A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Stirling Moss - GP da Argentina 1958


    Stirling Moss e o Cooper Climax T43 da Rob Walker.

Somente dez carros se arriscaram a ir ao primeiro GP do ano na Argentina, a nova regra que obrigava o uso da gasolina de aviação-Avgas- deixou as equipes vacilantes, enfrentar o forte calor de Buenos Aires e ainda com um combustível a que não estavam acostumadas deixou grande parte delas em suas sedes na Europa.
A Vanwall equipe que Moss correria a temporada liberou seu piloto para correr pela equipe independente de Rob Walker que correu com um Cooper-Climax T43. Diferente dos belos Ferrari, Maserati, Vanwall o pequeno Cooper era feioso, mas sua configuração de motor central traseiro veio para ficar e mudar a Formula I que começava sua nona temporada. Seu motor Climax de quatro cilindros em linha com 2.000cc tinha 100hp a menos que os potentes seis em linha e 2.500cc de seus adversários. Outra grande vantagem desse pequeno notável Cooper, pesava apenas 370 kg bem menos que os 650 kg de seus rivais. Com uma aerodinâmica bem melhor era quase tão rápido quanto os grandes nas retas e freadas era muito superior aos demais devido ao seu baixo peso. Suas rodas de alumínio de quatro parafusos contra as raiadas de cubo rápido dos outros tornaria a parada para troca muito demorada, então a equipe contando com a capacidade de seu piloto em agüentar o forte calor de Buenos Aires, sua resistência super comprovada quando venceu as Mille Miglia de 1956 a bordo de uma Mercedes SLR, e o menor consumo do pequeno motor Climax, optou por não fazer paradas durante a corrida.



O grande Fangio e a Maserati 259F, foto do GP de Monza em 1957.

Moss largou em sétimo no grid de apenas dez carros, mas na primeira volta já vinha em quinto pressionando a Ferrari de Cliff Allison. Fangio com sua Maserati reinava absoluto na ponta naquele que seria seu ultimo GP em casa. A maioria dos carros largou com meio tanque para que seus pilotos parassem e se refrescassem e hidratassem, chegando alguns carros a serem pilotados por três pilotos. Quando no meio da corrida Fangio fez sua parada Moss tomou a ponta para não mais perde-la não bastando a seu ex companheiro de MB fazer a melhor volta e andar no limite o tempo todo. Com sua vitória a Formula I tinha mudado.



Naquele ano o companheiro de Moss na Vanwall foi campeão do mundo- uma história bonita de honestidade da parte de Moss que pretendo contar um dia- o ultimo com um carro com motor dianteiro. Logo no ano seguinte um certo Australiano, Black Jack, levaria a Cooper a dois títulos mundias 1959/60. Outras grandes histórias.................


domingo, 24 de janeiro de 2010

Apenas Jim



Brandas Hatch 1966.

Brands Hacht 1966.

Gold Cup, Snnerteton 1966.

Entre uma corrida de Formula I e outra de E.Protótipos Jim Clark tinha tempo e vontade de correr em Turismo com um Lotus-Ford-Cortina, os relatos de quem o viu pilotando esses carros são de arrepiar. Vinha rápido e forte o tempo todo, enfrentando carros de maior potência de igual para igual. Muitos anos atrás li em Inglês ( para mim quase impossivel) sôbre a primeira vez em que ele pilotou um carro de corridas, era um Auto Union-DKW- de um amigo seu campeão Escocês da categoria, em um autódromo que não conhecia, ao final do dia tinha colocado apenas 5s( cinco segundos!!) no melhor tempo de seu amigo. Sua incrível carreira começou aí.
Ao Romeu e Caranguejo.   

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

ÁUSTRIA 1972


Tite Catapani Porsche 908/2 e Ronnie Peterson Ferrari 312 P2

Meus Caros Amigos.




Historinha ? Em 1972 a Equipe Hollywood enviou o Porsche 908 a Sttugart para trocar o motor e aproveitamos para participar dos 1.000 Km. da Áustria ? ?Mundial de Marcas?. Tite Catapani e Eu fomos então para Zeltweg. Só chovia, direto e forte (verão europeu). Com o motor novo, comecei a andar, suave, para assentamento do motor nos treinos de quinta feira. Na sexta, continuava a chover e dividi com Tite a tarefa de ?andar manso?, que nos foi útil para nos adaptarmos a pista. Circuito de alta, sinuoso, como havia na época, média de 200 Km/h. Média que tínhamos em Interlagos em provas pelo anel externo.
No sábado, ainda com chuva já liberados do amaciamento, começamos a andar mais rápido, ou seja, a andar como sabíamos… Pudemos então observar melhor nossos adversários! Equipe Ferrari com 4 carros, Equipe Matra , a Porsche com seus 911 e 910, vários 908, os Ford Mirage da Gulf e ainda outros que não me lembro, uns 45 carros. Depois da classificação, onde ficamos em sétimo, Anísio Campos (chefe de equipe) perguntou-me, ?Que tal a barra ai ?? respondi, ?Olha Anísio, fizemos o sétimo tempo mas com a turminha da força livre? nem pensar, pois esses caras andam pendurados no motor, freio e pneus. Agora, tem um piloto na 2 litros que realmente anda forte. É com ele que vamos nos confrontar. Fiquei 5 voltas atrás dele e quando passei, ele foi ficando pouco a pouco por cerca de umas 12 voltas, o cara é tinhoso…?
Mais à noitinha, Anísio, já íntimo do Diretor de Competições da Bosch veio me contar: O piloto do protótipo 2 litros Chevron BMW de fábrica, nada mais é que Rolf Stommelen, campeão da 2 litros e que também ficou curioso em saber quem era afinal o piloto do Porsche Hollywood do Brasil.
Disse Rolf à ?Heu Bosch? : ?Eu não me lembro de ter visto um piloto tão impecável como esse brasileiro.? ?Será o meu adversário de amanhã (domingo) dia da prova.?
Foi à primeira prova em que uma equipe brasileira participou no Campeonato Mundial de Marcas e Pilotos em solo Europeu.
Moral da História: Boi preto cheira boi preto!
Um Abraço
Luizinho Pereira Bueno.

  http://www.luizpereirabueno.com.br/blog/category/1-000-km-austria-1972-por-luizinho/ 




Esta é uma bela foto panorâmica da largada dos 1000 km da Áustria de 1972. Esta corrida contou com a participação do Porsche 908/2 da Equipe Hollywood, que pode ser visto à esquerda. O bólido acabava de sair da fábrica da Porsche, onde passou por uma revisão, antes de ser despachado para o Brasil, onde participaria dos 500 km de Interlagos.
O carro, pilotado por Luis Pereira Bueno e Tite Catapani largou em sétimo, e abandonou a prova.
Esta corrida também foi notável por ser a primeira participação de José Carlos Pace na Ferrari. O brasileiro correu em dupla com o austríaco Helmut Marko e chegou em segundo lugar. Impressionou bastante e foi contratado pela SEFAC para 1973. Curioso que embora a Ferrari tenha obtido um 1-2-3-4 na corrida, nos treinos foi superada pelo Gulf Mirage de Derek Bell e pela Lola Bonnier de Reine Wissel. Os dois carros com motor Ford largaram mal, e foram superados pelas Ferrari e na foto o Porsche brasileiro aparece em quarto ou quinto lugar - não é possível dizer se está à frente ou atrás do Gulf Mirage.

    http://brazilexporters.com/blog/index.php?blog=5&p=1597&more=1&c=1&tb=1&pb=1


Agradecendo aos amigos; Primeiro a Elisa Asinelli do Nascimento o envio da foto do Tite e Ronnie. Ao Dú Cardin o texto magífíco do Luizinho. Ao Carlos de Paula historiador e fanático por automobilismo. Por fim ao Luizinho por ter nos proporcionado tão belos momentos. 
Um forte abraço. Rui


  

DESAFIO.


 É assim mesmo, é só nos encontrarmos para colocar os papos em dia e aparece um desafio. Só que alguns de nós pensando sempre em andar na frente já estão treinando, no Kart e Autorama. Vamos ver no que dá. Na minha frente vai ser difícil andar nas duas competições, nas MM de Autorama vou em parceria com o Fabio Poppi - João Lindau dando uma forcinha lá de cima- tocar o 99. Me parece que o Luiz e o Fernando depois de preparar um carro fora do regulamento estão tentando correr com um super carro, vamos ver! Vou pedir vistria tecnica em ambas categorias! 


Jr e seu neto André.


O Jr treinando duro, seu neto André ouvi dizer que já está tentando pilotar uma Kombi, é dificil tira-lo de dentro do carro, fica aos quatro anos fingindo pilotar. 

Já o Ferraz treina duríssímo semanas a fio, no Kart e no Autorama. O video e foto abaixo recebi de um site de fofocas e famosos bem como uma foto do Orlando treinando de Kart domingo passado em Aldeia da Serra, como a foto que recebi é da revista caras, me negaram a divulgação alegando que o Orlando é piloto oficial da conceituada revista.

   
Ferraz treina escondido e ainda ri de nós!




A PROVA RECEBIDA DE UM PAPARAZZI.