A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

quinta-feira, 29 de junho de 2023

Ligier JS1, JS2 e JS3

 

O belo JS2  Maserati 2.991cc de J.P Jarrier e J.P. Beltoise nasw 24 Horas du Mans de 1975, quebraram. 


 Final da década de 1960, dois pilotos, esportistas e empresários franceses decidem construir um carro francês para disputar as corridas de Esporte Protótipos, sendo ao mesmo tempo, um carro esporte para uso nas ruas, Jo Schlesser e Guy Ligier haviam competido em várias categorias. Guy havia participado de cerca de uma duzia de corridas na Formula Um, marcando apenas um ponto e Jo em sua terceira corrida na categoria, já perto dos quarenta anos perde a vida justamente no GP da França quando pilotava uma Honda.

Em 1969 Guy consegue terminar o primeiro carro, o  Ligier JS1, que até o final de sua trajetória nas pistas levariam a denominação de JS em homenagem ao amigo e parceiro. A ideia era montar o carro com motor frances, mas sem uma opção competitiva o JS1 usava o motor Ford Corsworth, o mesmo usado na Formula Dois, depois usou o Ford/Weslake.  
O sonho de um motor francês veio com o JS2, quando a Citroen adquiriu a italiana Maserati e com ela veio o motor V6 de três litros que era usado no Citroen-Maserati, usou também o Ford-Cosworth DFV da Formula Um.
Como a categoria Esporte exigia uma quantidade minima de quinhentos carros a serem fabricados eles correram na categoria Protótipos, quando mesmo com o motor Ford Cosworth DFV não conseguiam fazer frente às feras da época, quando enfim a Guerra do Yom Kippur e a crise do petróleo enterraram de vez as belas Ligier JS1/2.

JS1 Ford Cosworth FVC 1.786 de Guy Ligier e Cloude Andruet - 24 Horas de 1970.

JS1

Categoria Protótipo
Construtor Automóveis Ligier
Designer Frus 
Projetista Michel Têtu
Especificações técnicas 
Chassis estrutura de alumínio/poliuretano
Suspensão dianteira - triângulos superiores e inferiores, amortecedores, barra estabizadora e freios a disco.
Suspensão traseira - triângulos superiores e inferiores, amortecedores, barra estabilizadora e freios a disco.
Comprimento - 3.950 mm 
Largura - 1.680 mm 
Altura - 1.110 mm ]
Entre eixos dianteiro - 1.380 mm.  
Entre eixos traseiro - 1.360 mm 
Distância entre eixos 2.300 mm (90,6 pol.) [2]
Motor;
1- 1.598 cc Cosworth FVA
2 - 1.790 cc Cosworth FVC
3 - 2.397 cc  Ford/Weslake V6
4- 2.637 cc Ford RS2.6 V6
Cambio Hewland/Citroën SM 5 marchas
Peso 790 kg 

 JS2
JS2 Maserati 2.991cc de  Guy Chasseuil vencedeor das 4 Horas em Mans 1974. 
JS2 Cosworth DFV 2.993cc de Jean-Louis Lafosse/Guy Chasseuil segundo colocado nas 24 Horas du Mans 1975. 
1.000 KM de Mugello 1975  JS2 Cosweorth DFV com Jean Pierre Jarrier tocando o carro que correu co Jean Pierre Beltoise.



Designer Pietro Frua
Carro esportivo coupé de 2 portas.
Disposição motor central, tração traseira.
Powertrain
Motor
1- 2675 cc Maserati C114-1 DOHC V6 do Citroen Maserati
2- 2965 cc Maserati C114-11 DOHC V6 da Maserati Merak 
3- Ford-Cosworth DFV 2.993 cc 
Transmissão Manual de 5 velocidades
Dimensões
distância entre eixos - 2.350 mm 
Comprimento - 4.250 mm 
Largura -  1.720 mm 
Altura- 1.151 mm 
Peso 980 kg 

JS3
3 Horas Le Mans 1971 - JS3 Cosworth DFV, Guy Ligier foi segundo colocado.
Coupes de Vitesse USA - Guy Ligier tenta fazer a America com o JS3 Cosworth.

Enquanto o JS1/2 foram projetados para categoria Esporte o JS3 era para categoria Protótipo, já nasceu com o motor Ford-Cosworth DFV e seu chassi era uma mistura de honey comb com painéis de alumínio e PVC. Como nos Formula Um da época seu motor fazia parte da estrutura, poucas foram as corridas deste carro.

Pouco tempo depois a Ligier fez história na Formula Um




Rui Amaral Jr

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PS: 1973 - Aos dezenove anos eu tinha cargo de relevo nos negócios que meu pai havia deixado, ia trabalhar de moto ou com outro carro que segundo minha mãe não condizia com a situação.
Certo dia chego em casa e ela havia comprado um Landau, automático obviamente, eu gostava do carro, pois anos antes tivera um Galaxie, acontece que o carro era azul-turquesa com a capota preta que todos ostentavam. Achei horroroso logo que vi, mas usei, lembro que certo dia ao visitar meu amigo Expedito ele olhou o carro e riu.
Um dia chega um funcionário e me conta que um fornecedor que ia sempre receber as faturas (outros tempos! ) era apaixonado pelo carro. Tempos depois me chamam e o "apaixonado", pelo carro obviamente,  queria conversar. Papo vai papo vem, deixei ele sair com o carro, na volta me faz uma proposta irrecusável, afinal o carro era novo.  Um cheque naquele dia e mais dois para trinta e sessenta dias, aceitei na hora, compraria um carro "condizente" de uma cor que gostasse!
Na data de pagamento do segundo cheque estoura a Guerra do Yom Kippur (sem comentários, pois para mim a situação é quase como uma briga em família, sangrenta e inútil, que ceifa vida de irmãos), e a gasolina que custava uns poucos centavos o litro sobe assustadoramente. Trazendo para os dias de hoje é como se para encher o tanque do Landau ( 80 litros se não me falha a memória ) antes custasse uns vinte reais, passou a custar uns duzentos!
O preços daquela categoria de carros despencaram, mas o senhor cumpriu o combinado e deve estar com sua paixão até hoje.
Desculpem se me estendi no post com minha lembrança, apenas me deu vontade de dividir.

Forte abraço a todos

Rui    


quarta-feira, 14 de junho de 2023

Les 24 Heures du Mans 1949

 

Luigi Chinetti e a Ferrari 166 MM

Uma maravilhosa Bugatti Royale saudou os participantes.


Após o termino da Segunda Guerra voltavam as grandes corridas, a maioria dos carros era de antes do conflito. As 24 Horas não eram disputas desde sua edição anterior a 16ª em 1939 agora era a 17ª e uma nova era despontava no automobilismo, e uma nova marca chegava para ficar, a Ferrari!  

 Largada, eram cinco as categorias, de 501 á 750cc, 751 à 1.100cc, 1.101 à 1.500cc, 1.501 à 2.000cc, 2001 à 3.000cc e 3001 à 5.000cc. Sendo que os carros de maior cilindrada largaram à frente  na ordem acima.  Na foto pomos ver o Talbot #1 de André Morel e André Chambas, #2 Talbot de Paul Vallée e Guy Mairesse , #3 Delahaye de Charles Pozzi e Eugene Chaboud, #5 Delettrez de Jean e Jacques Delettrez.  

 
Quarenta e nove equipes inscritas com Delahaye, Delage, Talbot, Fiat, Singer, Realey, Simca, Renault...a grande novidade era a Ferrari 166 MM inscrita pela equipe de Lord Selsdon e pilotada por ele e Luigi Chinetti - mais tarde o fundador da NART e representante da Ferrari nos EUA -, apresentada meses antes a 166 com motor V12 de 2 litros corria na categoria até 2 litros. A única equipe de fábrica era a Aston Martin-Lagonda com o também novo DB2 pilotado por Leslie Johnson e Charles Brachenburry  #19. Ainda devido ao conflito as alemãs BMW e Mercedes Benz não puderam se inscrever, tendo um motor da BMW o 328 equipado o Frazer Nash #26 de H.J Aldington e Norman Culpan. 

Ferrari 166 MM  Chinetti/Selsdon



Foi a primeira grande vitória da Ferrari como fábrica, Enzo resolveu talvez com medo da fragilidade e pouco tempo de uso do novo carro não inscrever nenhum pela equipe oficial entregando nas mãos da equipe de Lord Selsdon a tarefa que convidou Chinetti para companheiro. Chinetti que havia vencido as edições de 1932 pilotando uma Alfa Romeo 8C 2.300 MM em parceria com Raymon Sommer e 1934 com o mesmo carro tendo como parceiro Philippe Etancelin. Outra 166 MM  a #23 foi inscrita para dupla Jean Lucas e Pierre Louis Dreyfus acidentada na volta 53. 
Antes da largada consta que Lord Selsdon bebeu até a última gota uma garrafa de conhaque e Chinetti teve que pilotar apenas as 13 primeiras horas da corrida, só então entregando o carro ao nobre companheiro que após pilotar por mais ou menos trinta minutos entregou o carro de volta para que Chinetti terminasse, e terminou em primeiro!      

 #57 Renault 4 CV, Camille Hardy/Maurice Roger
 Delahaye 175 S, Pierre Flahault/André Simon
 Aston Martin DB Mark II - DB2-Prototipo - Lagonda 2.6, Leslie Johnson/Charles Brackenbury, quebrou na 6ª volta.
 #8 Delahaye 135 CS, Marius Chanal/Yves Giraud-Cabantous, #4 Delahaye 175 S, Pierre Flahault/André Simon
 Talbot GS Coupé, André Morel/André Chamba
 #4 Delage D6S-3L, Louis Gérard/Francisco Godia, 4º colocado  #26 Frazer-Nash High Speed Replica Le Mans - Bristol, Harold John Aldington/Norman Culpan, 3º colocado.
 #16 Delage D6-3L, Marc Versini/Gaston Serraud
 Healey Coach Sport Elliott - Riley, Jack Bartlett/Nigel Mann 
Monopole - Simca, Jean Hémard/Raymond Lienard
 Simca Dého, Félix Lecerf/Robert Redge
 Simca Huit, Robert Tocheport/Roger Carron
 Singer 9, Jacques Savoye/Marcel Renaul

 Aston Martin DB Mark II DB2-Prototipo- Lagonda 2.6, Leslie Johnson/Charles Brackenbury.




RESULTADO FINAL




Escrevi este texto e postei em 2013, foi uma vitória épica, antes o Caranguejo - Carlos Henrique Mércio - havia escrito sobre Pierre "Levegh", ou Pierre Eugene Bouillin, que como Chinetti tentou pilotar durante as 24 horas, eis o link - https://ruiamaraljr.blogspot.com/2012/12/xx-grand-prix-dendurance-les-24 -heures.html -, hoje os regulamentos mudaram não sendo mais possível pilotar mais que três horas.



Neste vídeo Chinetti conta um pouco desta linda história.

XX Grand Prix d'Endurance les 24 Heures du Mans 1952


À Levegh e Chinetti.


Rui Amaral Jr


domingo, 11 de junho de 2023

Le Mans 2023 por Ronaldo Nazar

 

A Ferrari 499F vencedora de Alessandro Pier Guidi/James Calado/Antonio Giovinazzi.

Essas 24 Horas de Le Mans  de 2023 com as Ferraris brigando pela liderança e tendo sido as mais rápidas nos treinos, me fizeram lembrar a edição de 1973, quando as Ferraris também largaram na 1^ fila. E aí é que bate a saudade… José Carlos Pace tendo como parceiro de equipe Arturo Merzario foram os 2° colocados. Moco foi o 1° brasileiro a participar da mais famosa prova de Endurance do planeta depois de 10 anos. 

As 312PB Coda Lunga de José Carlos Pace/Arturo Merzario na pole e Jacky Ickx/Briam Redman.
Bandeira verdeeeee... Arturo Merzario pula na frente tendo no seu vácuo as Matras Simcas de François Cevert, Henri Pescarolo que foi o vencedor, Jean Pierre Jaboullie, Brian Redman...
Fim da 1ª volta, Arturo Merzario vem disparado na liderança.

José Carlos Pace na sua estreia em Le Mans obteve um excelente 2° lugar para a Ferrari.
A 312BP  de Ickx/Redman com o belga ao volante.
A Matra vencedora tendo Henri Pescarolo no comando seguido da Ferrari 312 PB tocada por Brian Redman que abandonou.
Christian Heins o Bino pilotando o Alpine em Le Mans 1963. Infelizmente veio a falecer durante a corrida.


Christian Heins tinha participado da corrida de 1963 e infelizmente veio a falecer devido a um acidente quando derrapou numa mancha de óleo e o carro um Alpine pegou fogo. Bino como era chamado o GRANDE Christian vinha na 3^ colocação brigando pela vitória. Uma tremenda perda para o automobilismo brasileiro e mundial que agora faz 60 anos do seu precoce desaparecimento aos 28 anos. E que os brasileiros façam uma bela prova. Felipe Nasr com o Porsche Penske nos Hiper Cars e Pietro Fittipaldi na LMP2 tem grandes chances de vitória.

Ronaldo Nazar

Resultado final 2023



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A previsão do Ronaldão se confirmou e a Ferrari venceu após um longo jejum, quando ela virá para Formula Um?  
Ela veio setenta e quatro anos após a grande vitória de Luigi Chinetti em 1949 conduzindo a Ferrari 155 quando pilotou por mais de vinte e três horas e meia, tendo como parceiro Lord Selsdon.

Rui




sexta-feira, 2 de junho de 2023

O Candango e o Canguru...

 


A decisão do Mundial de Formula Um 1980

Vamos por partes:
Em primeiro lugar deixo bem claro que sou admirador do Nelson, de toda batalha dele para chegar ao topo, o Candango é fera.
Agora vamos ao GP do Canada 1980 em Montreal e a disputa dele com Alan Jones, sem dúvida um grande piloto, mas sem a magnitude dos grandes campeões.




1979 Frank Willians monta definitivamente uma equipe à altura de toda sua batalha, desde o ano anterior consegue pagar uma dupla forte de pilotos, o incrível Clay Regazzoni e Alan Jones, e o trio Patrick Head/Neil Oatley/Frank Dernie projetam um carro vencedor, o Willians FW07. Coube a Clay a primeira vitória da equipe e do FW07 em Silverstone, e nas seis corridas restantes foram quatro vitórias de Jones, mostrando a equipe preparada para o campeonato de 1980.
Chega 1980 e Jones vence a primeira etapa do mundial em Buenos Aires, em São Paulo estreia a evolução do FW07 o FW07B, nas cinco etapas posteriores faz apenas dez pontos mas na França em Le Castelet enfim o FW07B mostra ao que veio e vence a corrida seguinte em Brands Hatch, faz um quarto lugar e dois segundos lugares até chegar no Canadá. Enquanto isto Nelson faz um campeonato regular, marcando pontos em várias corridas depois da vitória em Long Beach, e vencendo as duas etapas anteriores ao Canada, quando Nelson tem 54 pontos no campeonato e Jones 53.
Acontece que no mundial daquele ano teriam que ser descartadas duas corridas de cada metade das quatorze etapas, na primeira etapa de sete corridas Piquet tinha então vinte e cinco pontos contra vinte e oito de Jones. Na segunda etapa à partir de Brands Hacth Jones tinha vinte e cinco pontos contra vinte e nove de Piquet que havia marcado pontos em toda segunda etapa até então a partir daí teria que descartar dois resultados.
Chega Montreal e o Candango crava a pole quase um segundo à frente de Jones o segundo e um segundo à frente do terceiro Didier Pironi com a Ligier JS11/15 e foi daí que veio a lambança!
Jones larga um pouco melhor que Piquet e Pironi bem melhor vem forçando por dentro enquanto Jones força para cima de Piquet, dessa combinação veio a lambança que envolveu oito ou nove carros e teve a largada cancelada.

Ainda não era o ano dele!


Não lembro bem, mas me parece que todos os carros voltaram para a segunda largada quando Piquet já escolado das peripécias de Pironi larga com cautela assumindo o terceiro lugar atrás de Jones e Pironi. Daí foi uma aula de pilotagem do Candango, tomando o lugar de Pironi e logo depois de Jones para liderar com soberba até seu motor quebrar na vigésima terceira volta.
Jones vence lá e no EUA e Nelson quebra nas duas, mas o australiano já era o campeão.


O resto é história…




Rui Amaral Jr


terça-feira, 30 de maio de 2023

MÉXICO 1964 A DECISÃO DO MUNDIAL DE FORMULA UM

 

A Ferrari 158 de Big John com as cores da NART.

Dan vence com a Brabham BT7-Climax.


Naquele ano a Cidade do México veria a decisão do Mundial de Formula I, o Campeonato havia sido disputadíssimo. Jim Clark com o Lotus-Climax 33 ganhara os GP da Bélgica,Holanda e Inglaterra, John Surtees  Alemanha e  Italia, Lorenzo Bandini na Austria, Hill em Mônaco e nos EUA, e Dan Gurney o GP da França e por fim esse GP do México.
Na época o sistema de pontuação era 9 pontos para o primeiro a partir dai 6/4/3/2/1 até o sexto colocado. Apenas seis resultados valeriam para o campeonato, assim os pilotos descartavam os seus piores resultados, assim a F I chegou ao México com Hill tendo 39 pontos depois da vitória nos EUA, Surtees 34 e Clark 30. Em caso de vitória de Clark ele seria campeão não importando a colocação dos outros pilotos, pois havia abandonado em cinco corridas.
Na classificação o que se viu foi o Clark de sempre, abriu quase um segundo de Dan Gurney- Brabham BT7 Climax - vindo a seguir Bandini com uma Ferrari estranhamente azul e branca da NART - Nort American Racing Tean. Surtees, Spencer e Hill em sétimo. A Ferrari trouxe um terceiro carro para o ídolo local e depois mundial Pedro Ródriguez.

Clark e Dan pulam na frente.

Na largada Clark a seu estilo dispara, Gurney em segundo a seguir Bandini, Spence, Richie Guinther de BRM. Surtes e Hill perderam várias posições e brigavam após o nono colocado. Numa recuperação surpreendente Hill na décima segunda volta toma o terceiro lugar de Bandini, só que não consegue partir para cima do Lotus-Climax de Clark e da Brabham de Gurney. Bandini segue colado a Hill quando Surtees chega e por ordens da equipe o ultrapassa mas não consegue chegar em Hill, vendo a situação a equipe manda Bandini tomar o lugar de Surtees para tentar tomar o lugar de Hill. Na frente Clark soberano caminha para seu Bi-Campeonato seguido de Gurney.




Bandini tenta tomar a posição de Hill, manobra desastrada ou proposital?
No enrosco Hill se dá mal e Bandini segue em terceiro lugar.


Numa manobra no mínimo descabida Bandini tenta ultrapassar Hill e os dois se enroscam tendo Hill levado a pior e Bandini assumindo o terceiro lugar para logo a seguir deixar Surtees que vinha em quarto ultrapassa-lo.

Não creio sinceramente que Bandini tenha feito de propósito, naquela altura da corrida Clark era Campeão do Mundo, depois de algumas voltas faltando apenas uma ou duas para o término Clark mais uma vez é vitima do destino e seu motor Climax começa a perder rendimento e outra vez o deixa a pé, mas mesmo assim na quinta posição. Vence Gurney com Surtees, Bandini, Spence, Clark e Rodriguez.
Fazendo assim a Ferrari de Big John seu Campeão do Mundo de Formula I.
Surtees 40 pontos, Hill 39, Clark 32, Bandini 23, Richie Guinter 23 e Gurney 19.
Não creio de coração que Bandini tenha dado uma de Prost ou Schummi, naquela altura da corrida, Clark era campeão e Bandini que vinha sendo preparado por Enzo para trazer um campeonato para Itália depois do glorioso bi de Alberto Ascari em 1952/53, não se proporia a tal. Deixou Surtees passar no final num claro jogo de equipe, mas não acredito repito que tenha jogado seu carro contra o de Hill.  

Obrigado ao meu amigo Caranguejo pelas fotos e toda colaboração.

A tentativa foi no grampo que como em todas as curvas com esta configuração propiciam que o piloto que vem atrás postergue a freada e mesmo fazendo o contorno da curva mais lento tome a posição.
O incrivél circuito do México, hoje Hermanos Rodriguez, que como nosso Interlagos, hoje José Carlos Pace, foi "alterado", transformando a sensácional Peraltada em uma...Chicane!



Escrevi este post em 2010 depois em 2012 anexei mais duas fotos e postei novamente, tudo sem perceber, e sem que ninguém percebesse, um erro crasso meu. Ontem ao notar algumas visitas nele voltei a ler e percebi a bobagem. Creditei a Dan a pilotagem numa Lotus-Climax, quando na verdade ele estava com a Brabham BT7 da equipe de Black Jack. Então…

Rui Amaral Jr