A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

terça-feira, 5 de outubro de 2010

STOCK CAR



"Na maioria das atividades humanas, as decisões corretas não são tomadas de cima para baixo. Pelo contrário, elas devem atender aos anseios da maior parte dos seus membros. Senão, seria autoritária e não teria o condão de ter valor real. No automobilismo as coisas também são assim. 

Quando em 1979 surgiu a mais nova categoria do automobilismo brasileiro, com o expressivo nome de Stock Car, algumas pessoas não entenderam qual seria o seu propósito, inclusive argumentaram que a nova modalidade não iria para frente, acreditando na dificuldade de captação de patrocínios, que como sempre, rondava os campeonatos de turismo. Em função desse constante problema de contenção de custos, todas as provas da categoria "Classe C", que englobava os Opalas 4.100 e alguns Mavericks, eram realizadas apenas no eixo Rio-São Paulo.


Jr Lara Campos.


Para os críticos de plantão, seria impossível conseguir pilotos e patrocinadores para um evento monomarca, com provas nos autódromos de vários outros estados, quase todos muito distantes das duas maiores capitais brasileiras.
Realmente o calendário da Stock Car no seu primeiro ano de existência, contava com corridas no Rio Grande do Sul, no Paraná, em Goiás, em Brasília e até no Ceará, além de São Paulo e Rio de Janeiro.



Saída do Box, Rio de Janeiro e entrada do "Esse" Interlagos, Mike Mercede.


O tempo mostrou que eles (os críticos), estavam absolutamente enganados, e que a Stock Car iria se tornar na categoria de maior durabilidade da historia do automobilismo brasileiro. 
Cresceu tanto, que se tornou até pano de fundo da novela Passione, da Rede Globo! No próximo ano, sera sua 32ª temporada. O número de carros inscritos, e a qualidade de seus pilotos, comprova o sucesso e a estabilidade da Stock Car.
Numa etapa em que participam todas as três categorias que compõem a Stock Car, estão na pista treinando e correndo, quase 90 carros com seus respectivos pilotos. Na Copa Caixa são 34 carros, na Copa Chevrolet Montana largam também em torno de 34 carros e no Mini Cooper são mais 20 carros.



Copa Montana, Marcelo Tomasoni.
Largada do Mini Cooper em Interlagos


A Stock Car hoje.



São números muito expressivos, que comprovam que a Stock Car veio naturalmente ocupar espaços deixados por outras categorias e demonstram a preferência do público brasileiro, por corridas de carros de turismo.
Por outro lado, ao longo desses mais de 30 anos de existência, existiram momentos de grids minguados, e, talvez o pior de toda a história tenha acontecido já no primeiro ano da Stock Car, numa corrida em Cascavel, no oeste do Paraná.
Estávamos mais ou menos nessa época, de fim de temporada, acho que em outubro ou novembro. Depois de uma corrida muito disputada no Rio de Janeiro, em que 25 carros alinharam no grid de largada, seguimos para a prova de Cascavel.
Como a distância era muito grande, e o campeonato já estava praticamente decidido em favor de apenas três pilotos, Affonso Giaffone Jr, Alencar Jr e com menores chances o Paulão Gomes, poucos pilotos se animaram para a corrida no interior do Paraná. Apenas 13 pilotos foram participar desta inusitada prova. Eu próprio só fui, porque fazia parte da equipe dos irmãos Giaffone, que era comandada por Jayme Silva, e tinha grande chance de vencer o campeonato.

Na sexta feira treinamos normalmente, mas a pista era realmente seletiva, com uma curva muito difícil, o Bacião, tão difícil que um piloto paulista, Valtemir Spinelli, o Bolão, capotou nos treinos, ultrapassou o guard-rail e foi cair lá embaixo no bambuzal. Por sorte nada sofreu, mas preocupou todo mundo.


No sábado houve uma grande confusão na classificação, com a vistoria técnica realizada no carro do pole position, e, depois de muito bate boca e pouca solução, fomos forçados a não participar da corrida. Éramos oito pilotos fora do grid. Portanto só sobraram cinco carros, número insuficiente para que houvesse a largada no domingo.

Paulo Valiengo.








Mas, para o warm up domingo de manhã, "apareceram" mais dois Opalas, regularmente inscritos e "vistoriados", um até com ar condicionado e santoantonio de madeira, e assim o grid estava completo, com apenas sete carros. Cinco Stocks e dois "mais ou menos" Stock. Sem dúvida o menor e mais estranho grid de toda a história da categoria. Apenas três carros terminaram a corrida!

Este talvez tenha sido o pior momento da Stock Car, mas que soube superar todas as dificuldades naturais do automobilismo brasileiro e hoje é um evento consagrado pelo público e pela maioria dos pilotos nacionais. É isso aí. Até a próxima
." Paulo Valiengo



Texto de Paulo Valiengo para revista  ALLRACING, fotos Mike Mercede, Jr Lara Campos e Luiz Fernando Silva.




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segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Emerson Fittipaldi

Quarenta anos atrás Emerson vencia seu primeiro GP de Formula Um, era também a primeira vitória brasileira na categoria. 
Parece que foi ontem, ver aquele piloto saído apenas a um ano e meio do Brasil para tentar a sorte na Europa conseguindo chegar ao topo do automobilismo mundial.
Obrigado Emerson por todas alegrias de você nos deu nas pistas do mundo todo, você é certamente nosso Grande Campeão. 



Na Quatro Rodas a vitória contada por Emerson. Novembro de 1970.


sábado, 2 de outubro de 2010

Grande Prêmio de Miami - Franchitti campeão.



Franchitti lidera Dixon no começo da corrida. 

Will Power toca o muro.
Apesar de toto trabalho da equipe abandona.

Milka Duno ainda vai machucar alguem.

Interessante e bem disputada a  ultima etapa da Formula Indy no circuito de Homesteade em Miami. Will Power que disputava o titulo com Dario Franchitti não esteve bem durante toda corrida e faltando 65 voltas para o final Will que vinha em em 8º sai do traçado e dá uma bela raspada no muro e entorta a suspensão traseira e tem problemas na dianteira, ainda tenta voltar a corrida depois da equipe Penske trocar o triangulo traseiro, quando volta a pista durante uma bandeira amarela percebe que a suspensão dianteira tambem tem problemas e depois de algum tempo no box abandona. Com isso Franchitti que já havia ganhado os pontos por maior numero de voltas na liderança tira o pé e garante o titulo.
Na fase final da corrida Danica Patrick usou e abusou de uma pilotagem ofenciva para cima de Helio Castroneves e depois tomando o segundo lugar de Tony Kanaan.  




Resultados do GP de Miami:

1º Scott Dixon (NZL/Chip Ganassi), 200 voltas
2º Danica Patrick (EUA/Andretti), a 2s7587
3º Tony Kanaan (BRA/Andretti), a 2s7698
4º Ryan Briscoe (AUS/Penske), a 3s7827
5º Helio Castro Neves (BRA/Penske), a 5s3324
6º Vitor Meira (BRA/A.J.Foyt), a 7s2126
7º Marco Andretti (EUA/Andretti), a 8s3637
8º Dario Franchitti (ESC/Chip Ganassi), a 11s1401
9º Dan Wheldon (ING/Panther), a 22s2521
10º Graham Rahal (EUA/Rahal Letterman), a 1 volta








CAMPEONATO

1º    Franchitti              602 pontos
2º    Will Power            597
3º    Scott Dixon           547
4º    Castroneves          531
5º    Ryan Briscoe        482
6º    Tony Kanaan        453 







Fotos: Getty Image


http://esportes.terra.com.br/automobilismo/formulaindy/2010/ultimasnoticias/0,,EI15401,00.html





APRONTANDO O 1.800CC


O Ferraz anda querendo fazer suspense, aí já está o motor do carro do Alfredo na bancada com os carburadores parcialmente montados. A capa da ventoinha EMPI, polia e a bomba de óleo Schadek que vai mandar o óleo do motor a dois radiadores, um no lugar original e outro  ao lado do cambio, o local foi escolhido para proteger o segundo radiador de possiveis estragos com pedras ou batidas de outros carros. 


Um cabeçote VW com injeção, que será que o Ferraz vai aprontar agora?