A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

domingo, 14 de novembro de 2010

Vettel - PARABÉNS CAMPEÃO

  Contrariando todos prognósticos Vettel  merecidamente é o novo Campeão do Mundo de Formula Um , chegou a última corrida alguns pontos atrás de Alonso e não se abalou com isso, fez uma corrida perfeita e o titulo é seu por merecimento. Parabéns a Equipe Red Bull e ao novo Campeão.     




Apenas a destacar a feia e anti esportiva atitude de Fernando Alonso reclamando de Petrov ao final da corrida, atitude aliás que combina bem com as que sua equipe vem tomando ao longo desta temporada e algumas anteriores.

Fotos: AP


sábado, 13 de novembro de 2010

ALFA ROMEO T33

Nino Vacarella pilota na sua vitória em dupla com Toine Hezemans na Targa Florio 1971.
A bela tomada de ar para os carburadores rendeu o apelido de "IL PERISCOPIO".


A Alfa Romeo 33 foi produzida por mais de dez anos a partir de 1967, eram carros feitos para principalmente as corridas de longa duração. Sua fabricação e desenvolvimento foi entregue à Autodelta de Carlo Chitti e Ludovico Chizzola que era o departamento de competições semi oficial da Alfa, a idéia inicial era colocar no carro o motor quatro cilindros em linha das Alfas GT/GTA que eram preparados pela Autodelta. Carlo Chitti tinha outros planos, um motor V8 com quatro comandos de válvulas e a partir do final de 67 esse motor foi construído, tinha 1.995cc 78mm x 50,4mm, quatro válvulas por cilindro, e já desenvolvia 200 HP à 6.500 rpm.
O chassi tubular como era a tradição da Alfa foi projetado por Orazio  Satta Puliga engenheiro chefe de projetos da Alfa e de grande prestigio na marca já que fora responsável por grandes carros desde as Alfettas 158 até as Alfa Romeo GTV.
O chassi era de tubos de magnésio fundidos e a carroceria de fibra de vidro e o peso do protótipo era de apenas 580 kg. Era apelidada na Italia de IL PERISCOPIO por conta da tomada de ar para os carburadores sobre o motor, bem antes de qualquer carro de Formula Um.
A T33/2  correu em 1967/68 e venceu muitas corridas, mas já corria contra os Porsches de 3 litros e vencer apenas na categoria não era a idéia da Alfa.
Ainda em 1968 começaram os testes do motor V8 de 3 litros e a aparência da T33/3 já mudara muito.




Rolf Stommelen em Brands Hacth 1971.
O motor V8 de 3 L.


Em 1971 seu motor já bem desenvolvido tinha a potencia de 450 HP  seu peso total com o novo motor era de  650 kg. Esse carro venceu algumas corridas importantes como a Targa Florio, 6 Horas de Watikins Glen e as 6  Horas de Brands Hatch.
Na Targa Florio 1971 uma vitória empolgante do ídolo italiano Nino Vacarella em dupla com Toine Hezemans. 
Em 1972 foi desenvolvido o motor 12 cilindros flat estreando em 73 na Targa Florio, tinha 2.995cc com curso de 77mm x diâmetro de 53,6mm. Esse motor equipou alguns Formula Um como a Lola de Grahan Hill em 74 , a  March 721X de 72 e a MacLaren  em 1970, era beberão para F I e produzia 530hp à 12.000 rpm.

Andrea de Adamich TT33 nos 1.000 KM de Brands Hacth 1972.
Arturo Merzario na TT 33/3 12 cilindros.
Rolf Stommelen nos 1.000 KM de Nurburgring 1973.

Andrea de Adamich em Brands Hatch 1971.


A Alfa Romeo já com problemas financeiros entregou a equipe ao alemão Willy Kausen e no ano de 1975 foi campeã do Campeonato Mundial de Marcas. Nesse ano já corria com o motor flat 12 com a cilindrada reduzida para 2.134cc e com a ajuda de um turbo a 1.4 atmosferas de pressão . Esse motor tinha 640 HP de potencia a 11.000 rpm e a denominação do carro era 33TT12 e pesava 770 kg. TT significava Telaio Tubulare - chassi tubular.
Uma grande geração de carros que ficou na lembrança de que acompanhou o automobilismo de competição da época.  

Targa Florio 1971








GP dos Emirados Árabes - Yas Marina - 2010 - Grid

Webber


Confesso que minha torcida é por Mark Webber, mas agora ficou um pouco difícil ele vai largar na 5ª posição com seu principal adversário ao titulo em 3º. Mas como dizia o Grande Juan Manuel Fangio "carreras son carreras" e tudo pode acontecer amanhã. Webber lutou de igual para igual a temporada inteira contra Vettel e apesar desse ter a preferência da equipe chega ao final em condições de ser campeão. Alonso sentiu esse mesmo drama na MacLaren ao lutar dentro da equipe com Hamilton. Vamos ver amanhã quem será o campeão.  




                                                    Vettel

                                                 Alonso

                                             Hamilton








sexta-feira, 12 de novembro de 2010

ANJOS DA GUARDA III

Na quarta feira o Ferraz nos brindou com um belo texto sobre o GP do Brasil 2010, gosto muito quando ele escreve e sei que muita gente também. Quando ele descreveu a atitude de um piloto Brasileiro após a bandeirada final logo lembrei de um texto que postei logo no começo do blog e mostrei novamente no ano passado. Tenho e sei que meus amigos que também correram tem um grande respeito por esse pessoal anonimo  que sempre nos ajudou. 
Ao final de uma corrida quando eles vem com suas bandeiras nos saudar é realmente emocionante, não importa a colocação, vê-los acenando suas bandeiras é de arrepiar.


   ANJOS DA GUARDA

Eles são nossos anjos da guarda, só que ninguém se lembra deles, os Comissários de Pista, na época em que eu corria Bandeirinhas, estão lá para nos proteger, sinalizar óleo na pista, eventuais acidentes etc, são a nossa visão da corrida antecipada, onde não conseguimos enxergar. Só que deles não achei uma pequena foto sequer, são na maioria voluntários,   amantes do esporte, vêem tudo de errado que fazemos e também tudo que fazemos certo, a visão de corridas deles nem a TV acompanha.

Depois da bandeirada final eles sempre saem de seus postos e no meio da pista agitam suas bandeiras, e se você andou bem, tem sempre um aceno direcionado a você. É muito bonito.
Às vezes assistindo corridas vemos algum piloto mais nervoso empurrando-os quando ele vem prestar ajuda.
Lembro de uma corrida, foi em 1971 eu novato, acho que era a Copa Sulamericana ,vinha babando atrás dos ponteiros já que minha Caixa 3 me havia atrasado na largada .Na parte final da curva do Sol , curva maravilhosa ,raio longo dois pontos de tangencia vindo da Reta Oposta era feita em 4º marcha , dei uma rodada daquelas , fui rodando quase até o Sargento , numa destas rodadas , virado para a Curva do Sol vi o bandeirinha acenando sua bandeira amarela com listas vermelhas (óleo na pista) , nunca fiquei sabendo se ele percebeu o óleo pela minha rodada ou eu que não tinha visto a bandeira .Outro que me lembro , nas Mil Milhas em 1984 meu carro quebrou na mesma reta antes do Sargento ,era umas duas horas da madrugada e chovia canivetes , os Stock os carros da Turismo 5000 ,as Alfas balançavam tanto na freada que assustava , passando a meio metro de meu carro . Imediatamente chegou aquele "bandeira”, sinalizando sua bandeira amarela, me ajudou a descer do carro, me colocou em segurança, e voltou a sinalizar ao lado de meu carro parado, para que outro piloto não sofresse um acidente.
O grande Emerson Fittipaldi nervoso depois da quebra de seu F1, deu uns empurrões (penso que até uns tapas) num Comissário que veio ajudá-lo. Acho que foi no Rio de Janeiro. Algum tempo depois estava na choperia de meu amigo Werner e fui apresentado a ele, eu tenho 1.90m, ele era duas vezes meu tamanho, um armário. Super simpático me contou sua aventura com o Emerson sempre rindo, sem nenhum ressentimento. Pena não lembrar seu nome. Acredito que sendo o Emerson não só o grande piloto que é, mais também um grande cara, se desculpou com ele, só lembro que ele não guardava magoa nenhuma.
Acho que todos Comissários são como esse grandão : Anjos da Guarda. 



Algum tempo depois o Sergio lembrou o apelido do gigante, Pulguinha.