A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

sábado, 3 de agosto de 2013

Foi assim...



...na Quinta-Feira 1º de Agosto o lançamento do livro do Paulo estava marcado para as 18.30h no Shoping Pátio Higienópolis, saio de casa por volta das 14h, moro à 40 km de São Paulo, e vou antes até a casa de minha irmã Cida no Morumbi, são 50kms via Rodoanel e chego morto de fome. Almoço com ela batemos um longo papo e por volta das 17.00h resolvo ir para Higienópolis pois sei que o transito na Av. Rebouças é de doer. Pasmem pois antes das 17.30 já estava estacionando na casa de meu primo Paulo, na mesma rua do shoping um quarteirão antes.  Chego na livraria uma hora antes e ninguém, compro o livro e vou para uma praça agradável e começo a ler.
Leio a apresentação do Paulo, o depoimento do Barão e chego ao depoimento do Bird que leio com tristeza pois nosso Grande Campeão conta de sua decepção ao ver este traçado de Interlagos, uma pista descaracterizada de seu belo e difícil traçado original e que provavelmente nunca mais irá fazer um verdadeiro campeão!
Triste paro de ler e fico pensando, olho para a frente e vejo entrando quatro senhores entre eles um baixinho, talvez 1.60m, de boné e que logo reconheci, logo me veio à lembrança minha juventude, quando muito antes de começar a correr era um rato de Box! 

Ruy, Caetano e eu...

Vou falar com eles e pergunto à ele quem era dizendo que o conhecia...Dam...e logo digo Caetano Damiani o Mago da carreteras! O papo flui com ele, Ruy, Roberto e seu outro amigo cujo nome agora me foge da lembrança, e peço-lhe um autografo         no livro. Quando vou buscar uma caneta vejo Anísio Campos e Toninho de Souza entrando começamos a conversar e vamos até onde está o Caetano com os amigos...o encontro desses dois verdadeiros gigantes de nosso automobilismo foi algo inesquecível, vai ficar em minha memória até...Caetano aos 84 anos é um menino, mente e corpo ativos certamente sentado em um carro de corridas voltaria à fazer bonito, como o Record de nosso templo que durante algum tempo foi dele! Logo me vem à lembrança outro grande nome de sua época, meu amigo Vitório Azallin que distraidamente não lembrei de ir buscar! Perdoa Vitório!

 De camiseta vermelha o Ney que veio de Belo Horizonte para o lançamento do livro!
 Peralta e Romeu...
 Nisto chega este ser iluminado chamado Miguel Crispim Ladeira e se junta a outro Anísio Campos, com eles Gláucio... 
 Ricardo e outro ícone, outro ser iluminado;Bird Clemente...
 Caetano um menino aos 84 anos, seus olhos brilham ao falar de corridas e Gláucio...
 Ricardo e Caetano...

 Ricardo, Paulo e Caetano...



 Felicidade estar com os amigos Crispim e Milton, ao lado dos novos amigos Claudio e Ricardo... 

Crispim, Anísio e um amigo, duas vidas dedicadas ao automobilismo!

 Ervin e Bird atrás Romeu e Claudio...
 Anísio ao vivo e pilotando um kart na AutoEsporte...
 Teve até alicatão dando autógrafo...

Nesta altura peço autógrafos à todos, Caetano, Anísio, Toninho, Ruy, Roberto assinam e vou até a livraria ver quem já chegou, o papo entre Caetano e Anísio correndo solto!
Logo de cara vejo meu amigo/piloto/fotografo Milton Bonani esposa e filha e o fim de tarde vai ficando cada hora mais alegre e emocionante! Logo vejo o Paulo e sua esposa D. Terezinha e mais amigos vão chegando...
Nas fotos conto um pouco sobre cada um, tenho certeza absoluta que para cada um de nós foi uma noite memorável!

Parabéns Paulo!

Ao Caetano, Crispim, Bird e Anísio.

Rui Amaral Jr 

Pedidos do livro no Blog do Quadriculada

Fotos: Débora Verdan e Gláucio J. Teixeira 




  

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

4ª ETAPA CHEVLIGHT - 27 E 28/07/2013 - Mafra - Sta Catarina

 CHEGANDO...


Debaixo de um céu de brigadeiro e com muito sol, foi realizada com sucesso, no autódromo de Mafra SC, a 4ª etapa da Chevlight de 2013, nas categorias “A”, “B”, “C”, “FORÇA LIVRE TRAÇÃO DIANTEIRA” e “FORÇA LIVRE TRAÇÃO TRRASEIRA”.
Um grande público pode assistir pegas emocionantes com disputas de tirar o fôlego, em cada uma das duas baterias de cada categoria. 






Uma pena que o meu amigo, Fábio Manssani Stelle, que inscreveu seu Chevette #31 em duas categorias: “A” e “Força Livre Tração Traseira”, não teve um resultado a contento.
A quebra da caixa de câmbio o tirou da disputa na categoria “A” e na última bateria da Força Livre Tração Traseira, já com a caixa de câmbio reserva, rodou no final da reta principal, ficando fora da corrida, quando estava na disputa pela liderança da prova.
Agora resta virar a página e partir pra próxima.

Adolf Schartner



quarta-feira, 31 de julho de 2013

BESOUROS NO ASFALTO -2º Capítulo.

Amadeo, Arturo, Amadeu e Mogames.

Em abril, mês seguinte após a abertura do Campeonato, reuniu-se o “circo” da Divisão 3, na pista de Interlagos e o fato da sede da maioria das equipes ser na Paulicéia logo se fez sentir: 37 carros inscritos num grid puxado por Amadeu Rodrigues, ainda mordido pela desclassificação no Rio. Rodrigues foi o mais veloz, dividindo a primeira fila com o campeão Arturo Fernandes e depois vinham José Romano, Jr.Lara Campos, J.Franco ( o melhor dos Passats), Amadeo Campos e Rick Mogames seguidos dos outros três Passats, de Vicente Correa, Yoshikuma e Júdice. 

Amadeu larga na pole.

No domingo, um público pequeno, assustado pelos 200 cruzeiros (!!) do ingresso, assistiu Amadeu Rodrigues dar uma largada fulminante e tomar o primeiro lugar enquanto Arturo perdia posições para Romano e Lara Campos. Mas ainda no fechamento da primeira volta, Turito assumia a liderança, acompanhado de Amadeo Campos. Revezando-se na frente, eles distanciaram-se do grupo formado por João Franco, Lara Campos, Mogames e Amadeu Rodrigues. Franco e Lara abandonaram a disputa com problemas, o que beneficiou Rodrigues e Mogames que assumiram suas posições. Na ponta, o pega foi até a última volta, quando Arturo Fernandes decidiu a parada. 

 Arturo, Amadeo e Mogames.
Arturo, Mogames, Amadeu e Amadeo.
 Arturo, Amadeo, Jr Lara, Amadeu, Mogames e João Franco.
 Arturo e Amadeo.
 A rodada de Amadeu.


Na segunda bateria foi a vez de Ricardo Mogames largar muito bem, seguido por Arturo e Amadeu Rodrigues. Mas Turito mais uma vez foi para a frente. Amadeo Campos, um pouco mais atrás, começou a pressionar seu companheiro na Equipe Cetil/Presidente, Mogames, para perseguir Fernandes. A briga pela ponta desta vez seria entre três carros (casualmente, o #1,#2 e #3).Percebendo que estava ficando para trás, Amadeu Rodrigues acabou rodando na Ferradura na ânsia por recuperar-se. Já entre os ponteiros, a briga era de foice no escuro. Mogames assumiu o primeiro lugar na freada da Curva 3 na última volta, contudo Arturo devolveu a ultrapassagem no Sargento e venceu outra vez, com pequena vantagem. Com o terceiro lugar na prova, Rick Mogames era o novo líder do Brasileiro com 27 pontos, secundado por Arturo e Lara Campos, empatados com 20. Recuperando-se, Amadeu Campos aparecia na quarta colocação com 15 pontos. As Brasílias de José Antonio Bruno (5º) e Dimas Pimenta (7º), chamaram a atenção por terem terminado melhor que os Passats, mas a disputa estava só aquecendo.

 Romano, Amadeu, Amadeo, Arturo, Mogames...


CARANGUEJO

segunda-feira, 29 de julho de 2013

BESOUROS NO ASFALTO -1º Capítulo.

Novelas...história em capítulos, suspense, clímax. Seria possível transportar todos esses elementos para um Post no” Histórias...” e não matar de tédio aqueles que o prestigiam? Vale tentar. De cara pensei que o jeito era tratar de um tema de interesse mútuo, algo que agradasse a maioria e o que poderia ser melhor do que o Campeonato Brasileiro de Turismo Especial –Divisão 3 de 1980? Esse foi um ano marcante, pois tratava-se da última disputa com os combativos VWs ainda em forma, numa categoria em que eles eram os ícones. A partir da temporada seguinte, uma chusma de Passats aportaria na D3 e alteraria seu nome para Hot-Car. Nada mais seria como antes. Pretendo então, contar o que houve naqueles dias agitados, trinta e três anos atrás, baseado em artigos da época, um pouco da memória e com a vantagem que muitos dos protagonistas – meus personagens – estão por aí e podem vir a público e esclarecer ou mesmo me puxar as orelhas. Vamos lá então, sinal verde.

CARANGUEJO






Início da década de 80, movimentavam-se pilotos, preparadores, mecânicos para a disputa do Brasileiro de Turismo Especial. No ano anterior o Campeonato iniciara em setembro e tivera somente quatro etapas. Desta vez, com o patrocínio de uma instituição financeira e o dobro de corridas, começando em março, pensava-se em resgatar o público fiel da categoria e buscar o espaço que ela vinha disputando com a FVW1600 ou a Stock Cars. Etapa inaugural no Rio de Janeiro, na pista de Jacarepaguá e de cara, pole position do gaúcho Fernando Moser, uma cria de Tarumã e que sempre tinha boa performance na pista carioca. Após o Gordo Moser e na ordem, José Carlos Romano, Arturo Fernandes, Amadeu Rodrigues, José Antonio Bruno (com a Brasília frente limpa-trilho), Amadeo Campos, Lara Campos (este apresentava seu VW novo, com suspensão traseira McPherson), Ricardo Mogames, Yoshikuma e Gonzales. 


Arturo, Amadeu e Romano.
Romano
Jr Lara
Além do calor escaldante, praticamente todos queixavam-se do uso obrigatório das bobinas nacionais. Largada da primeira bateria, Moser saltou na frente enquanto Campos e Bruno tinham problemas. Amadeu Rodrigues logo deixava para trás Romano e Arturo, enquanto Rick Mogames e Lara Campos recuperavam-se. Romano abandonava com problemas na carburação e Rodrigues assumia a liderança. Ele venceria sem grandes problemas, acompanhado por Moser e Arturo Fernandes. Na segunda bateria, Amadeu continuou dando as cartas; ele voltou a assumir a ponta, deixando Fernando Moser brigando com Lara Campos. O motor do gaúcho o deixaria na mão e Lara começou uma boa disputa pela ponta com Rodrigues. 


Chegada, Amadeu e Moser

Enquanto o VW de Amadeu era veloz nas retas, o #5 Pocket-rocket de Lara Campos o alcançava nas curvas e acabou vencendo. Mogames foi o terceiro. E houve então a última surpresa. Pela soma de tempos, Amadeu Rodrigues ganhara a etapa, mas ele terminou desclassificado pois na pesagem seu carro acusou um peso de 685 quilos em vez dos 691 permitidos. E assim Lara Campos venceu, assumindo a ponta do campeonato com 20 pontos, cinco à frente de Mogames e oito sobre Claudio Gonzales. Mas tudo estava apenas no seu início...

Caranguejo


Alguns dos personagens...
Entre José Antonio Bruno e Tide Dalécio está Amadeu Rogrigues.


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NT: A Divisão 3 como todo automobilismo é regida pelo Anexo J da FIA, qualquer modificação no texto original tem que ser aprovado pelo CTD - Conselho Técnico Desportivo. No caso a categoria está inserida no item três do anexo e era disputada com carros de turismo onde a preparação de motores era quase livre, mantendo-se a cilindrada para Classe A até 1.600cc, os câmbios podiam ter suas relações de marchas trocadas, mas como regia o regulamento os sistemas teriam que permanecer os mesmos, ou seja para exemplificar; suspensões com barras de torção não poderiam ser trocadas por sistema McPherson como no caso da Brasília do Dimas que usava a frente enxertada da Variant II trocando a barra de torção original do VW pela McPherson.
No caso do peso do carro do Amadeu, o mínimo para categoria era 685 kg e sua alegação de troca de bateria é verossímil pois nos VW usávamos a ventoinha apenas para refrigeração das camisas dos cilindros, tirando delas o alternador. Alguns pilotos como eu dispunham de tomadas externas para ligar o carro.
Outro dia vi um comentário de um piloto que na D3 era tudo válido ou seja Força Livre, nada disso, existia um regulamento e era rígido como podemos ver no relato do Caranguejo, quem quiser disponho do Anexo J e pedindo envio por e-mail.

Rui Amaral Jr