A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

terça-feira, 20 de abril de 2010

ENCONTRO DE GIGANTES

Keith Duckworth, Chapman, Clark e Hill olham o Ford Cosworth DFV.

Zandvoort/67

Corrida divisor de águas, foi nela que o mundo das corridas viu estrear o mais vitorioso propulsor da Fórmula 1 de todos os tempos, o motor Ford Cosworth V8, que sob muitos aspectos, foi o componente que garantiu a sobrevivência da categoria e permitiu o surgimento de muitas novas equipes. Zandvoort era uma pista próxima do litoral holandês, com uma estranha característica: proporcionava um novo desafio aos pilotos devido a areia que invadia o asfalto, formando uma perigosa mistura com o óleo dos carros. Nunca se conseguia determinar a quantidade desse “produto” na pista, apenas seu perigo real. Teria sido o fator determinante no acidente fatal de Piers Courage em 1970. Na corrida de 1967 estrearam alguns carros novos como o Brabham BT 20, BRM P83 e Eagle-Weslake T1G, além do Lotus 49-Cosworth. Enquanto Hill já o conhecia e testara, Clark só viu o novo carro na pista holandesa.
Chapman e Clark

 Nos treinos, Graham foi o melhor na sexta-feira (1:25,6). Gurney, o segundo, apenas dois décimos atrás. E Clark, só problemas. G.Hill e “The Great Daniel” continuavam debatendo a pole e Dan, após estabelecer 1:25,1 parou achando que não seria alcançado. Hill continuou e em sua última tentativa marcou 1:25,0 (mas os cronômetros oficiais acusaram 1:24,6). Para Clark, só a terceira fila, ao lado de Hulme e Surtees. No dia do GP, já na largada, Jimmy ganhou duas posições, pois a direção de prova holandesa (sempre inepta) esqueceu que um dos fiscais ainda estava no meio do grid e largou assim mesmo. Hulme e Surtees tiveram que desviar do bandeirinha e perderam tempo.
As primeiras voltas foram num ritmo tranquilo e na volta 7, Gurney parou nos boxes . Ele voltaria só para abandonar na volta seguinte, com problemas na injeção de combustível. Uma volta depois, Hill abandonava na liderança: um dente de uma engrenagem de seu motor quebrou. A Brabham de Old Jack assumiu a ponta, mas após 15 voltas, Clark já estava pegando gosto pela nova barata. Ele havia ultrapassado Rindt e na volta seguinte deixa Black Jack para trás. Rodriguez quebra, Rindt e Stewart também.

Hulme é quem consegue sobreviver. Ele se impõe no terceiro lugar e resiste aos ataques de seu compatriota, Chris Amon. O “Rei do Azar” será o quarto colocado, à frente de Mike Parkes e Ludovico Scarfiotti, todos de Ferrari. Clark vence fácil, 23 segundos à frente de Brabham. Para Clark, Lotus e Cosworth era o começo de uma relação curta, porém marcante e vitoriosa. O grande campeão morreria numa prova de F2 na Alemanha em 68. Já o Cosworth só encerraria sua jornada em 1983.



C.Henrique Mércio
 
 
Clark já no grid.

Durante a corrida notem suas mãos a volante e a tocada suave.
Clark e a Lotus em Monaco.

Seu lugar de direito, o alto do podium.
 

segunda-feira, 19 de abril de 2010

OS BLOGUEIROS I - Cezar Fittipaldi


Talvez a melhor parte de termos um blog, por modesto que seja (no meu caso comecei sem pretensão alguma, e já conquistei muito mais do que imaginaria), seja poder interagir com nossos ídolos de infância. Eu era o moleque de 14/15 anos de idade, que morava em Ourinhos, filho de classe média, que tinha uma tia solteirona (ainda vive aos 95 anos de idade, a gloriosa tia Chiquita), que morava na Av. São João, 1509, e que, de carona com velhos caminhões FNM, de uma empresa onde trabalhava o pai de um amigo (Mané portugues), íamos ver corridas de Divisão 1 e Formula Super V em Interlagos.
A gente pulava os muros, se enfiava nos boxes e sonhava. Em Ourinhos havia um incipiente kartismo, mas eu não conseguia me misturar com os "bacanas". Bolei um plano, ele foi amadurecendo e aos vinte anos fui para a Inglaterra, onde finalmente consegui fazer a escola do Jim Russell. Isto não é tão importante quanto ter a amizade, ainda que por enquanto apenas virtual, de pessoas como você, o Fritz Jordan, o Joca e tantos outros. Escrevo para o moleque de 12 anos que fui, sonhador e sem medo. Ele me levou a frente e ainda hoje, me dá forças para continuar.

Abração. Cezar Fittipaldi
http://cezarfittipaldi.blogspot.com/   FITTIPALDIONLINE

domingo, 18 de abril de 2010

Renault Gordini Turbo

No ano de 1978 a Renault estava totalmente voltada a Le Mans e seus motores Renault Gordini impulsionavam os A442B a uma vitória na geral com Didier Pironi/Jean Pierre Jaussaud com outro carro pilotado por Guy Fréquelin/Ragnotti/José Dolhen/J.P. Jabuille terminando em quarto com um A442, o motor deste carro era um dois litros com exatos 1.997cc e turbinas Garret desenvolvendo 500hp.  . Outro destaque desta corrida foram os brasileiros Paulo Gomes/Alfredo Guaraná/Marinho Amaral que com um Porsche 935/77A #41 terminaram na sétima posição.
Para 1979 seu objetivo era a Formula Um e para isso teve que fazer uma modificação na cilindrada dos motores trazendo-os aos um litro e meio que a Formula Um exigia para os motores Turbocomprimidos e com ele equipou o Renault RS11. Assim esse V6 a 90º com o diâmetro dos pistões de 86mm e curso de 42.8mm ficou com 1.492cc e a 11.000rpm desenvolvia 500hp, agora alimentados por Turbos KKK. No ultimo ano desse motor na Formula Um 1987 nosso Ayton já o Rei das Poles com o Lotus T98 dispunha em classificação de uma potencia de 1.150hp.


Agradeço as fotos ao Felipe Moraes filho de nosso amigo José Ferraz que reside em Portugal.

Idi Amin Dadá


Idi Amin foi um boçal que governou Uganda na década de setenta do século passado com o beneplácito do governo inglês, interessado nas grandes riquezas minerais do território, manteve-o no poder mesmo sabendo das enormes atrocidades cometidas por ele. Ganhou uma boa grana enquanto governava o país e deposto foi para um exílio calmo e tranqüilo.
Não vou comentar o incrível GP da China em Shaghai até porque alguns amigos com maior competência já o fizeram ou farão em breve e também aguardo a news letter da MB para saber do Shummi a razão de uma atuação tão apagada. Destaques de grandes pilotos como Button que admiro desde sua entrada na F I, Hamilton, Alonso, Kubica, Sutil e Petrov que desde sua chegada a F I vem sendo tratado por um mero comprador de lugar e já desde a corrida passada vem mostrando um bom desempenho e que logo vai dar trabalho, o duro para ele é que corre na mesma equipe de ninguém menos que Kubica, o que parece ele tem sabido aproveitar.

Para ver a corrida dormi cedo e coloquei o despertador para as três e meia da madrugada, TV ligada, café feito fui ligar o computador para tentar conseguir algum site para ouvir a corrida, vendo pela TV oficial, não conseguindo aumentei o som da TV ao menos para tentar obter alguma informação.

E lá estava o narrador oficial da emissora vertendo todo seu veneno de maldades, desinformando um publico que ao contrario do inglês, americano e de outros países não tem acesso a outros meios de informação já que o resto da imprensa brasileira mal fala de automobilismo e quando fala é sem conhecimento de causa. Desinformando e levando ao erro um publico fiel e apaixonado, mesmo sendo menor do que quando Ayrton corria, que acompanha mesmo na madrugada a Formula Um.

Alguns vão dizer, que ele está lá para ganhar sua grana, até aí tudo bem, mas me fazer admitir as barbáries que ele fala é tentar admitir que o sargentão Idi, Goebels e Bokassa foram apenas a voz de seus mandatários. E apenas estavam lá para salvar o seu sustento. Rui Amaral Jr
 
NT: A figura que ilustra este post é meramente um adorno!