Troncon - A marca SILPO no adesivo é do preparador Silvano Pozzi.
O carro de Julio Caio, de costas meu amigo Manduca Andreoni, agachado Carlão meu mecânico anos após, com a mão ao rosto Henrique Paulo pai do Julio e sem camisa Toninho de Souza.(Rui)
Ricardo Di Loreto e Benjamin "Biju" Rangel.
Na foto a dedicatória de Ricardo ao preparador Carlos Jaqueire, cedidas à mim por seus filhos.(Rui)
A terceira etapa da mais nova categoria de monopostos nacionais chegou a São Paulo, exibindo uma característica muito especial: o equilíbrio. Muitos pilotos, carros diferentes e resultados inesperados. Isso fora a tônica nas etapas no Planalto. Repetir-se-ia na paulicéia, a sede da maioria das equipes? Na sexta-feira, quando os times começaram seus trabalhos, adentraram à pista quatro nomes novos: Marcos Troncon e seu Polar; Julio Caio de Azevedo Marques, da Kaimann; Claudio Muller finalmente estreando seu Muller 742 e Amândio Ferreira,o Gigante, também de Polar. O número de carros no grid subia então para quinze monopostos. Mas esperava-se que o grande duelo ficasse outra vez com o trio Ingo Hoffmann-Francisco Lameirão-Nelson Piket. Nos treinos porém, Ingo confirmou a fama de rei das poles e ele, que já largara na posição de honra nas duas primeiras provas, cravou 3m04’968 e nem participou da segunda sessão. Milton Amaral foi o segundo com 3m09’913; Eduardo Celidônio em terceiro com 3m09’979; Ricardo Di Loreto em quarto, 3m10’341 e os demais. Já nesta sessão, uma baixa importante: o brasiliense Nelson Piket foi informado do falecimento de seu pai e retornou à Brasília, sendo substituído no Polar da Equipe Brasal-Induspina por ninguém menos que Ricardo Achcar, construtor dos Polares juntamente com Ronaldo Rossi.
Benjamim "Biju" Rangel
Também nos treinos, o piloto Benjamin Rangel, que prestigia estas mal traçadas linhas, levou um susto quando seu carro teve a suspensão dianteira quebrada na Curva do S. Conta aí como foi isso, Biju. A primeira bateria foi liderada por Ingo, seguido de perto pelo repatriado Julio Caio de Azevedo Marques, que participara de algumas provas do britânico de F3. Revezando-se na liderança, os dois faziam um bloco à parte, vindo na sequência, Milton Amaral e Ricardo Di Loreto. Alguma distância e aparecia Mauricio Chulan, puxando um grupo onde estavam Benjamin Rangel, Chico Lameirão, Marcos Troncon, Newton Pereira e Ricardo Achcar. O último bloco era formado por Amândio Ferreira, Claudio Dudus, Celidônio e Ricardo Mansur, com seu motor falhando acima dos 6.000 giros. A disputa Ingo-Julio Caio terminou num impasse, já que ambos tiveram problemas e abandonaram. Ingo, com motor quebrado e Julio Caio com problemas em uma mola de válvula. Como Ingo parou na última volta, a liderança caiu no colo de Di Loreto, mas ele pegou uma mancha de óleo na Curva 3 e foi a deixa para o carioca Milton Amaral vencer com o Heve. Di Loreto ainda foi o segundo e o estreante Troncon o terceiro. Achcar terminou em quarto e Benjamin Rangel e Ricardo Mansur completaram os seis primeiros. A segunda disputa da tarde foi liderada por Julio Caio de Azevedo Marques, que saiu das últimas posições para o primeiro lugar, num começo alucinante. Veloz e azarado, Júlio Caio teve problemas com a mangueira de óleo e abandonou logo na segunda volta. Troncon, o estreante pé quente disputou com muita segurança a ponta com Chico Lameirão e eles só decidiram na bandeirada, por alguns milésimos, a favor de Marcos.
Ricardo Mansur
Destaque-se a boa briga entre Ricardo Mansur, Milton Amaral, Celidônio e Ricardo Achcar, pela terceira posição, com vantagem para Milton. Na bateria final, Chico Lameirão foi superado por Milton Amaral e Troncon mas recuperou-se. Chico logo foi em busca de Troncon enquanto Milton tinha problemas e ficava para trás. Uma grande disputa teve lugar entre o #14 e o #16, com o carro de Lameirão apresentando uma falhação constante que não lhe permitiu “fugir” de Troncon. Assim, Chico foi o vencedor mas perdeu na soma de tempos para Troncon...por menos de um segundo. Marcos Troncon, o estreante, foi o vencedor, com Lameirão em segundo e Ricardo Mansur em terceiro; Biju Rangel foi o quarto, Eduardo Celidônio o quinto e Milton Amaral o sexto. Ricardo Achcar, após três anos afastado das pistas, soube aproveitar o carro de Piket e foi o sétimo. Em nove baterias disputadas, quatro vencedores diferentes. Lameirão continuava líder, com 19 pontos, seguido por Mansur, com 12 e Ingo, Newton Pereira e Marcos Troncon com 9. Que surpresas estariam reservadas para a etapa seguinte no Tarumã, tchê?
CARANGUEJO
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NT: O titulo deste texto de meu amigo Caranguejo faz uma referencia ao brasão da cidade de São Paulo e ao nosso lema "NON DUCOR DUCO". Obrigado pela lembrança meu amigo.
Rui