A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

A primeira vitória de Fangio na Formula Um


GP de Mônaco - Monte Carlo 1950 

Curva da Tabacaria na primeira volta, uma onda invadiu a pista e sua consequenci foi o abandono de nove carros.

Já contei aqui sobre a primeira corrida da nova categoria, a Formula Um, vencida por Nino Farina em Silverstone, escrevi também sobre a Alfa Romeo 150/50 usado nos dois primeiros anos da categoria e finalmente o Caranguejo e eu já escrevemos inúmeros posts sobre essa época e seus grandes campeões.
Hoje mostro a vocês a primeira vitória de Juan Manuel Fangio el Chueco na Formula Um no segundo GP da temporada em Mônaco.
A equipe Alfa Romeo em 1950 era poderosa nela corriam grandes campeões de antes da guerra e grandes promessas do automobilismo. Nela corriam Nino Farina, Luigi Fagioli e a grande promessa do futuro El Chueco ou Juan Manuel Fangio  apesar de já ser quarentão.

Fangio a caminho de sua primeira vitória passa pelos carros que ficaram na Tabacaria o #32 de Nino Farina. 

Em Mônaco após largar em terceiro em Silverstone el Chueco fez a pole seguido por seu companheiro Nino Farina em terceiro e entre eles a Ferrari 125 de Luigi “Gigi”Villoresi. 
Fangio com a propriedade que lhe era peculiar largou na ponta e foi seguido por Nino e Giggi e logo quando chegam à curva da Tabacaria uma onda vinda do porto invadiu a pista e Nino no segundo lugar roda e provoca o caos tendo oito carros ficado de fora da corrida logo de cara. Vejamos  #32 Nino Farina, #36 Luigi Fagioli, #16 Louis Rosier, #52 Toulo de Graffenried, #24 Cuth Harrison, #10 Robert Manzon, #44 Franco Rol, #12 Maurice Trintignant, #8 Harry Schell. 
A corrida continuou com Fangio na ponta e mesmo após a primeira volta a pista molhada na Tabacaria fez novas vitimas.
Após 3h13m18s e 70/100 Fangio cruza a linha de chegada em primeiro, fazendo ainda a melhor volta da corrida com 1m51s e chegando quase um minuto à frente do segundo colocado Alberto “Ciccio” Ascari com a Ferrari 125 #40, Louis Chiron, Raymond Sommer, Príncipe Bira Bhandubandh, Bob Gerard e Johnny Claes sendo esses os únicos carros a terminarem após vinte e um haverem largado.
Naquele ano Nino Farina foi o campeão, mas essa foi a primeira vitória do Grande Chueco que ao final de 1957 o levaria ao quinto titulo mundial. 


Rui Amaral Jr


Há sobre essa corrida, além do fato de ser a primeira da série de 24 triunfos do Chueco na F1, alguns fatos bem interessantes. Marcou a estréia da Ferrari na categoria; Stirling Moss venceu a prova preliminar de F3 e o "Quíntuple" deu uma demonstração de que não só era só o melhor piloto daquela geração e tinha "faro" para escolher seus carros: após a largada, o pelotão principal foi colhido por uma onda (!!) na Curva da Tabacaria. Como era o líder, Fangio foi o único que escapou ileso. Na segunda volta, mesmo sem ser alertado pelos fiscais de pista, o Chueco intuiu que havia perigo adiante, pois notou que nas arquibancadas, os torcedores não olhavam para ele e sim para a frente. Diminuindo a velocidade, conseguiu passar pelos destroços e venceu com larga margem sobre Alberto Ascari (uma volta). Ganhou, mas não compareceu à cerimônia de premiação. Motivo, foi ao hospital ver como estavam os compatriotas Froilan Gonzalez e Alfredo Pian. Pepe Gonzalez havia enfrentado um incêndio em seu carro e Pian fraturou a perna numa batida no treino de sábado. Campeão dentro e fora da pista também.
Caranguejo 








terça-feira, 9 de agosto de 2011

THIAGO



Ontem recebi do Paulinho Valiengo o texto em que ele nos conta o que foi a Corrida do Milhão na Stock Car, ele conhece muito de automobilismo pois foi piloto e dos bons, ajudou a fundar a antiga Stock e nela correu.
Alguns aspectos da Stock não me agradam tanto e agora não é hora de discordar e escrevo simplesmente para mostrar o que senti vendo a super corrida que vi.
O espetáculo dentro da pista foi de primeiríssima, após a entrada do Safety Car, o que se viu foi um corridaço com vários pilotos disputando a ponta, a certa altura na freada do S lembro de uma bela briga entre uns doze carros.
Ainda ontem conversando com o Jr. -Lara Campos- comentamos aquela maravilha que nos encheu os olhos e sobretudo da grande tocada do Thiago.   
Sou fã incondicional de sua forma de pilotar e sua postura durante a corrida, domingo após tomar a ponta numa manobra belíssima sentou a bota e abriu uma grande vantagem sobre o segundo colocado, impedindo assim qualquer reação.
Ele possui sem duvida alguma aquele talento natural que tanta falta faz a muitos hoje em dia, e sem medo de errar posso dizer que sua tocada me levou a compará-lo com grandes pilotos que conheci.
Parabéns Thiago à sua equipe e a sua família.      
Rui Amaral Jr


 PAULO VALIENGO comunicação e marketing
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Justa comemoração

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Camilo "na luta"

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O merecido milionário no pódio

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Camilo, Serra (esq) em 2º e Max Wilson em 3º

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(reenvio) Thiago Camilo: O merecido milionário da Stock Car!
Camilo é "prata da casa"
São Paulo - 08/07/2011 - Embora no automobilismo existam críticos que só falam do passado, até os mais céticos são praticamente obrigados a reconhecer, o excepcional patamar que a Stock Car brasileira se encontra no momento atual.

Na última etapa realizada nesse domingo (07/07) em Interlagos, que foi brilhantemente vencida pelo paulistano Thiago Camilo, ficou claro o altíssimo nível técnico dos pilotos dessa categoria, que embora tenha nome norte-americano, é autenticamente brasileira. 

Todo o marketing dessa prova, além do premio de um milhão de reais, foi montado sobre a vinda do piloto canadense Jacques Villeneuve, que iria participar desta etapa paulistana.

É preciso ficar claro que Villeneuve não é apenas mais um ex-piloto de Fórmula Um, uma vez que a Stock Car está acostumada com esse nível de competidores, porque acredito que mais de dez desses profissionais, já participaram da nossa categoria. 

Villeneuve junto do nosso grande Emerson Fittipaldi e do ítalo-americano Mario Andretti, são os únicos pilotos do mundo a vencerem campeonatos na Fórmula Um, na Fórmula Indy e as 500 Milhas de Indianápolis, a maior prova do automobilismo mundial.

Além disso, Villeneuve é filho de Gilles Villeneuve, que venceu apenas seis corridas na Fórmula Um, mas é um de seus maiores ídolos póstumos, ao lado de Senna, Peterson, Cevert e tantos outros. Sem dúvida o sobrenome Villeneuve é tão carismático quanto Fittipaldi e Senna.

Apesar de toda essa indiscutível experiência e talento, Villeneuve sofreu muito em todos os treinos e não conseguiu nada melhor do que a vigésima sétima posição no grid de largada. 

Certamente pensou que com toda a sua experiência acumulada na Indy, em relação à troca de pneus e abastecimento, iria fazer uma grande largada, ganhar várias posições e quem sabe chegar até o pódio. Não conseguiu nada, fez uma prova muito modesta e terminou em 18º.

Quem fez tudo que o Villeneuve queria fazer, foi o brasileiro Max Wilson, atual campeão da categoria, que largou pior que o último porque saiu dos boxes, fez uma corrida fantástica e conseguiu subir no pódio ao lado de Daniel Serra em segundo e Camilo em primeiro.

Thiago Camilo, que foi o grande vencedor dessa terceira edição da corrida do milhão é "prata da casa". Thiago é a prova viva de que o "talento natural" é raro, mas existe. Ele nunca correu fora do país em outras categorias de base e também nunca fez nenhum curso de pilotagem internacional e famoso. Sua carreira no automobilismo começou aqui mesmo, na Stock Light, com apenas 16 anos na temporada de 2.000. 

Thiago Camilo é filho de Bel Camilo, um ex-piloto da Stock Car, que dentro de seus limites políticos e financeiros, fez tudo o que podia para alavancar a carreira do filho na Stock e acompanhou e acompanha até hoje Camilo em todas as etapas do campeonato.

Obviamente o pai foi recompensado, porque Thiago Camilo se tornou um dos melhores pilotos do automobilismo brasileiro, com um estilo próprio, demonstrando grande arrojo, mas ao mesmo tempo uma frieza e tranqüilidade que fazem uma diferença absoluta no árduo caminho da vitória.

Camilo é um piloto atirado, porque se tiver que se lançar "por fora" numa curva de alta velocidade não se intimida, arrisca tudo, se esfrega no outro carro e quase sempre acaba se dando bem. Ao mesmo tempo, se tiver que economizar pneus, combustível e guiar com a direção elétrica quebrada ele também consegue, porque é inteligente, calculista, forte e determinado.

Quando larga lá na frente, vai embora sem olhar nos espelhos e sem errar, e quase sempre estabelece a volta mais rápida da prova. Quando larga atrás, como nessa prova do milhão, ele sempre consegue se destacar da maioria dos pilotos, fazendo corridas memoráveis em que vai surgindo do nada e acaba vencendo.

Na última corrida da temporada de 2009 da Stock Car, Camilo nas voltas iniciais do treino de sexta feira, teve um problema no freio e destruiu seu carro no fim da reta dos boxes em Interlagos. O carro foi refeito dentro do possível, ele fez a pole no sábado e no domingo ganhou a corrida de ponta a ponta, e ainda fez a melhor volta da prova.

Na prova de abertura do Campeonato de Marcas de 2011 em Tarumã (RS), onde ele corre na equipe de Carlão Alves, Camilo largou em último na primeira bateria e terminou a corrida em sétimo. Como o grid da segunda bateria era invertido, pode largar em segundo e vencer a corrida de ponta a ponta.

Na atual temporada da Stock, Thiago Camilo corre pela RCM Motorsport, é o terceiro piloto da equipe e tem os pilotos Ricardo Maurício e Max Wilson como parceiros. Em nenhum momento se intimidou por estar no mesmo time com dois pilotos campeões da Stock Car e além disso extremamente experientes, pois ambos possuem uma vasta carreira internacional, sendo que Max Wilson já pilotou até Fórmula Um.

Camilo já venceu duas vezes nessa temporada e ocupa a primeira colocação isolada do campeonato e tem vaga garantida na primeira colocação da super final, que define os dez melhores colocados que vão disputar o campeonato. 

Nessa prova do milhão em Interlagos, além de embolsar o merecido premio, Thiago Camilo provou que o automobilismo interno brasileiro cresceu muito e amadureceu, e que pode forjar pilotos que não devem nada a nenhum outro de qualquer lugar do mundo.

Eu disse em outra oportunidade, que Thiago Camilo era o "filho legítimo da Stock Car", agora, com todo o merecimento, ele é o filho legítimo que ficou milionário na Stock Car. É isso aí. Até a próxima.

PAULOVALIENGO comunicação e marketing MTb 56052
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domingo, 7 de agosto de 2011

"Antonina vira a cidade dos carros antigos"

Exposição teve a presença de modelos nacionais e importados, além da carretera Ford 1946, da Scuderia Tozo


Mesmo com o alerta de fortes chuvas no litoral, mais de 100 carros participaram no sábado do 10.º Encontro de Veículos Antigos e Especiais de Antonina. Além dos modelos expostos, na “Avenida do Carnaval”, os organizadores do evento prestaram uma homenagem especial aos pilotos de carreteras dos anos 50 – Agostinho Tozo, José Luiz Barbosa e João Augusto Buso (já falecido). O empresário Percival Lafer e o designer paulista Antônio Adolfo DeMitry foram os outros homenageados.

Entre carros, nacionais e importados, os visitantes podiam admirar o DKW-Vemag 1965, de Sérgio Vianna Gurski, da Lapa e o Austin 1950, modelo Wangler, pertencente a João Prendim, de São José dos Pinhais. O Rolls Royce 1972, de Rafael Castilho, de Curitiba, era outro modelo que se destacava pelo excelente estado de conservação, levando inclusive o prêmio The Best do evento. Presente em exposições anteriores, o imponente Dodge 1970, modelo Challenger, do colecionador Mauro Melo, também despertava a curiosidade dos visitantes, bem como o Chevrolet Impala 1961 e o Sport Coupe, de Luiz Fernando Bettega.

A impecável carretera Ford 1946, da Scuderia Tozo, que chegou rodando em Antonina e ostentando a sua placa preta pela originalidade, foi outro grande destaque do encontro que ainda atraiu modelos de vários clubes organizados de Curitiba, como do Puma, MP Lafer, Miura, Fusca, Opala, Chevette e da Brasília.
“Além dos carros, estes eventos se tornam momentos de descontração”, disse o diretor de divulgação do MP Lafer Auto Clube do PR, Vandir de Souza, o Wando, um dos principais organizadores da festa. Já os integrantes do Clube do Puma não só levam seus carros para Antonina, como também aproveitam para se divertir com um churrasco.

Por Roberto Massignan Filho
Publicado primeiramente no jornal Gazeta do Povo, Curitiba-PR, dia 03/08/2011
http://www.gazetadopovo.com.br/automoveis/conteudo.phtml?tl=1&id=1153848&tit=Antonina-vira-a-cidade-dos-carros-antigos

X Encontro de veiculos antigos e especiais de Antonina/Pr - edição 2011
Filme realizado pelo Volkswagen Roadters, que podem ser vistos descendo a serra da Graciosa
http://www.youtube.com/watch?v=yEysl3vcAUk&feature=player_embedded

Parabéns ao MP Lafer Auto Clube PR. e a Prefeitura Municipal de Antonina-PR por mais este belo encontro.

sábado, 6 de agosto de 2011

MASERATI 250 F Superleggera - Ocarro que deu a Fangio seu 5º titulo mundial 1957

Fangio tocando com toda sua maestria, notem o contagiros.

O ano 1957 , Juan Manuel Fangio completaria 47 ( quarenta e sete ) anos , já havia sido Campeão do Mundo de Formula I quatro vezes , em 1951 pilotando uma Alfa Romeo , 1954 com Maserati e depois Mercedes Benz , em 1955 com a Mercedes Benz e 1956 com a Lancia Ferrari . Foi contratado pela Maserati para o lugar de Stirling Moss que iria para a Vanwvall . Iria pilotar a Maserati 250 F Superleggera , com esta denominação a Maserati corria na F I desde 1950 só que este carro era totalmente reformulado e conhecido como T 2 . 

O eixo traseiro DeDion com as molas semi elípticas transversais, cambio traseiro também transversal. Seu motor era um seis cilindros em linha , alimentado por três Weber duplos horizontais , duplo comando de válvulas no cabeçote , dupla alumage e virava 8.000 rpm rendendo então 270 hp .


  Ao longo dos anos este carro foi aprimorado , chegando a 1957 com uma silhueta mais suave , mais baixo e com a frente e traseira mais longas . A suspensão dianteira era de braços triangulares , amortecedores com molas e barra estabilizadora . A traseira era baseada no sistema De Dion com feixe de molas transversal . Cambio e diferencial eram na traseira . Seu chassi uma especialidade Maserati era todo construído de finos tubos de aço soldados . O T 2 era tido como um carro rápido em todo tipo de curvas e de pilotagem suave .

A beleza de suas linhas suaves.

Fangio em Monza.
Com ele Fangio chegou em primeiro em quatro corridas do Mundial de 57 , Argentina , Mônaco , França e a antológica vitória de Nurburgring no G P da Alemanha .
Jean Behra.
Largada do GP da Alemanha em Nurburgrig 1957, Fangio larga para ser campeão.

Alguns links para posts sobre Fangio, do Caranguejo e meus.