A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

sábado, 28 de agosto de 2010

SPA-FRANCORCHAMPS 1966

Spa 1966, Rindt de Cooper-Maserati lidera com Surtees de Ferrari logo a seguir.
 
O carro de Jo Bonnier pendurado, dizem que o super pesado motor Maserati V12 segurou o carro para que não despencasse.

Hoje a Formula Um é sem duvida alguma segura. Isso se deve principalmente a um acidente com um jovem e promissor piloto no GP da Bélgica e Spa-Francorchanps a 44 anos atrás.
O baixinho e totalmente vesgo Jackie Stewart havia sido contratado pela BRM no ano anterior para correr com Grahan Hill, campeão do mundo em 1962. Era um promessa e já havia vencido sua primeira corrida valida para o campeonato no ano anterior em Monza no GP da Itália com seu companheiro de equipe Hill em segundo. E nesse ano já tinha vencido o GP Mônaco com Lorenzo Bandinni em segundo e seus companheiros de BRM, Hill e Bob Bondurant em 3º e 4º.
Na corrida de 1966 em Spa uma chuva repentina iria pegar os pilotos desprevenidos logo após a largada. Em Les Combes no topo da subida bem depois da Eau Rouge uma chuva torrencial e Jo Bonnier, Jo Sifert, Denny Hulme e Mike Spence rodaram, Stewart passou ileso, para logo em seguida enfrentar um rio que descia na Masta Kink. Onze carros rodaram e bateram, incluindo Jackie Stewart. Ele gravemente ferido com um ombro e costelas quebrados e embebido em gasolina ficou preso em seu carro. Seus companheiros Graham Hill e Bob Bondurant vendo a situação em que se encontrava imediatamente tentaram tira-lo no que demoraram vinte e cinco minutos. Levaram-no para uma fazenda nas proximidades e duas freiras que lá viviam ajudaram a cuidar dele até que chegasse ajuda adequada.
“Não me preocupava com a questão de segurança até aquele dia , pensava como todos outros a esse respeito. Era sempre o outro que ia morrer. Mas preso a um carro e ensopado de combustível por vinte e cinco minutos tive muito tempo para pensar sobre a questão”.
 
Resultado da corrida.
 
1º    John Surtees - Ferrari
2º    Jochen Rindt - Cooper-Maserati
3º    Lorenzo Bandini - Ferrari
4º    Jack Brabham - Brabham-Repco
5º    Richie Ginther - Cooper-Maserati
6º    Guy Ligier - Cooper-Maserati

PS:Após essa corrida Stewart pediu a seus mecânicos que soldassem uma chave fixa na porca do volante de seu carro, caso precisasse novamente sair às pressas.


Spa 2010 - Grid

Jenson Button

Podem ter certeza vai ser uma bela corrida, Mark Webber consciente corre para o que pode ser sua grande vantagem no campeonato. Depois de sua terrível luta dentro da equipe contra o rapidíssimo Vettel, mostra-se agora um piloto maduro, rápido e pronto para ser campeão do mundo. Não que Spa vá ser um passeio para ele, ainda mais largando ao lado de Hamilton, tendo Kubica e Vettel na segunda fila. É complicada a largada de Spa tendo logo a seguir uma curva de lenta onde todo mundo embola, seguida da reta em descida que leva à Eau Rouge.
No Q 1 vi uma cena interessante, Michael Schumacher saindo atrás de uma Lótus, provavelmente a de Trulli tentou por varias vezes ultrapassar e não conseguiu, sendo logo em seguida ultrapassado pela Forrce India de Suttil.



GRID



1. Mark Webber (AUS/Red Bull Renault): 1min45s778
2. Lewis Hamilton (GBR/McLaren Mercedes): 1min45s863
3. Robert Kubica (POL/Renault): 1min46s100
4. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull Renault): 1min46s127
5. Jenson Button (GBR/McLaren Mercedes): 1min46s206
6. Felipe Massa (BRA/Ferrari): 1min46s314
7. Rubens Barrichello (BRA/Williams Cosworth): 1min46s602
8. Adrian Sutil (ALE/Force India Mercedes): 1min46s659
9. Nico Hulkenberg (ALE/Williams Cosworth): 1min47s053
10. Fernando Alonso (ESP/Ferrari): 1min47s441
11. Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso Ferrari): 1mins48s267
12. Vitantonio Liuzzi (ITA/Force India Mercedes): 1min48s680
13. Sebastien Buemi (Toro Rosso Ferrari): 1min49s209
14. Heikki Kovalainen (FIN/Lotus Cosworth): 1min50s980
15. Timo Glock (ALE/Virgin Cosworth): 1min52s049
16. Jarno Trulli (ITA/Lotus Cosworth): 2min01s491
17. Nico Rosberg (ALE/Mercedes GP): 1min47s885*
18. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber Ferrari): 2min02s284
19. Bruno Senna (BRA/Hispania Cosworth): 2min03s612
20. Sakon Yamamoto (JAP/Hispania Cosworth): 2min03s941
21. Michael Schumacher (ALE/Mercedes GP): 1min47s874**
22. Pedro de la Rosa (ESP/Sauber Ferrari): 2min05s294
23. Lucas di Grassi (BRA/Virgin Cosworth): 2min18s754
24. Vitaly Petrov (RUS/Renault): sem tempo


O CAMPEONATO



01 Mark Webber - Red Bull - 161

02 Lewis Hamilton - McLaren - 157

03 Sebastian Vettel - Red Bull - 151

04 Jenson Button - McLaren - 147

05 Fernando Alonso - Ferrari - 141

06 Felipe Massa - Ferrari - 97

07 Nico Rosberg - Mercedes - 94

08 Robert Kubica -Renault -89

FOTO: AFP

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

F1 Spa-Francorchamps

Cenas do filme GRAND PRIX em Spa, na época as condições de segurança eram precárias, de um acidente de Jackie Stewart nesta pista começou o movimento que ele e outros pilotos abraçaram para uma maior segurança nas pistas. Apesar de o esporte ser perigoso hoje em dia as condições de segurança são outras. Muito tempo se passou até chegarmos aos níveis atuais. 



quarta-feira, 25 de agosto de 2010

CONFIGURAÇÕES


Ronnie Peterson e o Tyrrel P34, rodas pequenas na dianteira para facilitar a penetração aerodinâmica.

Ayrton e a estranha configuração de seu Toleman.

Na aerodinâmica a preocupação sempre foi grande vide os Auto Union de recordes e suas carrocerias totalmente carenadas, na Formula Um e Protótipos ela começou a ser pensada com seriedade na década de 1970, apesar de que as Mercedes Bens já em 1956 apresentavam para seus carros correrem em pistas de alta media de velocidade uma versão totalmente fechada que depois foi proibida pela FIA. Hoje qualquer equipe média tem um túnel de vento na proporção 1/1 e pode através dele fazer os acertos necessários, o que tornou os carros da Formula Um tão parecidos.

Ayrton na MacLarem essa estranha asa dianteira já mostrava a vocação atual para os bicos altos.


Vittorio Brambila e o estranho aerofolio de sua March.
Chris Amon e a asa dianteira criada para segurar a frente de seu carro no chão.

Quem já pilotou um carro de corridas bem sabe, a busca por um tempo melhor sempre foi complicada, muitas soluções pensadas e adotadas, cada uma a sua época e com seus efeitos.
Nos freios no final da década de 1950 começaram a aparecer os discos de aço com pinças e pastilhas que na época eram de amianto para substituir as panelas de freio com sapatas de lona. O primeiro carro a testar os discos foi o Bugatti 251 da Formula Um, que por falta de verba da equipe não foi usado em sua única corrida em 1956. Depois o Jaguar e outros carros, Bruce MacLarem morreu testando os freios a disco. Hoje os discos são de fibra de carbono e param os carros uma barbaridade.
Câmbio e diferencial e suspensão traseira também foram se aprimorando, já que deles sempre dependeu de uma boa tração para que nas saídas de curvas para que sempre se pudesse aproveitar toda potencia dos motores. Eixos traseiros rígidos depois deDion tantas outras invenções até chegarmos a caixa Hewland e o sistema de braços triangulares com semi eixos adotado hoje em todos carros de pista. Mesmo assim a tração continuou a ser um problema, diferencial autoblocante amenizava mas nunca foi suficiente para controlar a tração de um Formula Um, por exemplo, que na década de 1970 tinha um peso potencia na ordem de 1 HP para 1,5kg. Imagina hoje que esta relação é invertida, cada HP tendo de carregar mais ou menos 800g. Aí veio a eletrônica com o controle de tração que nas ruas é de muita utilidade mas nas pistas nivela os pilotos por baixo.


Fangio e a Mercedes Benz W196 de Formula Um, totalmente carenada. GP da Inglaterra 1954.
  


Pat Clancy Special 12º colocado na Indy 500 de 1948 pilotado por Billy DeVore.

Acima e abaixo o March 240, caça niqueis da equipe, abaixo pilotado por Ian scheckter.


El Lole testa a Ferrari T6, só propaganda.


Keke Rosberg testa o Willians com dois eixos traseiros. Parece que este carro foi muito rápido, mas a FIA acabou proibindo a configuração.


Henrique Mércio e Rui Amaral.