quinta-feira, 1 de setembro de 2022
segunda-feira, 29 de agosto de 2022
Herói de ontem, hoje e sempre...
Há oitenta e nove anos
nasce na nossa querida Mooca o menino Carlos Miranda. Jovem e garboso entrou
para o cinema no começo da década de sessenta e maravilhou nós os jovens com
suas aventuras como o Vigilante Rodoviário.
Talvez nos dias de hoje
as pessoas que não viveram aquela época não tenham a ideia do que fosse a Polícia
Rodoviária do Estado de São Paulo presente e respeitadíssima em todas estradas onde
passávamos.
Aos nove anos quando
assisti o primeiro episódio logo lembrei daqueles policiais montados em suas Harley
Davidson que admirado via nas estradas.
Conheci como
motociclista muitos destes verdadeiros heróis, fui amigo de alguns, um deles
até foi um dos comandantes da corporação. Certo dia fui buscar uma BMW
emprestada a ele no comando...bem deixa para outro dia!
Conhecia meu ou nosso herói
de passagem, mas um dia quis o destino, ou Deus, que ficasse amigo de Cassio
Toledo filho do Tenente Coronel Carlos Miranda!
Quando da gravação do
programa Momento Moto do Dinho Benzatti na casa do Vigilante o Cassio estava
presente. Eu estava fazendo algo que não lembro bem e toca o celular numa vídeo
chamada e na tela aparece o Cassio com seu pai. Quando o Vigilante começou a
conversar comigo logo os olhos marejaram, a emoção aflorou, algo indescritível!
Ia contar mais sobre a
história do Vigilante e do Ten. Cel. Carlos Ciranda, mas no vídeo vocês vão
ouvir melhor em sua própria voz.
Parabéns Dinho,
excelente sua entrevista.
Cassio meu amigo/irmão, sem palavras.
E ao senhor Ten.Cel.
Carlos Miranda o Vigilante Rodoviário eterno Herói de muitas gerações, muito
obrigado pelo exemplo. Vida longa e um forte abraço.
Rui Amaral Jr

quarta-feira, 24 de agosto de 2022
Hill volta à Lotus...
1967 a Lotus trás Hill
para dividir a equipe com Jim Clark. A equipe estava numa transição, e enquanto trabalhava na 49-Cosworth ainda usava a Lotus 33 na maioria das vezes com
o motor Climax 2.000cc, outras vezes com o Lotus 43 BRM uma tranqueirona que
apenas Jimmy foi capaz de levar à uma vitória.
Hill havia pilotado
para Lotus nas temporadas de 58 e 59 com poucos resultados, pelo que pesquisei
apenas dois sétimos. Agora ele era campeão do mundo, com mais três vices 63/64/65,
além de três vitorias no Principado, e a Lotus era uma das estrelas da
categoria tendo levado Jimmy ao bicampeonato mundial, e ainda por cima preparava
uma verdadeira máquina de vitórias, a 49-Cosworth.
Na primeira corrida do
campeonato Hill e Clark pilotaram a 43-BRM, tendo Clark largado na terceira
posição e ele na decima quinta. Na corrida Hill bateu na sexta volta e Clark
quebrou na vigésima segunda, a corrida marcou a primeira vitória na categoria
de Pedro Rodriguez com uma Cooper-Maserati T81.
Na segunda corrida em Mônaco
a Lotus resolve levar a 33-Climax, que era o motor do regulamento anterior de
1.500cc que havia levado Jimmy à vitória nos mundiais de 1963/65, agora com a
cilindrada aumentada para 2.000cc.
Clark larga em quinto e
Hill em oitavo. Na quadragésima das cem voltas Clark abandona depois de fazer a
melhor volta da corrida e Hill chega em segundo, uma volta atrás de Denny Hulme
de Brabham BT2--Repco-Brabham, com o Urso começando a busca que o levaria ao
mundial.
Na próxima corrida na Holanda estreia a Lotus 49-Cosworth, mas aí já é outra história, que o
Caranguejo ou eu já devemos ter contado por aqui...
Rui Amaral Jr
domingo, 14 de agosto de 2022
1976 – Parte 2 – Audetto "Vou falar sobre o campeonato mundial roubado de Lauda"
Toda vez que Binotto
apronta das suas escrevo no Face ou comento com amigos uma canção de Pepino di
Capri.
“Lo sai Non è vero Che
non ti voglio più... ascoltami Ritorna ancor, ti prego Con
te Ogni istante Era felicita....” Daí concluo- Ritorna Forghieri, Ritorna.
Enzo não era muito
chegado a Niki, que levado à Ferrari por Clay se mostrou um vencedor. Acertador
de carros sabia “impor” suas preferencias a Forghieri, depois a Audetto que
substituiu Forghieri como DS da escuderia, sendo que Forghieri continuou com DT
e com Lauda desenvolvia modificações e avanços, o câmbio transversal da T3 foi
um deles, Clay também participava, mas Niki era o interlocutor mais ouvido.
Depois do vídeo do
Audetto meu amigo Walter envia um que é uma perola, o próprio Forghieri numa
deliciosa entrevista/palestra contando sobre aqueles tempos, com alguns jornalistas de automobilismo.
Sobre o GP do Japão ele
reproduz uma frase se não me engano do “Corrieri Della Sera” quando em destaque
e não sei escrito por quem estampa “a coragem de ter medo!”.
Destaca que muitos
pilotos achavam a pista impraticável naquela situação, entre eles Niki. E dá
sua opinião sobre Niki dizendo que fisicamente estava em plena forma, mas
mentalmente não, ainda mais para encarar aquela situação.
"Vou falar sobre o
campeonato mundial roubado de Lauda"
Já Audetto, que havia
assumido o lugar de DS naquele ano, não faz este tipo de comentário.
Vamos lembrar que
àquela altura Lauda tinha no campeonato três pontos de vantagem sobre Hunt,
largava com o terceiro tempo, atrás do pole Andretti e Hunt em segundo.
Mantendo-se essas posições era bicampeão
do mundo.
Audetto fala das
reuniões do pedido de Eclestone interessado no mercado e na divulgação do evento mundo afora, talvez
apenas meia dúzia de voltas em fila indiana.
Comenta também que
havia um “acordo” entre Hunt e Lauda, em que o inglês naquela situação não tentaria
tomar o título para si.
Duvido...
Hunt, apesar do que
comentam era um profissional, trabalhava para um patrão que havia perdido o
piloto que trouxera para sua equipe o patrocínio da Marlboro e ao final de dois
anos de contrato deixara a equipe e patrão à ver navios. Não vou me manifestar
mais sobre este assunto, ainda mais pelo enorme respeito que tenho pelo piloto
Emerson Fittipaldi. Piloto rápido e batalhador Hunt jamais deixaria
patrocinadores, equipe, demais apoiadores e fãs perderem por uma atitude que
seria antiprofissional. Também queria o título. Não acredito de maneira nehuma
que o tenha roubado.
Aqui um parêntese meu:
Todo piloto é “bicho” caso contrário seria jogador de ping pong, futebol de
botão... Você está no box 1, convicto que não vai largar naquela situação e
centenas de metros à frente no box 30 um motor é ligado, imediatamente você se
paramenta, entra no carro, manda apertarem o cinto e ligarem o motor....E,
apesar das papagaiadas ditas pelos locutores e outros, piloto tem medo sim,
sabe controla-lo, mas sempre ou um dia ou outro vai além, é o espirito da coisa!
Sobre a situação do
abandono de Lauda comenta Forghieri, o poeta, que estava no Japão como DT,
volto a lembrar, assumindo uma posição que poderia lhe trazer consequências junto
ao patrão, diz a Lauda, que poderia, encontrar uma desculpa, um problema elétrico
ou outra coisa qualquer ao que o Campeão replicou que não, abandonava pois não
havia condições de haver daquela forma uma corrida de automóveis.
As falas de Forghieri
vão de encontro ao que escrevi há mais de dez anos em “Atitude Corajosa” Lauda
era um grande piloto e também um grande homem, segundo Forghieri “teve a
coragem de dizer que sentia medo”.
Mauro continuou por
muitos anos na Ferrari e ao final da entrevista falando sobre a fabula que o
projetista Jonh Barnard veio ganhando na equipe, algo dez vezes mais do que ele
diz “Eu paguei minha liberdade, não tenho débitos...e quero mantê-la”.
Deixo com vocês a
entrevista de Mauro, agradecendo meu amigo Walter o envio. Ele me provoca com
esses envios, me provoca a escrever e talvez ele como poucos entenda esta minha
maneira atabalhoada de escrever sobre o que gosto.
Walter: Ouvi dez vezes
a fala de Enzo ao telefone depois da corrida e não consegui entender, você conta
caso tenha ouvido perfeitamente.
Ao Mauro, Niki e
Walter.
Rui Amaral Jr
