A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

domingo, 17 de janeiro de 2010

TEMPORADA ARGENTINA DE FORMULA 3 - 1966


Wilson Fittipaldi Jr  Willys Monoposto/Renault. No Brasil Willys Gavea.


Começo de 1966, Luiz Antonio Greco e Wilson Fittipaldi partem para Argentina para correr a Temporada de Formula 3 que ia ser realizada naquele país em quatro etapas. Foram com apoio da Willys do Brasil e Renault, o carro foi denominado Monoposto Willys/Renault e acredito ser um chassi igual aos Alpine A210/Renault R8 que corriam na categoria. Foi a arrancada da família Fittipaldi rumo ao automobilismo mundial. Wilsinho não foi bem nas quatro etapas, terminando na corrida de Rosario em sua melhor posição um 9º lugar. Mas estava lançado o embrião do que seria depois a Formula Ford Brasileira e apenas seis anos depois Emerson seria Campeão do Mundo de Formula I. E apesar da participação apenas modesta de Wilsinho logo depois os Brasileiros invadiriam a Formula 3 internacional trazendo para nós inúmeras glorias e vitórias em todos campeonatos em que participaram.





Carlo Facetti  Brabham BT10/Ford



Gran Premio Internacional Ciudad de Buenos Aires 1966



XV Temporada Argentina,  1ª corrida.


Autódrom Municipal Alte. Brown, Buenos Aires, Argentina



Janeiro 23 2 x 20 voltas x 3921 m = 78.42 km + Final 35 voltas = 137.235 km Pole Position; Heat 1: Jonathan Williams, 1'41.0"


Pole Position;  Chris Irwin, 1'41.2" volta mais rápida: Chris Irwin, 1'40.8"


FINAL


 1 30 Chris Irwin, GB The Chequered Flag Brabham BT16 - Ford/Cosworth 59'57.6"

 2 20 Charles Crichton-Stuart, GB Stirling Moss Auto Racing Team Brabham BT10 - Ford/Cosworth 1:00'29.1"

3 6 Nasif Estefano, RA Escuderia Argentina Automondo Brabham - Ford 1:00'35.4"

4 18 Jonathan Williams, GB Charles Lucas (Engineering) Brabham BT10 - Ford 1:00'45.5"

5 26 Eric Offenstadt, F Stephen Conlan Motor Racing Lola T60 - Ford/Cosworth 1:01'32.2"

6 2 Jorge Cupeiro, RA Escuderia Argentina Automondo Brabham BT15 - Ford 1:01'35.7"



 Wilsinho terminou em 15º .

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Gran Premio Internacional Ciudad de Rosario ACINDAR S.A. 1966

XV Temporada Argentina, 2ª corrida.

Parque Independencia, Rosario, Argentina



Janeiro 30. 3 x 10 voltas x 2779 m = 27.8 kms + Final 30 voltas = 83.37 kms.
Pole Position;  volta mais rápida: Silvio Moser, 1'27.7"


FINAL


 1 36 Silvio Moser, CH Martinelli + Sonvico Racing Team Brabham BT16 - Ford/Cosworth 48'35.4"

 2 6 Nasif Estefano, RA Escuderia Argentina Automondo Brabham - Ford 48'53.4"

 3 48 Mauro Bianchi, B Société des Automobiles Alpine Alpine A270 - Renault R8/Mignotet 49'15.0"

 4 24 Picko Troberg, S Picko Troberg Brabham BT15 - Ford/Cosworth 49'30.0

 5 22 John Cardwell, GB Goodwin Racing Brabham BT15 - Ford/Cosworth 49'49.3"

 6 8 Juan Manuel Bordeu, RA Escuderia Argentina Automondo Brabham - Ford 49'50.0"

 Wilsinho terminou em 9º.
 
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Gran Premio Internacional Yacimentos Petroliferos Fiscales 1966
XV Temporada Argentina, 3ª corrida;

Autodromo General San Martin, Circuito No. 2, Mendoza, Argentina



Fevereiro 6. 2 x 25 voltas x 2645 m = 66.125 km + Final 50 voltas = 132.25 kms Pole Position;  Jonathan Williams, 1'08.7"

Volta mais rápida: Chris Irwin, 1'08.5"

  Final


 1 20 Charles Crichton-Stuart, GB Stirling Moss Auto Racing Team Brabham BT10 - Ford/Cosworth 58'13.6"

 2 30 Chris Irwin, GB The Chequered Flag Brabham BT16 - Ford/Cosworth 58'15.1"

 3 6 Nasif Estefano, RA Escuderia Argentina Automondo Brabham - Ford 58'54.9"

 4 26 Eric Offenstadt, F Stephen Conlan Motor Racing Lola T60 - Ford/Cosworth 58'58.9"

 5 22 John Cardwell, GB Goodwin Racing Brabham BT15 - Ford/Cosworth 59'01.1"

 6 42 Carlo Facetti, I Scuderia Sant'Ambroeus Brabham BT10 - Ford 59'13.5"

Wilsinho terminou em 20º , Clay Regazzoni em 22º e Piers Courage em 25º.
 
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Gran Premio Internacional Yacimentos Petroliferos Fiscales 1966
XV Temporada Argentina, 4ª corrida.

Autodromo General San Martin, Circuito No. 2, Mendoza, Argentina

Fevereiro 6. 2 x 25 voltas x 2645 m = 66.125 km + Final 50 voltas = 132.25 kms Pole Position; Jonathan Williams, 1'08.7"


Volta mais rápida: Chris Irwin, 1'08.5"

  Final


 1 20 Charles Crichton-Stuart, GB Stirling Moss Auto Racing Team Brabham BT10 - Ford/Cosworth 58'13.6"

 2 30 Chris Irwin, GB The Chequered Flag Brabham BT16 - Ford/Cosworth 58'15.1"

 3 6 Nasif Estefano, RA Escuderia Argentina Automondo Brabham - Ford 58'54.9"

 4 26 Eric Offenstadt, F Stephen Conlan Motor Racing Lola T60 - Ford/Cosworth 58'58.9"

5 22 John Cardwell, GB Goodwin Racing Brabham BT15 - Ford/Cosworth 59'01.1"

 6 42 Carlo Facetti, I Scuderia Sant'Ambroeus Brabham BT10 - Ford 59'13.5"

  Wilsinho terminou em 20º e Clay em 16º.
 

  As fotos dessa postagem são de um album de recortes meu de 1966, da revista AUTOESPORTE, Nº 17 .
 Agradeço ao Romeu e Orlando.

sábado, 16 de janeiro de 2010

FALANDO EM AMIZADES-RELENBRANDO XI- RICARDONE 10/01/09


Ricardo Bock em corrida noturna em Interlagos, o Manduca sempre ajudando.


O Ricardo (Bock) e eu nos conhecemos a mais de trinta anos, seu sonho era fazer um Passat D 3 igualzinho ao AUDI QUATTRO, na época ele cursava engenharia na FEI onde hoje é professor. Ele queria e quem pagava o pato era seu pai João e sua mãe D. Isabel , pois seus carros eram todos feitos na garagem de casa , uma rua paralela à Av. Bandeirantes .Seu pai era meteorologista da VASP , super conceituado , um gaúcho sério boa gente , e D Isabel aceitava todas loucuras do filho , e amigos.

Vez por outra ia ajudá-lo , serra tico-tico , rebitadeira e outras ferramentas íamos moldando o carro , que por sinal ficou bom , os pára-lamas iguais ao do AUDI . Certa noite estávamos montando a carburação, dois WEBER 40 duplos horizontais e seu João olhava de dentro da casa , quando foi dormir ,nos olhou com aquele jeito de quem não quer ouvir barulho, pois tinha de estar na VASP, lá pelas 5 h da manhã. E nós montando tudo aquilo, coletor, carburadores, acerta daqui e dali, lá pelas 2 h da manhã ficou tudo pronto, aquele olhar do Ricardo me entusiasmou, "vamos dar só uma ligadinha, para ver se funciona”. Contacto , bomba elétrica , partida , o barulho foi ensurdecedor , só mais baixo que o grito de Seu João , Ricardoooooo! Antes do terceiro "o" eu já tinha ido embora, já que o carro e o pai eram dele. Outro dia em sua casa ,quase trinta anos depois ,ele me contou o fim desta história .Uma manhã , depois de testar novamente o motor na madrugada ,ele ia saindo de casa em seu Fusca (azul calcinha) quando colocaram um revolver em sua boca ,"eu te mato" era seu vizinho delegado de policia , "cheguei de um plantão de madrugada e a hora em que ia dormir você ligou esta porcaria , da próxima vez te mato " .O Ricardo saiu de fininho ,e acho que nunca mais ligou aquele motor.


Em 1983 ele e o Adolfo Cilento correram com este carro as Mil Milhas, mais isto já é outra história......................



A foto original, Duran e Ricardo



Ao Tito, Fabio, Fabiano e Caranguejo.                                                                                                  


 

Luiz Pereira Bueno



Hoje é aniversario de nosso grande Luizinho. Para mim que pude vê-lo pilotando tantos carros vencendo tantas corridas é uma honra poder parabenizá-lo. Luiz você que levou a arte de pilotar um carro de corridas ao extremo, encheu nossos olhos com aquela tocada firme, forte e rápida que sempre teve, sua simpatia e humildade, sempre pronto a atender todos e mostrar sua alegria ao fazer o que gosta e sabe, meus parabéns, muitíssimos anos de vida e um dia alegre e feliz, junto aos que te amam.


Um abração

Rui

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

TEMPORADA DE 1991 por Fabiano Guimarães



Fabiano Guimarães e o Voyage. 

No final de 1990 decidimos - eu como piloto e meu pai como chefe de equipe - comprarmos o Passat que havíamos alugado em 1990 e participar novamente do Paulista de Marcas Grupo A, porém descobrimos que o carro já estava sendo superado pelos Voyages e Gols da categoria. Surgiu a oportunidade de dividir a pilotagem com o Voyage do José Baltazar Dias, o "Frango Voador", pois a corrida era em duas baterias sendo obrigatória a formação de duplas. Fizemos um total de 4 provas com um 7º lugar como melhor resultado.


      Fabiano e o Passat.

Após algumas desavenças, decidimos preparar o Passat para o Grupo N, com custos menores e sem a necessidade de formar dupla, ou seja, eu correria as duas baterias. O carro só ficou pronto faltando duas etapas para o término do campeonato e obtive um 10º lugar na penúltima etapa e na última prova corri boa parte em 4º, disputando com o Beto Napolitano e o Ricardo Flaquer entre outros quando perdi a 3ª marcha e finalizei em 8º. Com este mesmo Passat faríamos a temporada de 1992, porém esta história fica para o próximo capítulo.


     "S" do Senna Interlagos Fabiano na frente.


Texto e fotos Fabiano e Luiz Guimarães.