A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
sábado, 25 de janeiro de 2014
quinta-feira, 23 de janeiro de 2014
Mecânica Continental
Este vai para meu amigo Fabiani.
Escuderia Lobo do grande Camilo Christófaro, #7 Ferrari/Corvette de Carlinhos Aguiar, #18 Maserati/Corvette do Camilão e a Maserati vermelha de Arlindo Aguiar, que corriam na categoria Mecânica Continental. Foto de Tony Bianco.
Camilo em Interlagos
A Mecânica Continental nasceu no final da década de 1950 na América do Sul, principalmente Argentina e Brasil, e utilizava principalmente os carros das categorias Grand Prix e de sua sucessora a Formula Um, carros que haviam corrido na década e que a F.Um já não mais utilizava.
A manutenção dos motores originais se tornou difícil e muito cara e então entrou o grande poder de adaptação de nossos pilotos e preparadores que logo viram a oportunidade de fazer grandes carros com os motores americanos. Os Ford geralmente com preparação Edelbrock e os novíssimos Corvette V8 com uma vasta gama de preparações dos especialistas norte americanos.
Eram carros da Maserati, Alfa Romeo, Ferrari, Talbot e outros que impulsionados com as novas motorizações se tornaram até mais rápidos que os originais, já que os motores V8 americanos com muito mais cilindrada tinham mais potencia e seu ponto de torque máximo muito abaixo e mais forte que os originais. Lembro perfeitamente de sentar num dessas na oficina do Camilo e o que mais estranhei, tinha uns 8/9 anos, foi a alavanca de cambio no meio das pernas, com o pedal da embreagem à esquerda com acelerador e freio à direita.
Invocados com a rapidez desses carros alguns italianos trouxeram uma Maserati 250F da F.Um e Celso Lara Barberis treinou alguns dias com ela em Interlagos e não chegou perto do então recorde da pista que então era de Roberto Galucci com sua Maserati/Corvette com o tempo de 3m 39s para o circuito completo, esse recorde foi batido apenas 12 anos depois por Ciro Caíres e o BMW Esquife da equipe CEBEM de Agnaldo de Goes Filho.
A manutenção dos motores originais se tornou difícil e muito cara e então entrou o grande poder de adaptação de nossos pilotos e preparadores que logo viram a oportunidade de fazer grandes carros com os motores americanos. Os Ford geralmente com preparação Edelbrock e os novíssimos Corvette V8 com uma vasta gama de preparações dos especialistas norte americanos.
Eram carros da Maserati, Alfa Romeo, Ferrari, Talbot e outros que impulsionados com as novas motorizações se tornaram até mais rápidos que os originais, já que os motores V8 americanos com muito mais cilindrada tinham mais potencia e seu ponto de torque máximo muito abaixo e mais forte que os originais. Lembro perfeitamente de sentar num dessas na oficina do Camilo e o que mais estranhei, tinha uns 8/9 anos, foi a alavanca de cambio no meio das pernas, com o pedal da embreagem à esquerda com acelerador e freio à direita.
Invocados com a rapidez desses carros alguns italianos trouxeram uma Maserati 250F da F.Um e Celso Lara Barberis treinou alguns dias com ela em Interlagos e não chegou perto do então recorde da pista que então era de Roberto Galucci com sua Maserati/Corvette com o tempo de 3m 39s para o circuito completo, esse recorde foi batido apenas 12 anos depois por Ciro Caíres e o BMW Esquife da equipe CEBEM de Agnaldo de Goes Filho.
Celso Lara e Luiz Américo Margarido no Talbot/Cadillac nos 500 KM de Interlagos 1958
Alfredo Santilli no Eclipse Special/Oldsmobile 1956
Ciro Cayres no I Torneio Triangular Sulamericano 1959
Fritz D`Orey na Maserati/Corvette
Luiz Américo Margarido na Maserati/Corvete
Ayres Bueno Vidal Maserati/Simca
Paschoal e Toninho Versa, Ferrari/Corvette 4.500cc
I Torneio Triangular Sulamericano, Autodromo Costaneva Buenos Aires, Argentina 01/03/1958
Em outra corrida o brasileiro Fritz D`Orey com uma Maserati/Corvette, um grande piloto brasileiro cuja carreira na F.Um não vingou por motivos outros, mexendo nos pneus conseguiu na largada e nas voltas seguintes abrir uma grande vantagem para o segundo colocado que era ninguém menos que o grande piloto argentino Froilán Gonzalez.
Sem a pretensão de ser um historiador, sou apenas um contador de histórias, histórias verdadeiras de quem as viveu, contei neste post com a colaboração de meus amigos Paulo Peralta do excelente Bandeira Quadriculada de quem peguei algumas fotos e dos sempre presentes Milton Bonani, Romeu Nardinni, Chico Lameirão e Caranguejo, foram algumas horas de papos agradáveis ao telefone e à eles meu muito obrigado e um forte abraço!
Rui Amaral Jr
Rui Amaral Jr
Postado por
Rui Amaral Lemos Junior
terça-feira, 21 de janeiro de 2014
BONGOTTI
Radiadores Bongotti era a empresa da família, seu pai e tios, de meu amigo/piloto/fotografo/escritor Milton Bonani, as fotos são em Interlagos quando a ponte que passava à frente dos antigos boxes levava o patrocínio da empresa.
Prova do Torneio Triangular Sul-americano disputado em 10/01/1960. Os carros identificados são:
Primeira fila
21 - Chevrolet Carretera - Ivo Rizzardi
78 - Chevrolet Carretera - Antônio Versa
34 - DKW Vemag - Christian Heins
10 - DKW Vemag - Marinho César Camargo
Segunda fila
33 - DKW Vemag - Eugênio Martins
13 - Fiat - Emílio Zambello
68 - Citroen 11 Legere - Walter Pucci
? - Skoda -?
Romeu Nardini; Rui, na primeira foto, o carro na ultima fila é um Simca Aronde. Falta saber quem pilotava.
Primeira fila
21 - Chevrolet Carretera - Ivo Rizzardi
78 - Chevrolet Carretera - Antônio Versa
34 - DKW Vemag - Christian Heins
10 - DKW Vemag - Marinho César Camargo
Segunda fila
33 - DKW Vemag - Eugênio Martins
13 - Fiat - Emílio Zambello
68 - Citroen 11 Legere - Walter Pucci
? - Skoda -?
Romeu Nardini; Rui, na primeira foto, o carro na ultima fila é um Simca Aronde. Falta saber quem pilotava.
Foi uma prova que foi preliminar do Torneio Triangular Sul-americano que recebeu o nome de "Prova Prefeito Ademar de Barros" e foi realizada em 30/11/1958.
Os participantes são:
82 - José Gimenez Lopes - Ferrari 250 TR (4ºlugar)
36 - Jean Louis Lacerda - Ferrari 750 Monza (2ºlugar)
46 - Celso Lara Barberis - Ferrari 250 TR (5º/Abandonou)
12 - Álvaro Varanda - Ferrari 250S (3ºlugar)
Na segunda fila
9 - Christian Heins - Porsche 550RS (1ºlugar)
Os participantes são:
82 - José Gimenez Lopes - Ferrari 250 TR (4ºlugar)
36 - Jean Louis Lacerda - Ferrari 750 Monza (2ºlugar)
46 - Celso Lara Barberis - Ferrari 250 TR (5º/Abandonou)
12 - Álvaro Varanda - Ferrari 250S (3ºlugar)
Na segunda fila
9 - Christian Heins - Porsche 550RS (1ºlugar)
Postado por
Rui Amaral Lemos Junior
segunda-feira, 20 de janeiro de 2014
CBA x ACB
II Seis Horas de Curitiba 1966
Moleque com meus 14/15 anos cheguei à Interlagos para assistir uma corrida, longe em minha memória acredito que havia Simcas, Alfas, Berlinetas...todos alinhados no grid quando chega um oficial de justiça com um mandato que impedia a realização da corrida...balburdia geral, grande confusão e brigas...era a briga ACB -Automóvel Club do Brasil- x CBA -Confederação Brasileira de Automobilismo.
O que acontecia era que o ACB era o representante do Brasil junto à FIA se não me engano desde a década de 1930 e já não atendia mais as exigências de coordenação que a chegada da industria automobilística ao nosso automobilismo de competição exigia e alguns notáveis e nosso automobilismo resolvem criar a CBA, no sistema federativo onde os clubes elegiam os membros das federações de automobilismo estadual e estas os membros da CBA. E a guerra de liminares e ações na justiça perdurou até acredito que 1969/70 quando enfim a CBA se tornou a autoridade máxima de nosso automobilismo. As ameaças à equipes e pilotos que competiam em provas comandadas por uma entidade ou outra eram grandes, descredenciamento, proibição de competir e até a proibição de representa o país em competições internacionais.
E foi isto que aconteceu com Avallone, Emerson, Pace e outros que para seguirem suas carreiras internacionais se filiaram em clubes ingleses e durante um bom tempo correram sob esta bandeira!
Agora vocês vão pensar “o Rui foi tão vago, onde quer chegar!?”; acontece que no sábado quando cheguei em Interlagos para assistir as corridas do Campeonato Paulista fui de cara informado que a Vee havia sofrido uma cisão(corrigindo, leia-se divisão) e uma nova categoria com os carros dela correria com o nome de Formula 1.600 à revelia dos titulares da Vee. Fui até o Box do Heitor, com quem já havia conversado ao telefone e ele chateado me contou que o grid da Vee seria de apenas oito carro.
Fui procurar o Arturo e Duran como havíamos combinado e o papo de todos era sobre as duas categorias e muita conversa...conversa séria de quem realmente entende sobre o assunto e muita, mas muita mesmo conversa fiada de sapos que querem apenas ver o pior!
Me contaram que a F.1.600 havia oferecido aos pilotos a inscrição e mais algumas outras vantagens e que o grid dissidente seria de 19 carros, infelizmente não fiquei para ver a corrida deles pois fui com o João de Paoli e lá por 15.30h seu filho Gabriel já estava cansado e fomos embora.
Ainda no autódromo conversei com o Zullino, como tempos atrás havia conversado com ele e o Joca os idealizadores da categoria. Não conversei para levar e trazer fofocas, jamais falei “mas ele me disse isto!” apenas ouvi sem contar à nenhum o que o outro dissera pois isto não é de meu feitio, assim como não é a fofoca, diz que me disse e os comentários pelas costas, quando quero falar falo abertamente como escrevo aqui para vocês!
Penso e digo claramente que no campeonato de 2013 as vistorias técnicas foram feitas de forma atabalhoada prejudicando o campeonato e trazendo prejuízos à pessoas que quero e respeito, se foi proposital ou não não tenho como responder, quando souber digo e dou nome aos bois.
Sei que o Zullino parece ser prepotente e ter a fama de não escutar, mas podem ter certeza que meu amigo Zuzu com toda sua inteligência ouve e do fragmento de uma conversa tira sempre o mais importante e a idéia fica em sua cabeça!
O que nós que amamos o automobilismo e vimos na Vee uma forma de aparecimento de novos talentos para um país que hoje é tão carente de grandes pilotos queremos é que ao invés de brigas e discussões estéreis a categoria se fortaleça, volte a ter grids de 30 ou mais carros e continue a fazer o belo espetáculo que deu em Interlagos no ano de 2013!
Os comentários de duas pessoas que prezo e respeito sobre tudo isto, e faço minhas as palavras deles...Regina Calderoni “estou muito triste c/ acontecido, pois fui a Interlagos p/ apreciar 1 bela corrida, + infelizmente, foi de .... sem palavras.... eu quero de volta o que eu assisti e presenciei em 2013...acho que nós pilotos e publico merecemos...simples assim.”, Luiz Eduardo Duran "eu já vi isso acontecer no passado, e não foi bom para ninguém, eu estou na torcida para que tudo acabe bem."
Rui Amaral Jr
NT: Como sempre deixo aqui o espaço aberto à quem quiser se manifestar.
O que acontecia era que o ACB era o representante do Brasil junto à FIA se não me engano desde a década de 1930 e já não atendia mais as exigências de coordenação que a chegada da industria automobilística ao nosso automobilismo de competição exigia e alguns notáveis e nosso automobilismo resolvem criar a CBA, no sistema federativo onde os clubes elegiam os membros das federações de automobilismo estadual e estas os membros da CBA. E a guerra de liminares e ações na justiça perdurou até acredito que 1969/70 quando enfim a CBA se tornou a autoridade máxima de nosso automobilismo. As ameaças à equipes e pilotos que competiam em provas comandadas por uma entidade ou outra eram grandes, descredenciamento, proibição de competir e até a proibição de representa o país em competições internacionais.
E foi isto que aconteceu com Avallone, Emerson, Pace e outros que para seguirem suas carreiras internacionais se filiaram em clubes ingleses e durante um bom tempo correram sob esta bandeira!
Agora vocês vão pensar “o Rui foi tão vago, onde quer chegar!?”; acontece que no sábado quando cheguei em Interlagos para assistir as corridas do Campeonato Paulista fui de cara informado que a Vee havia sofrido uma cisão(corrigindo, leia-se divisão) e uma nova categoria com os carros dela correria com o nome de Formula 1.600 à revelia dos titulares da Vee. Fui até o Box do Heitor, com quem já havia conversado ao telefone e ele chateado me contou que o grid da Vee seria de apenas oito carro.
Fui procurar o Arturo e Duran como havíamos combinado e o papo de todos era sobre as duas categorias e muita conversa...conversa séria de quem realmente entende sobre o assunto e muita, mas muita mesmo conversa fiada de sapos que querem apenas ver o pior!
Me contaram que a F.1.600 havia oferecido aos pilotos a inscrição e mais algumas outras vantagens e que o grid dissidente seria de 19 carros, infelizmente não fiquei para ver a corrida deles pois fui com o João de Paoli e lá por 15.30h seu filho Gabriel já estava cansado e fomos embora.
Ainda no autódromo conversei com o Zullino, como tempos atrás havia conversado com ele e o Joca os idealizadores da categoria. Não conversei para levar e trazer fofocas, jamais falei “mas ele me disse isto!” apenas ouvi sem contar à nenhum o que o outro dissera pois isto não é de meu feitio, assim como não é a fofoca, diz que me disse e os comentários pelas costas, quando quero falar falo abertamente como escrevo aqui para vocês!
Penso e digo claramente que no campeonato de 2013 as vistorias técnicas foram feitas de forma atabalhoada prejudicando o campeonato e trazendo prejuízos à pessoas que quero e respeito, se foi proposital ou não não tenho como responder, quando souber digo e dou nome aos bois.
Sei que o Zullino parece ser prepotente e ter a fama de não escutar, mas podem ter certeza que meu amigo Zuzu com toda sua inteligência ouve e do fragmento de uma conversa tira sempre o mais importante e a idéia fica em sua cabeça!
O que nós que amamos o automobilismo e vimos na Vee uma forma de aparecimento de novos talentos para um país que hoje é tão carente de grandes pilotos queremos é que ao invés de brigas e discussões estéreis a categoria se fortaleça, volte a ter grids de 30 ou mais carros e continue a fazer o belo espetáculo que deu em Interlagos no ano de 2013!
Os comentários de duas pessoas que prezo e respeito sobre tudo isto, e faço minhas as palavras deles...Regina Calderoni “estou muito triste c/ acontecido, pois fui a Interlagos p/ apreciar 1 bela corrida, + infelizmente, foi de .... sem palavras.... eu quero de volta o que eu assisti e presenciei em 2013...acho que nós pilotos e publico merecemos...simples assim.”, Luiz Eduardo Duran "eu já vi isso acontecer no passado, e não foi bom para ninguém, eu estou na torcida para que tudo acabe bem."
Rui Amaral Jr
NT: Como sempre deixo aqui o espaço aberto à quem quiser se manifestar.
A parte boa do sábado;com os amigos!
Romeu, Jackie Della Barba e Duran
Arturo, Regina e Romeu
não vi, não sei!rs
Regina, Romeu, Duran , eu e João de Paoli
Arturão, Zullino, Duran, João de Paoli e Ricardo fazendo pose!
Mara Carrera, Washington, Arturo, Marcos e Duran
Na chegada com Sérgio Albuquerque, eu, Duran, Arturão e João de Paoli
Heitor, Arturo, Duran, Zé Ciccone, Ricardo Bock, João e Gabriel.
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Rui Amaral Lemos Junior
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