A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

quarta-feira, 10 de março de 2010

POEIRA NA VEIA.

Amigos, hoje é um dia histórico para o Automobilismo Catarinense. Dia de estourar uma champagne e fumar um charuto.
Um dos maiores sonhos dos aficciondos pela velocidade na terra torna-se realidade: a categoria TURISMO CLÁSSICO "nasceu" oficialmente com a publicação do regulamento no site da FAUESC.
Nossa 1ª etapa está marcada dias 15 e 16 de maio. Na ocasião será disputada a 2ª etapa da “Copa Santa Catarina de Automobilismo”, certame de acesso ao “Campeonato Catarinense de Velocidade na Terra”, que em 2010 está na sua 31ª edição.
A TURISMO CLÁSSICO surge com o propósito de resgatar os carros que fizeram sucesso nas décadas de 70 e 80 nas competições em pistas de terra do nosso estado, oferecendo aos pilotos uma categoria com diversas opções de modelos de carros a serem montados, priorizando em seu regulamento técnico a igualdade de condições entre as marcas e o baixo custo de manutenção dos veículos.
Outra novidade é que a partir de hoje está no ar o blog da "TURISMO CLÁSSICO", e lá serão repassadas todas as informações, datas, regulamentos e tudo que é pertinente a nova categoria. Façam uma vista lá.
E pra encerrar, digo que hoje é um dos dias mais felizes da minha vida, pois desde o dia 24 de Junho do ano passado estou trabalhando em cima dessa categoria, e ver hoje o regulamento publicado é motivo de imensa alegria.
Peço que dêem força e divulguem junto comigo, pois essa categoria surgiu basicamente graças a força da internet, mais precisamente pelos "doentes" da POEIRA NA VEIA".



Vida longa à TURISMO CLÁSSICO!



Grande abraço



Francis Henrique Trennepohl

SORTE...


Hoje comecei a pensar na sorte, e o que ela nos trás, vi tantos pilotos medíocres tendo uma carreira longa e tantos outros verdadeiramente velozes, apaixonados pelo esporte, que mal conseguiam colocar seus carros na pista, ora faltando patrocínio ora com o patrocínio que não dava para fazer um carro competitivo. Fora alguns que mesmo sem forçarem seus carros quebravam ou tinham algum outro tipo de contratempo.
Jim Clark e a Lotus 33.

Jim Clark bi Campeão do Mundo de Formula Um poderia ter ganho mais no mínimo três campeonatos , mas suas quebras eram banais e assim deixou de vencer muito mais do que venceu.
E Chris Amon, pilotasso venceu em todas categorias em que participou, Campeão da Copa Tasmânia com inúmeras vitórias em anos seguidos, até na frente de Jim Clark. E na Formula Um apesar de pilotar carros de ponta nunca conseguiu uma vitória, tendo o cumulo da falta de sorte de perder uma viseira de seu capacete quando estava na ponta em Monza.

Stirlin Moss e a Maserati Birdcage.
Já Stirling Moss apesar de vencer inúmeras corridas de Formula Um e outras categorias, nunca foi campeão de F I.

Jochen Rindt de Cooper e Lorenzo Bandini de Ferrari.
Outro foi Jochen Rindt, rápido outro super piloto e quando chegou o tempo de colher os frutos de sua carreira bate na Parabólica, na mesma Monza e acaba Campeão póstumo de Formula Um em 1970.

Chico Landi e sua Ferrari amarela Silverstone 1952.
Ainda hoje procurando na Internet sobre Chico Landi, achei no Nobres do Grid uma citação sua que li talvez uns trinta anos atrás mas que traduz o que é mais necessário a um piloto para ter sucesso. Ele que tinha tudo para ser nosso primeiro campeão de Formula Um deu o seguinte depoimento:
“Estávamos todos nós – Fangio, Villoresi, Ascari, Nuvolari e outros, reunidos num bar, conversando, quando um jornalista italiano perguntou a cada um de nós, o que era preciso para vencer uma corrida. Quase todos afirmaram que era preciso 50 % do carro e 50 % do piloto. Eu fui o último a responder, e disse que é preciso três coisas: sorte, depois, mais sorte; e, finalmente, muita sorte”. Chico Landi.( NOBRES DO GRID)
Acreditem tive o privilegio de andar com seu Chico na mesma pista, foi em Interlagos acho que em 1971, eu treinava para corrida de Estreantes e Novatos com meu VW D3 quando um veloz carro passa por mim, acho que era um META 20, pilotado por ele.

Teleco Esteantes e Novatos 1972.


Muitos amigos meus foram campeões em varias categorias, outros ótimos pilotos não conseguiram, como foi o caso do Teleco. Quando ia ter um carro de ponta para disputar os campeonatos Ingleses de Formula 3 faltou patrocínio e sua careira ficou por aí.

Eu na minha modesta e bissexta carreira de apenas umas vinte e cinco corridas em sua grande maioria na D3 nunca tive uma grande sorte.

Que me lembre terminei duas corridas em 1971, mais uma em 1972, acho que uma em 1978 e três na TEP- D3 em 1982. Portanto devo ter quebrado em no mínimo dezenove corridas. Quebras bobas, como em 1982 quando ia brigar pela ponta na saída do “Sargento” me quebra um eixo do balanceiro. Uma peça simples e difícil de quebrar, me deixou a pé. Quantos motores estourei por bobagens, nas Mil Milhas de 1984 um simples filtro de óleo jogou por água abaixo nossa corrida e por aí vai...
È seu Chico o Sr. foi grande e sábio.
Chris Amon e Ferrari.

A opinião de meu amigo Henrique Mércio sobre o mesmo tema.
Concordo que a sorte é um fator de muita importãncia no pacote que forma um piloto (Com sorte, atravesso o mundo; sem sorte não atravesso a rua, diz-se). Naturalmente, os nomes que citaste são de homens que não eram exatamente sortudos...mas discordo quando apontas Chris Amon como um "azarado". Uma vez Mario Andretti disse que se Amon virasse coveiro, as pessoas deixariam de morrer. Exagero do Mario, pois Amon sobreviveu a um dos períodos mais duros do automobilismo, onde havia um expressivo número de baixas por temporada, algo em torno de 2 a 3 só na F1. Pois Chris está aí. Ele sobreviveu para contar sobre alguns sujeitos dados como "de sorte" e que se foram antes dele. Mas não creia que eu estou dizendo "a sorte não existe". Porque ela existe. Eu a vejo como uma bela e caprichosa jovem, que deve ser tomada e subjugada e mantida prisioneira.


EM QUALQUER ESPORTE, TEM DE ESTAR DE MÃOS DADAS COM A SORTE.
Jr Lara Campos.

terça-feira, 9 de março de 2010

O protótipo Interlagos 1966 - Willys Overland do Brasil S.A.

1966 Sr. Jesus Ybarzo Martinez assume a fabricação do Interlagos na sede da nova fábrica em Interlagos. Junto com a nova equipe tendo como gerente Emil Schmidt – ‘grande homem’, recorda Martinez.

Equipe esta formada por:

Superintendência: Emil Schmidt

Assistente de Superintendência: Jesus Ybarzo Martinez

Engenheiro: Wolnei Rodrigues

Poliéster e Pintura: Jorge Saiton

Chassis: Diego Picazzos

Mecânica: Miguel Angel Sanquillo

Tapeçaria e Acabamento: Antonio Valgañon

Acabamento: Rubens Capucci

Controle de Qualidade: Mario Ducatti


* Da época de Christian Hein até 1966 foram fabricados em torno 822 unidades.

O que mudou no Protótipo Interlagos 1966

Dianteira:

Toda modificada, faróis retangulares, grade dianteira com entrada para radiador em estilo “V” seguindo a tendência da Willys Overland

- aumentada altura do pára-brisas e vidros,

- pára-choques


Interna:

- painel em jacarandá e instrumentos individuais:

relógio – velocímetro – conta-giros – óleo – gasolina – temperatura

- volante em alumínio e jacarandá e altura escamoteável em 3 posições

- novo desenho dos bancos em couro

- mais espaço interno, com um banco atrás do motorista e do acompanhante, ou seja, um 2+2

Traseira:

Foi modificado: Pára-choques, lanternas, capô com aerofólio



O seu design moderno não deixa dúvidas que faria muito sucesso nos dias de hoje.


Jornal O ESTADO DE SÃO PAULO – Quinta-feira, 11/8/66 noticiava:

“INTERLAGOS TEM ROUPA NOVA PARA O SALÃO”

É a última novidade da Willys Overland do Brasil para o próximo Salão do Automóvel. Já está pronta, no Departamento de Carros Esporte, na Avenida Marginal, em Santo Amaro, e um dos poucos que puderam ver comentou assim: “É um senhor automóvel”.

Essa nova atração da Willys tem a bossa da berlineta Willys-Interlagos, porém mais espaço interno, com um banco traseiro atrás do motorista e do acompanhante. É um 2 + 2, como o Karmann Ghia, com algumas diferenças. Suas linhas são bem modernas, o acabamento é o melhor possível e o motor poderá ser um dos que a Willys possui, entre 850 e 1300 cc.

O presidente da Willys, Sr. William Max Pearce, viu o carro nestes dias. Jesus Martinez, o estilista espanhol que a Willys tem em seu Departamento de Carros Esporte, e Emil Schmidt, outro homem do setor,descendente de alemães, receberam o presidente, para mostrarem o trabalho que conseguiram fazer. Quando tiraram a capa que escondia (encobria) o automóvel, o Sr. William Max Pearce ficou admirado. Analisou suas linhas e ficou satisfeito, sentou-se no confortável banco. O painel de instrumentos, em jacarandá, também foi analisado e a alavanca de mudanças, bem curtinha, sobre uma pequena elevação no asssoalho, ficou sob medida para o presidente da Willys. Quando saiu do carro, Martinez e Schmidt ficaram satisfeitos, porque entre as poucas coisas que disse, estas serviram para comprovar a eficiência de seus estilistas: “Gostei bastante”.

Folha de São Paulo , Domingo 10 de dezembro de 1966, noticiava:

Além de muitas outras publicações que noticiaram:


No Departamento de Carro Esporte da Willys Overland do Brasil S.A. figuraram como pilotos:

Willson Fittipaldi, Emerson Fittipaldi, Luiz Pereira Bueno, Bird Clemente, Luiz Carlos Pace, Francisco Lameirão e Carol Figueiredo e, chefe de equipe, Luiz Grecco.

Até 1967 continuou a fábrica em Interlagos.

Quando a Ford assumiu a Willys Overland do Brasil S.A. e sr. Jesus Ybarzo Martinez, Volnei Rodrigues, Antonio Valgañon, Miguel Angel Sanquillo, Rubens Capucci, José Henn, entre outros colegas juntamente com os excelentes profissionais do Willys/Interlagos voltam para a matriz em São Bernardo do Campo-SP.

Curiosidades:

- Jesus Ybarzo Martinez e Edgar Soares tornaram-se muito bons amigos e quando a Sra. Rosa Martinez chegou da Espanha no porto de Santos-SP, o amigo Edgar foi buscá-la em seu VW 1952. A amizade perdurou até 2007 quando Edgar Soares faleceu. (Sr. Martinez emociona-se ao lembrar esta amizade).

- As brincadeiras que eles faziam eram inúmeras... co-nominavam os filmes de acordo com os colegas, departamentos entre outros:





segunda-feira, 8 de março de 2010

Teutônia recebe os antigos.



Estamos nos aproximando do nosso evento e com grande satisfação estamos aqui divulgando um pouco do nosso:
6º ENCONTRO NACIONAL DE VEÍCULOS ANTIGOS DE TEUTÔNIA ,

2º ENCONTRO DE PRESERVADORES DE VIATURAS MILITARES ANTIGAS e

2ª SUBIDA DA HARMONIA "PROVA BIRD CLEMENTE".

Nosso encontro é conhecido como um encontro muito festivo, com diversão para toda a família. Nosso último encontro ultrapassou a casa dos 500 veículos, neste ano estamos preparados para receber em torno de 700 veículos vindos dos 4 estados do sul e dos vizinhos Uruguaios e Argentinos os quais já tem incrições confirmadas.
Teutônia tem tradição em bem receber os antigomobilistas, temos um local ajardinado próprio para sediar estes tipos de eventos.

O Encontro das viaturas Militares Antigas tem aqui um grande companheiro Alexandre Gerhardt que muito batalha para este fim que concentrou no último ano seus amigos dos estados do sul com um número de 45 viaturas.

A SUBIDA DA HARMONIA neste ano se chamará prova BIRD CLEMENTE o qual participará

com um FORMULA JR. DKW.