A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

terça-feira, 15 de setembro de 2009

BELEZA

Ferrari 166 Pininfarina
Ava Gardner

Ferrari 250 California Pininfarina


Grace Kelly

Ferrari 275 Pininfarina

Sharon Stone
Austin Healey e Cida Amaral capa da revista Quatro Rodas Agosto de 1963 em foto de Expedito Marazzi

Maria Aparecida Amaral Lemos

Achei três fotos de Ferrari numa revista jogada em casa , se não me engano a revista "Carro" , da revista guardei apenas essas fotos . Queria mostra-las e contar sobre essas três jóias , melhor que isso juntei-as a três mulheres maravilhosas que mais que qualquer palavra poderiam simbolizar a beleza dos carros . A quarta é minha irmã Maria Aparecida com seu Austin Healey na capa da revista QR por incrível que pareça ruiva , fotografada por meu amigo Expedito Marazzi , abaixo Cida em uma foto de família .





sábado, 12 de setembro de 2009

Danilo Julio Afornali por Ari Moro


"Se considerarmos que esse cidadão lida com mecânica de motocicletas há nada menos que 53 anos, período durante o qual foi mecânico, preparador e piloto, podemos afirmar tranquilamente que ele - Danilo Julio Afornali, curitibano do Bigorrilho, sete vezes Campeão Paranaense de Motociclismo entre 1959 e 1971 - é um "Doutor em Motos". Quem visita sua "clínica de motores", agora no bairro de Santa Felicidade, pode notar, nas paredes, as marcas da sua trajetória motociclística em forma de troféus, diplomas, certificados e fotografias de corridas esquecidas no tempo e, no seu peito e braços, as marcas deixadas por um cabo de aço, fruto de acidente. Lá está ele, cigarro pendendo dos lábios, trabalhando ainda com as motos.
Filho de Paschoal e Lucietta Gans Afornali, Danilo começou a lidar com motocicletas em 1950, com 15 anos de idade, quando seu pai adquiriu uma CZ deste mesmo ano. "Minha primeira corrida de moto - conta Danilo - foi na pista de terra do Itaim, na cidade de JoinvillejSC, com uma CZ pertencente ao curitibano Boguslavo Sunn e preparada por nós dois no porão da casa onde ele moravá. Fiz terceiro lugar depois que a bóia do reservatório de gasolina do carburador furou. Era difícil ganhar dos catarinenses naquela pista, mas, fiquei animado com o resultado obtido e comecei a acreditar em mim mesmo."
Quem não se lembra da pista oval de corrida de cavalos do Jockey Club no bairro do Prado Velho, que depois foi transformada em pista de corrida de motos, em Curitiba? Numa corrida ali, com uma BSA 500 Twin pertencente a Manoel de Alencar Guimarães (Noel), Danilo fez segundo lugar, chegando em primeiro Ferdinando Batschoven, com uma Triumph 500. Na pista de Interlagos, em São PaulojSP, em 1971, Danilo participou das 500 Milhas com uma Ducatti 350, fazendo quinto lugar.
Ainda em Interlagos, na saudosa época das corridas de lambretas (reunindo marcas tais como Lambretta, Vespa, Iso) Danilo participou de uma prova com duas horas de duração, pelo antigo traçado de 8 quilometros de distância. Sua lambreta, carenada, havia pertencido aos famosos irmãos Gualtiero e Paolo Tognochi, tidos como os maiores cobras brasileiros da época no preparo dessas máquinas de 150cc. Danilo saiu na frente de mais de 30 competidores e assim permaneceu até quase o final da corrida, quando, no final da grande reta oposta de Interlagos, furou um pneu e levou um tombo, desistindo.
É bom lembrar que essa lambreta, com rodas, chassi, tanque de combustível, tudo feito em São Paulo/SP, foi recordista de velocidade na pista de Interlagos/SP. Com ela, Gualtiero Tognochi venceu a inesquecível corrida de lambretas entre Curitiba e Ponta Grossa.




O preparo de máquinas para outros pilotos, entre eles Ubiratan Rios, que foi duas vezes Campeão Brasileiro de Motociclismo e uma vice-campeão, sempre foi uma especialidade de Danilo. Em 1982, preparou uma Yamaha TZ 350 (máquina do então campeonato mundial de motociclismo categoria 350) para Bira correr e foi com ele à Argentina participar de prova do mundial. Fizeram nono lugar entre 33 pilotos e Bira terminou a prova com a embreagem danificada.

"A corrida que lembro com mais saudade e emoção - fala Danilo - foi aquela em que, pela primeira vez, um paranaense conseguiu vencer os catarinenses na pista do Itaim, em Joinville. Eles eram imbatíveis lá. Foi em 1962, quando preparei e pilotei uma HRD Vincent 1000cc."
Danilo sempre participou de grandes provas. Em 1976, juntamente com Ubiratan Rios, o conhecido Az do Motociclismo brasileiro Bira, colocou na pista de terra de Joinville uma Yamaha RS 125cc com kit de competição, participando de uma prova de 6 horas de duração. "Fizeram uma sacanagem para nós - conta ele - pois, até 10 minutos antes do término da prova estávamos em primeiro lugar. Daí para a frente os fiscais de pista "se perderam" na contagem das voltas e acabaram por nos classificar em terceiro lugar, dando o segundo ao catarinense Lucílio Baumer, que não aceitou, dizendo que só aceitaria se eu e Bira fossemos considerados os vencedores. " Essa foi a sua derradeira corrida .



Praticamente todas as máquinas antigas existentes no Brasil passaram pelas mãos de Danilo: Ducatti, HRD, Triumph, BSA, Indian, CZ e outras. Como todo verdadeiro motociclista tem uma história triste para contar, Danilo também tem a sua. Em 1967, no Dia das Mães, pegou sua HRD Vincent 1000cc bicilíndrica e foi dar uma volta na Rodovia do Café. Pouco antes do Parque Barigui, em frente a um posto de combustível, notou um caminhão FNM da cidade de Toledo/PR de um lado da pista e outro no pátio do posto. Diminuiu um pouco a velocidade e foi se aproximando, pensando que um caminhão deveria estar manobrando para entrar no pátio do posto e que o outro estava saindo do estabelecimento. No entanto, vendo que os caminhões não se movimentavam, achou que os motoristas dos veículos estavam esperando que ele passasse. Acelerou novamente a HRD e quando praticamente não havia tempo para mais nada, apavoradamente viu que havia um cabo de aço esticado por sobre a pista, unindo os caminhões. "Meu único reflexo foi cortar o acelerador. O cabo atingiu-me no peito e braços e por milagre não subiu, pois, caso contrário eu teria sido degolado. Fui arremessado a distância e a motocicleta seguiu em frente desgovemada, tombando de lado na altura da ponte do rio Barigui. Hospitalizado, Danilo recuperou-se mas, as marcas do acidente ele as carrega até hoje.
Sua primeira oficina mecânica foi montada em 1958, no Bigorrilho, num terreno próximo onde hoje está a Igreja dos Passarinhos. Embora tenha boas lembranças do seu tempo de piloto, Danilo diz que o seu trabalho como mecânico profissional de motocicletas não proporcionou muita compensação. "Um piloto de motos tem que gostar mesmo do metier e ter coragem. Pilotar motocicleta não é para qualquer um".
Casado com a senhora Marisa Rangel Afomalli, Danilo tem três filhos: Marco Aurélio, Marcia Regina e Marcelo Eduardo. Ele é, na verdade, além de famoso preparador de motores de competição, um dos mais importantes pilotos de motocicleta, ao lado de Ubiratan Rios e Nivanor Benardi, que o Paraná já teve. Seu nome está marcado com destaque numa página do livro que conta a história do motociclismo de competição brasileiro. " Ari Moro

Dos exemplares do jornal "CHEIRO DE CANO DE ESCAPE" que o jornalista Ari Moro me presenteou , retiro várias pérolas escritas por ele . Ari que escreve sôbre automobilismo , motociclismo , aviação etc etc sempre com a mesma emoção e personalidade . Leio e releio sempre seus artigos , tentando tirar proveito de suas verdadeiras aulas de jornalismo .

"CHEIRO DE CANO DE ESCAPE" nº 07 Agosto de 2003

Obrigado Ari e um abraço .

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Dick Vigarista e os Três Patetas


Acompanho o automobilismo desde os 10 anos, dos meus grandes ídolos Tazio já não vivia mais, Jim ainda não era campeão do mundo, Ayrton não tinha nascido e o Luiz ainda corria de MG.

Lendo ontem no blog do Cezar Fittipaldi ( link ao lado ) em seu post sobre a atual crise Renault/Piquet/Briattore acabei deixando um comentário .
Havia me prometido não escrever sobre o automobilismo atual, mas vamos lá; hoje havia separado algumas belas fotos da Ferrari Califórnia que guardo desde criança fica para outro dia. Desde que Alain Prost colocou propositalmente seu carro contra o de Ayrton naquela chicane de Susuka e não foi punido, contando com a ajuda de um ser que nem merece ter seu nome escrito por quem gosta do esporte, que a coisa anda solta. Me desculpem alguns amigos, o Sergio Berti que num texto seu reproduzido neste blog diz que na FIA não existe gol de mão, e outros. Desde que o Schumacher não foi exemplarmente punido ao jogar seu carro contra o de Damon Hill, e depois contra o de Jacques Villeneuve, punido exemplarmente digo, perdendo todos pontos do campeonato e levando ainda por cima uma suspensão de no mínimo um ano. Nesta época ele e Briattore eram uma dupla, pena, o exemplo ficou.

Casos como o da Áustria não teriam mais acontecido, e muitas outras coisitas muito estranhas, aquela pesada multa imposta a MacLaren, pesada para nós, para eles um pouco de grana a menos no bolso, e ainda devem ter descontado do imposto de renda.
Nós estamos vendo uma guerra em que não há mocinhos, e o pior de tudo, nós nunca saberemos os verdadeiros motivos de tudo isso .
Nós que acompanhamos o esporte e gostamos ficamos sem saber o que pensar, quem estará com a razão? Briattore, Nelsinho, Nelsão, Mosley, Eclestone etc são todos culpados de jogar o esporte na lama. Acho que Alonso numa atitude digna de Campeão deveria devolver seus pontos, mas como ficariam os prêmios, já divididos com os outros integrantes da equipe e o prejuízo para o esporte?
Quem é o Dick Vigarista? E os Três Patetas? Um deles certamente sou eu, que amanhã as 9h estarei assistindo mais um treino e querendo que alguém que realmente represente o pilotasso de ponta faça a pole e domingo esperando uma boa corrida , onde vença o melhor.

Rui Amaral Jr

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Giuseppe Farina - O PRIMEIRO CAMPEÃO DO MUNDO DE FORMULA UM

Nino Farina Campeão do Mundo 1950
Nino Farina com a Alfa Romeo rumo a vitória . 1ª corrida do novo campeonato Silverstone

Luigi Fagioli seu companheiro de equipe e 2º colocado em Silverstone 1950

Como seu mentor Tazio Nuvolari sua tocada era elegante

Finda a 2ª Guerra voltaram as corridas de Grand Prix, para o ano de 1950 a CSI órgão responsável pelo esporte motor resolve estabelecer um novo campeonato, seria o 1º Campeonato do Mundo de Pilotos e a categoria passaria a ser chamada de Formula Um. Pelo regulamento seriam usados os carros que corriam na categoria Gran Prix.
A 1ª corrida do novo Campeonato foi no aeródromo de Silverstone na Inglaterra, este mesmo Silverstone que agora desvirtuado por chicanes o Sr Eclestone quer tirar do calendário da F.I .
No 1º ano as três principais concorrentes eram equipes que já venciam corridas Grand Prix , a Alfa Romeo, Maserati, e Ferrari. Auto Union já não existia e a Mercedes Bens não tinha condições de competir.
Giuseppe "Nino" Farina
Em 1950 Nino já estava com 40 anos e iria competir pela Alfa Romeo, equipe que havia abandonado alguns anos antes e que tantas glórias juntos conquistaram. Tinha como companheiros de equipe Luigi Fagioli e a estrela ascendente o Argentino Juan Manuel Fangio. Farina Doutor em Direito e pilotagem tinha como seu grande incentivador e mentor Tazio NuvolarI que viveu para ver seu pupilo  Campeão do Mundo .
Farina vence a 1ª corrida do novo campeonato tendo Fagioli em 2º, venceu novamente na Suíça, seu companheiro de equipe Fangio vence Mônaco, Bélgica e França voltando Farina a vencer em Monza no GP da Italia tornando-se assim o 1º Campeão do Mundo de Formula Um .
Escrevendo fico imaginando a alegria dos "tifosi" numa época em que a Alfa Romeo era a alegria dos Italianos.

Rui Amaral Jr