A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

terça-feira, 1 de março de 2011

SPEED 1.600 por Pedro Garrafa


Melhor impossível! Pedro e "simplesmente" Camilo Christófaro.


Amigo Rui

Sobre a Speed 1600, tenho muita coisa boa para lhes contar:
Após o termino da categoria HOT CAR , percussora da DIVISÃO 3 ,quase que ficamos sem opção para a pratica do automobilismo esportivos pois as categorias mais especializadas como as Formulas com varias denominações e a recém criada Stock Car com os  valentes Opalas , eram  categorias  quase que inaccessíveis para aqueles que não tinham nenhum patrocinador ou pouco recurso financeiro, mas tinham muita vontade de pilotar um carro de corrida ,  dai então foi criada a categoria Speed 1600.Eram carros de uma só marca, com poucas modificações, preparação bastante limitada e fácil acessibilidade, pois era necessário apenas tirar a carteira de piloto para poder ingressar na categoria.

 O  carro era o valente fusca que já tinha demonstrado em outras épocas que era um veiculo versátil e de fácil preparação.
Não precisou muito tempo para a categoria tornar-se uma verdadeira coqueluche .
Conforme o regulamento os carros deveriam manter a aparência externa original, com a eliminação dos parachoques, e algumas pequenas modificações estéticas, por exemplo, era possível cortar parte da saia traseira, para implantação de escapamentos especiais de competição que proporcionavam uma melhor performance e um ronco tremendamente inconfundível, que parecia até um instrumento musical quando a carburação estava bem afinada, os paralamas podiam ser rebatidos internamente para não cortarem os pneus, na frente era possível instalar na caixa de estepe um sistema de radiador de óleo e bomba de circulação, enfim mais algumas pequenas modificações mecânicas na suspensão e retrabalho interno nos carburadores que também deveriam manter a aparência externa original, em suma eram pequenos detalhes de preparação, mas que faziam a diferença de um preparador para outro.
A categoria começou a firmar-se, e não demorou muito para se tornar a coqueluche do automobilismo paulista, pois a cada prova aumentava ainda mais o numero de carros no grid, e consequentemente as disputas. Foi nessa categoria que surgiram grandes nomes do automobilismo, pois ela era considerada uma categoria escola, aberta para quem quisesse praticar um automobilismo barato e competitivo, basta dizer que era a categoria que mais alinhava carros no grid a cada prova, números esses sem exagero na qual passou a reunir mais carros do que uma MIL MILHAS, pois teve provas que o grid passava de 65 carros  alinhados para a largada.
As provas eram agradáveis de serem assistidas, pois as disputas alem de acirradas eram garantidas e se desenvolviam verdadeiros pegas até pelas ultimas posições, devido ao numero crescente de concorrentes e também a capacidade pessoal de cada piloto.A platéia tinha possibilidade de ver de tudo desde derrapagens sensacionais, até capotamentos homéricos, pois o espetáculo era garantido, enfim não havia tédio nas provas nem desfile de carros na corrida, e sim disputas acirradas onde vencia aquele que não apenas tinha o melhor carro, mas aquele que tinha braço.





 ¨12 Horas de Tarumã¨e ¨500 Milhas de Londrina¨


Um bela largada em Londrina.

Tamanho o sucesso que a categoria alcançou, que começaram logo a surgir em outros estados campeonatos regionais baseados na categoria paulista , e que obedeciam o mesmo regulamento. O sucesso foi tão grande que os Speeds 1600 , chegaram a ter provas  interestaduais entre os estados do Rio Grande do Sul , Paraná e São Paulo.
Mas o sucesso da categoria também deu-se em virtude da versatilidade do Fusca, que era um carro ultrapassado, fora de linha, sem aerodinâmica, mas que tinha um histórico muito grande de versatilidade no passado, e que tinha se transformado num verdadeiro carro de corrida devido ao trabalho incessante e incansável de alguns preparadores e pilotos amantes do fusquinha.
A categoria cresceu tanto que o Speed 1600, passou a participar até de provas multimarcas e de longa duração, inclusive varias vezes as MIL MILHAS, e até os dias de hoje ainda se vê nas pistas não só do Paraná como também do Rio Grande do Sul os Speeds participando de provas como ¨12 Horas de Tarumã¨e ¨500 Milhas de Londrina¨.

Até tu Pedro Garrafa! Uma rodada na saída da curva Caixa D`Agua em Londrina.



Convém lembrar que até os dias de hoje ainda existe um Campeonato Regional em Londrina de Speed 1600 , ainda com motor a ar, no Rio Grande do Sul eles também tem o Campeonato de Fuscas , mas com outra configuração de motor, assunto esse que trataremos em outra oportunidade, e também em São Paulo ainda poderemos ver alguns Speeds na Categoria dos Clássicos de Competição.
Os Speeds ainda  resistem bravamente, e eventualmente  podemos vi em qualquer pista do Brasil nas mãos daqueles saudosistas, seja em treinos esporádicos ou até mesmo em provas, pois o fusca tem um DNA de competição que jamais será eliminado.
Com certeza ainda veremos esse bravo carrinho ressurgindo nas pistas brasileiras, nas mãos daqueles que realmente amam fazer automobilismo.
Ainda teremos muitas coisas e historias para contar.....

Pedro Garrafa

FUSCA   AME-O OU AME-O

Pedro ao centro ladeado por seu filho Diego e Jefferlim Puppo, lá atrás de óculos escuros e cabelos brancos Carlos Jaqueire seu eterno parceiro e ainda na equipe de mecânicos Fábio Jaqueire. 

Benedicto Lopes no BandeiraQuadriculada.

 Em um belo trabalho de pesquisa Paulo Peralta mostra em seu Bandeira Quadriculada a vida de Benedicto Lopes.


segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Carlos Jaqueire

Carlos Jaqueire e Ciro Cayres.
Nada melhor que começar um pedaço da história deste apaixonado pelo automobilismo do que uma foto dele ao lado do grande Ciro. No texto e fotos abaixo enviados por seu filho Fábio um pouco desta grande paixão, a mesma que leva todos nós a procurar todos dias em livros, revistas, sites e blogs tudo que podemos ler e ver sobre ela. Obrigado Carlos por dividir sua história de vida com todos nós, um forte abraço a você ao Pedro  ao Fábio e a todos amigos que aqui são citados. Rui   

Carlos Jaqueire Junior, nasceu em 38 teve seu encontro com o automobilismo quando por volta de 48 assistiu uma prova demonstração com Carlo Pintacuda e Chico Landi o que ficou marcado na memória dele, e que provavelmente guiou seu passos no automobilismo. Logo cedo meu avo colocou ele pra trabalhar em uma oficina como forma de aprendizado e assim foi aprendendo o oficio que tanto ama.           
Em busca de se aproximar das corridas ele ia trabalhar na oficina do 
Raphael Gargiulo e lá aprendeu muita coisa. Em um dos 500km ele servia na Aeronáutica, quando falou com o seu Capitão que sua futura sogra havia falecido, o detalhe que o meu pai não contou foi que isso havia acontecido uns 5 anos antes. Mas isso o Capitão do meu pai descobriu isso pois o mesmo foi acompanhar  a prova, ele também gostava de corridas e corria com os populares mecânica nacional.
      Meu pai queria ser piloto de qualquer coisa que tivesse motor e rodas, andou de moto em Interlagos e na Argentina quase sempre levando as cores que seu amigo Pilé o fazia usar do Piratininga Moto Club, correu o Rally Getulio Vargas com a carreteira que fez no fundo do quintal. Para não ficar longe das corridas ficou em muitas como peixe do Barão Fittipaldi na locução ajudando com o que poderia. Convenceu o mesmo Capitão que o flagrou nos 500km a colocar a Polícia da Aeronáutica para fazer a segurança da primeira Mil Milhas. Na segunda trabalhou na equipe Fusca Porsche do Christian Heins.









            Mas nada como a década de 70, nessa época meu pai montou sua oficina no Bairro do Limão e lá fez muitos carros da Divisão 1 e Divisão 3, participou de provas como 500Km Itacolomy, Semana da Velocidade e as 25h de Interlagos na qual ganhou o troféu de melhor equipe. Teve como pilotos Sergio Luiz Rossi, piloto de D3, Fábio Sotto Mayor D3 e Waldemar Tierno D1 e D3, os cariocas Demétrio e Romauro D1. O Romauro também era conhecido como Carioquinha, chegou muito perto de ser campeão paulista de D1, mas a falta de dinheiro, um motor quebrado na ponte Rio Niterói vindo pra etapa em São Paulo, o impediram de se sagrar campeão.           
            Nessa época a pedido de seus amigos Gasolina, Chapinha a pedido do Dr. José Pangella, que era um médico apaixonado por corrida, e que nessa época mantinha uma oficina com padrões comparados aos da F1 na época, ajudou com o acerto do Passat que ia correr as Mil Milhas, com seu filho Zé Pangella Jr e Sergio Luiz Rossi, mas em uma infelicidade o carro capotou com o Zé ao volante, que conseguiu voltar aos Box e acertou-se o que dava e se não me engano conquistaram uma 6ª posição no final.

Amadeo Campos #68, Fábio Souto Mayor #2, o Opala provavelmente Reinaldo Campelo e o Maverik ?.

Ricardo Di Loreto #7.

25 Horas de Interlagos.

            Além disso, sempre ajudou seus amigos mais próximos, Diloreto na Fórmula V, Walter Peticove Stock, Avallone com os Fórmula Super V, o seu amigo de todas as horas Fukuda, o Eng. José Minelli entre tantos outros. 
Recentemente a parceria com Pedro Garrafa, que começou em meados de 2000, quando meu irmão estava pensando em comprar um SPEED 1600 do Pedro, para poder correr o paulista, a partir dali nossos laços familiares e de amizade fez com que em 2001 ao juntarmos força conseguir um bom 4º lugar nas 3h de Londrina. Porém algumas situações como a perca da minha mãe e as mudanças de rumo nos afastaram por alguns anos.

Ladeando o piloto Pedro e Carlos.



Pedro, Carlos e a equipe em Londrina. 


Em 4º Pedro Garrafa.

Agora em Bertioga nos preparamos para um novo ciclo, onde sem duvida alguma, muita história e muita coisa ainda vai acontecer. Este é um pequeno resumo sobre o Carlão da Jaqueire Competições, meu pai. Obrigado pelo espaço e até uma próxima. Fábio Jaqueire



Escolhi para o fim deste post algumas fotos com a família e amigos para mostrar a todos o sentimento que Carlos leva às pistas. 


domingo, 27 de fevereiro de 2011

The Beatles

Lembro bem, eu com onze anos ou doze anos estudava no Colégio Paes Leme, na esquina da Rua Augusta com a Av Paulista, na frente o Conjunto Nacional e o Cine Astor, por coincidência o mesmo nome do pastor alemã de casa. Pois ia com as meninas e amigos assistir os Beatles. Bons tempos!