A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

sábado, 15 de setembro de 2012

CHAPARRAL 2J

Jackie Stewart e o Chaparral 2J, 1970 série CanAm

A Chaparral Cars, criada por Jim Hall e James Sharp, decide no final de 1969 abandonar a categoria Esporte Protótipos por uma série de razões, e volta-se à CanAm, campeonato na época de muito prestigio disputado no Canadá e EUA, dominada então pela MacLaren. Com a chegada dos novos pneus de perfil baixo e muita aderência ( pré slic ), os dois Texanos, projetam um carro para aproveitar a nova tendência. Extra oficialmente sempre contaram com o apoio da GM, embora essa negasse, e agora junto com a Firestone, construíram o primeiro carro a adotar o efeito solo. Ao contrário de Chapman que aproveitava o ar que passava por baixo do carro, eles "simplesmente" construíram ventiladores, tocados por um motor de dois cilindros e 45 hp, para sugar todo ar debaixo do carro e colá-lo na pista.


Vic Elford, 1970

Para isso contavam com saias em toda volta do chassi, eram feitas de um material novo o Lexan, apoiadas em laterais com molas pressionavam até que tocassem no solo, e com o ar aspirado pelos extratores grudavam o carro a pista. Junto com os novos pneus Firestone o carro vai para pista e se torna imbatível. Ao contrário do Lotus que precisava de velocidade para aumentar a aderência, o Chaparral 2J tinha aderência em qualquer tipo de curva, pois o efeito solo estava sempre sendo produzido pelos extratores de ar.




A película de Lexan que com o motor de 45 hp que sugava o ar , grudava o carro ao solo.
Seu motor era um Chevrolet de 7.600 cc, o cambio como nos carros de Esporte/Protótipos automático de duas marchas. Suspensão por triângulos seu esquema de chassi era convencional.
Sua estréia foi em Watkins Glen, pilotado por Jackie Stewart e depois por Vic Elford. O carro era simplesmente muito mais rápido que os outros, freava e fazia qualquer curva numa velocidade muito superior aos demais.
O motor do extrator de ar tinha 45 hp e as rodas traseiras de 15 pol de largura 

Detalhe da grande quantidade de detritos jogada para trás do carro. O recente episódio Baricchelo/Massa mostrou como são perigosos os detritos jogados pelos carros da frente.

Seu grande problema era a enorme quantidade de sujeira jogada para traz, o que prejudicava os outros pilotos. Como nenhuma equipe conseguia segurar a Chaparral começaram as reclamações contra o carro, e no final de 1970 a FIA decide proibir os ventiladores. Era o fim do Chaparral 2J...


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Post original de 29 de Setembro de 2009 



terça-feira, 11 de setembro de 2012

F-1: Razia completa 65 voltas com a Force India

Em Magny-Cours, baiano impressiona equipe indiana e estabelece segundo melhor tempo no primeiro dia de testes para novatos em 1min18s535








O brasileiro Luiz Razia completou nesta terça-feira o primeiro dia de testes para novatos da Fórmula 1 no circuito francês de Magny-Cours. O piloto baiano de 23 anos completou 65 voltas ao redor da pista de 4.411 metros, que recebeu a categoria pela última vez em 2008.

A atuação de Razia encheu os olhos dos membros da equipe indiana. O atual vice-líder da GP2, com quatro vitórias e nove pódios, cumpriu um cronograma pré-estabelecido pelo time e cravou sua melhor volta em 1min18s535, ficando entre a Ferrari do francês Jules Bianchi, o mais veloz, e a Mercedes de Sam Bird, o segundo colocado.

"Foi um ótimo dia de testes para Luiz Razia. Os engenheiros ficaram muito impressionados com as informações", comentou a equipe. "Foi nosso primeiro trabalho com Luiz e ele nos impressionou logo de cara. Ele se mostrou confortável no carro e, imediatamente, foi nos dando um bom feedback nos níveis de aderência. Tivemso um problema de manhã que nos deixou na garagem, mas aceleramos à tarde e completamos o programa", analisou o engenheiro-chefe Jakob Andreasen.

"Tentamos dar a Luiz um sentimento do que é necessário para ser um piloto de F-1, então o dia incluiu algumas largadas e simulações de pit-stop, além de coletarmos seu feedback no acerto. Ele lidou bem com tudo, incluindo o Kers e o DRS, e fez tudo o que pedimos. Seus tempos de volta foram competitivos e ele estabeleceu sua melhor marca com pneus macios", resumiu Andreasen.

Já o piloto baiano, que havia testado nos anos anteriores com os carros de Virgin (atual Marussia) e Lotus (atual Caterham), deu uma pequena rodada pela manhã, mas se mostrou bem satisfeito com seu desempenho e o entrosamento junto aos membros do time indiano. 

"É sempre valioso passar um tempo com um carro de F-1 e hoje foi muito útil, pois me deu a chance de conhecer a equipe e ficar confortável no carro. O maior desafio foi se acostumar a todos os botões no volante, mas foi uma boa experiência e aprendi tudo sobre os sistemas do carro. Também experimentei o Kers pela primeira vez", disse Razia.

"Tivemos alguns problemas com o carro pela manhã, então completei a maior parte de minhas voltas no período da tarde e a pista foi melhorando com o emborrachamento. Melhoramos o carro durante minhas saídas e corrigimos o equilíbrio, que funcionou bem. Gostei muito de trabalhar com a equipe e espero ter a chance de construir em cima disso no futuro" completou o baiano, que tem o apoio de Cyber1 Group, CAF e Coralis.

Os testes da F-1 prosseguem nesta quarta-feira, enquanto Razia dá continuidade à sua preparação para a decisão da GP2, que acontece nos dias 22 e 23 de setembro, nas ruas de Cingapura. Confira os tempos desta terça-feira em Magny-Cours:

1. Jules Bianchi (FRA/Ferrari), 1min18s070 (87 voltas)
2. Luiz Razia (BRA/Force India), 1min18s535, a 0s465 (65)
3. Sam Bird (ING/Mercedes), 1min19s094, a 1s024 (95)

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Para o Belair, Fabiani e Vasco.


F I - Luiz Razia testa Force India













FOTOS: Divulgação/Force India


segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Monza 1972 - Um Rato era Rei

 Emerson Fittipaldi

Quarenta anos se passaram, naquele 1972 um grande piloto venceu em Monza, e maravilhou o mundo.
Depois de uma curta carreira na Formula Ford e Formula 3 na Europa, Emerson em 1970 assinou com a Lótus e depois de duas temporadas e mais algumas corridas, era o novo campeão do mundo de Formula Um. Levando à Lótus o campeonato que antes dele Jimmy Clark, Graham Hill e Jochen Rindt haviam conquistado.
Assisti duas de suas corridas aquele ano, primeiro a prova de Interlagos, que serviu para homologar a pista, depois o GP da Inglaterra em  Brands Hatch. Em Brands fiquei nas arquibancadas na Paddock Hill Bend, e vi a grande briga dele com a Ferrari 312B2 de Jacky Ickx, e senti que teríamos aquele ano nosso primeiro Campeão do Mundo de Formula Um.
Foram 5 vitórias, numa Formula Um que era super competitiva, Jarama na Espanha, Nivelles na Belgica, Brands, Zeltweg na Áustria e finalmente Monza, onde com a vitória veio o titulo.
A você Emerson, meu, e acho que de todos que gostam do automobilismo, muito obrigado!       


Brands, Ickx na frente de Emerson, logo as posições se inverteriam, eu estava naquela arquibancada. Valeu Emerson!
 Segurando Graham Hill
À sua esquerda segurando o extintor Peter War, chefe de equipe da Lotus.

 Acima e abaixo vencendo em Monza

GP do Brasil, Interlagos 1973, já com o #1, Campeão do Mundo e uma grande vitória.


No vídeo, Stewart quebra na largada, as duas Ferrari 312B2 de Ickx e  Clay Regazzoni tomam a ponta com toda potencia de seus motores 12 cilindros, mas Emerson já vem cutucando Clay.

Obrigado Cuca - Mario M. Souto Maior.