A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

ESTREANTES E NOVATOS

Para o amigo Fabiani.


Revista Auto Esporte Abril de 1971

Estreantes e Novatos na década de 1960, provavelmente meu amigo Fernando está aí!
Com o Fusca "emprestado"!
 Largada D3 nas fotos de Rogério Da Luz
Aqui um Lorena, deve ser do Jacó, KG e um Puma.
"Essa KG vermelha é do Oswaldinho Karajeleascow! Por pouco não saio nessa histórica foto. Estou um pouco à frente desse Opala. Essa deve ser a 1ª volta e quem vem riscando os capacetes é o José Martins Jr., o "Dentista Voador" e sua fantástica Puma GTE Espartana! Deixava todos largarem e ia buscando um por um! Nas cinco provas, sempre me passava entre o "Lago" e o "Sol" e sumia... Eu fazia o possível para não "obturar" sua passagem...Kkkkk! ........Os campeões do Torneio, por divisões:
Divisão 1/Corcel: Antonio Castro Prado – 28 ptos
Divisão 1/Volks 1300: Carlos Carvalho Siqueira – 19 ptos
Divisão 1/Volks 1500: Luiz Aladino Dias Osório – 26 ptos
Divisão 3/Volks 1600: Luiz Antonio Siqueira Veiga – 28 ptos
Divisão Karmann-Ghia: Ricardo Mallio Mansur – 28 ptos
Divisão Puma: José Martins Jr – 40 ptos
Divisão Opala: Hermano Silva – 24 ptos
No "Festival do Ronco" de 1972, nas sete divisões dos campeões, quem fez menos ponto, fez 19 e quem fez mais, 28! Nessa época, assim como na F1 os pontos eram: 8 - 6 - 4 - 3 - 2 - 1! Portanto, o único a ganhar as cinco provas foi o José Martins Jr! 40 pontos!" Ricardo Mansur

 Jr Lara, notem as rodas Scorro e os pneus Pirelli Cinturato que usávamos na D3.
 José Martins
 O KG branco de trás é meu amigo João Carlos Bevilacqua.
 Jr e Teleco
 Jacó recebe a bandeirada de Expedito Marazzi
Teleco-Luiz Antonio Siqueira Veiga
 Os VW D3 da Kinko, sempre muito bem feitos, nas mãos dos irmãos Yoshimoto.
O #8 Jr Lara, curva do Sol
Já contei para vocês como comecei a correr, naquele ano de 1971 estava tudo um pouco complicado. Interlagos passava por reformas, recém inaugurado Tarumã era longe, no Rio ainda existia o autódromo antigo, mas as corridas eram poucas.
Mas uma categoria sempre se destacava, era a Estreantes de Novatos, grande parte de nossos pilotos vindos depois desta data passaram por ela. As escolas de pilotagem já funcionavam, entre elas a de meu amigo Expedito Marazzi e a do Pedro Victor De Lamare, em São Paulo, no Tarumã também, no Rio não me lembro. Essas duas escolas tiveram como base os ensinamentos de Piero Taruffi, piloto da Ferrari entre outras equipes, que veio ao Brasil entregar o Premio Victor, que a Quatro Rodas concedia aos destaques do automobilismo da época. E em sua estadia no Brasil, teve um contato forte com o Expedito e o Pedro. Taruffi tinha na Itália uma escola de pilotagem, nos moldes da Jim Russel na Inglaterra. Foi na Jim Russel Drivers Scholl que Avallone e Emerson fizeram seus estágios antes de começarem a correr por lá. 
Mesmo antes na década de 1960, elas já faziam a alegria da garotada que queria ou dar algumas voltas numa verdadeira pista de corridas ou se iniciar na carreira, como atesta meu amigo Fernando Fagundes em seu blog. Não vou contar aqui que ele “surrupiou” o Fusca de sua mãe para correr, jamais faria tal coisa, mas muitos começavam assim!
O regulamento da Estreantes e Novatos seguia as normas da CBA que era regida, e ainda é, pelo anexo J da FIA, a grande maioria das corridas era no Grupo ou Divisão Um. Os carros dessa categoria eram quase originais, podendo apenas serem feitas poucas alterações como; escapamentos, a retirada do filtro de ar, pneus radiais, que eram raros na época, retirada de para choques, amortecedores mais rígidos, barras estabilizadoras e algumas outras perfumarias. Assim como a instalação de Sto. Antonio, que na época era apenas uma barra atrás do banco do piloto com uma terceira perna de apoio, mesmo assim alguns “malucos” faziam de PVC!
Ainda em 1970/71 corridas começaram a acontecer também numa categoria que seria talvez a mais querida de nossos torcedores, a Divisão 3, esses carros já bem mais preparados que os D1 aproveitavam o desenvolvimento que tinham os que corriam no Campeonato Brasileiro de D3, assim principalmente os VW usavam de todo aparato então desenvolvido pela MM na preparação desses motores, feitos por dois gênios do automobilismo, os Magos, Jorge Lettry e meu amigo Miguel Crispim Ladeira.
Os Pumas, Lorenas que se enquadravam em outra categoria, na principal corriam como Divisão 4, corriam junto com a D3 e as vezes D1, tinha sua classificação separada.
Comecei na D1, depois correndo no ano de 1971,  o Torneio União e Disciplina e o Torneio Sulamericano na D3 com um VW da equipe De Lamare. Na Copa quebrei nas duas corridas, começava assim já novato sentir o gostinho amargo das quebras!

Rui Amaral Jr

Minha credencial do Torneio Sulamericano, tenho até hoje, só não achei o arquivo e fui buscar no Saloma. 




No 6º lugar da 4ª largada o nome correto é João Carlos Bevilacqua
No Lorena Edo seguido por Ronald Berg





Aos meus amigos






GP da Coreia 2012 - treinos

Tião domina novamente!

TEMPOS

1. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull Renault): 1min38s832
2. Mark Webber (AUS/Red Bull Renault): 1min38s864
3. Lewis Hamilton (GBR/McLaren Mercedes): 1min39s148
4. Fernando Alonso (ESP/Ferrari): 1min39s160
5. Jenson Button (GBR/McLaren Mercedes): 1min39s219
6. Michael Schumacher (ALE/Mercedes): 1min39s330
7. Felipe Massa (BRA/Ferrari): 1min39s422
8. Nico Rosberg (ALE/Mercedes): 1min39s584
9. Nico Hulkenberg (ALE/Force India Mercedes): 1min39s739
10. Kimi Räikkönen (FIN/Lotus Renault): 1min39s839
11. Romain Grosjean (FRA/Lotus Renault): 1min39s957
12. Bruno Senna (BRA/Williams Renault): 1min40s089
13. Paul di Resta (GBR/Force India Mercedes): 1min40s112
14. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber Ferrari): 1min40s445
15. Sergio Perez (MEX/Sauber Ferrari): 1min40s745
16. Jean-Eric Vergne (FRA/Toro Rosso Ferrari): 1min40s789
17. Daniel Ricciardo (AUS/Toro Rosso Ferrari): 1min40s997
18. Pastor Maldonado (VEN/Williams Renault): 1min41s048
19. Jules Bianchi (FRA/Force India Mercedes): 1min41s140
20. Heikki Kovalainen (FIN/Caterham Renault): 1min41s602
21. Valtteri Bottas (FIN/Williams Renault): 1min42s027
22. Timo Glock (ALE/Marussia Cosworth): 1min42s175
23. Charles Pic (FRA/Marussia Cosworth): 1min42s706
24. Giedo van der Garde (HOL/Caterham Renault): 1min42s820
25. Vitaly Petrov (RUS/Caterham Renault): 1min43s067
26. Narain Karthikeyan (IND/HRT Cosworth): 1min43s869
27. Pedro de la Rosa (ESP/HRT Cosworth): 1min44s517
28. Dani Clos (ESP/HRT Cosworth): 1min45s735

FOTO:Reuters

TERRA FORMULA UM 

NT: Apesar de algumas notas comentando a renovação do contrato de Massa pela Ferrari, nada ainda apareceu no site da equipe.


quinta-feira, 11 de outubro de 2012

ESTREANTES E NOVATOS


Confesso a vocês, ando com pouca vontade de escrever, assim conforme vou vendo os acessos diários a posts antigos, vou novamente mostrando e as vezes acrescentando alguma coisa.
Neste post de 21 de Julho de 2009, acrescento uma foto do carro de meu amigo João Carlos Bevilacqua e dois recortes enviados por ele. Fica ele nos devendo seu depoimento sobre esta época!

"Recebi do José Martins Jr um e-mail super, ele conta que ao ver a foto acima teve saudades do antigo traçado de Interlagos. Ele havia me enviado esta foto uns meses atrás e para nós é realmente saudoso olhar aquela pista antiga, principalmente os detalhes. Não existe mais a "UM" "DOIS" "TRÊS", muito menos esta curva sensacional a "FERRADURA", com sua primeira perna, feita por alguns de pé embaixo e a segunda perna que exigia uma freada bem forte e redução de marcha. Me enviou também um recorte da Folha da Tarde de 26 de Julho de 1971, com toda cobertura que os jornais da época davam às corridas. Expandindo os jornais podemos ver que naquele dia também correram as motos, ganhando o Tucano com o Tognocchi em segundo, e nosso saudoso amigo Expedito Marazzi em terceiro. Não corri este dia, e lendo o jornal lembrei de um monte de pilotos que correram neste ano de 71 na estreantes e novatos conosco."
Texto de 21/07/2009

O VW D3 de João Carlos Bevilacqua, na foto segurando o copo, a beldade não sei quem é!
Um momento que todos nós esperamos, a bandeirada da vitória, na primeira bateria, provavelmente das mãos de Eloi Gogliano.
Aqui o Martins já na ponta com um outro amigão a persegui-lo, Jacob Kounrozan e seu Lorena GT.
Largada vê-se o Opala na primeira fila, na segunda o Martins, pela tomada da ponta na primeira volta, e aquela foto da "FERRADURA" devia estar com a "faca nos dentes ".

Nas fotos do jornal vemos as bandeiradas ao Tucano, José Martins e José Maldonado, vencedor da segunda bateria na prova de estreantes e novatos, depois da quebra do Martins e do Jacob Kourozan.



Ranking Auto Esporte 1971








quarta-feira, 10 de outubro de 2012

O Líbio - por Henrique Mércio


Lorenzo Bandini, considerado o melhor piloto italiano dos anos sessenta, não era nascido na velha bota. Ele veio ao mundo em 21 de dezembro de 1935, em Barce, na época em que a Líbia era território italiano. De origem humilde, filho de um partigiani (guerrilheiro) que fora executado durante a II Guerra Mundial, teve um começo de carreira difícil, correndo na Fórmula Júnior até 1961. 

Na BRM P57 da Scuderia Centro Sud, Silverstone.

A partir daí, tentou a Fórmula 1 através da Scuderia Centro Sud. Atrai a atenção do “Comendattore” que lhe dá uma chance na Ferrari em 1962. Uma de suas primeiras boas colocações é uma terceira posição em Mônaco, mas será sacado da equipe, trocado pelo belga Willy Mairese. No ano seguinte, só resta voltar à equipe de Mimmo Dei, correndo com um BRM, mas vence em dupla com Ludovico Scarfiotti as 24 Horas de Le Mans com uma Ferrari 250 P e Enzo o chama de volta. Esse era um período de entressafra dos pilotos italianos. Nos anos sessenta apenas quatro deles tiveram uma participação significativa no Campeonato Mundial. Giulio Cabianca, que em 1961 envolveu-se num bizarro acidente: ele estava testando seu Cooper-Ferrari T51 na pista de Modena quando teve problema nos freios do carro. Cabianca saiu da pista e atravessou o portão do autódromo, indo parar na avenida que passava em frente à pista. Na rua, bateu em um taxi com dois passageiros, causando a morte do motorista e dos dois ocupantes. Giulio também não sobreviveu. Giancarlo Baghetti surgiu como um meteoro. Em 196l ele venceu o primeiro GP em que competiu, o da França em Reims (feito único na Fórmula 1), mas depois não conseguiu repetir essa performance e em 1962 foi mandado embora da Ferrari. Restaram o rico e o pobre, isto é, Ludovico Scarfiotti e Lorenzo Bandini. Scarfiotti era sobrinho do poderoso Gianni Agnelli, dono da FIAT e por extensão da Ferrari. Um gentleman driver que corria por prazer. Em 1966, consegue a façanha de vencer o GP da Itália em Monza, com uma Ferrari 312. Ele encerraria sua participação na categoria correndo de BRM e faleceu numa prova de subida-de-montanha na Alemanha, pilotando um Porsche 910 em 1968. Quanto a Bandini, ele agarrou-se a nova chance de trabalhar para a Ferrari e em 64, forma dupla com John Surtees e os dois têm a difícil tarefa de vencer a Lotus, Jim Clark e a BRM. Até a metade da temporada os ingleses tomam conta do campeonato, mas os italianos reagem quando lançam seu propulsor de 8 cilindros.


Nessa corrida, Bandini fará a diferença. Isto porque Graham, um tanto tolamente para alguém com sua experiência, envolve-se numa disputa com Lorenzo, que na primeira oportunidade o acerta por trás e o manda para fora da pista.

México, as Ferrari da NART


O carro do inglês não fica tão afetado e ele consegue voltar, bem como a Ferrari queria, fora da zona de pontuação. Enquanto isso Surtees vai tentando recuperar-se. Ocupa a quarta posição atrás de Clark (líder), Gurney e Bandini, colocações que dão o título a Graham Hill. À duas voltas do final, o velho azar de Clark faz com que seu motor quebre e Surtees passa a terceiro e a sua frente está o escudeiro Bandini. Os membros da equipe começam então a correr por todo o autódromo, para sinalizarem a Bandini que dê sua posição a Surtees. O italiano vê os sinais e deixa-se passar. John Surtees é o novo campeão do mundo com uma Ferrari azul e branca. Conhecido por seu fair-play, Graham Hill declarou que o incidente com o Bandini fora um lance de corrida e não acreditava que houvera má-fé por parte do italiano. Mas naquele Natal, Graham enviou de presente a Bandini um curso sobre “Como dirigir seu carro”, gravado em discos compactos. Em 1965, o ano só foi bom para Jim Clark, que venceu seis provas consecutivas e só deixou as sobras para os outros, como Bandini, que conseguiu um segundo lugar em Monte Carlo, mas venceu a Targa Florio em dupla com Nino Vacarella. Na temporada seguinte a categoria sofre uma mudança de regulamento (dos motores 1.5 para os de 3 litros), manobra que quase sempre proporcionava alguma vantagem à Ferrari, porém não desta vez. O problemático modelo 312 acabou fazendo com que o não menos temperamental John Surtees abandonasse o time, indo refugiar-se na Cooper. Para Lorenzo isso significou uma mudança em seu status: agora era o primeiro piloto da equipe e nessa temporada foi de novo o segundo em Mônaco, pista que considerava “a sua favorita”. Havia uma expectativa ou pressão, se preferir, forte sobre o piloto. Era preciso voltar a vencer.
Enzo Ferrari parecia gostar dele, provavelmente por sua origem humilde, que o fazia lembrar-se de si mesmo. Por isso sempre convidava Bandini e sua esposa Margherita para almoços ou jantares. Quanto tempo mais duraria a paciência do Comendador? Em 67, por algum motivo a Ferrari não comparece ao GP da África do Sul, o primeiro do campeonato, mas Bandini parece estar numa boa fase. Desde o início do ano, já venceu as 24 Horas de Daytona e os 1.000 Km de Monza, ambas formando dupla com Chris Amon numa Ferrari 330 P4. Nos treinos em Mônaco, Bandini faz o segundo melhor tempo, mas acha que desta vez irá vencer a corrida.



Mônaco, a batida nos treinos
 Mônaco

A prova começa e o italiano pula na frente. Entretanto, na primeira volta escorrega no óleo do carro de Black Jack Brabham na Curva da Gare, (atual Curva Loews) e perde três posições. Antigamente, um GP tinha 500 Km de percurso, o que em se tratando de Mônaco era uma maratona de quase três horas enfrentando uma pista estreita, com paredes, muros, calçadas e bueiros, uma interminável sequência de troca de marchas, acelerações e freadas e o alerta com os concorrentes. Tudo isso por 100 voltas. A liderança havia “caído no colo” de Dennis Hulme e o Velho Urso estava indo bem.

Hulme, Bandini, Stewart... 

Bandini, que estava atrás de Pedro Rodriguez e de um velho conhecido, Graham Hill, tentava recuperar-se. Mônaco nunca foi o melhor lugar para se ultrapassar. Porém, dizem os italianos que Hill esforçou-se ao máximo para prender Lorenzo atrás de si e fazê-lo perder tempo (uma vendetta pelo México/64). Quando o italiano finalmente voltou à segunda posição, Hulme tinha uma boa vantagem. Bandini atirou-se a tentar alcançá-lo. Se tivesse sido contemporâneo do bi-campeão Emerson Fittipaldi, este teria comentado com ele sobre Monte Carlo: “É fácil ser rápido em Mônaco. Difícil é manter a concentração por mais de dez voltas”. Na 82ª volta, ao contornar a chicane do fim do túnel, bateu nos fardos de feno colocados junto ao cais do porto, para evitar mergulhos com carro e tudo, como o de Ascari (1955) e Paul Hawkins (1965). Feno é bom para amortecer batidas de motocicleta ou outro veículo que seja fácil de ser abandonado. Na batida, o carro ricocheteou para o meio da pista, virado e em chamas.


Fogo alto e descontrolado, era tanto que a princípio não se sabia se Bandini conseguira escapar dele ou não. Só tomou-se conhecimento da extensão da tragédia, quando foi possível chegar perto do que restou da Ferrari e viu-se que o piloto ainda estava no cockpit. Retirado, com 60% do corpo queimado, ele ainda resistiu três dias no hospital. Seu drama abalou profundamente o “circo” da Fórmula 1. Chris Amon, companheiro de equipe na Ferrari, passou várias vezes pelo monoposto incendiado e disse ter percebido a gravidade da situação ao olhar o rosto das pessoas que estavam no local. Uma delas era Giancarlo Baghetti, um dos primeiros a chegar ao carro. Mais tarde descobriu-se que o impacto da Ferrari foi na verdade contra um dos pinos de atracação usados para amarrar os iates, que estava atrás do feno. O pino teria atingido o tanque de combustível e principiado o vazamento e também amassara o habitáculo na altura do quadril do piloto, impedindo sua fuga. Foi a maior tragédia de Monte Carlo e roubou à Fórmula 1 o seu primeiro piloto do Oriente Médio. Uma causa? A longa e cansativa corrida monegasca teria feito Bandini errar um trecho bem conhecido. Dirigindo a mais de duas horas, a estafa teria causado sua desconcentração. Cansaço este que poderia ter sido agravado pelas voltas em que ficou preso atrás da dupla Rodriguez e Hill. Ele sabia o perigo que a chicane da saída do túnel representava, tanto que quando trabalhou como consultor para o diretor John Frakenheimer no clássico filme Grand Prix (1966), ao ser perguntado onde poderia acontecer um acidente durante o GP, não teve dúvidas em apontar o local onde ele morreria um ano depois.


Local da tragédia



Curiosidade: muitos pilotos de verdade participaram do filme Grand Prix, interpretando a si mesmos ou algum personagem da película. A maior participação é a do ex-campeão Phil Hill, responsável pelas cenas “on board” das provas, algo inédito na época. Graham Hill também tem um pequeno papel e há um dos personagens, Nino Barlini, interpretado por Antonio Sabato, inspirado em Lorenzo Bandini. 

Henrique Mércio 

Mônaco 7 de Maio de 1967



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NT: Ao mostrar novamente o excelente texto de 17 de Fevereiro de 2010, de meu amigo Caranguejo, lembrei deste vídeo.
Filmado por um espectador, entre a Sainte Devote e a Beau Rivage, mostra toda beleza dos carros saindo de lado da Sainte Devote, e ainda quase todos pilotos que participaram da corrida.
Celebra a vida e toda beleza de um carro de corridas.
No YouTube vários são os vídeos do acidente, que preferi não mostrar.

Rui Amaral Jr