A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Plínio Meider Magrin é um Dentista Piloto

Foi por influência de seus primos - Paulo e João Buso - que já pilotavam carreteiras, que o curitibano Plínio Meider Magrin começou a se interessar, por volta de 1958/59, pelas competições automobilísticas.

Isto quando Magrin, filho de Evaristo e Vitória Magrin e formado pela Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Paraná em 1953, contava com apenas 21 anos de idade.

Foi então que Plínio adquiriu um automóvel Ford 1937 cupê que, segundo ele não oferecia boas condições para ser colocado em corridas, pois, apesar de ter o sistema de freios à varão já substituído por um sistema hidráulico, era ruim de freio.

Vendeu esse carro e comprou um Ford 1940 cupê também que, na época, era o automóvel mais utilizado pelos pilotos de carreteira. Aí sim, colocou no novo carro um motor Ford V8 modelo 8BA, rebaixou os cabeçotes originais, aliviou ao máximo o peso do volante da gremalheira, montou um diferencial mais longo com relação 11/39 e ingressou nas corridas na categoria Turismo que, como se recorda, tinha regulamento que não permitia maiores modificações na carroçaria e na mecânica do veículo como acontecia com a categoria Força Livre, das legítimas carreteiras. Quanto ao câmbio, permaneceu o original do Ford 1940, com três marchas à frente.

"O mecânico preparador do meu carro - diz Plínio Magrin -

era o próprio João Buso, que possuía oficina na rua Alferes Poli

esquina com avenida Guaíra, hoje avenida John Kennedy, em Curitiba.


Lembro-me bem - acrescenta Magrin hoje aos 75 anos de idade - que tinha boa amizade com Oscar Horst, dono da loja de auto-peças Tabor, que me fornecia as peças de reposição e os pneus que precisasse mas, que fazia uma exigência: nada de propaganda da loja na carroçaria do carro, a fim de evitar que outros pilotos de carros de corrida pedissem patrocínio a ele.

Enchia o tanque com gasolina de avião vendida pelo senhor Inocêncio, no hangar do Aeroclube, aeroporto do bairro do Bacacheri e aos sábados à tarde ia treinar na pista do circuito da vizinha cidade de São José dos Pinhais, no chamado "Chiqueirinho", preparando-me para as corridas, tendo ao lado a minha esposa Ilze."

Na sua primeira prova oficial, em 1960, na categoria Turismo, quando conseguiu o quarto lugar, Magrin competiu com pilotos que depois se tornaram famosos na categoria das carreteiras, tais como Miroslau Socachewski, Altair Barranco e Germano Schlögl, êste, o mais perfeito piloto de carreteira que conheceu.

Além do "Chiqueirinho", competiu no circuito do Asilo (rua Mal. Floriano Peixoto), em Curitiba. "Numa prova em Porto Alegre /RS - fala Magrin - assisti o extraordinário piloto e preparador argentino João Galvez chegar com sua carreteira em cima de uma camioneta furgão e anunciar numa rádio local que venceria a corrida, competindo com os melhores pilotos e carros gaúchos. Já na terceira volta pegou a ponta para não perde-la mais."

Na sua trajetória como piloto de carros de corrida, o que mais marcou a vida desse curitibano, que gosta de automobilismo até hoje, foram as amizades que angariou, as quais conserva até hoje com satisfação. Nos flagrantes, Plínio Magrin e o seu Ford (com direito a pneus faixa-branca!).

Por Ari Moro

http://www.parana-online.com.br/canal/automoveis/news/434899/?noticia=PLINIO+MEIDER+MAGRIN+E+UM+DENTISTA+PILOTO

18/03/2010 às 00:00:00 - Atualizado em 17/03/2010 às 23:56:38

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

GP do Brasil- Interlagos - 2010 por José Ferraz



Olá Rui è com imenso prazer que escrevo mais umas linhas em seu Blog a respeito do GP Brasil de formula 1.Vamos começar pelo trabalho que todo o ano venho fazendo no GP, é cansativo pois levanto todos esses dias ás quatro da manhã e retorno ás oito ou nove horas todos os dias.Eu tenho encontrado vários amigos de longas datas e conversamos sobre as coisas, mas o tempo é curto, não foi diferente neste GP, como todos eu tenho encontrado o nosso amigo Amadeu Rodrigues, batemos um papo rápido e tiramos algumas fotos, marcamos em nos encontrar no meu aniversário.

Amadeu Rodrigues e José Ferraz.


O serviço este ano foi bem mais leve para mim pois reduziram a carga de trabalho que eu tive no ano passado, este ano em todos os três dias eu só rodei uns 150km, ao passo que no ano passado só em um dia eu rodei 300km.
Mas Rui o que eu queria falar é o seguinte, eu já vi tantas coisas na vida dentro de uma pista de corrida, mas uns absurdos que vi no domingo eu já mais o faria........ou vc é profissional, ou então cai fora e não faça merda........porque um cara que aluga um Porsche para correr em preliminar de um GP Brasil de F1 e fazer a merda que fez, é muito feio.Estava eu no meu posto quando deparei com um carro com a frente toda amassada, eu logo falei para o meu parceiro que aquele carro se não entrasse para o boxe, iria estourar o motor, o meu parceiro perguntou porquê? eu falei o cara quebrou os radiadores e está andando sem agua, porque se vc olhar direito vai ver o vazamento de aguá.Bom o cara acelerando em todo o ritmo, deu duas voltas e na descida do lago estourou o motor e melou toda a pista, do lago até na entrada do S, mas não era só isso é que estávamos a poucos minutos da prova da F1.Bem foi diretor da prova e todo o pessoal da FIA para a pista para ver o estrago, resumindo nós temos um produto que é importado que é caro pacas e absorve todo o óleo, mas deu um trabalho porque estava ventando, e voava tudo.Eu tinha que ir pegar o material e as pessoas em outros postos para fazer todo o trabalho, executamos tudo e fomos parabenizados pela FIA e pelo Bernie, ele já mais imaginava que agente conseguiria toda a limpeza da pista em 15 minutos, pois não foi atrasado nada do programa, mas deu muito trabalho pra todos.
O que eu quero falar com tudo isto, é que com um carro que é caro, tem limitador de giro, tem todas as informações no painel, e um idiota não sabe fazer leitura em um painel de um automóvel, e muito menos sabe o que é um carro de corrida, se um carro como o porsche GT3 que tem os radiadores na frente do carro  um de cada lado, qualquer toque na frente, é fatal e deveria ficar atento na temperatura do motor, e se a temperatura estiver se elevando, ou entra pra boxe, ou para em um lugar de acesso.
Outro assunto, é o trouxa do Felipe Massa, esse vái pagar caro com o que fez este ano com agente na pista.Para o ano que vem, eu vou ficar no mesmo lugar com uma barra de ferro na mão, e se ele fizer a mesma coisa que fez, eu vou ser manchete de jornal, e não vou mais trabalhar na F1.No final da prova, os pilotos vem devagar para os boxes e comprimentando todos nós, agente fica na beira da pista parabenizando eles, todos passaram fazendo positivo ou batendo palmas, até o  Bruno Sena, nós estávamos na zebra do lago, e ai quando passo o língua presa com a Ferrari, jogou o carro em cima da gente e acelerou, eu falei na hora , se eu tivesse uma barra de ferro, eu tinha dado bem no lugar que ele tomou com a mola......arrogante filho da p..., nem nos boxes ele se comunicava com as pessoas, eu na sexta socorri o Kobayashi, o cara é uma figura, ele veio comigo no carro pra boxe, ofereci água pra ele, ai ele riu e falou em Português, muito obrigado, quando  chegamos no boxe, ele desceu veio do meu lado bateu no meu braço e falou, muito obrigado, vái ver que ele só aprendeu isso em Português, mas é atencioso comunicativo brincalhão, ao passo que tem gente que pensa que tem o rei na barriga, mas o dia que bater ,vai pro saco igual os outros e fede no mesmo, até o Alonso, a plateia zuou com ele, mas nem por isso ele nos deixou de comprimentar......é isso pessoal que faz agente um cidadão de bem com o Mundo.Vou deixar aqui uma pequena deixa: sabem quando o Massa vai ser campeão do Mundo( nunca) ele estava pensando que era o titular da Ferrari, mas não sabia que pra ficar lá e ser campeão do Mundo, tem que acelerar, e agora ele tem um parceiro que acelera. Acelera na hora da corrida seu filho da ppppppppptttttttttttt não em cima da gente no final da corrida seu língua presa......abraços Rui e vamos para a próxima e esperar pra ver o campeão, quem será.....abraços. José Ferraz

Antes de tudo obrigado meu amigo, você bem sabe que pensamos igual a respeito de muitas coisas do automobilismo. Sei que você trabalhou muito, como sempre, e está ocupado com seu Porsche e mesmo assim arranjou um tempo para escrever para nós sua visão de lá de dentro do GP Brasil . Rui Amaral Jr



    

e

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Super Kombi do Super Tito


Quem acompanha a obra do Tito sabe de tudo que ele vem fazendo para resgatar a memória de nossos Divisão 3. De uns tempos para cá começou a fazer Kombis com a pintura de nossos carros. Já fez a do Duran, Orlando e agora a mais bonita de todas a #8.
Linda Tito, só mesmo um gênio como você para fazer uma loucura dessas. Obrigado pelo carinho.


domingo, 7 de novembro de 2010

LOTUS 72

Digitalizei dezenas de fotos para este post, mas escolhi dois desenhos maravilhosos de meus amigos geniais Ararê e Mauricio para iniciar. Acima a extraordinária criação do Ararê para o Lotus 72 #24 em que Emerson conquistou sua primeira vitória na Formula Um. Abaixo a obra de tirar o fôlego do Mauricio para o Emerson já Campeão. No fim do post uma foto do amigo fotografo  Paulo Sallorenzo com o carro do Ayrton. Aos três meu muito obrigado e um forte abraço.   



1969 Jochen Rindt estava pensando em abandonar a carreira, a Lotus 49 C já não era competitiva e ele pensava que nunca se tornaria Campeão do Mundo.
Mas Colin Chapman e Maurice Phillippe já estavam com o modelo 72  pronto e Rindt começava a testá-lo para temporada seguinte juntamente com Grahan Hill e John Milles.

Notem que nos primeiros testes no ano de 1969 os pneus ainda não eram Slics. Acima Rindt, Chapam, Phillippe. Abaixo Granham Hill.


Era um novo conceito na Formula Um, com barras de torção na frente e atrás e com ação anti mergulho na frente e anti agachamento atrás. A parte dianteira do carro era bastante leve, já com o uso de fibra de carbono. Seus radiadores foram colocados na lateral atrás do piloto  o que dava a frente um perfil cuneiforme e segundo Chapman “ o exemplo mais perfeito em aerodinâmica da história das corridas”. O carro era todo uma asa e tinha uma pequena resistência ao ar em retas e seu perfil atuava como uma asa gigante.  
 O carro tinha inúmeros problemas provocados pela suspensão dianteira anti mergulho, a traseira que parecia querer levantar nas curvas e seus braços triangulares quebravam com certa freqüência. Fora isso os freios dianteiros um board que se aqueciam demais e aqueciam também os pés dos pilotos, enfim estava difícil.



Outra novidade na temporada de 1970 Rindt teria como companheiro de equipe um jovem brasileiro de 22 anos com pouca experiência na categoria mas um enorme potencial, Emerson Fittipaldi.
Livrando-se do anti mergulho na dianteira e anti agachamento na traseira o carro se mostrou rápido e fácil de pilotar o que deu a Rindt novas esperanças.
O Campeonato Mundial de Formula Um de 1970 mostrou um Rindt quase imbatível, ele venceu os Gps de Mônaco com a 49C, Holanda, França, Inglaterra e Alemanha e estava na liderança do Mundial quando perdeu a vida em um treino em Monza.  Aí veio o GP dos EUA em Watkins Glen e a primeira vitória de seu jovem companheiro de equipe Emerson Fittipaldi. Mesmo sabendo que a vitória de Emerson se deu pela quebra dos então favoritos, entre eles Pedro Rodrigues ela foi incontestável pois o jovem brasileiro acompanhou durante toda corrida o ritmo dos mais experientes e soube aproveitar sua chance.
1971 foi um ano difícil e sem vitórias no Mundial, mas chegou 1972 com Emerson já um piloto experiente, grande acertador e com uma vontade férrea de mostrar ao mundo todo seu valor.
Na prova extra campeonato em Interlagos o mesmo problema que afligia desde o começo voltou a tirar uma vitória folgada de Emerson, a suspensão traseira. Mas daí em diante foi um show de Emerson, vencendo os Gps da Espanha, Bélgica, Inglaterra, Áustria e finalmente a vitória triunfal em Monza sagrando-se Campeão Mundial de Formula Um aos 25 anos, o mais jovem até então.

1973 o Grande Emerson já Campeão do Mundo vence em Interlagos.

1973 e Chapman contratou o sueco Ronnie Perterson para ser companheiro de Emerson e apesar das sete vitórias a “briga” interna na equipe permitiu que Jackie Stewart se tornasse Campeão do Mundo com a Tyrrel.
O Lotus 72 e o 72D foram Campeões do Mundo de Construtores nos anos de 1970/72/73,
consagrou Rindt, Campeão postumamente e nosso eterno  Campeão Emerson Fittipaldi.

Vitórias

1970

Jochen Rindt - GP da Holanda, Zandvorth
Jochen Rindt - GP da França, Clermont-Ferrand
Jochen Rindt - GP da Inglaterra, Brands Hacth
Jochen Rindt - GP da Alemanha, Hockenhein
Emerson Fittipaldi - GP dos EUA, Watkins Glen

1972

Emerson Fittipaldi - GP da Espanha, Jarama
Emerson Fittipaldi - GP da Bélgica, Nivelles.
Emerson Fittipaldi - GP da Inglaterra, Brands Hacth
Emerson Fittipaldi - GP da Áustria, Österreichring
Emerson Fittipaldi - GP da Itália, Monza

1973

Emerson Fittipaldi - GP da Argentina, Buenos Aires
Emerson Fittipaldi - GP do Brasil, Interlagos
Emerson Fittipaldi - GP da Espanha, Montjuich
Ronnie Peterson - GP da França, Paul Ricard
Ronnie Peterson - GP da Áustria, Österreichring
Ronnie Peterson - GP da Itália, Monza 
Ronnie Peterson - GP dos EUA, Watikins Glen

1974

Ronnie Peterson - GP de Mônaco, Monte Carlo
Ronnie Peterson - GP da França, Dijon-Prenois
Ronnie Peterson - GP da Itália, Monza  



Não poderia deixar de lembrar nossos dois Campeões que também correram na Lotus. Acima Ayrton em Jacarepaguá 1985 em foto de Paulo Sallorenzo. Abaixo Nelson no GP da Espanha 1990.