A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Piada de mau gosto...




...de mau gosto, suja e totalmente inadequada!
Domingo pela manhã antes de sair para o almoço de aniversario de minha amiga Vera Bock mulher do Ricardo Bock e para bela passeata que começaria horas depois na Av. Paulista, onde nós paulistanos protestamos contra todo esse estado de absurdos que infelizmente hoje toma conta de grande parte, grandíssima diria eu, de nossa administração publica, abro o jornal O Estado de São Paulo e vejo na primeira página do Caderno de Esportes a figura sorridente de Rubens Barrichello na chamada para reportagem da Corrida do Milhão da Stock Car que seria disputada pouco depois no autódromo de Goiânia, leio a matéria, que por sinal não era assinada, provavelmente algum release, e na página seguinte me deparo com a matéria que mostro à vocês tecendo loas ao total absurdo que hoje a prefeitura de São Paulo faz no autódromo “José Carlos Pace” nosso antigo Interlagos. Além de toda baboseira que está escrita, mais parece outro release, o jornalista, repórter ou seja lá o que for não se refere uma única vez ao nome correto que hoje denomina o autódromo, um total desrespeito aos milhares de fãs, aos amigos que com ele dividiram grandes disputas neste mesmo local, não digo pista pois a original era um espetáculo muito diferente desta pistinha atual, e a cada um de nós que um dia colocou sua bunda em um carro de corridas e lá exerceu sua paixão.
Sim é uma piada de mau gosto o que a atual administração de nossa prefeitura faz com o autódromo e as milhares de pessoas que dependem dele para o seu sustento, são mecânicos, ajudantes, preparadores, pilotos e outras dezenas de atividades que ganham seu sustento com as corridas e hoje estão de mãos praticamente atadas pois a mais de dois anos essa reforma se arrasta. Hoje nas poucas corridas as equipes são jogadas em boxes improvisados no prédio hoje existente no antigo pátio na curva do Sargento ou à céu aberto onde era a antiga curva do Laranja num  total desrespeito à todos que fazem nosso automobilismo.
Sobre as obras atuais que o secretário municipal de Infraestrutura Urbana tece tantos elogios gostaria de lembrar à ele que este novo prédio de sete andares feito bem em frente das arquibancadas vai permitir apenas que os torcedores acompanhem as corridas provavelmente por telões instalados muito ao contrário de milhares de fãs que antigamente assistiram lá grandes corridas com “seu” Chico, Celso, Ciro, Camilo, Emerson, Pace, Luiz, Wilsinho, Bird, Chico, Guaraná, Julio Caio, Arturo, Benjamim... onde mostravam sua arte e do local onde hoje estão estas novas arquibancadas podia-se ver praticamente toda extensão da lendária pista.
Sobre nossa grande imprensa sinto muita saudades, eu que leio do Estadão desde os meus doze anos, da época em que nossas corridas eram cobertas por jornalistas e eu moleque e depois piloto podia abrir o jornal e ler sobre as corridas do final de semana, não apenas a Stock, Truck, Indy ou F.Um mas cada corrida disputada era mostrada e comentada com os nomes e fotos dos pilotos que assim podiam tentar o apoio de patrocinadores tão importantes para a prática do esporte.
Algo precisa ser feito  com urgência contra todos este estado de coisas que hoje dominam nosso automobilismo, apenas me pergunto...o que?  





  Folha de São Paulo 8 de Março de 1971, na época jornalistas cobriam e mostravam todas corridas.

À memória de Carlos Pace e à cada um de nós que um dia já pilotou em nossa incrível pista.

Rui Amaral Jr   

O Estado de São Paulo edição de Domingo 16 de AGOSTO de 2015.                       

PS: Digitalizei o jornal em tamanho grande e quem não conseguir ler aqui é só clicar na foto para ampliar. 

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Tim...

Ontem assisti um documentário de cerca de uma hora sobre a carreira de Tim Richmond vou procurar e postar pois vale ver a carreira deste grande velocista que assombrou o mundo da NASCAR na década de 1980.
Lembrei então tudo que se dizia e escrevia sobre sua figura controvérsia e antes de mais nada lembrei das grandes vitórias que maravilharam o mundo do automobilismo norte americano. Acredito que um piloto deva ser como ele, ir buscar o resultado, fazer chover, batalhar sempre...
À Tim minhas homenagens!

Rui Amaral Jr  



quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Conta Borgmann - Quem?

No desafio proposto pelo Borgmann alguns amigos estão impedidos de participarem por motivos óbvios, então vamos ver quem pilota a carretera #20 e o Opala D3 #23 e a origem destes carros.



segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Conta Borgmann...

A CARRETERA ARGENTINA (TC) QUE FOI TENTAR A SORTE NA EUROPA
 Embarque da TC no transatlântico, rumo à Europa.
Página da revista com a propaganda de um dos patrocinadores.

Em 1953, o automobilismo argentino dominava o cenário latino-americano, especialmente com Juan Manuel Fangio, que já brilhava nas competições da Europa.
ERNESTO PETRINI, piloto que brilhava nas corridas de estrada argentinas (TC Turismo Carretera) acreditava que sua carretera Ford com motor 4.500cm3 faria sucesso nas pistas européias. Aprontado o carro, foi feita a apresentação à imprensa, tendo inclusive a presença do presidente argentino General Juan Perón, que era um apreciador das corridas de automóveis, apoiando o esporte e levando seu nome pintado nos carros.

 Apresentação da TC de PETRINI com o Gen  JUAN PERÓN. Note o motor V8 flathead com 4 carburadores. 
 Revista COCHE A LA VISTA de Julho 1953 ( na capa estão os três irmãos GÁLVEZ todos pilotos da TC com sua mãe).

A carretera foi embarcada no transatlântico argentino "EVA PERÓN", no qual também seguiu o piloto ERNESTO PETRINI, seu co-piloto FIORENTINI e o jornalista OSVALDO AGUILAR que enviaria as matérias cobrindo a participação.
A intenção do piloto PETRINI era de participar da corrida Liège-Roma-Liège na categoria esporte, com extensão, non-stop de 3.500 km.
Esta corrida já tinha sido vencida em 1951 pelo Jaguar XK120 de Johnny Claes e Jacques Ickx (pai do piloto de F1 Jacy Ickx), e em 1952 vencido por um Porsche 356.
Talvez julgando o percurso excessivamente longo e também considerando a necessidade de carros de apoio, PETRINI anuncia sua decisão de não participar mais. Informa então que participaria de algumas provas locais na categoria esporte e também de subida de montanha. Participou ca corrida de AOSTA onde chegou em 5° lugar, prova vencida por SCOLTI com Ferrari.
Assim, PETRINI retorna à Argentina e se prepara na participação da IV Carrera Panamericana, no México, com um automóvel Lincoln na categoria Turismo.

Revista COCHE A LA VISTA de Dezembro 1953 em que aparece o Lincoln #64 de PETRINI durante a IV Carrera Panamericana.
Um Porsche se preparando para a largada.
Foto da equipe Porsche de apoio;

A IV Carrera Panamericana de 1953 teve como vencedor Juan Manuel Fangio Lancia)com o tempo de 18h11min à média de 169,220kph. Na categoria Turismo o vencedor foi o norte-americano CHUCK STEVENSON (Lincoln) com o tempo de 20h31min à média horária de 149,910kph. PETRINI (Lincoln) chegou em 9° lugar coim o tempo de 22h28min.

Luiz Borgmann