A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

DIA NACIONAL DO FUSCA

VALEU FUSCA!







































































quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

MULHER NO VOLANTE


Com tantas mulheres por aí dirigindo nas ruas, é de se perguntar por que não há mais delas pilotando nas pistas, dividindo também aí, o espaço com os homens. Certo que vez ou outra encontramos a Bia Figueiredo, a Simona de Silvestro, a Zizi Paiolli ou a Cristina Rosito fazendo boas apresentações. Mas é só? Vejamos. 
No passado, a pioneira Helle Nice enfrentou o preconceito e o machismo nos anos trinta e nos primórdios da F1, a italiana Maria Teresa de Phillips algumas vezes esbarrou em proibições que a impediram de dar continuidade à sua carreira. 
 Agadir 1955.
 Busquet e o Gordini.
Recebendo a premiação em Agadir 1954.

Parte disso pode ser creditado à tragédia de uma outra pioneira, a austríaca Annie Bousquet. Nascida Schaffer (em data desconhecida), Annie ficou famosa participando de competições na França, alternando aparições em rallys ou provas em circuitos.
Seu grande incentivador era seu marido Pierre Bousquet. A partir de 1953, obtém bons resultados com um Renault 4CV, derrotando até mesmo alguns homens mas no ano seguinte, sofre um sério acidente em Agen com um DB Panhard 500. Após um mês de molho, retorna à pistas participando da “Coupe des Dames”, reservada às mulheres e consegue uma segunda colocação,  perdendo apenas para a belga Gilberte Thirion. Surge uma rivalidade entre elas... Com um Porsche Spyder, ela consegue o oitavo lugar no Tour de France, em dupla com Marie Claire Beaulieu, o melhor resultado de sua carreira. 

Annie Busquet e  
Marie Claire Beaulieu.




Em 1956 o incentivador e companheiro Pierre morre em um acidente de trânsito, mas ela não abandona às pistas, competindo com um Triumph TR2 nas Mille Miglia, terminando em quarto na sua classe. Participa também dos 1.000 Km de Montlhéry num Maserati 150S do argentino Alejandro De Tomaso. Em julho decide participar das 12 Horas de Reims, na Classe 1.500 com um Porsche 550 Spyder. Sua parceira seria a americana Isabel de Haskell.

 O belo  Porsche 550 Spyder.
Annie e o 550 Spyder.

Porém Annie acidentou-se logo no começo da prova. Seu Porsche azul saiu da pista e ela foi ejetada cerca de quinze metros do carro. Muito ferida, morreu no hospital.
Outros pilotos concluíram que Bousquet fora vítima de estafa, pois se deslocara até Zuffenhausen para realizar melhoramentos em seu Porsche e voltara dirigindo para correr. A proeza custara-lhe uma ou duas noites sem descanso e depois cobrou-lhe a vida. Após seu acidente, alguns organizadores franceses resolveram banir as mulheres das pistas ea tal proibição vigorou até a participação de Marie Claude Beaumont nas 24 Horas de Le Mans de 1971 .

Dedicado à Maria da Glória, minha companheira de equipe.

Carlos Henrique Mércio - Caranguejo

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

INSINUAÇÕES

Eu, Marco de Sordi e Tide Dalécio na curva da Ferradura em Interlagos.
 Dois grandes pilotos com quem tive a honra de ter bons duelos.



Nas pistas ninguém gosta de andar atrás, muitos pilotos e apenas um vencedor.
Ouvi certa vez, uma insinuação, de que um amigo correu em certa categoria, em que ele era um dos protagonistas, com  seu equipamento fora do regulamento. Não acredito, até porque competiam com ele alguns outros grandes pilotos, alguns deles sempre com o regulamento às mãos.
Correr com o regulamento nas mãos é uma forma eficiente de se andar na frente.  Conhecer bem cada item e saber tirar proveito de cada um, fora isso ter uma preparação eficiente, uma grande noção de acerto, e no fim também um pé pesado, para tirar proveito  de tudo isso!  
Fora isso, quando se anda junto de outro carro, dá para ver bem as diferenças. Uma saída de curva mais forte, a velocidade em reta maior e outras coisas mais.
Agora tudo isso depende da configuração que você deu ao seu equipamento, uma marcha mais curta pode dar a impressão que o carro que vai à sua frente tem o motor mais forte. O acerto de pressão dos pneus, alinhamento,  e tudo mais entra no computo geral, e só o piloto que andou atrás ou na frente pode ter um referencia de seu adversário.
Caso você se sinta prejudicado, o protesto  formal à direção da prova pode dirimir duvidas.
Esse protesto é feito da seguinte forma; quem reclama dirige-se à direção da prova, preenche um formulário, onde mostra o  item que quer reclamar, deposita uma certa quantia e um comissário técnico procede a vistoria. Caso seja possível visualizar na pista tudo bem, caso contrário a peça ou equipamento é enviada a um laboratório.
Caso comprovado, o piloto protestado perde sua colocação, e o dinheiro depositado é devolvido ao reclamante.
Nunca protestei contra nenhum  de meus adversários, até por que nunca percebi nada de errado. 
O resto, ah... o resto! É desculpa de quem anda atrás, pois não tem competência para desenvolver seu equipamento, muito menos, na maioria da vezes, pé e braços para acompanhar quem anda forte! 




Rui Amaral Jr