A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

segunda-feira, 22 de julho de 2013

COURAGE

Brands Hatch 1968 com a Parnell P126 (BRM)
Silverstone, Maio de 1965, Courage vence na Formula 3.

Sou fã de dois esportes antes de qualquer outro, o boxe e o automobilismo, vistos de fora são violentos, lá dentro para quem se dispõe a leva-los com seriedade e dedicação são até mais violentos do que para quem os vê de fora.
Acompanho o automobilismo desde muito novo, já contei aqui a primeira vez que andei num carro de corridas, minha primeira corrida e por aí vai. Lia os jornais desde meus dez anos e lá conheci uma figura para mim inesquecível, Jim Clark, comecei acompanhar sua carreira e a ler revistas de automobilismo acredito que com meus doze anos e em minha casa circulavam alguns pilotos, amigos de meus irmãos mais velhos.   


Por volta de 1965 estava com treze anos e já lia tudo sobre automobilismo que me caía às mãos e acredito que foi na Autosport que li a primeira vez o nome Courage.
Logo me chamou atenção, pois coragem já sabia era um atributo dos grandes, em cima de um ring ou dentro de uma pista, sem ela no automobilismo pode-se até vencer corridas ou ser campeão, mas é com ela que se leva o carro e você mesmo até o extremo, até o limite, seu ou do carro. Ela foi o atributo dos grandes e acima de tudo é a eles que admiro.    
Senti pela primeira vez o que é a morte na pista nos 500 KM de Interlagos de 1963, estava lá com meus onze anos e quando o Celso se acidentou o clima ficou horrível, muitos anos depois meu amigo Expedito Marazzi me contou que ao ir abraçá-lo antes da corrida notou que estava diferente como se pressentisse algo. Vi a morte de meu ídolo, Jim e depois muitas outras, Rindt, Pace, Pedro, Jô, Ayrton ... Correndo não, apenas alguns acidentes que com a Graça de Deus nada demais houve. Um grande amigo sofreu um no Retão em Interlagos quando um dos outros participantes perdeu a vida, tenho o relato, fotos e recortes de jornais a muito tempo guardados e se um dia ele quiser contamos, mas sei perfeitamente de todo mal que isso causou a ele.

Monza 1968
Watikins Glen 1969 , Courage com uma Willians BT26A (Brabham) lidera Black Jack e Jackie Ickx ambos de Brabham BT26A. 2º lugar na primeira vitória de Rindt na Formula Um com um Lotus 49C.
Silverstone 1969
1970 Kyalami

Piers Raymond Courage nasceu em 27 de Maio de 1942  portanto dez anos antes de meu nascimento e certamente do mesmo signo que eu, Touro. Não vou contar sobre sua carreira isto é atributo de meus amigos historiadores, Carlos, Paulo e Caranguejo, conto apenas a partir da data em que comecei acompanhar sua carreira 1965.
Depois de correr nos campeonatos europeus de Formula 3 em 65 Courage se volta aos campeonatos britânicos da categoria, naquele ano na Ilha foram 75 corridas de Formula 3, entre as de clubes, vários grandes campeonatos e aquelas em que participavam os grande nomes do automobilismo como Clark, Brabham, Hill... 
Obviamente ele não correu em todas, apenas nos campeonatos mais importantes, assim como Emerson, e começou com um segundo lugar em Silverstone. Nesta corrida Courage pilotou um Brabham BT10 Ford Holbay da equipe Charles Lucas e o vencedor foi Roy Pike com uma Brabham BT16 Ford Cosworth. Nesta época os Formula 3 usavam motores de 1.000cc.
Depois dessa corrida vieram muitas vitórias, em Brads Hatch, Silverstone, Oulton Park... Até a última corrida do ano em Brandas Hatch quando já pilotava uma Lotus 41 Ford Cosworth.
Em 66 corre o campeonato europeu de Formula 2 com alguns bons resultados e estréia na Formula Um no GP da Alemanha em Nurburgring pilotando um carro da Formula 2, sendo esta sua única corrida na categoria neste ano.
Em 1967 continua se destacando na Formula 2 e faz três corridas na Formula Um, Africa do Sul e Mônaco quando quebra e Alemanha quando não se classifica.
1968 começa bem o ano chegando em segundo lugar na Itália em Enna correndo na Formula 2, vence Rindt com uma Brabham BT23C Cosworth FVA carro igual ao seu, em terceiro Branbilla vindo a seguir Regazzoni, Derek Bell e Ickx. Termina o ano vencendo a quarta etapa do torneio Argentino de Formula 2 com Rindt em segundo e Jô Siffert em terceiro. Neste ano corre na Formula Um pela equipe de Reg Parnell com uma BRM P126 e tem dois bons resultados, um sexto na França e Quarto na Itália.
1969 junta-se ao antigo amigo e companheiro Frank Willians, e com uma Brabham BT26 . Corre o mundial de Formula Um, seu estilo sempre o mesmo, arrojado, indo para cima mesmo sem contar com um equipamento de ponta sempre no limite, o fio da navalha. Neste ano consegue dois segundos lugares o primeiro em Mônaco, onde sempre fez boas corridas e o outro em Watkins Glenn na primeira vitória de Rindt na F I com a Lotus 49C, fora dois outros quintos lugares. Corre por uma equipe pequena e desde muito já vem mostrando do que é capaz.

A apresentação do DeTomaso 505 com Alexandro De Tomaso.

Mônaco 1970 com a DeTomaso 505.

Chega 1970 e Frank e ele fecham um acordo com Alexandro DeTomaso para desenvolverem um carro criado por sua empresa e desenhado por Gianpaolo Dallara. Nas primeiras quatro corridas do ano não corre em Mônaco e não se classifica na Espanha e quebra na Africa do Sul e na Bélgica. 
Aí vem Zandvoort...   

     Zandvoort 1970, Nina Rindt e Sally Courage.
Nina viria a saber tudo que sua amiga sofreu aquele dia três meses depois.
         
A Roger Williamsom, homem e piloto.
A Jimmy que levou a arte de pilotar a seu limite extremo.
A Luiz que apesar de não chegar à Formula Um no seu devido tempo também fez de sua arte algo que nos maravilhou.

Rui Amaral Jr


Post original de 5 de Setembro de 2011

NT: No You Tube cenas do acidente que vitimou Piers, preferi não mostrar.


Rui Amaral Jr

  

“Glamour e tragédia na origem de Interlagos”



Justificativa:

A história do automobilismo brasileiro é pobre em publicações, existem alguns livros que discorrem sobre provas ou carros, recentes, mas pouquíssimas que versem sobre o resgate da história do automobilismo brasileiro. Um pouco do que existe é sobre a prova “Grande Premio Cidade do Rio de Janeiro”, o famoso “Circuito da Gávea”, mas e sobre São Paulo? Sobre as primeiras provas internacionais em solo paulista? Sobre o primeiro autódromo brasileiro? Quase nada. Com esse livro procuro preencher parte importante dessa lacuna.



O Autódromo José Carlos Pace, Interlagos, não tinha sua história devidamente contada para que as novas gerações soubessem a origem do moderno automobilismo nacional.

Objetivo da obra:

O trabalho procura resgatar e preservar parte importante da memória (história) do automobilismo nacional: a construção do primeiro autódromo em terras brasileiras. Mas para isso é preciso recuar um pouco e contar também sobre a prova que aconteceu em 1936, nas ruas e avenidas do bairro do Jardim América (Av. Brasil), que terminando em tragédia se transformou em um dos grandes motivadores para a construção da pista de Interlagos em 1940.

Então o livro está dividido em duas partes, a primeira contando e desmistificando algumas inverdades da prova no Jardim América, e a segunda, toda a história do projeto, construção e inauguração de Interlagos.

Na primeira parte é resgatada toda a história daquele que foi o primeiro grande evento automobilístico internacional realizado em São Paulo “I Grande Prêmio Cidade de São Paulo”. Com prefácio de Wilson Fittipaldi, o “Barão”, testemunha ocular do evento, e fotos originais da época, cedidas por Pedro Bittencourt, além de reproduções de jornais. Muitas ilustrações, pois esse é um assunto essencialmente iconográfico.

Na segunda parte é resgatada toda a história do autódromo, desde 1926 quando foram lançados os planos de construção do bairro “Balneário Satélite da Capital”, que incluía a construção de um autódromo, mas que em função da I Grande Guerra e das revoluções de 1930 e 32, no Brasil, foi engavetado, só sendo desengavetado após o trágico desfecho da prova no Jardim América. Seu projeto, sua construção e sua inauguração que acabou acontecendo com a realização do “I Grande Premio São Paulo”, a segunda corrida internacional em terras paulistas.

Aqui o prefácio é do ex-piloto dos anos 60, Bird Clemente.

Meu objetivo é que este livro possa ser útil na preservação da memória automobilística brasileira e sirva de fonte de consulta para as novas gerações de aficionados.

Paulo Peralta


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Ótimo Paulo, lá estarei e aproveito agora para estender o convite à todos que gostam de automobilismo.

Até lá

Rui

domingo, 21 de julho de 2013

Interlagos 20 de Julho 2013

Outro Sábado agradável com os amigos em Interlagos, hoje o Campeonato Brasileiros de Marcas mas a canseira não me deixou ir! Lá estávamos nós, Lia, Ana, Arturão, Duran, Santo, Conde, Marcio, Ronaldão, Clovis, Zullino o sucessor de Bernie, Reinaldo, Amadeu, Ferraz, encontramos o Elcio depois de muito tempo, como sempre uma festa!

    Vendo a chegada da Vee com Arturão, Lia seu neto Jorge e a mãe Heloisa.
Lia, Jorge e Heloisa
Com Duran e Arturão na foto de Ronaldão, pensávamos que a corrida que era para ter 12 voltas tinha acabado, ainda faltavam três!
Reinaldo fez uma grande corrida na Clássicos.

 Ronaldo Nazar
Alonso e um amigo.
Depois de comer três lanches o fotógrafo estava de olho nos do Arturão e meu! Te cuida Ronaldão!

Vee

Heitor na pole.

GRID








A luta entre Heitor e Fernando Monis foi uma constante durante a corrida!
No podium os seis primeiros, Heitor recebe o troféu das mãos de Bernie, ops desculpem de Roberto Zullino!

Resultado da 7a etapa do Campeonato Paulista

1) 34-Fernando Monis, (15 voltas) 31:03.115

2) 55-Heitor Nogueira Filho, à .024
3) 36-Flavio Matheus, à 14.472
4) 50-João Tubino Nt, à 14.505?
5) 51-Arthur Leme, à 28.924?
6) 19-Rodrigo Rosset, à 29.090?
7) 78-Bruno Leme, à 29.350?
8) 32-Daniel Ebel, à 29.711?
9) 8-Edu Dias, à 31.646?
10) 44-Marco Vale, à 51.059?
11) 18-Ricardo Mangolini, à 53.795?
12) 16-Ricardo Soares, à 56.697?
13) 30-Marcelo Chamma, à 1:28.283
14) 27-Sergio Silva, à 1:30.952?
15) 7-Emilio Padron, à 1 volta?
16) 21-Vinicius Serafim, à 2 voltas?
17) 1-Marcus Leao, à 5 voltas?
18) 89-Glaucio Doreto, à 6 voltas?
19) 11-Marcio Mauro, à 9 voltas?
20) 0-Wanderley Valente, à 9 voltas
21) 14-Matheus Jacques, à 10 voltas?
22) 23-Willian Daulisio Jr, à 13 voltas?
23) 63-Luiz Reis F., à 14 voltas

Melhor Volta: Fernando Monis (34), 2:01.939 (média de 127,214 km/h), na 2ª volta

FOTOS: Ana Luiza Andreoni e Ronaldo Nazar

No vídeo da Ana Luiza a chegada emocionante Fernando 24 milésimos à frente de Heitor!

sexta-feira, 19 de julho de 2013

ÓLEO EM TODA A PISTA!


Neste ano corri com o D3 com numero 9, patrocínio do Curso Universitário. Deve ser 1978. Umas das únicas boas largadas. Lá do fundão cheguei na ferradura em quinto. O preparador foi o Fabião (Magrão).

A lambança já começou na curva da Ferradura!

Na ponta esta o Marazzi com um baita 2 litros jogando óleo pela tampa de válvulas. Dai da ferradura Encostei no Afonso Giafone (que esta no Passat) e na subida do Lago todos nos escorregamos no óleo do Expedito. Bandeira vermelha,ninguém bateu forte. Dentro do carro, pensei, volto para o boxe tiro o spoiler que era de alumínio e havia enroscado nas telas de proteção, quando o Passat do Vicente Correa que havia largado dos boxes não viu a bandeira vermelha  e deve ter imaginado que iria para a ponta na primeira volta. Entrou com tudo na traseira do meu Fusquinha. Aquele belo motor do Magrão veio parar nas minhas costas. Não fosse o banco de Kart com encosto p/ cabeça feito pelo Luiz Manzini 'babau". Este foi o fim do numero 9 com patrocínio do Universitário.

Luiz Henrique Pankowski

 Regulando válvulas Manzini, Gil Pereira e Conde

Com João Lindau
Eu, Adriana Greco, Francisco, Conde e Duran 
Duran, eu, Conde, Francisco e Fernando Fagundes