A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

quinta-feira, 29 de março de 2012

Campeonato Brasileiro de Gran Turismo 2012


A temporada 2012 do Campeonato Brasileiro de Gran Turismo, do Mercedes-Benz Grand Challenge, do Elf Super Bike e do Campeonato Brasileiro de Spyder Race já possui o seu calendário oficial definido. Começando no dia 22 de abril em Santa Cruz do Sul, as competições que compõem o evento terminam no dia 16 de dezembro em Interlagos, São Paulo.


Ao todo, seis estados brasileiros receberão os carros do Campeonato Brasileiro de Gran Turismo e do Campeonato Brasileiro de Spyder Race, em nove etapas durante o ano. Com um fim de semana a menos, Mercedes-Benz Grand Challenge e o Elf Super Bike, estarão em cinco regiões distintas, totalizando as suas oito etapas na temporada. 


Antonio Hermann, da SRO Latin America, empresa responsável pela organização e promoção do Campeonato Brasileiro de Gran Turismo, fala sobre o calendário e da importância e diversidade das regiões e autódromos que receberão o evento. "Como um campeonato brasileiro trabalhamos para levar o nosso evento à diferentes praças do país".


"Iniciaremos em Santa Cruz do Sul, passaremos também por estados do sudeste, centro-oeste e nordeste, levando os carros dos sonhos da categoria GT, os protótipos da Spyder Race e as fantásticas Super Bikes, pilotados pelos melhores pilotos do Brasil, para diferentes públicos apaixonados por automobilismo e motociclismo". 


"Vamos estar nos principais autódromos nacionais e temos como objetivo realizar a melhor temporada do Campeonato Brasileiro de Gran Turismo de todos os tempos", encerra Antonio Hermann. Confira o calendário 2012 do Campeonato Brasileiro de Gran Turismo, do Mercedes-Benz Grand Challenge, do Elf Super Bike e do Campeonato Brasileiro de Spyder Race:


22 de Abril: Santa Cruz do Sul
27 de Maio: Curitiba
24 de Junho: Interlagos
22 de Julho: Rio de Janeiro
2 de Setembro: Salvador * 
14 de Outubro: Campo Grande 
28 de Outubro: Guaporé 
18 de Novembro: Cascavel**
16 de Dezembro: Interlagos


*Apenas GT e Spyder
** Sujeita a conclusão das reformas no circuito





http://ecoesporte.com.br/portal/index.php?option=com_content&task=view&id=2809&Itemid=1



quarta-feira, 28 de março de 2012

Campeonato Brasileiro de Divisão 3 - 1980 a decisão

Dos vídeos de Fabiano e seu pai Luiz Guimarães, disponibilizados no YouTube por Tito Tilp, dos depoimentos de Jr Lara, com link para seu blog, do texto do Caranguejo para peleja, este post mostra um pouco do que foi essa maravilhosa categoria.  Como se vê, além de levar aos autódromos muitos fãs, a categoria depois de muito tempo, ainda junta e agrega os amigos.

Rui 

Interlagos 1980 




Jr no FaceBook da Divisão 3: Os motores mais potentes da D3 VW a ar, equipavam os carros do Mogames e Amadeo Campos ambos preparados pelo Miguel irmão do Gigante. Nesta corrida os camandos especiais que eles usavam fabricados nos EUA não chegaram a tempo, por isso a péssima atuação deles nesta prova. Entenderam por que esses motores eram giradores.....
Mario, nessa época, ja regulava a barra estabilizadora e pressão de freio traseiro por dentro do carro...Esse meu carro era um canhão, 154 HP a 8400 RPM..... Lara, T.da Matta, Vicente Correa, João Franco, Yoshikuma, fusca amarelo J. A. Bruno, Arturo Fernandes, Ricardo Mogames, Amadeo Campos
link


- A TRINCA -

Por Caranguejo

A Divisão 3 (Classe A), teve no final dos anos setenta e início dos oitenta uma rara oportunidade de reunir em disputa pelo seu principal laurel, três pilotos singulares. Competitivos, porém grandes amigos entre si. Um deles era Luis Lara Campos Jr. Acostumado à mecânica VW, possuía um carro que no período que analisaremos, teve um significativo acréscimo de performance. Outro nome a destacar seria Amadeo Machado Campos. Trabalhador, ele parecia esforçar-se mais para atingir os resultados dos rivais, mas não ficava longe e finalmente, o mais focado dos três: Arturo Fernandes. E todos eles tinham o Sedan VW1600. Em 1975, o grande campeão brasileiro da D3 foi Amadeo Campos, mas apesar da conquista,  ele e os que competiam com os valentes Fuscas, tinham um adversário extra: a grande mídia gostava de abrir seus espaços aos  carros que disputavam a Classe C, Mavericks e Opalas e até Dodges, eram mais vistosos com suas belas carrocerias e eram mais mostrados. O público dos autódromos é que já tinha seus preferidos. Já nessa época, Lara Campos e Arturo Fernandes estavam na ativa. E observavam. Em 1976, Amadeo estava momentaneamente dividido entre categorias de mecânica diferente: a Fórmula Ford e a Divisão 3 e  acabou sendo surpreendido por Vital Machado, mas não deixou de levantar o campeonato paulista. No ano seguinte, Amadeo e Arturo dividem a preparação de Fabio Reynolds, o Magrão. E também o monopólio da Divisão 3. Os Fuquinhas agora são os donos do espetáculo. A crise energética baniu os carros maiores da categoria e a restringiu à Classe A. Amadeo e Arturo é quem dão as cartas: dividem as vitórias e poles. Correndo por fora como um Quixote, Júnior Lara Campos não quer saber disso. Ele pinta o número #1 no carro pois é o que quer ser. Mesmo sem ter grandes esquemas, Amadeo Campos recupera a coroa da D3, mas a categoria vive um momento nervoso, com grids esvaziados e completados com veículos de outras categorias, notadamente os Passat.  Para 78, perderá o seu status de campeonato brasileiro. Mais do que nunca, precisará dos abnegados pilotos, preparadores e patrocinadores para sobreviver. “É preciso tirar da cuca o que no bolso não tem”, diz um ditado. Apesar das cada vez mais minguadas cotas de combustível do governo, a Divisão 3 cresce outra vez: provas noturnas, mais pilotos e Passats preparados para a categoria. Amadeo Campos vence a primeira do ano, mas ele é alcançado pelo dedicado Arturo Fernandes e pelo raçudo Lara Campos. Na final desse movimentado Torneio-Rio-São Paulo, Lara chega com uma pequena vantagem, mas numa incrível virada da sorte, deixa escapar o título após quebrar duas caixas de câmbio. Arturo Fernandes é quem levanta a taça e pensa como será 1979. No começo do ano, surgem rumores de que em 1980 as provas serão disputadas por carros usando álcool combustível. Amadeo Campos até rabisca uma frase com esse teor em seu carro. João Franco também.  Mas a categoria continua regional e à gasolina até a metade do ano, quando uma nova proibição governamental às corridas automobilísticas (como já ocorrera em 1976) precipita tudo e no Festival do Álcool em 7 de setembro, a Divisão 3 apresenta seu novo campeonato brasileiro. Para iniciá-lo, que melhor do que uma prova noturna?  Será um certame curto, com apenas quatro corridas. O carro de Arturo, que como os demais Pinicos tinha a forte concorrência dos Passats, torna-se  o bicho papão graças ao novo carburante, após setembro. Ele vence a prova noturna do Rio e a etapa de Interlagos. Lara Campos, momentaneamente fica para trás, mas retornará com mais fôlego no ano seguinte e Amadeo, campeão regional de 79, também reestrutura a Equipe para o novo ano. 1980 foi a último grande temporada dos Pinicos na categoria. Os Passats já os ameaçavam dentro da “sua” própria categoria. O tempo estava acabando, mas ainda havia grandes carros para uma empolgante disputa. É outra vez, Arturo x Lara. Amadeo está dividindo o time com Ricardo Mogames. E é este quem  surpreenderá,  liderando a disputa por algum tempo. Aturdidos, os outros terão de acompanhá-lo. O primeiro a recuperar-se é Lara Campos, cujo carro é um verdadeiro foguete (no caso do Fusca, um “foguete de bolso”). Arturo também vence, mas principalmente, será o melhor na estratégia. A soma de resultados permitem que chegue a Interlagos com 9 pts de desvantagem para Mogames e 4 a frente de Lara Campos. O que poderia decidir essa parada? Resposta, além da chuva, uma malograda encomenda de comando de válvulas. O competitivo VW #5 de Lara Campos não rendia o mesmo com piso molhado e Mogames ficou sem as peças encomendadas, que foram por engano, parar em Assuncion. Com pista molhada, na bateria decisiva, valeu o arrojo de Arturo Fernandes, que depois admitiria ter vencido o mais difícil de seus títulos. Adequado que após a prova, Arturo tenha sido o comandante  de uma bateria  de ritmistas improvisados. Descreveu-o uma publicação: “Encharcado, tendo nas mãos uma vassoura com um pedaço de plástico amarrado na ponta e um sorriso contagiante e sincero”. Principalmente por ser aquela a definitiva conquista do Sedan VW1600. O incansável Amadeo Campos, que nessa temporada foi mais uma vez o campeão paulista, venceria a primeira corrida de 1981. Mas então, a categoria tinha outra nomenclatura; chamava-se Hot Car.   

C.H.Mércio 



Jr e Arturão na casa do Ferraz

Mais da divisão 3


terça-feira, 27 de março de 2012

ASSUNTOS POLÊMICOS - Por Cezar Fittipaldi

O visão de meu amigo Cezar, num belo texto, sobre meu post anterior. 



link

Massa

Malásia 2012. 





Vamos lá, penso neste texto já a algum tempo e hoje vamos ver se sai alguma coisa que preste!
Vejo muita gente falando mal do Felipe Massa então resolvi palpitar...e escrevo como é de meu feitio de peito aberto. É um palpite de quem gostaria de novamente ver um piloto brasileiro de ponta disputando a Formula Um. 
Não conheço o Felipe pessoalmente e por conta de alguns acontecimentos com amigos meus, por ele não tenho muita admiração. Verdade Fernando Hiperfanauto e José Ferraz?!
Cada vez que escrevo sobre a Formula Um atual, ou mostro a NL da Ferrari ou outra equipe, vem algum comentário de alguém que também não o aprecia muito.
No Facebook meus amigos Sal e Washington montaram uma página a Esporte Motor onde alguns amigos discutem sobre o automobilismo, o que muitos conhecem e bem, de uma forma descontraída e informal, e as opiniões são quase todas parecidas. É ou não é Milton, Chico e ...???
Vejam bem, alguns de nós que já pilotaram, correram, venceram corridas, fizeram poles, melhores voltas e tudo mais, sabemos como é difícil a lida do automobilismo e mais difícil ainda um lugar ao Sol no topo dele.
Voltemos no tempo; desde que Emerson chegou à FI, o perfil do fã de automobilismo mudou, antes quem gostava procurava ler se informar e ir às nossas pista assistir corridas...desta época para cá tudo mudou, a emissora oficial que transmite a FI tem como principal narrador uma pessoa que ao invés de informar narra conforme seus interesses pessoais, e esses são inconfessáveis, impedindo mesmo os comentaristas digam o que pensam.
Desde a chegada de Barrichello à Ferrari o cara vem dizendo que ele corria em igualdade de condições com Dick Shummi, já bi campeão do  mundo, coisa que absolutamente não era verdade. Barrichello se deixou levar e apesar de vencer pela equipe deu no que deu, zombarias, apelidos indevidos e outras baixarias mais. Um  grande piloto sem duvida, mas que deixou se levar e falou, e muito, o que não devia.
Aí chega à Ferrari o outro brasileiro, algumas boas corridas pela Sauber na FI assistido por Nicolas Todd filho do então chefão da equipe, e o tal locutor, como sempre desinformando, conta que ele foi contratado em condições iguais à de Schummi (rsrsrsr) e uma legião de fãs acostumados desde algum tempo a acreditar em suas sandices simplesmente acreditam!
Sai Schummi o “irmãozinho do brasileiro” e entra na equipe outro talento natural, Kimi, e após dois campeonatos de Alonso leva a Ferrari novamente ao topo. Neste ano o brasileiro chega em quarto lugar no mundial com três vitórias. 
Vem o ano de 2008 e Kimi o campeão está desmotivado, muita grana, muitos iates e muita Vodka, e o brasileiro se destaca na equipe e vai para a ultima corrida do campeonato com cinco vitórias, contra as mesmas cinco do talentosíssimo Louis Hamilton da MacLaren. Hamilton tem 94 pontos e o brasileiro 87 e na corrida acontece de tudo como já sabemos. Massa vence sua sexta corrida do ano e na última volta Hamilton ultrapassa Timo Glock e garante o titulo por um ponto de vantagem.
Novamente o tal locutor se desmancha em sandices e mil invenções para tentar desacreditar o titulo do inglês. Ora apenas isso; continua a desinformar um publico que acompanha o automobilismo.
Chega 2009 a Ferrari novamente em crise com Kimi desmotivado e nos treino na Hungria Massa recebe a molada no capacete e fica de  fora o resto da temporada.
2010 para substituir Kimi como primeiro  piloto a Ferrari contrata Fernando Alonso, bi campeão do mundo piloto rapidíssimo e com um enorme talento. 
E continua a desinformação ao publico, em uma das corridas, lembro do locutor dizendo que Massa daria uma tremenda bronca na equipe!...ora acho difícil, se não quase impossível pois apesar das declarações ao contrario Massa sabe que é segundo piloto, assim como foi Barrichello, e para ele o melhor dentro da equipe é ficar calado.
2011 e 2012 Alonso sempre mais rápido que Massa, mas isso nada tem de desmerecedor pois o espanhol é rapidíssimo. Acontece que nas corridas o brasileiro erra constantemente ao tentar acompanhar os mais rápidos, e talvez abalado ou por ver as bravatas tanto dele como do locutor esvaírem-se em maus resultados vai ao fundo do poço, como o vemos na condição atual.       
O certo é que a Ferrari apesar de dizer ao contrário não o quer mais, acredito ser muito difícil sua substituição no meio do campeonato mas o ano que vem veremos a equipe sem o brasileiro.
Desculpem se me estendi demais, é apenas a modesta opinião de quem já se viu sentado num carro de corridas tendo, e tentando, fazer alguma coisa a mais. Hoje nesta blogosfera de tantos entendidos sobre  o automobilismo certamente encontraremos uma explicação bem melhor que a minha de tudo que acontece.


Rui Amaral Jr 




FOTOS: GETTY IMAGES , AP