A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
segunda-feira, 25 de maio de 2009
sexta-feira, 22 de maio de 2009
Fabio Poppi
"Rui espero que tenha gostado, outro dia eu escrevo sobre o bi campeonato de mil milhas de autorama, a prova mais louca que ja participei na vida. O dia que paguei de Lobo di Canindé Há uns dois anos atrás participei de minha ultima corrida de autorama replica eu uma loja de Sampa.Era uma prova já bem conhecida na cidade e com divulgação feita pelo Saloma e o Flavinho, afinal eu mandei fotos e texto destrinchando tudo sobre o evento, mas vamos lá ao regulamento:Carros artesanais feitos a mão pelo piloto proprietário seguindo modelos reais que correram no Brasil.Fusca, Puma, Gordini, Dkw, Carretera, Mecânica Continental, Protótipos tupiniquins, Berlinetas, Corcel 1, Ford GT 40 da Grecco, Sinca do Fornari, etc.Nessa prova acontece também uma exibição de carros de autorama clássicos e antigos.Um mês antes do evento eu já vinha projetando e construindo a carretera 18 do Camillo numa paulera só e depois de montada veio a parte mais difícil.Acertar o chassi daquele torpedo não foi nada fácil mas consegui., rapaz o carro era um canhão de reta e vira macio nas curvas.Parei o carro no pitch e examinei todinho com o maiors cuidado, eu não acreditava que tinha feito algo tão perfeito.Nem andei mais com ele na pista pra não chamar a atenção dos adversários.Guardei o torpedo na caixa e comecei a testar o esquife voador que um amigo usara na prova.Na véspera da prova eu fui durmir altas horas da madruga fabricando a carretera 50 do Azzalin pra outro amigo correr junto, sei lá se dormi depois das 4 da madruga.E no dia seguinte a empolgação era enorme caixa pronta pois tinha desmontado todinha e limpado, carros brilhando feito brincos H Stern.Fui pra loja rapidinho pois não podia me atrasar, tinha marcado com o Raul Natividade Jr.A loja tava um fervo, gente que não acabava mais encontrei o Raul e outros amigos e ficamos lá esperando o horário da corrida.Nesse tempo acontecia uma prova de f1 da estrela onde me lembrei do demolicar de tantas pancadas que aconteciam, um horror.Mas chegou a hora, carro no grid, alem da minha 18 e da 50 tinha também a 82 que o Zé Ricardo tinha feito durante meses.Dada a largada eu esperei a turma sair babando e só então acelerei, tinha que preservar meu carro afinal ele era de papel.Já pensou se largo no meio do bolo e me acertam na primeira curva?Mas como meu carro tava ótimo nem esquentei a cuca e comecei a buscar cada carro a minha frente.Lembro que na terceira volta eu já era o quarto, na seguinte eu era segundo e quando veio a troca de fenda eu já liderava.Mas como eu tava me divertindo como sempre nem lembrei mais da prova e comecei a me imaginar como o próprio Lobo.Controlando a barata em cada curva e mandando a bota nas retas.Perto do final da prova dei uma escapada na entrada do túnel e o sangue congelou nas veias.O Zé Ricardo correu e resgatou o carro antes que alguém o acertasse no meio.UFA!!!!!!!Quando a prova acabou pela soma dos tempos eu acabei em quarto.Tudo bem que não ganhei mas por algumas horas eu fui o clone em miniatura do Lobo do Canindé.O carro ta aqui comigo ate hoje e sempre que posso dou umas voltinhas com ele.Agora mesmo são 16 horas e to fechando tudo no escritório pra dar um pulo na Monza e por o torpedo pra rodar, junto com o Gledson Coca-Cola do Paulo Gomes.Esse opalão do Paulão eu acabei de montar na noite passada."
Postado por
Rui Amaral Lemos Junior
BANDEIRAQUADRICULADA
Fiquei sabendo por uma fonte seguríssima que o Paulo Peralta está com seu livro quase pronto . Conversando com ele hoje pela manhã , não confirmou nem desmentiu , acabamos conversando sobre outros assuntos e do livro nada . Seu site BANDEIRAQUADRICULADA é uma referencia para nós que gostamos de automobilismo , o Paulo trata cada entrevista que faz com muito cuidado e carinho sendo o site uma fonte de informação e pesquisa sobre o automobilismo dos anos 1960/70 . Aguardo seu livro com muita expectativa e espero dele a confirmação .
Postado por
Rui Amaral Lemos Junior
terça-feira, 19 de maio de 2009
Froilan González e a primeira vitória da Ferrari na Formula Um
A "vontade" com que ele pilotava .
Conhecemos por suas inúmeras vitórias na F1 , mas a 1ª vitória na categoria veio só no segundo ano de participação. Enzo Ferrari foi um piloto de relativo sucesso chegando a vencer várias corridas inclusive dois GP de Módena em 1927 e 28 pilotando para Alfa Romeo. Logo depois montaria sua Scuderia Ferrari e com ela representar a marca Alfa Romeo nas pistas, e como representou !! Por sua equipe passaram os maiores nomes do automobilismo da época, Antonio Ascari, Gigi Villoresi, Achille Varzi, Rudolf Caraciola, Luigi Fagioli, Giuseppe Campari, Compagnoni, Pintacuda e o grande Tazio Nuvolari. Esta equipe ganhou de tudo representando a Alfa e mesmo depois da saída de Enzo continuou ganhando, sendo a Alfa Romeo talvez a maior vencedora de corridas de todos os tempos, superando inclusive a Porsche a conferir. No começo da década de 1940 Enzo se desliga da Alfa Romeo, existia entre ele e o engenheiro chefe Wifredo Ricart um antagonismo latente, dois temperamentos difíceis, dois gênios do automobilismo. Tendo Ricart anos depois ao fim da segunda guerra, feito na Espanha um dos mais espetaculares carros esportes da época o Pegaso , dá para ver que a richa continuou. Quando saiu da Alfa, por força de contrato Enzo não podia usar o nome Ferrari, então sua equipe chamava-se Auto Avia Construzione e apesar de competir com o antigo patrão e vencer às vezes, ainda não tinha todo esquema da antiga equipe. Ai veio o novo campeonato de viaturas GP, a F1, e a Alfa Romeo com seus carros já amplamente testados em corridas venceu os dois primeiros campeonatos, em 1950 com o grande piloto de outrora Giuseppe Farina e em 1951 com aquele que por anos viria ser o ícone da categoria, o nome a seguir Juan Manuel Fangio. No dia 14 de julho de 1951 no GP da Inglaterra viria acontecer a vitória que mudaria o rumo da F1, na pista de Silverstone, pista de altíssima velocidade, onde os grandes pilotos se destacam, tanto que esta pista até hoje é conhecida como Dasilvastone, por conta de um certo brasileiro chamado Ayrton que por lá barbarizou na FF e F3. Neste 14 de julho tinha um touro no caminho. A Alfa com "apenas" seu time completo, Giuseppe Farina, Juan Manuel Fangio - a caminho de seu primeiro título - Bonetto e Sanesi e a Ferrari "somente" com Alberto Ascari, Gigi Viloresi, e o " Touro dos pampas " Froilan Gonzáles. A Alfa com seu motor beberrão de 8 cilindros 1.500cc comprimido e a Ferrari com seu V12 de 4.494cc aspirado, por esta época este motor tinha uns 375cv contra os mais de 420cv das Alfas, mais era bem menos beberrão, tinha sido projetado por Aurelio Lampredi que substituira Gioachino Colombo como projetista da casa de Marannelo. O primeiro piloto da Ferrari era o grande Alberto Ascari, filho de Antonio, morto em um acidente quando liderava o GP da França em 1925. Mas quem fez a pole nesta corrida foi o Touro, a seguir a ordem de largada.
Pole F. Gonzales 1.43,4 - Ferrari
2º J. M. Fangio 1.44,4 - Alfa Romeo
3º G. Farina 1.45 - Alfa Romeo
4º A. Ascari 1.45,4 - Ferrari
5ºL. Villloresi 1.45,8 - Ferrari
6º C. Sanesi 1.50,2 - Alfa Romeo
7º F. Bonetto 1.52 - Alfa Romeo
Grid composto de 20 carros.
Como se vê era o dia dele, colocar 1s em cima de Fangio a caminho de seu primeiro titulo, e ainda por cima seu concorrente desde os tempos da Argentina, e 2s no rapidíssimo Alberto Ascari talvez o piloto mais rápido de sua época.
Na corrida Bonetto largando da segunda fila com Alfa tomou a liderança, para antes do fim da 1ª volta ser devorado por Froilan e Fangio que seguiram lutando pela ponta com o Touro em 1º, pela décima volta Fangio assume a ponta, mas a luta continua renhida, pela metade da prova, Froilan toma de novo a ponta, e quando Fangio entra nos boxes, volta 45, para reabastecer a gastona Alfa, seu adversário abre 1m30s de vantagem. Quase ao final a Ferrari do Touro tem que fazer uma rápida parada para reabastecer, mas nem com isto perde a ponta, e vence corrida batendo Fangio por 51s e os dois chegando a simplesmente duas voltas na frente de Gigi Villoresi o 3º e quatro à frente de Bonetto o 4º.
Nos relatos que leio desta corrida, desde minha adolescência, todos dizem que a luta entre os dois Argentinos foi espetacular, os dois andando no limite desde a 1ª volta até o final, dizem feroz. Froilan Gonzáles foi o nome do dia, ainda por cima deu à Ferrari sua primeira vitória na F1, só que ainda não era a vez da Ferrari ser campeã do mundo, depois de Silverstone Fangio partiu firme para conquistar seu 1º titulo. Froilan ganhou mais uma corrida do mundial de pilotos, também em Silverstone, em 1954, e competiu ainda algum tempo na F1 e depois voltou para Argentina. Em 1971 ou 72 eu estava nos boxes em Interlagos, e alguém me disse de um senhor sentado em outro box é o Froilan, eu com vergonha não lhe pedi um autógrafo, seria uma relíquia, do "Touro dos pampas" o homem que naquele 14 de julho deu a 1ª vitória à Ferrari e bateu ferozmente os melhores pilotos da época.
Conhecemos por suas inúmeras vitórias na F1 , mas a 1ª vitória na categoria veio só no segundo ano de participação. Enzo Ferrari foi um piloto de relativo sucesso chegando a vencer várias corridas inclusive dois GP de Módena em 1927 e 28 pilotando para Alfa Romeo. Logo depois montaria sua Scuderia Ferrari e com ela representar a marca Alfa Romeo nas pistas, e como representou !! Por sua equipe passaram os maiores nomes do automobilismo da época, Antonio Ascari, Gigi Villoresi, Achille Varzi, Rudolf Caraciola, Luigi Fagioli, Giuseppe Campari, Compagnoni, Pintacuda e o grande Tazio Nuvolari. Esta equipe ganhou de tudo representando a Alfa e mesmo depois da saída de Enzo continuou ganhando, sendo a Alfa Romeo talvez a maior vencedora de corridas de todos os tempos, superando inclusive a Porsche a conferir. No começo da década de 1940 Enzo se desliga da Alfa Romeo, existia entre ele e o engenheiro chefe Wifredo Ricart um antagonismo latente, dois temperamentos difíceis, dois gênios do automobilismo. Tendo Ricart anos depois ao fim da segunda guerra, feito na Espanha um dos mais espetaculares carros esportes da época o Pegaso , dá para ver que a richa continuou. Quando saiu da Alfa, por força de contrato Enzo não podia usar o nome Ferrari, então sua equipe chamava-se Auto Avia Construzione e apesar de competir com o antigo patrão e vencer às vezes, ainda não tinha todo esquema da antiga equipe. Ai veio o novo campeonato de viaturas GP, a F1, e a Alfa Romeo com seus carros já amplamente testados em corridas venceu os dois primeiros campeonatos, em 1950 com o grande piloto de outrora Giuseppe Farina e em 1951 com aquele que por anos viria ser o ícone da categoria, o nome a seguir Juan Manuel Fangio. No dia 14 de julho de 1951 no GP da Inglaterra viria acontecer a vitória que mudaria o rumo da F1, na pista de Silverstone, pista de altíssima velocidade, onde os grandes pilotos se destacam, tanto que esta pista até hoje é conhecida como Dasilvastone, por conta de um certo brasileiro chamado Ayrton que por lá barbarizou na FF e F3. Neste 14 de julho tinha um touro no caminho. A Alfa com "apenas" seu time completo, Giuseppe Farina, Juan Manuel Fangio - a caminho de seu primeiro título - Bonetto e Sanesi e a Ferrari "somente" com Alberto Ascari, Gigi Viloresi, e o " Touro dos pampas " Froilan Gonzáles. A Alfa com seu motor beberrão de 8 cilindros 1.500cc comprimido e a Ferrari com seu V12 de 4.494cc aspirado, por esta época este motor tinha uns 375cv contra os mais de 420cv das Alfas, mais era bem menos beberrão, tinha sido projetado por Aurelio Lampredi que substituira Gioachino Colombo como projetista da casa de Marannelo. O primeiro piloto da Ferrari era o grande Alberto Ascari, filho de Antonio, morto em um acidente quando liderava o GP da França em 1925. Mas quem fez a pole nesta corrida foi o Touro, a seguir a ordem de largada.
Pole F. Gonzales 1.43,4 - Ferrari
2º J. M. Fangio 1.44,4 - Alfa Romeo
3º G. Farina 1.45 - Alfa Romeo
4º A. Ascari 1.45,4 - Ferrari
5ºL. Villloresi 1.45,8 - Ferrari
6º C. Sanesi 1.50,2 - Alfa Romeo
7º F. Bonetto 1.52 - Alfa Romeo
Grid composto de 20 carros.
Como se vê era o dia dele, colocar 1s em cima de Fangio a caminho de seu primeiro titulo, e ainda por cima seu concorrente desde os tempos da Argentina, e 2s no rapidíssimo Alberto Ascari talvez o piloto mais rápido de sua época.
Na corrida Bonetto largando da segunda fila com Alfa tomou a liderança, para antes do fim da 1ª volta ser devorado por Froilan e Fangio que seguiram lutando pela ponta com o Touro em 1º, pela décima volta Fangio assume a ponta, mas a luta continua renhida, pela metade da prova, Froilan toma de novo a ponta, e quando Fangio entra nos boxes, volta 45, para reabastecer a gastona Alfa, seu adversário abre 1m30s de vantagem. Quase ao final a Ferrari do Touro tem que fazer uma rápida parada para reabastecer, mas nem com isto perde a ponta, e vence corrida batendo Fangio por 51s e os dois chegando a simplesmente duas voltas na frente de Gigi Villoresi o 3º e quatro à frente de Bonetto o 4º.
Nos relatos que leio desta corrida, desde minha adolescência, todos dizem que a luta entre os dois Argentinos foi espetacular, os dois andando no limite desde a 1ª volta até o final, dizem feroz. Froilan Gonzáles foi o nome do dia, ainda por cima deu à Ferrari sua primeira vitória na F1, só que ainda não era a vez da Ferrari ser campeã do mundo, depois de Silverstone Fangio partiu firme para conquistar seu 1º titulo. Froilan ganhou mais uma corrida do mundial de pilotos, também em Silverstone, em 1954, e competiu ainda algum tempo na F1 e depois voltou para Argentina. Em 1971 ou 72 eu estava nos boxes em Interlagos, e alguém me disse de um senhor sentado em outro box é o Froilan, eu com vergonha não lhe pedi um autógrafo, seria uma relíquia, do "Touro dos pampas" o homem que naquele 14 de julho deu a 1ª vitória à Ferrari e bateu ferozmente os melhores pilotos da época.
NT. Ele preparou muitos Opalas para alguns pilotos no Brasil, inclusive do pernambucano Antonio da Fonte, e correu na Copa Sul-americana de 1960 em Interlagos e ganhou uma corrida em Interlagos em 1958. Curioso que participou do ultimo GP da Argentina da fase romantica, em 1960.
Agradeço meu amigo Carlos de Paula .
Postado por
Rui Amaral Lemos Junior
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