texto de meu amigo Chico.
Nas duas fotos abaixo o Formula Junior totalmente desenvolvido por ele e que repousa em sua oficina esperando que nossos dirigentes criem uma categoria multimarcas, para o desenvolvimento de nossos pilotos.

Conversando ontem com ele soube que nosso amigo Jan tem um filme da ida de seu pai e o engenheiro Otto à Inglaterra e a conversa com Colin.

Como vocês poderão ver nos links abaixo, onde pesquisei para este post, a Formula Junior corria com motores de 1.000cc, 1.100cc e 1.200cc sendo a adição de peso para os motores com mais cilindrada uma forma de equilíbrio.

Agradeço ao grande Bird as fotos de seu arquivo.

link 

link

LINK

Rui Amaral Jr



 


 

4 comentários:

  1. Que História maluca! A Vemag no caminho de uma estranha conexão São Bernardo X Alemanha?

    O que me chama.atenção é a visão R&D, futirsta e inovadora do Lameirão. Meu Ministro da Indústria preferido é ele.

    Outra coisa impressionante é a conexão do Brasil com o automobilismo internacional, bem antes de Achcar, Bueno e Fittipaldi abrirem a estrada.

    Lembrando ainda do SMART: Stirling Moss Racing Team, com ases brasileiros ao volante.

    O sucesso brasileiro em 1970 não foi coincidência; foi o resultado de muitos "lameirões" juntos.

    ResponderExcluir
  2. Walter, o post começou de uma daquelas conversas de mais de hora que sempre temos. A certa altura ele me pergunta se lembro desta, ora 62/63 eu tinha 10/11 anos, nem mestre Crispim havia tocado neste assunto comigo!
    Até o Chico começar a escrever em seu I-Ped fui pesquisar. E confesso que nem de nós dois sabia o tamanho da história!
    Veja, foram milhares, sim milhares de carros construídos, nos links podemos ver, fora a referencia em mais de cem motores DKW que li em algum deles. Chico e eu ficamos pasmos, não tínhamos ideia dos números.
    Teffé e "seu" Chico eram homens do mundo, com uma grande visão, acontece, como diz o Chico que infelizmente no Brasil...
    Nem os nossos grandes campeões incentivaram o automobilismo de base por aqui, o Nelson até tentou, mas sempre esbarrou na "burrocracia". Tivéssemos alguém como Fangio por aqui e tudo seria diferente.
    "Seu" Chico tinha uma grande conexão com o automobilismo internacional e ajudou muita gente, ele era até amigo, muito amigo, de um certo senhor que carinhosamente chamo de Vecchio Mafioso!
    Um dia te conto.

    Um abraço


    ResponderExcluir
  3. RODRIGO DE SOUZA VIEIRA24 de maio de 2021 às 01:17

    Mais uma que o automobilismo nacional perdeu para a cartolagem!! Que história Rui, excelente resgate

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Então Rodrigo...
      Poderíamos ter um automobilismo sério e altamente profissional, com uma verdadeira categoria de base que poderia se multiplicar por outras, como F3, F2 ou mesmo F 5.000. E teríamos um automobilismo parecido com o da Argentina.

      Um abraço.

      Excluir

Os comentários serão aprovados por mim assim que possível, para aqueles que não possuam blogs favor usar a opção anonimo na escolha de identidade. Obrigado por sua visita, ela é muito importante para nós.

Rui Amaral Jr