A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

quinta-feira, 4 de março de 2010

Jesus Ybarzo Martinez - Willys Overland do Brasil S.A.

Em uma tarde de fevereiro de 2010 recebo a visita de dois garotos no AutoMuseu Celeiro ( http://automuseuceleiro.blogspot.com ) na Parada Ferretti ( www.paradaferretti.com.br ), o que nos aproximaria além do interesse dos garotos em carros antigos, é um deles, o Victor ser neto do Sr. Jesus Ybarzo Martinez, que se consagrou também como Assistente de Superintendência da Willys Overland do Brasil S.A. Divisão Carros Esporte.

Graziela e Victor Ybarzo Fechine

Victor se despede dizendo-me que seu avô virá para nos conhecermos e foi o que ocorreu...

Na ensolarada e bela manhã de sábado, dia 6 de fevereiro, conheço o Sr. Jesus, homem pacato, simpático, carismático, inteligentíssimo, cheio de vida e energia, aos seus 83 anos de idade, numa lucidez tremenda! Logo nos tornamos muito bons amigos e combinamos que escreveria sobre sua vida, que, diga-se de passagem, é riquíssima em detalhes sobre automóveis e motocicletas.

Como poderemos conferir neste e nos próximos posts.

Nasceu na cidade de Zaragoza-Espanha em 07 dezembro de 1926.

Aos 15 anos foi trabalhar na oficina mecânica de seu tio Donata Pola em Zaragoza, com quem aprendeu sobre mecânica (lembrando que a Guerra Civil Espanhola havia acabado, mas continuava a Grande Guerra Mundial).

Seu tio adquiria através dos leilões que o governo realizava os carros abandonados durante a Guerra Civil e aproveitava as peças e partes, adaptando-as de uma marca para outra.

Com seu tio também aprendeu a funilaria de várias marcas junto com a mecânica.

Aos 19 anos foi para o exército servindo por 2 anos. No exército foi alocado nas oficinas de manutenção que era regimento independente: carros de combate, blindados, motocicletas, carros turismo, caminhões.

Trabalhando cursou para obter Carteira de Motorista de Veículos Militares.

Ao ser dispensado do exército abriu sua primeira oficina mecânica em Zaragoza, onde trabalhou dos 21 aos 25 anos de idade.

Casou-se aos 25 anos com Sra. Rosa Benito vindo para o Brasil como emigrante, desembarcou no porto de Santos-SP.

1951 Conheceu Edgar Soares.

1952 Ao ler anúncio de jornal que a Sociedade Japonesa (Sociedade Comercial ARPAGRAL) estava contratando pessoal especializado. Empresa montada para montagem do caminhão Toyota. Exercendo cargo de Encarregado Geral: montagem e acabamento final dos caminhões.

1954 Em um sábado encontrou-se com Edgar Soares e foi num treino em Interlagos e, desta amizade tornou-se também mecânico por 4 anos na oficina de Edgar que era especializada em motocicletas.

Trabalhando de 1954 a 1958/59.

Lembrando que se comemorava os 400 anos de fundação da cidade de São Paulo em fevereiro de 1954, com a La Temporada Internacional de Motociclismo em Interlagos e com participação de Edgar Soares.




1959 Jesus Ybarzo Martinez e José Henn (brasileiro de descendência alemã) - outro grande amigo que partiu, lembra Sr. Ybarzo - juntos trabalharam na oficina de funilaria e pintura. E mais tarde ambos vão formar a equipe da Willys Overland do Brasil.

1959/60 Willys Overland do Brasil começam a fabricar o Aero Willys, na cidade de São Bernardo do Campo-SP.

1962/63 A fabricação do Interlagos iniciou em São Paulo a rua Barão de Ladário. Sob a supervisão de Christian Hein que veio a falecer nas 24 horas de Le Mans.

Em 1964 A fábrica foi transferida para Santo Amaro-SP em Interlagos.

1966 Sr. Jesus Ybarzo Martinez assume a fabricação do Interlagos na sede da nova fábrica em Interlagos. Junto com a nova equipe tendo como gerente Emil Schmidt – ‘grande homem’, recorda Martinez.


Equipe esta formada por:

Superintendência: Emil Schmidt

Assistente de Superintendência: Jesus Ybarzo Martinez

Engenheiro: Wolnei Rodrigues

Poliéster e Pintura: Jorge Saiton

Chassis: Diego Picazzos

Mecânica: Miguel Angel Sanquillo

Tapeçaria e Acabamento: Antonio Valgañon

Acabamento: Rubens Capucci

Controle de Qualidade: Mario Ducatti




quarta-feira, 3 de março de 2010

AC COBRA COUPE 1965

Em Outubro do ano passado mostrei alguns AC COBRAs, hoje um amigo me enviou este belo exemplar que está sendo leiloado. É um AC COBRA COUPE 1965 e seu preço a esta altura está em US$ 650.000,00.

Nurburgring 1965, AC 428 de Bob Bondurant/J. Neerpasch.
 










  

terça-feira, 2 de março de 2010

Temporada de 1994 - Fabiano Guimarães

Após a prova noturna no final de 92 tínhamos decidido (eu e meu pai) a desistirmos da brincadeira. O dinheiro havia minguado, o patrocínio desistido e a aposentadoria - precoce, aos 22 anos - havia chegado. Durante todo o ano de 93 tentamos vender o Gol sem sucesso, quando no início de 94 o Waldemar dos Santos, "Dema", piloto e preparador viu um anúncio que havíamos colocado na revista "Oficina Mecânica" e procurou-nos com uma oferta: ao invés de me pagar pelo carro, eu correria 5 provas no campeonato paulista de Força Livre, categoria até 1.600, sem custo nenhum, apenas minha inscrição e no final das 5 provas o carro seria dele. Parecia loucura, mas na época foi o único jeito de matar um pouco mais a vontade de acelerar e livrar-nos do veículo "encalhado".

A categoria na época contava com Gols, Voyages, Escorts e Fuscas, na maioria das vezes carros de categorias extintas pela FASP, formando um grid médio de 10 a 12 carros. Resumindo, pouco profissionalismo e muita diversão. Foi neste clima que corri a 1ª prova e cheguei em 2º e logo na 2ª etapa venci, após uma disputa acirrada com o Escort do Wanderlei Campos e o fusca do Antonio Couto . Dividimos o "Bico de Pato" eles bateram e segui tranquilo para minha primeira (e única) vitória com carros de corrida. Apesar da pouca expressão do campeonato fiquei muito feliz e fui para casa todo orgulhoso com o troféu de 1º lugar.


 Durante o campeonato cheguei mais duas vezes em 3º, uma em 2º e uma em 5º lugar, ficando com o vice-campeonato, atrás do Antonio Couto que na metade do campeonato trocou o fusca por um protótipo Aldee (o regulamento permitia), tornando a disputa desigual. Mas nem tudo foram flores, na penúltima etapa decidi correr com um Voyage de outra equipe na tentativa de bater o Aldee e o resultado foi desastroso: logo após a largada, no "S" do Senna fui tocado por outro Voyage, do Cristian Casal del Rey atravessei e fui atingido por vários carros que vinham atrás. Resultado: carro destruído, ausência em uma das provas por falta de grana, pontos preciosos perdidos e adeus campeonato. De qualquer maneira o saldo foi positivo e me despedi das pistas com um vice-campeonato, meu melhor resultado desde que havia começado em 1990."



segunda-feira, 1 de março de 2010

falecimento de José Mindlin





Deixamos nossos pêsames aos familiares e amigos de José Mindlin, sócio fundador da Metal Leve que mais tarde tornou-se a gigante Mahle Metal Leve S.A.