Na foto acima Jacob recebe a quadriculada das mãos de nosso amigo Expedito Marazzi.
Jacob foi um piloto vencedor , no dia de minha primeira corrida ele venceu duas , já tinha alguma experiência , a seguir uma de suas histórias , das muitas que espero contar neste blog.
" Quando me inscrevi para esta prova , imaginava fazer apenas uma corrida , depois das três provas programadas ,o Marazzi , nos convidou para uma corrida extra , com os melhores do dia . Depois de vencer a prova da D3 recebi o convite para correr a bateria extra , só que eu usava uma gasolina especial misturada por meu preparador o Gigante , como tinha ido com combustível para apenas as 8 voltas ,comecei a ficar muito preocupado . Acontece que meu amigo Luis Bartolomais tinha um carro de "rua" que também usava uma gasolina semelhante , como a bateria final seria apenas de seis voltas , pude tirar o que precisava do carro dele . Adicionamos alguns aditivos e ficou perfeita , e eu que já tinha sido vitorioso na primeira corrida fui confiante para a segunda. Como na prova anterior nesta também larguei bem tomando a ponta , sempre perseguido pelo Lorena do Edo o VW do Ronald Berg e outro do Paulo Condractki . Após duas voltas comecei abrir alguma vantagem do Edo e com isto caminhar para a vitoria . Apesar de toda preocupação que tive com o combustível , pude sair este dia de Interlagos com duas vitórias , muito gratificante para quem estava iniciando uma carreira " .
A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
A Quadriculada
Revista AUTOESPORTE
Já estava com 18 anos e não conseguia começar a correr , meus pais não davam a autorização nessessaria por nada neste mundo ,um dia na casa de amigos conheci o Carlos Mauro Fagundes ,contei a ele ." Corre com este Dart " me disse , meu carro era zero , havia ganho de meu pai uns 5 meses antes , a esta altura tinha uns 5.000 KM .No dia seguinte mesmo estava em sua oficina , me filiei ao Automovel Club e a Federação Paulista de Automobilismo , a autorização? , não conto a ninguém como consegui . Fizemos Sto Antonio , abaixamos a suspensão , costuramos apoios para o banco já que era inteiriço e começamos a nos preparar para a corrida . Fui me inscrever no Clube organizador das provas e lá conheci o Expedito Marazzi , ele já tinha testado para QUATRO RODAS um Austin Healey de minha irmã , isto no ano de 1963 , e era ele o diretor do Clube e organizador do "FESTIVAL de MARCAS" que seria minha primeira corrida . Ficamos amigos logo de cara , e minha primeira bandeira quadriculada foi dada por ele . Nos treinos o Carlos Mauro me ensinou muita coisa , a não telegrafar nas curvas , e me mostrou o caminho das pedras andando comigo na pista , eu já guiava desde os 14 anos , muitos rachas na Rua Itapolis , mais havia andado no autrodomo só a bordo do PORSCHE 550 de meu irmão Paulo , com uns 10 anos e como passageiro . No primeiro treino , a primeira vez que andava forte , já uma rodada na entrada da junção , modéstia a parte já vinha forte . Dois dias de treinos depois fomos para a corrida . Larguei com o segundo tempo , e logo na largada assumi a dianteira , lembro de olhar no retrovisor e ver aquele OPALA grudado em minha traseira e não conseguir abrir uma folga ,lá pela quinta ou sexta volta os freios a tambor começaram a dar sinais de fadiga , para segurar o carro na curva Três era um sufoco , no Sargento , onde engatava segunda marcha era um DEUS nos acuda , mais já mais experiente comecei abrir um pouco do OPALA do Wanderlei . As duas ultimas voltas foi um sufoco , será que o motor não está quente ? será que os pneus vão aguentar ? usávamos 50 libras , será que não vou rodar ? e o OPALA no retrovisor , um pouco mais longe , mais no retrovisor . Ao ver a placa de ultima volta comecei a guiar com a ponta dos dedos , um olho na pista outro nos relógios no retrovisor etc . Ao chegar no Café na ultima volta meus olhos já lacrimejavam , as lágrimas desciam , pé embaixo , foi só ver o Velho com a quadriculada na mão , levantar o braço e a hora em que abaixou , tinha acabado de ganhar . Chorei toda aquela volta , os bandeirinhas fora de seus postos nos saudando , os outros pilotos trocavam acenos comigo , o Wanderlei encostou e nos cumprimentamos , tinha sido uma bela disputa e ele até o final havia me perseguido de perto .Ao chegar aos boxes muitos abraços e cumprimentos , e o Marazzi me convidando para participar da prova extra que reuniria todos competidores . Só que minha namorada Maria Helena no afã da largada havia levado um tombo , e tivemos de ir a um pronto socorro , para ela levar alguns pontos no queixo .
Desta primeira corrida ficaram muitas amizades , um monte de pilotos que depois comigo participaram de outras corridas , o Jacob , o Edo , o Guaraná , o João Borges ,o José Sampaio ,o Duda e outros , deles espero contar neste blog muita coisa .
Postado por
Rui Amaral Lemos Junior
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
MOTORISTA ?
Tony Kanaan
O ano era 1990 ou 91 , meu primo Paulo Rene e eu tínhamos montado uma produtora de vídeos para fazer na TV um programa de automobilismo , começamos gravando corridas de Kart , o Campeonato Paulista ,depois no meio do ano gravamos o Brasileiro . Lá conhecemos e convivemos com esta garotada que depois iria para F Indy , o Tony e o Hélio , F1 o Bernoldi e outros . No Brasileiro o Tony havia andado muito bem , só que na prova final , ele em primeiro lugar saiu da pista na entrada da reta , e outro Kart que se envolveu no acidente acabou quebrando a vela do Kart dele com o bico , isto o Tony só veio descobrir através de uma gravação nossa . Breve vamos dispor no YouTube algumas dessas gravações .
Estávamos uma tarde no kartodromo de Interlagos , o Paulinho, O Victor Chiarella amigo nosso de infância e dono de uma equipe de Kart e eu , conversávamos sobre alguma coisa quando chegou o Tony , simpático como sempre , ficamos conversando . Na hora de ir embora o Paulinho com quem eu tinha vindo precisava ir a outro lugar , e pedi uma carona ao Tony , já que eu morava na Av São Gabriel e ele na região da Av Paulista . O carro dele era um Voyage ( devia ser de sua mãe já que ele era menor de idade ) e estava à uns 100 m de onde conversávamos , fui andando em direção ao carro com o Victor e o Paulinho e o Tony encontrou o Mário da Mini e parou para falar qualquer coisa com ele . Eu achando que o Mário viria junto , educadamente sentei-me no banco de traseiro , de repente vejo o Tony gesticulando e dizendo "não sou motorista , ai não te levo " indignado . Começamos a rir os quatro , do engano , meu e dele . E até ele me deixar em casa rimos muito da confusão.
Não vejo o Tony a muito tempo , baita piloto , gostaria de te-lo visto na F1 , talvez a esta altura nosso jejum de títulos não existisse .
Postado por
Rui Amaral Lemos Junior
quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
Infecção em três doses
Como se interessam as pessoas pelo automobilismo? Na atualidade é fácil, pela TV. Mas estou falando do começo dos anos 60. Naquela época não tinha transmissão de F-1 no Brasil, aliás não tinha nem na Europa. Para a maioria do povo Fórmula 1 devia ser um remédio para gripe. Nem o `plim-plim` existia naquela época. Eram tempos de TV Excelsior, Paulinho Machado de Carvalho na Record. A cidade de Curitiba, hoje em dia, tem uma frota de carros maior que a do Brasil inteiro na época. É bem certo que eu morava em Sampa, a meca do automobilismo no País, e única cidade com autódromo na época. Sempre gostei de carrinhos, isto é certo. Eram de longe meus brinquedos prediletos. Mas a primeira exposição que tive ao automobilismo estava no fundo da memória, e não tenho como confirmar datas, pois eu devia ser muito novinho mesmo.
Meu falecido pai trabalhava na Folha de São Paulo no início daquela década. Lembro-me de um belo dia ter sido levado por ele a Interlagos num jipe da Folha. Era dia de corrida ou de treinos, não sei. Devia ter uns 3 ou 4 anos, máximo 5. E fiquei vidrado com a cena, a velocidade, o barulho. Aqui a memória e a ficção se imiscuem, e não posso assegurar, com certeza, se o que vi é produto de uma memória ou de uma imaginação prodigiosa. Juro que vi, à distância, um Interlagos amarelo, um carro da equipe Willys!!!! Essa foi a primeira dose.
A segunda dose foi um álbum de figurinhas das revistinhas Disney. Faziam álbuns temáticos, e um dos temas escolhidos foi o automobilismo. Fiquei muito intrigado com aquelas baratas de nomes estranhos, Lotus, Cooper, Brabham, BRM e me lembro claramente de um carro branco, a japonesa Honda. Entre outras coisas, o álbum tinha um carro que mais me parecia um caminhão, um Auto Union dos anos 30, Ford GT 40 e outros carros esporte, além de FIATs e Renaults do começo do século. Tudo aquilo me fascinou.
A terceira dose, que me infectou de vez, ocorreu em 1969. Já sabia da existência da Equipe Jolly e suas fabulosas Alfas GTA e da P33, e descobri, pela TV, que a oficina da mesma ficava a algumas quadras da minha casa, na Rua Frederico Steidel. Tanto enchi a paciência da minha mãe, que ela me levou lá. Fui muito bem atendido por Emilio Zambello, que com muito orgulho me mostrou três Corvettes recém importadas, e a esplendorosa Alfa P33, além das GTA 23, 25 e 27. Para fechar o pacote, Zambello me deu adesivos da Jolly e também catálogos da linha Alfa-Romeo, que incluía a P33. Pronto, devidamente infectado, me apaixonei pelo esporte. E para meu deleite, a concessionária Jolly se mudou para a minha rua!
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Carlos de Paula
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