A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Conta Francis...




Bom dia meus caros amigos!
Anexo algumas fotos do último final de semana em Lontras, onde vivi a maior emoção da minha vida de "pÊloto" vencendo pela primeira vez uma corrida.
No sábado conseguimos um acerto perfeito no carro e marcamos a pole, e no domingo a vitória veio de ponta a ponta nas duas baterias, com direito a melhor volta da prova na 2ª bateria.
Com os resultados assumimos a liderança isolada na categoria TCC "A" com 90 pontos.
Vale registrar também que nesta prova tivemos 20 inscritos na Turismo Clássico Catarinense, onde eu, na condição de criador e fundador da categoria, fico com a felicidade redobrada em ver o crescimento e solidificação da mesma, e há 2 anos somos o maior grid de Santa Catarina.
De minha parte, só posso agradecer pelo apoio que venho recebendo de todos.
Essa vitória é dedicada à vocês!

Francis Henrique Trennepohl

 O belo grid...
 Marcelo Pacheco na pole toma a ponta, seguido de Francis...





 A bela briga de Marcelo e Francis...






Bela foto, parabéns Elke! 







link


FOTOS: Elke Zalazik, Ingo Hofmann, Barulho de Motor

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 Nada mais à comentar sobre este fim de semana maravilhoso, no Sábado a vitória do Heitor e no Domingo as vitórias do Francis e Tony. Essa molecada enche nossos corações de alegria e emoção e não sei por que nossos olhos de um brilho feliz e algumas lágrimas!
Parabéns dos Alictões "um  pouco" mais velhos, falando por eles e por mim podem ter certeza que nos orgulhamos muito de vocês!

Rui Amaral Jr

    

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Hobby - por Edwin Takeuti

 Edwin entre o Cadillac 1961 e o Fleetline 1951

Basicamente podemos definir um hobby como algo que você faria por prazer, distração e diversão. Na realidade um hobby é uma válvula de escape para desanuviar os problemas do cotidiano. 
Escolhi meu “passatempo” com o coração pois sempre gostei de automóveis e motores, mas por razões financeiras somente pude ir atrás daquilo que gosto quando me senti estabilizado. Meu hobby é o antigomobilismo, um hobby caro mas é melhor ir atrás de um rabo de lata do que um rabo de galo ou rabo de saia...
Este mundo é extenso, passa por colecionadores de velharias, antiguidades raríssimas, artigos de luxo como relógios, canetas, até aqueles que gostam de colocar a mão na graxa, literalmente falando, passando grande parte do seu tempo ocioso procurando peças para a manutenção do seu carro antigo.
É comum o amante de carros antigos ter coleções de revistas especializadas no tema, livros sobre determinados tipos de carros, alguns ou muitas(já vi pessoas com mais de mil) miniaturas de carros de vários tipos e tamanhos e prateleiras repletas de lembranças dos encontros de carros antigos.
Eu pessoalmente tenho uma parede do escritório forrada de miniaturas e um armário cheio de revistas e tranqueiras em geral antigas e voltadas ao universo dos carros antigos, geralmente trancada, mas se alguém mexe, eu percebo rápido tal é o tamanho do ciúme que tenho pelas minhas coisas.


Edwin entre seu neto Gabriel e o Cel Carlos Miranda nosso eterno Vigilante Rodoviário! 

Agora ciúme mesmo eu tenho pelas minhas ferramentas que uso para mexer no meu carro antigo. Tenho um quadro completo de ferramentas que vão de vários tipos de chaves de fenda, alicates e chaves de boca em polegadas e em milímetros, todas dispostas em ordem crescente de tamanho.
Fora a parte do “salão de beleza” do meu antigo. Vixe..., aí tem vários tipos de massas e cremes para polir, polir e cristalizar a pintura, polir os frisos cromados, polir os frisos de alumínio, limpar e lustrar as rodas, “pretinho” e “branquinho” para os pneus, hidratação dos bancos de couro, do painel de instrumentos . 
Normalmente um indivíduo começa sua vida de antigomobilista através de revistas especializadas em carros, contatos com outros indivíduos da mesma espécie ou tendo contato mais específico como um carro antigo que está na família há muito tempo ou vendo um evento e admirando essas reluzentes relíquias.
Uma vez espetado por esse vírus chamado ferrugem, dificilmente curável e cada vez mais doente, o indivíduo tende a comprar mais e mais peças velhas, carros velhos que qualquer pessoa normal consideraria um lixo e você o olha com os olhos esbugalhados de desejo. Esta atração por coisas velhas caindo aos pedaços, pra você tende a ser normal pois o bichinho da ferrugem esta dando comichão nas suas mãos e coçeira no seu cérebro(tenho certeza que você já viu uma pessoa coçando a cabeça ao pensar na compra de um objeto). Você já imagina aquele carro inteiro reluzente, com os cromos brilhando, estofamento cheirando a carro novo, desfilando alegremente na passarela de premiação de Águas de Lindóia.
Isso “Lindóia” que há vinte anos atrás era sinônimo de água mineral, hoje é a Meca dos antigomobilistas. Lá durante 5 dias, milhares desses “doentes” picados pelo bichinho da ferrugem, reúnem-se para trocar informações, jogar conversa fora, exibir suas raridades, comprar carros antigos, peças que procurou anos a fio, e tirar milhares de fotos dessas maravilhosas máquinas restauradas pelos colecionadores, para mostrar aos seus amigos que não puderam ir.
Ahh cuidado!!! Dizem que quem vai uma vez, tem vontade de repetir a dose voltando no ano seguinte. Se voltar no ano seguinte, já terá sido picado pelo bichinho da ferrugem e começará a juntar algum dinheiro para comprar o primeiro carro antigo, nem que seja um Fusca mil novecentos e nada, e ai de quem criticar esse carro...
Saudações antigomobilisticas.

Edwin Takeuti – 29/05/2013.

OS: Amanhã começa mais um encontro em Águas de Lindóia e lá estaremos, com certeza.




NACA


Graham Hill - Lotus 72

Em seu relato sobre a vitória na 5ª etapa da Formula VEE o Heitor conta como para substituir a ventoinha usou uma tomada de ar NACA.
Sobre a retirada da ventoinha, que refrigera principalmente as camisas  nos motores VW Boxer, seu tio Jr Lara tentou fazer o mesmo em seu VW D3, mas os resultados não foram os mesmos, aquecendo demais, outros pilotos nos VW tentaram várias alternativas, mas acredito que sem muito sucesso, eu mesmo nunca tentei. Usávamos as ventoinhas em corridas curtas apenas para refrigeração, já que retirávamos o induzido do alternador e balanceávamos o conjunto. Creio que sua retirada e substituição por uma tomada de ar traga um ganho de potencia de algo em torno de 2 à 4 Hps.
A NACA -National Advisory Committee for Aeronautics / Comitê Consultivo Nacional para a Aeronáutica-  foi criada nos EUA no começo do século passado para ajudar no desenvolvimento aerodinâmico dos aviões e muitos de seus projetos são utilizados até hoje, como a tomada de ar. No final da década de 50 foi dissolvida e seus projetos, ativos e pessoal técnico foi transferido para NASA -National Aeronautics and Space Administration.        

Rui Amaral Jr


Nas duas fotos o VW D3 do Jr Lara sem a ventoinha.
A nova tomada de ar do carro do Heitor
Lamborghini Countach
Bugatti Veyron Super Sport 3
Seu uso na aviação.

terça-feira, 28 de maio de 2013

5a Etapa do Campeonato Paulista de FVee por Heitor Luciano Nogueira Filho

Antes da largada com a filha Julia e o sobrinho Jorge...

Após o término da etapa passada da FVee, fiz um apanhado geral de tempos e dados da minha telemetria e cheguei a conclusão que com meu tempo de corrida, que resultou num terceiro lugar, eu teria ganho as outras três etapas anteriores, isso prova que evoluímos, mas os concorrentes evoluíram mais ainda e havia uma coincidência entre eles.....ambos não usavam a famosa ventoinha e eu sim..... Meu foco passou a ser então fazer todo o projeto e realização da retirada da ventoinha do nosso carro. Contudo queria fazer um projeto que fosse 100% reversível, ou seja que eu pudesse a qualquer hora retornar para o sistema de ventoinha sem maiores mudanças. Iniciei então um verdadeiro brainstorming na minha cabeça, pensando em todos os aspectos que envolviam essa mudança e consultei diversas fontes para ter os dados necessários para o projeto. Um dos pontos mais determinantes era também o tempo , pois dispúnhamos praticamente de 16 dias até a próxima corrida, o que é bem pouco quando se pensa em fazer uma mudança dessa natureza da forma correta e mais precisa o possível, pois não se tem muito tempo para treino antes da corrida. Basicamente apenas os treinos de quinta feira, pois na sexta o carro já tem que estar com a configuração que fará a corrida no sábado..... Um dos primeiros a quem recorri foi o Marco Antônio da Kremer Design que tem sido meu " guru" quando o assunto é peças em fibra e aerodinâmica. Como dispúnhamos de pouco tempo, procuramos um molde de " naca" que ele tivesse pronto e se encaixasse no meu projeto....depois de um tempinho procurando achei uma que era 90% do que eu imaginava como sendo o ideal e ai passei a parte de execução da captação do ar da tampa traseira para as latas de refrigeração dos cilindros, que fiz através de dutos de 4 polegadas. Depois de achar um fornecedor, bolei e executei as placas de fixação no chassis para encaixe das mangueiras e determinei o local exato do furo na tampa, para depois encaminhar a mesma para o Marquinhos executar o trabalho de " colar" as "nacas".


 Nas duas fotos do Joel nota-se as novas tomadas de ar que substituíram a ventoinha. 


O trabalho todo ficou pronto na quarta feira véspera do treino e eu achei que tinha ficado muito bom, acabei até fazendo um pequeno corte de 50mm para reduzir a entrada porque julguei ( foi de achômetro mesmo, pois o carro nem tinha andado) que estava um pouco acima do suficiente e com isso geraria um arrasto adicional indesejável nas retas .
Como o motor tinha esquentado um pouco na corrida passada ( vide relato da 4a etapa) preparei também um novo mapa de injeção ( Mapa 6) para testar também na quinta feira, juntamente com a nova tampa e o novo sistema " RAM-AIR " kkkkkkk
Chegou a quinta feira e no primeiro treino chovia, como não traria nenhum resultado que servisse de parâmetro , resolvi abortar e aguardar pelo segundo treino. No segundo treino a pista estava 80% seca mas a temperatura muito baixa ( cerca de 17o) e uma alta umidade relativa do ar. Entrei na pista e fui acelerando com muita cautela, de olho nos relógios de temperatura e pressão de óleo. Depois do tradicional warm-up do motor, comecei a mandar bota e o motor estava meio lento, fruto de uma mistura rica demais, mas por outro lado, logicamente trabalhando gelado...o que foi muito bom, mostrando que o sistema estava dentro do esperado. Obviamente o tempo que viramos ( 02: 03.314 ) foi acima do esperado, e resolvi voltar o mapa da corrida anterior ( Mapa 5) , já que as condições climáticas estavam bem diferentes. Saímos no terceiro e último treino e já na saída senti o motor bem mais "aceso" o que me deixou bem empolgado e continuei controlando bastante a temperatura e pressão de óleo.... o carro estava muito bem e comecei a acelerar forte...viramos 02:02.420, um bom tempo, mais eu queria mais......02:02.120......quero mais......02:01.001...CARACA !!!!! Aí até eu fiquei surpreso !! Temporal, decidi parar e economizar o equipamento, já tinha encontrado o que eu procurava !!!
Na sexta feira preparei um novo mapa ( Mapa 7) para testar como alternativa. Porém já haviam andado antes alguns carros e a pista estava meio suja , após algumas voltas viramos 02:03.670 , mas com boa resposta do motor, mas no meu feeling ainda inferior ao do Mapa 5. No segundo treino estourou um motor de alguém logo na primeira volta e o treino foi totalmente perdido. Procurei apenas rodar para ter certeza da estabilidade da temperatura em períodos mais longos ( 30 min) e foi o que fiz, sem preocupar-me com tempo de volta.
O sábado amanheceu lindo e Graças a Deus no momento que entramos na pista em nossa classificação, encontramos uma pista 100% em condições de acelerar e foi o que eu fiz... no início o melhor tempo girou entre três pilotos, eu o Emilio e o Matheus, depois foi baixando e ficamos apenas eu e o Matheus, e a cada volta um ficava na ponta até que ele estabeleceu o tempo de 02:00.499, um tempo praticamente impossível de ser batido. Meu radio me passou o tempo e disse que eu tinha apenas 3 minutos para o final da tomada, ai foi aquela hora de concentração máxima!! Abri uma nova volta e fui fazendo tudo no limite e sem erros, uma a uma fui percorrendo as curvas do Templo, até chegar na Junção, sabia que se acertasse ela, teria grande chance de tomar a pole do Matheus... mandei o pé no porão, o carro fez absolutamente no limite e..PERFEITA !! Comecei a subida, engatei a quarta e fui para a linha de chegada..... 02:00:337 ..... A POLE ERA NOSSA !!!!!!! 


Classificação; a Junção feita de maneira perfeita... 

Final de classificação....muitos cumprimentos, coisa e tal, mas já estava focado na corrida, minha equipe HT GUERRA fez uma série de checagens em pontos chave do carro , tentando reduzir ao máximo qualquer chance de quebra.



Hora da largada... fiz uma largada média, pois deixei as rodas patinarem um pouco além do ideal, mas mantive a ponta na entrada do S do Senna, porém na reta oposta o Matheus aproveitando-se do meu vácuo ultrapassou-me antes mesmo da freada do Lago e cai para segundo, foi ai que dei uma bobeada e mantive a linha externa na descida e o Emilio enfiou o carro e me tomou o segundo na entrada do Laranjinha. Passei para terceiro, mas estava confiante que na minha vez de usar o vácuo teria condições de passá-los. Na primeira volta ambos estavam duelando forte na entrada do S e resolvi recolher e fazer um traçado mais redondo. Na curva do Sol tentei colocar por fora do Emílio pois vinha bem mais lançado mas ele ao me ver deixou o carro rolar pra cima e me mandou na grama, o que me obrigou a reduzir e voltar para trás. Fiquei meio decepcionado com a atitude dele, pois na corrida passada o Matheus fez a mesma manobra em cima de mim e eu permiti que ele passasse, já que tinha tomado a linha externa antes do final da curva. Bom, fiz todo miolo atrás dos dois e me preparei para fazer uma bela Junção e foi o que aconteceu... perto da linha de chegada peguei um vácuo cruzado dos dois carros e puxei para o lado de fora no final da reta, conseguindo vantagem suficiente para entrar por fora na frente de ambos no S do Senna e fazer um contorno bem veloz que impossibilitou-os de tentar pegar meu vácuo na reta oposta. Quando percebi que tinha aberto essa vantagem, acelerei tudo que podia e que também não podia (kkkk) e fui abrindo uma vantagem milimétrica volta a volta, tirando eles do meu encalço, passando a administrar apenas os mostradores do meu painel, conferindo as condições da máquina. E assim foi até a bandeirada final !!!!


Já na ponta...
O mapa da corrida feito pela Julia...
Classificação final, 5.943s à frente!
 Vitorioso com Julia e Mariana, lá atrás Santo...

Zullino, Heitor pai, Humberto Guerra e Heitor conversando... 
Heitor recebendo o troféu das mãos de sua mãe Lia...


Mal podia acreditar que dessa vez tudo tinha dado certo, nada falhou, foi quase como um daqueles filmes de ação, onde tudo dá certo.......kkkkk
Engraçado que logo depois do final da corrida, quando saí do carro me veio uma estranha seqüência na cabeça......5a etapa dia 25/5 ...mapa 5 , vence o carro 55. será mesmo apenas coincidência ???
Abraço a todos e até a próxima

Heitor Luciano Nogueira Filho

FOTOS: Ana Luiza Andreoni, Joel Marcos Cesetti, Humberto da Silva Fotografia