A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

terça-feira, 7 de maio de 2013

Guerreiro...

Ricardo vence em Mallory Park.
Luiz, Chris Steel, Ricardo e Antonio...


Hélio Canini Jr.

Bom dia, caro amigo e mestre Rui!
Tentando saldar o meu compromisso...
Utilize somente o que considerar pertinente.
De certa forma, foi positivo minha demora em enviar os meus singelos comentários, pois pude complementar um cenário mais abrangente sobre a história do Ricardo.

Vamos lá...
Cheguei ao Rio em março de 1967, com 14 anos e quase nenhum contato com a realidade automobilística do Brasil. Foi através, inicialmente, da revista Autoesporte, e no ano seguinte da Quatro Rodas que comecei a saborear aqueles anos mágicos.
Quando morava em Manaus, ao ter contato com uma enciclopédia denominada "Livro da Juventude" fui, irremediavelmente, inoculado pelo "vírus" da velocidade...
Havia um breve relato sobre um tal de Jim Clark, foi paixão à 1ª. leitura!
Avançando um pouco no tempo, chegamos ao início de 1970, mais especificamente ao Torneio internacional BUA de F-Ford.
Cada reportagem, de ambas as revistas, sobre o referido Torneio foram "degustadas" dezenas de vezes.
E eis que me deparo com o surpreendente relato do Ricardo Achcar, através de uma postagem do Mestre Rui, sobre a corrida do Rio de Janeiro.
E fiquei matutando sobre a verdade dos fatos e as "versões" sobre os fatos, narrados pela mídia.
No imaginário dos consumidores de notícias, como eu, havia ficado como verdade, a descrição fornecida por aqueles dois veículos de comunicação.
Os dramas e "dores" dos bastidores ficaram no limbo. Ficaram as "versões"!
Primeiro fez-se justiça à verdade real dos fatos, e segundo resgatou para os amantes da velocidade, uma deliciosa epopéia de um piloto, que já era o ídolo de muitos aficionados pelo automobilismo de competição no Brasil, desde a sua primordial vitória na Inglaterra em 1968!
Sim! Ricardo Achcar nunca seria esquecido em virtude do seu feito em Oulton Park, em julho de 1968.
Já era admirado e respeitado pelo público consumidor de notícias, por ele haver sido o Campeão Brasileiro de F-Vê em 1968. E um "pequeno" detalhe, do qual já nem lembrava mais...
No campeonato de 1968, o 2º. colocado foi um tal de José Carlos Pace (que corria com o nº. 2, isto eu lembro...), e em 3º. lugar chegou u outro "desconhecido", que corria com o carro de nº. 7, conhecido como Emerson Fittipaldi...
Está bom para vocês? Ou querem mais?
Então, voltando aquela corrida no Rio de Janeiro..., não se deve colocar em dúvida, o relato de alguém que fazia acontecer pelo talento e velocidade! O relato de um campeão que venceu campeões!
Eu arrisco dizer que, se ele houvesse ido para Europa 5 ou 10 anos antes, poderia ter sido com quase certeza, o 1º. brasileiro Campeão Mundial de F-1. Se o cara com 31 anos batia nomes como Pace e Emerson... O que ele não faria, mais jovem na Europa?
Na 1ª. bateria largou em 22º. e chegou em 12º. lugar! E se tivesse largado em 4º. ( ou até em colocação melhor...), já que o Norman Casari largou em 5º., e ele Achcar, havia feito um tempo cerca de 1'4" mais rápido com o mesmo carro?
Penso que ele teria vencido ambas as baterias, com toda certeza!
Mas, talvez..., isto não fosse bom para os interesses comerciais...
Falar sobre a 2ª. bateria, é "chover no molhado", inclusive com o registro fotográfico...
Agora só fico no aguardo pelo relato sobre as causas da "pane seca" da 2ª. bateria.
O cara era uma lenda, bem antes das lendas...
Um grande abraço ao meu eterno ídolo e ao novo amigo e Mestre da velocidade Rui.

Hélio.

P. S. _ Foi triste ver um comentário infeliz e injusto num artigo até bem elaborado por Carlos de Pádua, intitulado "

TORNEIO BUA DE FÓRMULA FORD", em que o articulista declara: "

"Os três brasileiros que brilharam na Europa tinham presença confirmada. Emerson com um Lotus, Luisinho com um Merlyn e Ricardo Achcar com um Lola."

"Ricardo Achcar teve atuações apagadas, sem muita sorte com a Lola, e não concluiu o torneio. "

"Atuações apagadas"???

Meu DEUS!!!

Hélio Canini Jr

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Caro Hélio, muito obrigado por suas palavras, apenas o Ricardo merece todo o crédito, sou apenas um escrevinhador de blog e amigo dos amigos tentando resgatar a história de nosso automobilismo mostrando fatos desconhecidos, mas que foram significativos.
Não enviei seu texto antes ao amigo Ricardo ele certamente vai ficar emocionado ao ler, é algo como “estar vestindo luvas e capacete antes de uma largada”...
Novamente obrigado e um forte abraço, meu e certamente do Ricardo!  

Rui Amaral Jr  

PS: Hélio, você não poderia imaginar, mas seu texto vai de encontro com uma intensa troca de comentários ontem entre eu e o Ricardo e depois com o Caranguejo!

Revista Ilustrada - Maio de 2013

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Na Vee com Heitor

4ª etapa  4 de Maio de 2013
Heitor
 Grid, na pole Rodrigo Rosset

 #14 Matheus Jacques, #19 Rodrigo Rosset e #55 Heitor 




A bela disputa constante pela ponta, uma característica da F. Vee

Após a 3a Etapa, nosso trabalho concentrou-se em sanar o problema que tivemos com o cubo de roda traseiro, o que foi através da troca por um novo conjunto, dessa vez fabricado com um aço bem mais resistente pelo meu parceiro Eduardo Crestana. Fizemos também algumas alterações nas suspensões dianteira e traseira visando elevar a velocidade de contorno das curvas para melhorar o desempenho geral do carro.

Fizemos o primeiro treino na quinta feira e o resultado foi bastante animador pois conseguimos fazer um tempo de 2.02.361 que até então nunca tínhamos alcançado, porém ao final do treino tivemos um aumento de temperatura indesejável que foi um problema que nos perseguiu durante todo o final de semana. Nós imaginávamos que o problema estava no mapa de injeção e tentamos fazer as correções necessárias mas não estavam surtindo efeito.
Somente na sexta à noite que localizamos o defeito que estava em um dos filtros de combustível com defeito.
Acabamos voltando ao mapa de injeção da corrida anterior, mas as condições climáticas estavam bem diferentes, já que faziam 17 dias que não chovia em SP e o ar estava bem seco e a temperatura do ar ao redor dos 30oC , com isso não tínhamos certeza de como se comportaria o motor nessas condições no sábado.
Entramos na tomada de tempos e fizemos uma volta de 2.03.432, o que não era ruim mas senti que a calibragem não estava adequada e voltei aos boxes para modificar. Fizemos a alteração e logo que iniciei a volta, já senti que o carro tinha ficado bem mais na mão e como tínhamos dado poucas voltas a temperatura do motor tb estava ok. Vinha numa bela volta mas quando entrei no Laranjinha o carro saiu de frente de forma totalmente inesperada. Alguém derramou óleo desde o Laranjinha até o Mergulho. Com isso acabaram minhas chances de melhorar a volta e recolhi para os boxes. Esse tempo me assegurou a 4a posição no grid que dadas as condições que enfrentei era uma boa posição e me deixou animado para a corrida.
Logo após a largada o carro 7 fez um salseirinho na 2a perna do S do Senna e tive que tirar o pé, com isso o 87 e o 28 vieram para cima o 87 por dentro e o 28 por fora na reta oposta. Na freada do Lago recuperei-me do 87 e fiquei em 5o, assumi o lado de dentro na descida do Lago e acabei passando o 28 por fora no Laranjinha, retornando para a 4a posição. Na subida da junção já entrei bem e na linha de largada passei o 7 que estava com problemas e já não rendia tanto, assumindo a 3a colocação. Procurei aproximar-me dos dois primeiros ( 19 e 14) que estavam brigando e na entrada do Mergulho aproveitei-me que o 14 abriu demais e coloquei por dentro na Junção , assumindo a 2a posição. Porém , a temperatura do meu motor que vinha subindo, já estava além do normal .....após completarmos a 2a volta, o 14 acabou me passando na entrada da reta oposta e voltei para o terceiro lugar. Depois disso cheguei a aproximar-me do 19 que estava em segundo após ser ultrapassado pelo 14, mas o motor já estava praticamente no limite e começou a amarrar, o que me fez " tirar o pé" para não correr o risco de quebra, já que mesmo com o terceiro lugar, eu subiria para a liderança no campeonato.
Assim minha corrida do meio para o final foi muito mais uma " administração burocrática" do que uma corrida propriamente dita, porque já havíamos aberto bastante do 4o colocado, o que não me causava perigo de perder a 3a posição.
E dessa forma terminei em 3o e pulei para a ponta do Campeonato Paulista de FVee !!!


Heitor Luciano Nogueira Filho








 Lia Lara Campos, mãe do Heitor e Homero Rocha Ferreira
 Julia e Jorge com a avó Lia 
Heitor com Jorge o sobrinho e Julia a filha.



Fórmula Vee - 4ª Etapa 


1) 14-Matheus Jacques, (12 voltas) 24:44.962
2) 19-Rodrigo Rosset, à 7.237
3) 55-Heitor Nogueira Filho, à 22.819
4) 28-Andre Salmonia, à 28.621
5) 34-Fernando Monis, à 29.002
6) 8-Edu Dias, à 45.441
7) 89-Glaucio Doreto, à 45.550
8) 30-João Peixoto F., à 1:14.959
9) 11-Marcio Mauro, à 1:15.050
10) 32-José Ebel, à 1:17.269
11) 23-Willian Daulisio Jr, à 1:38.651
12) 36-Flavio Matheus, à 2 voltas
13) 71-Willian Daulisio, à 6 voltas
14) 78-Bruno Leme, à 7 voltas
15) 44-Marco Vale, à 9 voltas
16) 7-Emilio Padron, à 9 voltas
17) 50-João Tubino Nt, à 11 voltas

Melhor Volta: Matheus Jacques (14), 2:02.073 (média de 127,074 km/h), na 6ª volta


Campeonato 
1º - Fernando Monis e 
Heitor Nogueira Filho 30pts

3º - Rodrigo Rosset e 
Matheus Jacques -29pts





FOTOS: Ana Luiza Andreoni

Ana com Jorge e Julia












LINK



Dos amigos...

tanta coisa a dizer, ou escrever, e fico aqui matutando!
A lida do automobilismo é dura, quem vê de longe não imagina, os pilotos que por aqui passam bem sabem, talvez bem melhor do que eu.
Acertar um carro é uma tarefa difícil, requer conhecimento e uma grande dose de feeling, entrosamento entre quem pilota e quem trabalha ao seu lado, uma visão da pista e do comportamento do carro, e este por incrível que possa parecer mais sentido na bunda que nas mãos!
Fora tudo isso, as difíceis batalhas extra pista, a pior de todas! Quantos grandes pilotos vi ficarem neste difícil caminho, alguns deles com um talento natural extraordinário e que apenas não conseguiram...alguns não conheci e outros tenho o privilégio da amizade...


Ao Chico e Ricardo.

Talvez tenha lido esta frase em algum lugar, ou recebido de algum amigo, creio que não vou lembrar, mas vai lá...

Piloto: Aquele que é capaz de enxergar no horizonte o ponto de fuga. Aquele ponto onde até a Liberdade...fica para trás.  


Rui Amaral Jr