A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
quinta-feira, 17 de janeiro de 2013
quarta-feira, 16 de janeiro de 2013
405 KM/H
Le Mans 1988, as velocidades na reta de Mulsane já se aproximavam dos 400 KM/H e alguma coisa precisava ser feita para diminui-las, e realmente dois anos depois foram criadas as chicanes de Playstation e Michelin, mas enquanto isto a velocidade corria solta na grande reta, e alguns fabricantes preparavam alguns carros especialmente para bater o recorde.
Em 1988 foi a WM com seu P88 usando motor Peugeot, que com algumas transformações aerodinâmicas em relação aos outros modelos da marca, deixou registrado para a história a mais alta velocidade, no treino classificatório, para a tradicional corrida.
Notem que apesar da velocidade o WM-Peugeot P88 classificou-se apenas no trigésimo sexto lugar no grid.
WM Secateva, WM P88 - Peugeot PRV ZNS4, Pascal Pessiot/Jean-Daniel Raulet/Claude Haldi.
Silk Cut Jaguar, Jaguar XJR-9 LM, Jan Lammers/Johnny Dumfries/Andy Wallace.
Porsche AG, Porsche 962 C, Mario Andretti/Michael Andretti/John Andretti.
CLASSIFICAÇÃO FINAL
GRID
No vídeo notem a última volta e como os bandeiras já saúdam os vencedores e invasão da pista logo após a quadriculada! Perigoso, mas lindo demais!
Rui Amaral Jr
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Rui Amaral Lemos Junior
terça-feira, 15 de janeiro de 2013
CODA LUNGA
Porsche 917 LH Vic Elford/
Gérard Larrousse
“CODA LUNGA” que maravilhosa é a língua italiana, nela tudo soa musical e belo!
Nas décadas de 60, 70 do século passado a aerodinâmica era ainda motivo de estudos nos carros de corrida, nada parecido com as “maluquices” de hoje, Formulas Um esquisitos, carros que geram uma foca ascendente estúpida e de mil formas expelem o ar das laterais e embaixo do carro, esquecemos as ultrapassagens maravilhosas, aquelas em que pouco antes da tomada de uma curva o carro era tirado do vácuo deixado pelo da frente, aí era ver quem pisava depois nos alicates, bons tempos!
Aí chegavam os Esporte Protótipos à Le Mans, com sua espetacular reta de mais de 6km. Mulsane levava por uma linha quase reta os carros Tertre Rouge até a localidade de Mulsane, sem chicanes nem as modificações que com o tempo foram introduzidas no circuito.
Era lá que os carros precisavam de muita velocidade, na década de 60 a Porsche fez um spoiler traseiro que mudava de posição, ficando com ângulo maior na entrada da curva, mas foi banido, assim como as asas moveis depois de muitos acidentes. Então o remédio era fazer uma longa traseira com a asa fixada mais abaixo para aproveitar toda sua geração de força e permitir uma maior velocidade na reta.
Os alemães, ingleses, franceses tinham uma denominação para estas modificações nos carros, mas os italianos a chamavam de Coda Lunga, apenas cauda longa para nós em português, mas a palavra cantada na bela língua e as maravilhas que elas traziam nos carros me deixavam maravilhado!
Rui Amaral Jr
1973, Ferrari SEFAC SpA, Ferrari 312 PB 73 Arturo Merzario/Carlos Pace
1973, Equipe Matra-Simca Shell, Matra-Simca MS670B, Henri Pescarolo/Gérard Larrousse
1973, Duckhams Oil, Lola T280 - Ford Cosworth DFV/Nicholson, Alain de Cadenet/Chris Craft
1972, Autodelta SpA, Alfa Romeo Tipo 33TT3, Andrea de Adamich/Nino Vaccarella
1970, North American Racing Team, Ferrari 512 S, Ronnie Bucknum/Sam Posey.
1971, North American Racing Team (Roger Penske / Kirk F. White), Ferrari 512 M, Mark Donohue/David Hobbs.
1971, John Wyer Automotive Engineering,Porsche 917 LH, Jo Siffert/Derek Bell.
1973, Equipe Matra-Simca Shell, Matra-Simca MS670B, Francois Cevert/Jean-Pierre Beltoise.
1974, Equipe Gitanes, Matra-Simca MS670C, Henri Pescarolo/Gérard Larrousse.
NT: Além de minha memoria, meus arquivos, tudo que vi e li no automobilismo, constantemente consulto alguns bons sites de automobilismo;
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Rui Amaral Lemos Junior
segunda-feira, 14 de janeiro de 2013
FERRARI 512 S/M 1970/71
1971 a 512M da NART da Ecurie Francorchamps, 5º lugar com Hughes de Fierlant e Alistair Walker.
Para isso Enzo determinou à Mauro Forghieri projetasse o novo carro, o que foi feito em menos de três meses, fora os 25 que deveriam ser construídos para a homologação.
Nascia assim, em 1970, a Ferrari 512S e logo a seguir sua evolução a 512M de Modificata.
1970 Le Mans, a 512S Coda Lunga da NART, 4º lugar com San Posey/Ronnie Bucknun
1970 Le Mans, Herbert Muller/Mike Parkes
Em sua primeira corrida no Mundial, as 24 Horas de Daytona, apesar de largar na pole com o trio Andretti/Ickx/Merzario colocando 1.30/100s sobre o 917K de Sifert/Redman, conseguiu apenas o terceiro lugar 48 voltas atrás do 917K de Rodriguez/Kinnunen o vencedor e três voltas atrás do 917K de Siffert/Redman. Apesar da Ferrari, com a 312P da NART de San Posey/Mike Parkes ter vencido na categoria Prototipos até 3 litros a Ferrari queria mais.
Veio Sebring e a vitória, naquela exibição exuberante de Mario/Vacarella/Giunt, mas depois o que se viu foi um domínio espetacular da Porsche, tendo vencido as oito corridas restantes do campeonato, algumas até com o renovado 908 agora na versão 3.
Em 1971 a fabrica deixa à várias equipes particulares a tarefa de representarem a Ferrari no campeonato, entre elas a sempre presente NART, a Penske, Montjuich, Filipinetti. Gelo Racing, Francorchamps e outras. Foi um ano de maus resultados, quando até a Alfa Romeo com seu modelo 33T de 3 litros da categoria Prototipos venceu na geral.
Para 1972 o regulamento mudou, mas aí já é outra história!
Rui Amaral Jr
1972, 500 KM de Interlagos, no Retão atrás do Avallone pilotado pelo Baixinho, Herbert Muller o 4º colocado
1970, Targa Florio a 512S Spyder de Ignazio Giunti/Nino Vacarella, 3º lugar.
Parados a Alfa Romeo Giulia TZ #156 de Salvatore Barraco/Amphicar e a Ferrari Dino 206 S Spider #58 de Pietro Lo Piccolo/Salvattore Calascibetta
Parados a Alfa Romeo Giulia TZ #156 de Salvatore Barraco/Amphicar e a Ferrari Dino 206 S Spider #58 de Pietro Lo Piccolo/Salvattore Calascibetta
Muller em Interlagos
512M, Mike Parkes
512 S
Realizzata in soli tre mesi dall'équipe guidata da Mauro Forghieri, montava il motore V12 da quasi 5 litri completamente in lega leggera con quattro valvole per cilindro. Il telaio, di tipo multitubolare, era uno sviluppo derivato dalla P4 e dalla 612. La carrozzeria, studiata da Giacomo Caliri, alla ricerca della leggerezza fu costruita in poliestere. Prodotta sia in versione berlinetta sia in versione spider, prese parte al Campionato Mondiale Marche 1970 e 1971 vincendo a Sebring ed a Kyalami.
Motore
Motoreposteriore, longitudinale, 12V 60°
Alesaggio e corsa87 x 70 mm
Cilindrata unitaria416,13 cm3
Cilindrata totale4993,53 cm3
Rapporto di compressione11,5 : 1
Potenza massima 404 kW (550 CV) a 8500 giri/min
Potenza specifica 110 CV/l
Coppia massima-
Distribuzionebialbero, 4 valvole per cilindro
Alimentazione iniezione indiretta Lucas
Accensionemono, elettronica
Lubrificazionecarter secco
Frizionemultidisco
Autotelaio
Telaiotubolare in acciaio
Sospensioni anterioriindipendenti, quadrilateri trasversali, molle elicoidali, ammortizzatori telescopici, barra stabilizzatrice
Sospensioni posterioriindipendenti,quadrilateri trasversali, molle elicoidali, ammortizzatori telescopici, barra stabilizzatrice
Frenia disco
Cambio5 rapporti + RM
Sterzopignone e cremagliera
Serbatoio carburantecapacità 120 l
Pneumatici anteriori4.25-11.50-15
Pneumatici posteriori6.00-14.50-15
Carrozzeria
Tipo di carrozzeriaspider, berlinetta, 2 posti
Lunghezza4060 mm
Larghezza2000 mm
Altezza972 mm
Passo2400 mm
Carreggiata anteriore1518 mm
Carreggiata posteriore1511 mm
Peso840 kg a secco
Prestazioni
Velocità massima340 km/h
512 M
La 512 M -dove "M" sta per modificata- è una diretta evoluzione della 512 S. Sulla base delle esperienze effettuate in gara, furono potenziati i dischi dei freni posteriori e studiate nuove sospensioni. Il motore, più leggero e potente, ricevette nuove testate sempre a 4 valvole per cilindro, che ne migliorarono il rendimento mentre la carrozzeria, in poliestere, fu resa più affusolata ed aerodinamica. Dopo l'esordio, nel 1970 sul circuito di Zeltweg, prese parte al Mondiale Marche 1971.
Motore
Motoreposteriore, longitudinale, 12V 60°
Alesaggio e corsa87 x 70 mm
Cilindrata unitaria416,13 cm3
Cilindrata totale4993,53 cm3
Rapporto di compressione11,5 : 1
Potenza massima 449 kW (610 CV) a 9000 giri/min
Potenza specifica 122 CV/l
Coppia massima-
Distribuzionebialbero, 4 valvole per cilindro
Alimentazioneiniezione indiretta Lucas
Accensionemono, elettronica
Lubrificazionecarter secco
Frizionemultidisco
Autotelaio
Telaiotubolare in acciaio
Sospensioni anterioriindipendenti, quadrilateri trasversali, molle elicoidali, ammortizzatori telescopici, barra stabilizzatrice
Sospensioni posterioriindipendenti, quadrilateri trasversali, molle elicoidali, ammortizzatori telescopici, barra stabilizzatrice
Frenia disco
Cambio5 rapporti + RM
Sterzopignone e cremagliera
Serbatoio carburante capacità 120 l
Pneumatici anteriori4.25-11.50-15
Pneumatici posteriori6.00-14.50-15
Carrozzeria
Tipo di carrozzeria berlinetta, 2 posti
Lunghezza4180 mm
Larghezza2015 mm
Altezza985 mm
Passo2400 mm
Carreggiata anteriore1518 mm
Carreggiata posteriore1511 mm
Peso815 kg a secco
Prestazioni
Velocità massima 310 km/h
NT: Não traduzi as especificações pois preferi deixar no original do site da Ferrari, de onde tirei a maioria das informações.
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Rui Amaral Lemos Junior
domingo, 13 de janeiro de 2013
12 Horas de Sebring 1969
Amon entra na Ferrari #25, ao lado a Lola T70 MK3 #9 de Donahue/Bucknun, o Porsche 908/2 #29 de Mitter/Schutz e Jo Siffert entra no 908/2 #31.
Achei um vídeo magnífico, apesar da qualidade da imagem, nele vê-se todos pilotos, a tomada de ponta pelos 908/2, Mario e Amon tocando a Ferrari com maestria, Mark Donahue, e muitos, muitos mais grandes pilotos, ídolos de minha adolescência!
Aparece a certa altura o ator Frank Garner, este um verdadeiro aficionado, dono da equipe AIR - American International Racers - que representava a AMC nas corridas.
No vídeo a certa altura, já à noite, os carros de Mario/Amon, Ickx/Oliver, e Siffert/Redman aparecem juntos num belo duelo.
Porsches, Camaros -acho até que vi o do Chico por lá - Corvettes, Austin Healeys, Mgs... Acredito que ficaria aqui algumas horas e não conseguiria transmitir a emoção que senti ao assistir!
Rui Amaral Jr
Amon na Ferrari 312P
Siffert no Porsche 908/2
Ford GT40 de Ickx/Oliver
Quatro Rodas, Abril de 1969
GRID
RESULTADO
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Rui Amaral Lemos Junior
sábado, 12 de janeiro de 2013
12 horas de Sebring 1970
Era a segunda etapa do Campeonato Mundial de Esportes Protótipos, na primeira os Porsches 917K haviam dominado, com o primeiro Pedro Rodriguez/Leo Kinnunen/Brian Redman e o segundo de Jo Siffert e Brian Redman que conduziu os dois carros. A Ferrari com sua 512S chegou em terceiro com Mario Andretti, Arturo Mesário e Jackie Ickx, apesar deste carro ter feito a pole. Na categoria até 3 litros a Ferrari venceu com o quarto lugar na geral de San Posey e Mike Parkes que pilotaram uma 312P coupe da NART - North American Racing Tean.
Chega Sebring e a nata do automobilismo mundial estava presente, na categoria Sport até 5.000 eram várias Ferrari, Porsches, os favoritos, Lola, Ford GT40. Na Protótipos até 3 litros, a briga era maior ainda com as Ferrari 312P, Matra-Simca MS650, Alfa Romeo 33/3, Porsche 908/2.
Eram 83 inscritos, desses treinaram 73 carros e 68 se classificaram para a largada, além dos citados acima eram vários carros das outras categorias, como Abarth, Chevron, Lotus na categoria Protótipos e os inúmeros carros de Turismo como Camaro, Corvette, MG, Porsche, Alfa Romeo, Lancia, Mustang, Javelin, Austin Healey, BMW, Fiat, Volvo...
GRID
A Ferrari 512S de Mario e Arturo
Na largada Revson Porsche 908/2 ao lado a Ferrari 312P da NART #22 de Mike Parkes/Chuck Parson, #23 outra 312P de Tony Adamowicz/Luigi Chinetti Jr.
Na largada Mario Andretti, Ferrari 512S, faz valer a pole e pega a ponta, como se vê no vídeo, seguido de perto por Jo Siffert, Porsche 917K, numa briga feroz entre dois gigantes. Apesar de estarem pilotando os outros carros vários outros gigantes, entre eles Black Jack de Matra, Pedro Rodriguez de Porsche, Piers Courage de Alfa Romeo, numa lista incrível de grandes nomes, Jo e Mario lutam ferozmente pela ponta.
Na primeira parada (aos 3 minutos do vídeo) vê-se o desespero de Mauro Forghieri para levar novamente a Ferrari para pista, quando Mario é substituído por Merzario. A noite cai e a 512S de Mario/Arturo, que vinha brigando pela ponta, apresenta problemas de cambio, abandonando. Logo a seguir Mario assume o lugar de Giunti, na 512S #21 de Vacarella/Ignazio Giunti.
Muitos carros de ponta quebram e para surpresa geral o Porsche 908/2 de Peter Ravson/Steve McQueem, está na ponta e Revson depois de pilotar por mais de 11 horas entrega o carro ao ator, que depois de uma curta permanecia devolve o carro a Revson. À 12 minutos do final o 917K de Siffert/Rodriguez/Kinnunen tem problemas e Mario parte para uma vitória emocionante, disputada desde o inicio da corrida!
Começo da corrida, Mario e Revson.
RESULTADO
Li muito tempo atrás um depoimento de Mario em que ele conta sobre esta corrida e toda emoção que teve durante as 12 horas. A certa altura comenta a corrida de Revson/McQueen e elogiando a grande tocada de Revson se mostra chateado, pois os alto falantes do autódromo falavam apenas do ator, quando a total responsabilidade pela tocada era de Revson. Conta ainda que quando foi passar pelo 908/2 pilotado pelo ator estava com um pouco de raiva, mas passou tão rápido por ele que nem notou. Vou transcrever parte deste depoimento que achei em inglês: Mario Andretti wasn’t very happy about McQueen getting so much attention, “I remember they kept announcing, ‘Steven McQueen! Steve McQueen! Steve McQueen!” Andretti said in a phone interview, “They never mentioned Revson, and Revson drove the lion’s share of that race because Steve had a broken foot. Revson was doing a phenomenal job, obviously, but he never got mentioned. So that sort of motivated me somewhat.”
Para Ronaldo, Paulo, Ararê, André e Walter, que acertaram a charada da foto na mosca!
Um abração,
Rui Amaral Jr
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Rui Amaral Lemos Junior
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