A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Formula 2



Jochen Rindt, 1970 Nurburgring, Lotus Cosworth FVA
Alberto "Ciccio" Ascari e a Ferrari 500, bi campeão da F.Um 52/53 e bicho papão da F2.
  Graham Hill, Brabham BT16-BRM e Jim Clark Lotus 35-BRM disputam em Snertteton, 1965  

Criada em 1947 como uma opção à caríssima categoria GP e depois em 1950 à Formula Um, a F2 foi celeiro de grandes campeões e belas disputas até seu final em 1984 quando foi substituída pela F.3000.
Durante a sua duração e principalmente nas décadas 50, 60 e 70 eram muitos os campeonatos pelo mundo, em 1967 a FIA introduziu o Campeonato Europeu de Pilotos da F2. Além dos campeonatos muitos torneios, como vimos o Internacional realizado em 1971 com Brasil e Argentina e 72 apenas no Brasil. Eram muitas as corridas extra campeonato, quando grandes nomes da F I e outras categorias eram convidados, nos anos de 1952/53 a Formula Um correu com carros da F2 (não vou comentar aqui os motivos) e Ciccio Ascari foi campeão com  a bela Ferrari 500, alem disso ele venceu inúmeras corridas de F2 com esse carro. Também Jim Clark corria sempre na F2 e foi num desses carros que nosso campeão nos deixou.


 Emerson Fittipaldi, Lotus
 1968, François Cevert, Tecno 68-Cosworth FVA, GP de Pau, França 
 Bruno Giacomelli, March 782-BMW
 Cevert
 1984, o final da Formula 2, #2 Roberto Moreno, Ralt RH16 Honda-Mugen, e Phillipe Streiff, AGS JH19C BMW-Mader largam na ponta em Brands Hatch.
1967, Jackie Ickx, Matra MS5 Cosworth-FVA
 Carlos Reutman, Brabham BT16
 1973, Emerson Fittipaldi, Lotus Texaco Star
 1968, Jarama, #10 Jean-Pierre Beltoise, Matra MS7 Cosworth-FVA e Jochen Rindt, Brabham BT 23C Cosworth-FVA
 Wilson Fittipaldi Jr e Tim Schenken 
1979, Zandvoort, #4 Teo Fabi e Stefhen  South, ambos de March 792 BMW-Mader
 1957, Nurburgring, na Formula Um para completar o grid alguns F2 entre eles o Porsche 550 Spyder de Carel Godin de Beaufort.
 1972, Interlagos, Chco Lameirão, March 722 BDA-Hart
1965 Outon Park, Denis Hulme, Brabham BT16 SCA  
1965, Black Jack larga na ponta com a Brabham BT16 SCA
1976, Alex Dias Ribeiro, March 762 BMW-Rosche
1968, Jochen Rindt testa um pequeno aerofólio em sua Brabham! 

Um pouco do regulamento, chassi monoposto, apesar de alguns Porsche 550 Spyder correrem na categoria.
De 1947 à 53 os motores eram livres, obedecendo o limite de 2.000cc ou 500cc sobrealimentados.
1954 à 56 o mesmo regulamento, mas apenas algumas corridas européias foram realizadas.
1957 à 60 motores de 1.500cc.
1961 à 63 as corridas foram disputadas com os carros da Formula Junior.
1964 à 66  motores de 1.000cc.
1967 à 71  os blocos dos motores  de 1.600cc tinham que vir de marca em que pelo menos 500 unidades haviam sido fabricadas no ano anterior, com no máximo seis cilindros e preparação de cabeçotes livre.
1972 o bloco do motor de 2.000cc tinha que vir de uma marca com no mínimo 1.000 unidades produzidas, a preparação continuava livre.
1973 à 75 o bloco do motor 2.000cc tinha que vir de uma marca em que pelo menos 100 unidades haviam sido fabricadas.
1976 à 84 eram permitidos os motores de corridas especialmente feitos para categoria.   

Campeonato Europeu

1967-Jacky Ickx-Tyrrell Racing-Matra–Cosworth
1968-Jean-Pierre Beltoise-Matra Sports-Matra–Cosworth
1969-Johnny Servoz-Gavin-Matra International-Matra–Cosworth
1970-Clay Regazzoni-Tecno Racing Team-Tecno–Cosworth
1971-Ronnie Peterson-March Engineering-March–Cosworth
1972-Mike Hailwood-Team Surtees-Surtees–Cosworth
1973-Jean-Pierre Jarier-March Engineering-March–BMW
1974-Patrick Depailler-March Engineering-March–BMW
1975-Jacques Laffite-Ecurie Elf-Martini–BMW
1976-Jean-Pierre Jabouille-Equipe Elf-Elf 2J–Renault
1977-René Arnoux-Ecurie Renault Elf-Martini–Renault
1978-Bruno Giacomelli-Polifac BMW Junior Team-March–BMW
1979-Marc Surer-Polifac BMW Junior Team-March–BMW
1980-Brian Henton-Toleman Group-Toleman–Hart
1981-Geoff Lees-Ralt Racing Ltd.-Ralt–Honda
1982-Corrado Fabi-March Racing Ltd.-March–BMW
1983-Jonathan Palmer-Ralt Racing Ltd.-Ralt–Honda
1984-Mike Thackwell-Ralt Racing Ltd.-Ralt–Honda 


Jimmy

Rui Amaral Jr

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

II Torneio Internacional de F2 - Interlagos 1972


 Emerson com a Lotus 69 à frente de Mike Hailwood e Carlos Pace, ambos de Surtees TS 15
Carlos Pace




 #3 Carlos Pace na pole, #16 Henri Pescarolo, #15 Tim Schenken, #2 Mike Hailwood 


Final do ano de 1972, finalmente tínhamos um campeão do mundo na Formula Um, e o segundo torneio da Formula 2 chegava à Interlagos, seriam seis corridas, três em Interlagos, uma no Tarumã e duas  na Argentina, uma em Córdoba e a outra em Buenos Aires, apenas as corridas de Interlagos foram realizadas.
Grande parte dos pilotos que disputavam a F2 e alguns grandes nomes da F I estavam presentes, a começar por Emerson o campeão do mundo. Carlos Pace, Clay Regazzoni, Mike Hailwood, Ronnie Peterson, Wilson Fittipaldi Jr, Tim Schenken, Andrea de Adamich, David Purley, Henri Pescarolo, Jean-Pierre Jaussaud e alguns pilotos brasileiros entre eles Luiz Pereira Bueno, Pedro Victor de Lamare, Silvio Montenegro.
Na 1ª corrida em 29 de Outubro, a pole foi de Wilsinho Fittipaldi com o tempo de 2.42, 40/100. Na primeira bateria a vitória foi de Emerson, na segunda de Tim Schenken quando fez a melhor volta com 2.40 cravados, tendo Emerson ficado com a vitória na soma dos tempos por 1s 58/100.
Na 2º corrida, em 5 de Novembro a pole foi de Pace e ele com o novo e super Surtees TS15 Ford-Hart dominou as duas baterias tendo na primeira Emerson em segundo mais de 12s atrás, na segunda bateria Mike “The Bike” Hailwood com o mesmo TS15 chegou 5s atrás.

Wilson Fittipaldi
 Pescarolo e Hailwood
 Ferradura, Andrea de Adamich, Hailwood o argentino Carlos Reusch de Surtees TS 10, Clay...  
 Wilsinho, Schenken, Peterson e Hailwood
 Clay, March 722 e Ronnie 
 Wilsinho, Schenken, Hailwood e Ronnie Peterson de Brabham BT38 
 Emerson e Schenken
Pace
Silvio Montenegro, agachado Giba Magalhães, o cabeludo acredito ser Jozil Garcia, à direita de prancheta na mão Edson Yoshikuma e ao seu lado Robertinho da Autozoom.


A 3ª corrida em 12 de Novembro, teve a pole de Carlos Pace com o tempo de 2.39, 12/100. Na primeira bateria problemas com Pace que terminou apenas em 16º lugar, a vitória foi de Henri Pescarolo com um Brabham BT38-BDA seguido de Hailwood e Emerson. Na segunda bateria o que vi, foi um verdadeiro show de um campeão, Carlos Pace vindo lá de trás pulverizava à cada volta o recorde da categoria para Interlagos, para no fim, se aproveitando também da quebra de Emerson e Pescarolo, vencer com mais de 3s 50/100 sobre seu companheiro de equipe Mike Hailwood, a melhor volta de Pace 2.37 90/100, quase dois segundos melhor que a pole.
No Torneio a vitória foi de Emerson, e foram grandes corridas, estava lá e vi, posso me perder nos detalhes, mas deixo uma pergunta à todos: Quando veremos novamente pilotos brasileiros, independente se primeiros pilotos de suas equipes ou não, lutarem bravamente nas pistas do mundo?
Esses eu vi!  


RESULTADOS

29 de Outubro


5 de Novembro


12 de Novembro





Novembro de 1972

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

DAVID & GOLIAS

Edson Yoshikuma
Tite Catapanni
Pedro Carneiro Pereira
Luiz Pereira Bueno
Ciro

Naqueles estranhos anos setenta, onde o país passava a ser uma potência do automobilismo em virtude dos resultados de Emerson Fittipaldi, os fãs preparavam-se para conhecer a categoria dos carros mais potentes, os carrões de até 5.000 cc que correriam na Classe C da Divisão 3. Os Opalas, algum Dodge Dart e os Mavericks. Distante de qualquer pista mas com uma boa cobertura da imprensa (havia isso na época), dava para conhecer os pilotos e aquelas grandes baratas incrementadas e era difícil não se impressionar com as equipes de São Paulo, sede de grande parte dos times de então. A mim, encantava a Equipe do Pedro Victor DeLamare, e seu Opala #84, “um carro dominador” com algumas dicas de desenvolvimento de Orestes Berta e cuidado pelo Caito e que em suas evoluções, conquistou o tricampeonato brasileiro da D3 –Classe C, era o carro dos sonhos. E quando ele vinha correr no Sul, nós gaúchos podíamos nos orgulhar, pois nosso piloto, o inesquecível narrador de emoções Pedro Carneiro Pereira e seu Opala Sedã, preparado por Homero Zani não faziam feio. 


Pedro Carneiro Pereira lidera no Tarumã
 Julio Tedesco
 Largada em Interlagos, #111 Luiz Pereira Bueno, #83 Cacó Quartim de Moraes.
O #51 pode ser do Sgarbi, Giannini ou dos irmãos Ostrower. 
 Na Reta dos Boxes em Interlagos, Pedro lidera Luiz 
Reinaldo  Campello de mãos na cintura e seu Opala D3
Dart de Leopoldo
Paulo Prata

Paulo Gomes
Luiz e Paulão no Tarumã

Haviam outros carros igualmente fantásticos como Opala #44 do lendário Cyro Burjato Caires; o Opalão #17 do gaúcho Júlio Tedesco, o Opala #68 do paranaense Dado Andrade, além do Dodge #71 do Leopoldo Abi-Eçab. Mas a coisa ficou melhor depois que chegaram os Mavericks e a disputa Ford x GM começou. Os melhores Mavecos foram o #11, conhecido também como “Maverick Berta” e que foi pilotado por Tite Catapani e Luis Pereira Bueno em dois momentos distintos. A Equipe Greco tinha o seu, que foi dividido entre Paulo Gomes, Bob Sharp e Paulo Prata. Quem sabe que disputas maravilhosas mais não teríamos, não fossem a crise energética ou o destino inclemente? Mas as coisas mudaram e o passado não retorna. Restam apenas...lembranças.

Caranguejo



segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

SEMPRE CAMPEÃO





Hoje não  ia postar nada, até por que espero um texto do Caranguejo, sim senhores, pois quando ele escreve  todo trabalho de postagem fica para esse modesto contador de histórias. Daí...fui até o Imagens Da Luz ver se achava alguma foto minha, e me deparei com essas preciosidades, nosso sempre Campeão testando um carro da Fittipaldi, não tenho ideia de qual modelo, alguém poderia me informar, talvez o Cuca!
Bem, já provoquei demais o Caranguejo e também o Cuca, no caso do último apenas para descontar o tempo em que ele e o Gabriel ficavam perturbando em nossa oficina e box.
Outra coisinha que notei, no radiador esquerdo a fita segura os famosos barbantinhos que mostravam a condição que o ar passava naquele local, para uma possível modificação.

Aqui o Cuca conta tudo.