A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Não mais: "Bom dia, grande campeão!" a Dante Roveda, o "Gavião da Serra"

Como era de costume há vários anos, ao passarmos por Vacaria-RS, chegavamos à casa de Dante Roveda, o "Gavião da Serra" e sua esposa Ana para cumprimentá-los com um "Bom dia, grande campeão!".
Desta vez Ana nos recebe aos prantos - Dante havia falecido repentinamente aos 90 anos, no dia 13 de outubro de 2009.
Fica aqui nossa homenagem póstuma a este grande piloto gaúcho de carretera.
Nascido em 15 de setembro de 1919 em Vacaria-RS.
Sua carreira automobilística foi curta, mas obteve resultados importantes.
- Circuito da Zona Sul, 13 de maio de 1950, a mais longa prova acontecida no Rio Grande do Sul, 937 km percorridos em duas etapas.
A primeira de Guaíba à Bagé, passando por Cachoeira do Sul.
No dia seguinte, retornaram a Guaíba via Pelotas/Camaquã.
Classificação final:
1˚ Júlio Andreatta com Ford 1940
2˚ Aido Finardi com Chevrolet 1939
3˚ Dante Roveda com Ford 1940
4˚ Dirceu Oliveira com Ford 1940
5˚ Américo Cecconi com Chevrolet
6˚ Jaime Rössler com Ford 1940


- III Circuito Encosta da Serra , 02 de maio de 1954 .
Distância 257 km entre os municípios: São Francisco de Paula (largada/chegada) - Canela - Nova Petrópolis - Novo Hamburgo - São Leopoldo - Massaranduva - Taquara - São Francisco de Paula.
Antes desta prova o campeonato 'pegava fogo': Aido Finardi, de Passo Fundo com Ford tinha pequena vantagem sobre Diogo Hellwanger e Catharino Andreatta. Deu Roveda, o "Gavião da Serra", na ponta em segundo entrou José Madrid com Ford, terceiro Ellwanger com Ford, quarto Alcides Schröeder, representando Passo Fundo com Ford, quinto José Rimoli com Ford e sexto Germano Rigotto com Ford.

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

AOS AMIGOS

Foi um bom ano com a graça de DEUS. Reencontrei antigos e queridos amigos, fiz novos e preciosos amigos e amigas de Norte a Sul desse País. Reencontrei amigos no Velho Continente, e na América do Norte. Muitos me deram a honra de escrever suas histórias nesse blog. A oração que segue é muito antiga e transmite nosso sentimento sem ter uma religião específica. É o que minha família e eu desejamos para o ano que entra. De minha enteada Yanka de meu filho Francisco, da Cláudia e meu.


Possa a estrada levantar-se para encontrá-lo

Possa o vento estar sempre à suas costas

Possa o sol brilhar quente em seu rosto, as chuvas caírem macias em seus campos, e até que nos encontremos outra vez...

Possa Deus tê-lo mansamente na Palma de Sua Mão.


Meu muito obrigado a cada um de vocês que acompanharam nossas histórias. 

Temporada 1990 - Continuação







Após a prova de Speed 1600 que relatei parti no mesmo ano - 1990 - para o Paulista de Marcas Grupo A, com carros bem mais velozes e pilotos mais experintes. Competiam naquele ano : Renato Marlia, Luiz Pankowski, Marcos Fantinatti, Fabio Greco, José Bruno, Tino Vianna, Jeancarlo Mahieux, Chupeta, Roberto Manzini, José Romano, José Nogueira (Graham Hill) entre outros formando um grid médio de 30 carros por prova. Participei de 8 provas obtendo como melhores resultados um 6º um 7º e um 10º lugares, marcando pontos nestas três provas o que para o meu esquema modesto foram considerados como vitórias. A competitividade era enorme, as disputas acirradíssimas e alguns acidentes violentos aconteceram no decorrer da temporada, e para minha sorte sofri apenas com algumas rodadas e os toques habituais de provas de turismo. Nas três fotos apareço contornando a Curva do Sol, o "S" do Senna em foto inspiradíssima do Miguel Costa Jr. parecendo que estou liderando...na verdade tinham uns 10 na minha frente e outra no "S" tradicional do miolo sendo perseguido pelo Cesar Versarinni e pelo folclórico Graham Hill. Nesta foto observa-se o estado em que o carro terminava uma prova dessas.




Fabiano Guimarães.



terça-feira, 29 de dezembro de 2009

TRÊS,QUATRO e FERRADURA

Vou tentar descrever esse trecho da maravilhosa pista que foi Interlagos antes da mutilação, o carro um VW D3 na configuração em que corri na TEP em 1982. Motor 1.600cc, o cambio de quatro marchas era uma caixa 3, freios a disco nas quatro rodas.



Bela foto de meu amigo José Martins, o Opala vem entrando na segunda perna da "Ferradura" e o Puma 48 dele logo atrás, na sequencia outros carros e a reta na saida da curva "Quatro". 


Saída da curva "Quatro" Mogames, Duran, Ferraz, Tide e Bruno.


Descendo o “Retão” à chegada a “Três” era bem rápida uns 200 km/h, a freada começava depois da placa dos 50m, ai era pendurar nos “alicates” ao mesmo tempo em que colocava a 3ª marcha. As ultrapassagens ali tinham de ser cuidadosas, pois no fim do “Retão” na parte de dentro existiam “costelas de vaca” o que fazia o carro tremer todo e tirava aderência, mas era uma delicia quando se saia de trás de algum outro carro freava-se no limite, pendurando-se nos “alicates” e deixava-o para trás. Ali tive oportunidade de fazer belas ultrapassagens, em uma das primeiras corridas do ano um piloto campeão em várias categorias por que passou, ultrapassou-me ali, eu vinha com um problema de fricção depois de uma largada forçada por causa da 1ª marcha muito longa e dava-lhe sinal desde o começo do “Retão” para me passar, ele escolheu a freada da “Três” talvez para levantar a galera. Pois bem duas ou três voltas depois minha fricção voltou a funcionar bem e fui chegando nele. Grudei em sua traseira na saída da “Um” e ele me acenava para ultrapassá-lo no meio do “Retão”, só que alem dele vir bem rápido eu queria devolver-lhe a ultrapassagem. Freei no limite, coloquei meu carro ao lado do seu, 3ª marcha e na “Quatro” já estava na frente. Depois no pódio ele veio me perguntar se não havia visto os sinais disse-lhe que não entendi!!!! Para minha satisfação ainda maior veio o chefe de equipe de um amigo me cumprimentar por ter feito a melhor volta da corrida e comentar da ultrapassagem na “Três”.



"Ferradura" Marco de Sordi já entrando na segunda perna a esquerda, atrás Alvaro Guimarães, Tide Dalécio no lugar onde eu colocava segunda marcha, depois Duran e Amadeu Rodrigues fazendo a primeira perna à direita, Bé no 28 e eu lá atrás. Ali era quarta marcha de pé embaixo.


Duran, Mogames, outro carro e Amadeu Campos. Ai já vinha em segunda no longo ponto de tangencia da "Ferradura".


Saia da “Três” quase no muro e tomava a “Quatro” ainda em 3ª marcha, na saída ia até lá fora num afunilamento que a curva tinha, 4ª marcha e numa meia curva que existia na reta tomava à esquerda para tomada da primeira perna da “Ferradura”. Ah! A “Ferradura” chegava em 4ª marcha com o motor bem cheio, ali onde o Ferraz, Duran e Bruno se estranharam. Tomava à esquerda de pé embaixo e logo após da tangencia da primeira perna à direita, com o carro em linha reta, pisava fortíssimo nos “alicates” reduzia de 4ª para 2ª marcha e completava a segunda perna da curva com seu longo ponto de tangencia, para na saída beslicar a “zebra” do lado de fora. Na entrada dessa curva em 78/79 ultrapassei um Passat D3 de um amigo que andava na ponta, Adolfo Cilento na minha cola viu tudo, depois da corrida o piloto do Passat veio me dizer que não havia me visto. Ora não viu mesmo, pois no lugar onde ele freava eu ainda estava em 4ª de pé no fundo! O Bambino – Adolfo Cilento – só me olhou de lado, seu olhar dizia tudo!



Sem falsa modestia meu amigo Ferraz deixa para trás um Opala na tomada da segunda perna da "Ferradura"


Aos “Alicatões” João (Lindau), Adolfo (Cilento), Artur (Cruz), Ferraz, Duran, Orlando, Jr (Lara), Fabiano, Rui (Amaral) e tantos outros que conosco dividiram a pilotagem nesta pista maravilhosa.