Um câmbio montado e um desmontado, vejam que as engrenagens das marchas são retas, apenas a coroa e pinhão são helicoidais.
Começo dos anos 60 com a vitória da Cooper 59/60 e da Lotus 63 as coisas estavam mudando no mundo da Formula Um e do automobilismo, pequenas equipes construíam seus carros e faziam frente às grandes. Para isso precisavam de uma série de equipamentos que seriam altamente custosos para serem fabricados tais como motores, freios e principalmente câmbios/diferenciais.
Acertar as relações de cambio em um carro de corridas sempre foi primordial para o bom desempenho, ainda mais naquela época quando os motores tinham uma faixa de utilização muito pequena. Hoje em dia os motores de Formula Um trabalham numa faixa que vai das 6.000rpm até as 19.000rpm graças a toda tecnologia eletrônica, antigamente em um motor de corridas que girava 10.000rpm sua faixa de utilização era se tanto dos 6.500rpm até o limite e para seu bom aproveitamento uma boa relação de marchas era essencial.
Em 1957 nascia na Inglaterra a Hewland Engineering Limited com um sistema criado por seu proprietário Mike Hewland em que todas as relações de marchas podiam ser trocadas em minutos, tanto do eixo primário como do secundário, e para isso havia uma grande quantidade de relações para cada marcha. Podia-se assim acertar as relações de marcha para cada pista assim como também a relação de diferencial, tornando as opções múltiplas.
As engrenagens eram retas e não helicoidais como nos câmbios de rua, para facilitar a troca e baratear os custos de fabricação. Faziam ou fazem um pouco de barulho e eu sei disso muito bem.
A Hewland fabrica suas caixas em carcaças próprias ou em carcaças de varias marcas, fornecendo câmbios que venceram e vencem em várias categorias, desde os nossos VW Divisão 3 até a Formula Um, passando por todas categorias do automobilismo mundial. Hoje são feitos pela Hewland treze tipos de caixas.
Colin Chapman supervisiona a troca de relações de uma Lotus, segundo meu amigo e consultor José Ferraz é um Hewland MK8.
A esquerda Mike Hewland, notem as engrenagens retas e ele segura um semi-eixo.
A parte traseira da caixa (esquerda) abria para troca das engrenagens.
Um planetário com a coroa e pinhão.
Mike Hewland foi piloto e dono de equipe, aqui um de seus carros acredito que um Formula 5.000.
Neste post conto um pouco da nossa Caixa 3; http://ruiamaraljr.blogspot.com/2009/03/caixa-tres.html
Link interessante que achei sobre caixa de cambio.
Um componente tão primordial na história da categoria quanto o motor Cosworth.
ResponderExcluirE dia desses o Ruizão e eu estávamos lembrando, dos freios Girling, das velas Champion, dos volantes Personal, da ignição Magneti Marelli e dos amortecedores.
O Rui citou o Koni e eu os Bilstein.
Caranguejo
Caixa 3.....ela teve vida curta, pois perdia-se mt. tempo na largada.
ResponderExcluirGrande Rui,vc e o Caranguejo tão por dentro de tudo o que tem dce melhor,aqui em Lages tem um amigo meu que tem um câmbio HELAWD desses mais antyigo,mas é show de roda!!!
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