A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

terça-feira, 2 de julho de 2013

GIOVANNI, O CASTELAMARESE


Giovanni Salvati nasceu em Castellammare di Stabia em 2 de novembro de 1941. Seu interesse pelo esporte a motor surgiu nos anos 60, quando sua família transferiu-se para Milão e a proximidade com a mítica pista de Monza fez o resto. Em 1966, estréia nas pistas através da Fórmula 875 Monza, uma categoria voltada para estreantes, com monopostos equipados com o motor do Fiat 500. No ano seguinte, passa para a Fórmula 850, onde obtém suas primeiras vitórias: de 67 a 68 são quatro primeiros lugares. Em 69, com a parceria do irmão Adriano, Giovanino monta a “Scuderia Italia” e parte para a Fórmula 3, correndo com um velho Tecno. Aguerrido e combativo, sente-se à vontade, ainda que divida o grid com adversários notáveis como Ronnie Peterson. Com esse aprendizado, consegue em 1970 um dos grandes resultados de sua carreira, vencendo o campeonato italiano de Fórmula 3 com quatro vitórias e dois segundos lugares. Nessa mesma temporada, vence o Gran Premio Lotteria di Monza para carros de Fórmula 2, batendo pilotos como o escocês Gerry Birrel e o italiano Ernesto Brambilla. Em 1971 vem ao Brasil, como o grande laureado do “Casco d`Oro” da revista Autosprint, para disputar o Torneio Internacional de F3 e impressiona, sendo considerado um dos favoritos ao título do Campeonato Europeu de F2, do qual irá participar ao longo do ano. Mas apesar de não ser nenhum estreante, os bons resultados escasseiam e Salvati só se destaca na etapa de Ímola, quando chega em segundo, atrás de um certo José Carlos Pace. Contudo em setembro, embarca para o Brasil para participar do Torneio Internacional de F2, com seu March 712M da Scuderia Ala d`Oro. Os resultados entretanto, continuam modestos; uma singela 5ª posição, um abandono...Mais importante é o contato que faz com o britânico Graham Hill, um bicampeão da Fórmula 1. Hill, que também está correndo no Brasil, fica impressionado com a tocada de Salvati. Graham promete que irá auxiliá-lo no próximo passo de sua carreira, a Fórmula 1. Mas isso foi antes da trágica corrida de Tarumã, onde um sempre motivado Giovanni briga com Wilson Fittipaldi Jr. Por uma quarta colocação. Ao tentar surpreender Wilson com uma ultrapassagem por dentro na Curva 1, Salvati não consegue vencer a curva e bate forte no guard-rail. É o fim. Dois anos após sua morte, é criada a Scuderia Salvati, buscando a formação de novos pilotos. Ali será revelado o talento de Michelle Alboretto, mais tarde vice-campeão mundial de F1 pela Ferrari e vencedor das 24 Horas de Le Mans de 1997. Outra conquista, mesmo à distância, de Giovanni Salvati.

Caranguejo

 Formula Monza 875
 Formula 850
Formula 850 Monza
 Formula 3, preparando-se para largada...
 GP LOTTERIA DI MONZA,1970 (F2) - Salvati, Garry Birrel e Tino Branbilla...
 MONZA, 1969 (F3) Peterson vs. Salvati...
Formula 3
Salvati entre os dois  Branbilla, Vittório e Ernesto em  Ímola...
 Formula 2, Interlagos 1971...
 Já em Tarumã...



AUTOSPRINT



o texto traduzido

Porto Alegre - Havíamos dito logo depois da corrida que as causas da tragédia eram três: a sujeira (poeira) na pista, o guard rail muito perto da pista e fora das normas de segurança e uma manobra arriscada da parte de Salvati que uma vez decidida a ultrapassagem  não encontrou como voltar atrás. 
Reconstruímos o acidente ponto a ponto conversamos com todos envolvidos direta ou indiretamente na tragédia.
A March 712 de Savalti  era um carro construído em 1971, exatamente em Maio, e estava em boas condições. Os pequenos acidentes de Salvati em Albi, Tulln e Roma não haviam trazido nenhum problema ao carro, apesar do mono coque (chassi) da March ser delicado e fácil de deformar. 
Sexta Feira a noite Raimond, o mecânico de Salvati, descobriu que a travessa de ataque (creio ser o tirante que sai do chassi) da suspensão posterior  estava  quebrada e providenciou sua substituição, sendo que no Sábado o carro estava em perfeitas condições, como demonstrou a checagem dos pneus feita pelos técnicos da Firestone.
Domingo na primeira bateria Salvati era o quarto colocado na primeira volta atrás de Reutmann, Peterson e Emerson Fittipaldi. Na próxima volta foi superado por Schenken e permaneceu em quinto até a nona volta quando Pace começou a ameaçá-lo. Os quatro primeiros tinham uma certa vantagem e Pace e Salvati juntos e de acordo começaram a avançar e alcançar os quatro primeiros aproveitando a briga pelo primeiro lugar, e depois de dois terços da corrida estavam encostados nos primeiros (nos quatro primeiros). 
Nesta altura, na mesma curva que aconteceu o acidente, e onde Salvati poderia ganhar alguns décimos de segundo sobre todos, como ele mesmo disse, a March do italiano roda e para sentido contrário tocando ligeiramente (no guard rail) a traseira e a parte da frente esquerda. Salvati engatou a primeira e tentou sair, mas ao engatar a segunda marcha quebrou a alavanca de cambio e é forçado a retirar-se. A razão da rodada como ele mesmo disse foi uma distração ao controlar o comportamento de Pace e não a quebra da alavanca como pareceu à primeira vista. 
Quando o carro foi trazido ao Box a parte traseira e o cambio foram reparados sem dificuldades; poucos minutos antes da partida da segunda bateria, complementando todas verificações, o mecânico notou que o <> (ball joint) do monocoque da suspensão dianteira esquerda estava levemente dobrado (acredito que avariado).
Apenas naquele momento Giovanni disse haver tocado também com a dianteira - ate aquela hora ninguém sabia - quando então o mecânico insistiu para que ele não largasse para evitar riscos inúteis já que estava fora da classificação.
Uma rápida verificação da convergência (da suspensão dianteira) mostrou que o problema era mínimo por isso Giovanni resolveu dar uma volta ao fim da qual entrou nos boxes e disse que tudo estava bem. Depois de mais pedidos para que não largasse, fez mais uma volta provando o carro, e  combinou que daria apenas alguma voltas na corrida parando logo a seguir. Como já dissemos sua intenção verdadeira, mesmo sem a declarar, era fazer uma bela corrida para confirmar suas habilidades além de conseguir uma boa classificação na bateria.
Largou da última fila pelo lado de fora e ao termino da segunda volta estava já em quinto atrás de Emerson, Schenken, Reutmann e Wilson Fittipaldi. Daí para frente e por 70 quilômetros de corrida Wilson Fittipaldi e Salvati correram colados. A preocupação de Wilson era apenas a recuperação de Pace, que havia largado mal, e de quem espera tirar o terceiro lugar na geral, e corria no limite. Salvati o seguia com facilidade,  de modo que a tentativa de uma ultrapassagem era viável aí ele iria andar sozinho. Mas em Tarumã é dificílimo ultrapassar pois é difícil achar o lugar onde entrar por dentro para efetuar a ultrapassagem: todas curvas são de alta e as frenagens são curtas tornando a manobra muito difícil.
A segunda bateria prosseguia disputadíssima, tanto que o tempo final da bateria, mesmo com o socorro prestado (a Salvati) foi superior ao da primeira: Contra os 31`50``5 de Reutmann vencedor da primeira, Fittipaldi ao vencer a fez 31`47 e 3 décimos.
Nesta condições e andando no mesmo ritmo dos primeiros a March de Salvati se mostra eficientíssima e mesmo o pequeno problema de convergência não trás conseqüências pois a verificação do pneu dianteiro, feita depois do acidente mostrou um desgaste normal. 
Assim começa a 23ª volta; Emerson, Schenken e Reutmann estão à 30 segundoos à frente de Wilson Fittipaldi e Salvati seguidos de Pace à 1 segundo e 4 décimos, se aproximando depois de sua recuperação da ultima colocação.
Durante a 23ª volta Salvati tenta ultrapassar Wilson na descida atrás dos boxes  mas desiste.
Na linha de chegada da 24ª volta Salvati passa à 9.900 rpm em quinta marcha, o que corresponde em sua relação de cambio a pouco menos de 220 km/h, na curva que se seguia e como dissemos antes ele estava entre os que entrava mais rápido.
Wilson Fittipaldi trouxe o carro para o centro da pista, e Salvati teve que levar seu carro mais à esquerda. Fittipaldi retardou a freada ao máximo e no ponto em que freou o nariz da March de Giovanni estava na metade de seu carro. 
Se Salvati freasse quando estava ao lado do brasileiro: a mesma manobra tentou Schenken contra Peterson na primeira bateria.
Porem Salvati retardou a freada ao máximo, passou Fittipaldi e quando freou a roda da frente bloqueou, até por causa da poeira da pista. Ele girou o volante mas não parou de frear, o carro prosseguiu em linha reta e bateu no guard rail com uma angulação mínima. 
O porque de não parar de frear, coisa que poderia ter feito o carro bater em outro ângulo ou tentar uma rodada, há uma hipótese bem verossimel  de Salvati ter evitado envolver Wilson num acidente que poderia ser muito grave.
Quando Salvati percebeu que saía não deve ter pensado nas conseqüências trágicas que viriam, pois se o guard rail estivesse posicionado corretamente o acidente certamente não seria fatal. 
Ao contrário o guard rail  subiu como uma tira de lona e o carro entrou embaixo com três das quatro rodas.
A razão da barreira ter subido é devido a uma circunstancia infeliz: no ponto do impacto passa sob a pista uma estrutura de cimento armado, e neste ponto a base do guard rail é colocado a poucos centímetros de profundidade, ao contrário dos outros lugares.
Isto determinou que os guard rail próximos ficassem à uma altura de 15 centímetros da pista. 
Como já dissemos para Giovanni as conseqüência foram gravíssimas e apesar do socorro ter sido rapidísPorto Alegre - Havíamos dito logo depois da corrida que as causas da tragédia eram três: a sujeira (poeira) na pista, o guard rail muito perto da pista e fora das normas de segurança e uma manobra arriscada da parte de Salvati que uma vez decidida a ultrapassagem  não encontrou como voltar atrás. 
Reconstruímos o acidente ponto a ponto conversamos com todos envolvidos direta ou indiretamente na tragédia.

Na linha de chegada da 24ª volta Salvati passa à 9.900 rpm em quinta marcha, o que corresponde em sua relação de cambio a pouco menos de 220 km/h, na curva que se seguia e como dissemos antes ele estava entre os que entrava mais rápido.
Wilson Fittipaldi trouxe o carro para o centro da pista, e Salvati teve que levar seu carro mais à esquerda. Fittipaldi retardou a freada ao máximo e no ponto em que freou o nariz da March de Giovanni estava na metade de seu carro. 
Se Salvati freasse quando estava ao lado do brasileiro: a mesma manobra tentou Schenken contra Peterson na primeira bateria.
Porem Salvati retardou a freada ao máximo, passou Fittipaldi e quando freou a roda da frente bloqueou, até por causa da poeira da pista. Ele girou o volante mas não parou de frear, o carro prosseguiu em linha reta e bateu no guard rail com uma angulação mínima. 
O porque de não parar de frear, coisa que poderia ter feito o carro bater em outro ângulo ou tentar uma rodada, há uma hipótese bem verossimel  de Salvati ter evitado envolver Wilson num acidente que poderia ser muito grave.
Quando Salvati percebeu que saía não deve ter pensado nas conseqüências trágicas que viriam, pois se o guard rail estivesse posicionado corretamente o acidente certamente não seria fatal. 
Ao contrário o guard rail  subiu como uma tira de lona e o carro entrou embaixo com três das quatro rodas.
A razão da barreira ter subido é devido a uma circunstancia infeliz: no ponto do impacto passa sob a pista uma estrutura de cimento armado, e neste ponto a base do guard rail é colocado a poucos centímetros de profundidade, ao contrário dos outros lugares.
Isto determinou que os guard rail próximos ficassem à uma altura de 15 centímetros da pista. 
Como já dissemos para Giovanni as conseqüência foram gravíssimas e apesar do socorro ter sido rapidíssimo foi inútil.

Também a hipótese de uma falha é descartável: Reusch falou de um possível travamento do acelerador, sustentada pelo fato do carro do italiano ter freado apenas com as rodas dianteiras e ter passado pelo de Fittipaldi à uma velocidade muito superior; mas nenhuma das testemunhas percebeu o motor continuar acelerado após o acidente, e a observação da guilhotina da injeção observou um parcial deslocamento do cabo do acelerador devido a torção do chassi no momento da colisão. Em definitivo foi uma serie de circunstancias que individualmente não trariam um risco tão grave. 
Porem mesmo esta observação, da qual podemos tirar a conclusão que foi uma fatalidade,  mostra que a segurança nas pistas deve ser procurada de todas as formas e particularmente que a dinâmica de um acidente nos faça entender que a soma de tantos elemento são fundamentais para levar à uma tragédia.

Gabriela Norris

 Wilson e Salvati...
 A rodada da primeira bateria...



Instantes antes de bater na segunda bateria...

"Os brasileiros se defendem" 
"Porto Alegre - O presidente do Automovél Club do Rio Grande do Sul, organizador com outros da competição, rejeitou com energia as criticas de alguns jornais italianos dizendo apenas " as acusações são absurdas já que mesma FIA fez uma inspeção e não encontrou nenhum defeito"
(Na visão deles nós sempre somos os culpados, até pela falta de competência e irresponsabilidade deles! Rui Amaral Jr)
O guard rail aprovado pela FIA!!!!


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Ah pilotos!!!
Somos apenas os palhaços deste circo, simples palhaços pois até um Alicatão como eu é lembrado após tanto tempo pelas crianças que nos aplaudiam, talvez pensando que somos super quando apenas fazemos o que amamos,  apenas mostramos nossa arte e somos simples mortais!
Talvez alguns participantes deste circo pensem que ir buscar décimos de segundos numa freada seja loucura, ou colocar o carro ao lado de um companheiro em outra freada, ou fazer cravada aquela curva de alta tentando ganhar outros décimos de segundo ou ainda dividir uma largada com muitos outros quando talvez fosse mais prudente ficar para trás e ver o que acontece.
Sim, palhaços, palhaços malucos que apenas amam o que fazem, conhecemos os riscos e colocamos nossas bundas em carros de corridas nunca pensando no pior apenas em seguir, para um dia talvez contarmos aos nossos filhos.
À muitos que ficaram neste caminho...Giovanni, Jimmy, Jochen, Ignazio, Ayrton, Celso, Gustavo, Allan...aos amigos que dividiram o picadeiro comigo e à todos aqueles que ainda maravilham crianças com sua arte.

Rui Amaral Jr   







Volkswagen & Sauer na Super Vê - por Ricardo Achcar

Aos 70 anos de Chico Lameirão. Campeão um forte abraço de todos! 


Ao homenagear a memoria de Sauer, o piloto, construtor e antes de tudo homem de ação Ricardo Achcar mostra que olhando o passado, com os pés fincados no presente, podemos juntos trazer de volta o grande automobilismo praticado no Brasil!

Obrigado meu amigo e um forte abraço.

Rui 

segunda-feira, 1 de julho de 2013

VAMOS SALVAR O AUTOMOBILIMO II





De uma reunião quase 40 anos atrás para tratar o mesmo assunto que tratamos aqui, entre pilotos e um dirigente à época muito poderoso dentro do esquema. Ao final, ele que nunca foi meu amigo, diz “agora vou pegar o avião para Paris pois vou à uma reunião da FIA”. Eu como sempre critico digo “fulano, também viajo sempre, apenas que com meu dinheiro!” sei que fui um pouco critico demais afinal ele ia  à trabalho, porém...ao que ele responde “Ruizinho (nunca dei essa intimidade à ele!) vou contar ao seu pai esse seu comentário, você vai ver!”
Vejam ele ia à uma reunião da FIA apenas para tratar da Formula Um, nada ia dizer sobre o nosso automobilismo domestico assim como nunca o fez para ajudar em nada aqui dentro!
Sei que sou muito critico e acredito que um pouco de minha experiência como piloto, patrocinador e em alguns momento ajudando nosso automobilismo em algumas áreas que aqui não vou citar me tornaram assim; totalmente cético quanto à atuação desses senhores.  
Vejam nesta cruzada precisaríamos muito da ajuda primeiro de gente competente e acima de tudo bem intencionada, depois das montadoras, fabricas de pneus, autopeças e outras mais. Acontece que por conta de acontecimentos anteriores essas empresas querem acima de tudo distancia, e muita, de nossos dirigentes. Casos antigos de categorias que recebiam de fabricas pneus para distribuir entre as equipes e pilotos e os tais pneus nunca chegavam aos destinatários, fora outros produtos que recebiam o mesmo tratamento.
Vejam, o automobilismo é feito com grana, as vezes com muita e outras com pouca mas com muito trabalho e dedicação. Hoje no atual esquema, nossos dirigentes se preocupam apenas com a arrecadação das inscrições de cada corrida...mas o automobilismo vive também para prêmios de largada e chegada e principalmente de divulgação para ajudar os que realmente o fazem a mostrar seus patrocinadores e quem os apóia!

 Vejam que na parte traseira do paralamas os adesivos são iguais, fazem parte do pacote de divulgação e prêmios da categoria, peguei uma foto da  NASCAR mas o exemplo vale em categorias menores. 
Vejam o grande número de apoiadores oficias da corrida no para do carro de Dale Earnhardt, fora o grande da MILLER sua patrocinadora.  

Vejamos o que acontece nos EUA, não nas categorias maiores mas naquelas centenas de circuitos onde todos fim de semana muitas corridas são realizadas, para pilotos que talvez um dia cheguem às categorias máximas.
A inscrição é feita, e distribuídos os adesivos pequenos de todos os patrocinadores da corrida, depois ao final da corrida são distribuídos prêmios de largada e chegada conforme as posições.
Apenas que lá a coisa é séria, cada um sabe o que vai ganhar, dirigentes, organizadores, pilotos e equipes...
O resto é balela, diz que me disse, papo furado! 

Até mais, volto ao tema logo.

Rui Amaral Jr


domingo, 30 de junho de 2013

Silverstone 2013


Assisti a Formula Um em boa companhia, com meus amigos Luiz "Saloma" Salomão, Sergio "Primo" Falque, Paulo Tohmé, Felipe e Reginaldo Vitullo...Foto tirada pelo garçon a quem o Tohmé perturbou a corrida inteira e do Face do Luiz.  

Rosberg
foto Getty Images

Ao assistir novamente a corrida em casa notei que após os furos nos pneus os carros da STR, Ferrari e McLaren se comportam de forma diferente. Na McLaren e STR a roda dianteira do lado contrário do furo fica mais alta e nota-se claramente a traseira abaixada tocando a parte baixa do carro na pista, enquanto a Ferrari vai com a roda dianteira contrária ao furo no chão e sem que a parte baixa do carro toque no chão. Tirei algumas imagens do vídeo e nele vocês poderão notar melhor a diferença.

 Massa
foto Getty Images




link da corrida completa

sábado, 29 de junho de 2013

VAMOS SALVAR O AUTOMOBILISMO - 1



No meio da semana a amiga Doris me convida para um novo grupo do Face o Vamos Salvar o Automobilismo, confesso a vocês que fora o nosso grupo da D3 não gosto muito de palpitar em outros grupos,além disso o tempo é curto pois apesar dos poucos comentários hoje em dia no blog recebo muitos e-mails de pessoas que nos acompanham e amigos, e leio e respondo todos.
Lá eu vi muitas opiniões como a criação de novas categorias e alguns pilotos reclamando a falta de patrocínio. 
Acredito que na forma atual de sistema federativo, onde os clubes elegem o presidente e diretoria da federação local e esta o presidente da confederação pouca coisa ou nada pode ser feito. Neste ponto deixo para o final o X da questão, acontece que os pilotos ao assinarem sua ficha de inscrição nos clubes deveriam ter o direito de votar nas eleições para os dirigentes do mesmo, pois aí está a base que lá no alto elegeria o presidente da confederação, acontece que nunca, repito nunca vi um piloto votar, nem eu na época em que era afiliado do clube de meu saudoso amigo Expedito Marazzi!
Falando de São Paulo hoje nossos clubes estão quase todos nas mãos das mesmas pessoas -procurem na lista de endereços e verão- e estas dirigem a federação. Tenho alguns amigos dirigentes entre eles os saudosos Expedito e Antonio Carlos Avallone e hoje não poderia deixar de dizer que prezo a amizade do Carpinelli, Bastos, Almyr...porém sem concordar absolutamente com o método de trabalho extra pista de nossa Federação.
Recebo muitos e-mails de divulgação de pilotos e creio que de alguma forma isto seja proveitoso para eles, acontece que a Federação nas corridas regionais teriam que achar uma forma de ter o apoio de jornais pois sem eles o publico nem de longe fica sabendo o espetáculo que é ver os carros andando em uma pista de corridas. Acontece que até bem pouco tempo o assessor de imprensa da federação o era também de pilotos e acredito ser difícil até impossível conciliar as funções.

Da diversidade da Estreantes e Novatos saíram grandes nomes do nosso automobilismo! 

Outra coisa que sou contra é a obrigatoriedade do piloto freqüentar uma escola de pilotagem, precisamos isto sim de uma nova Estreantes e Novatos onde a meninada com menor poder aquisitivo colocaria seus carros, devidamente preparados nos itens de segurança, para correr em um autódromo. Para a devida orientação deles  na forma de proceder, no conhecimento de bandeiras e regulamento esportivo poderíamos certamente contar com a experiência de alguns antigos pilotos que ainda correm, como o Ney Faustini que sessentão acelera aquela Pick-Up como um menino ou gente como o Heitor -Luciano Nogueira Filho- que está perto dos 40 e fazendo uma grande temporada na Formula Vee, além de outros que não cito mas certamente não se furtariam em ajudar.

As belas disputas e seriedade da F. VEE estão empolgando, nesta foto Heitor lidera uma bela disputa.  

Depois caso o piloto queira seguir carreira a escola de pilotagem, tal qual fez Emerson Fittipaldi ao ir para a Inglaterra em 1968, campeão e com muitas corridas no Brasil foi se aperfeiçoar na escola de Jim Russel. Escola de pilotagem não é auto escola, não ensina ninguém à guiar/pilotar é sim um aperfeiçoamento para quem quer seguir carreira.
Outra coisa é a criação de novas categorias,  ora isso é coisa de quem não sabe o trabalho e dinheiro gastos para criação e manutenção até que ela dê certo. Acredito que no Paulista a criação de uma categoria consuma mais $300mil e muitas e muitas horas de trabalho de várias pessoas!
Como já escrevi aqui precisamos de no mínimo duas categorias de Formula, uma já é um sucesso em São Paulo, a Formula Vee, criação de meus amigos Joca e Zullino, apesar de usar a suspensão dianteira e o motor do VW, a cada dia que passa ela evolui em desempenho e organização, agora o que falta é levá-la a todo o Brasil. A outra Formula seria com chassis de vários construtores e motores das várias montadoras e caso ela seguir o mesmo caminho da Vee teríamos duas categorias que poderiam correndo no mesmo dia revelar a custo baixo vários novos talentos, como pregam meus amigos Chico Lameirão e Ricardo Achcar. 

Pois bem, outro dia volto ao assunto, até para mostrar algumas categorias do Paulista que começam a mostrar resultados. Alguns posts aqui e no blog do Ferraz tratam deste mesmo  tema.


Rui Amaral Jr    


LINK

link


Le Mans

 
 Ferrari 312 PB segunda colocada na edição de 1973 pilotada por Arturo Merzario e Carlos Pace

 Gulf Mirage GR8 Ford Cosworth vencedor de 1975 com Derek Bell e Jacky Ickx

1973,  Ligier JS2 Maserati , Jean-Pierre Paoli e Alain Courdec, quebrou.  

Taí Walter é isso mesmo! Abraços

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Fotos...



Essas duas fotos são de meus arquivos, eu mesmo as digitalizei, fácil? Então vamos lá quem, onde e quando? Quero saber os três carros!

Rui

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Pilotos Esquecidos

Zandvoort 1960 com a Lotus 18

ALAN STACEY, piloto britânico com passagem pelo Lotus Team no final dos anos cinquenta e sessenta, figura seguramente na lista daqueles que se não se deixam abater, que se rebelam, o que o torna um bom exemplo para ser falado nestes dias. Ele é o cara que com vontade, muda sua perspectiva e busca a mudança, um novo destino, seja ele qual for. Stacey nasceu em agosto de 1933. Aos dezessete anos, sofreu um acidente com sua  motocicleta que o deixou sem a parte inferior da perna direita. E então, o que fazer? Deixar-se sentar à beira do caminho e praguejar? Que nada. Ele viu aí uma bela chance para tentar a sorte com os carros e com um acelerador de motos adaptado à alavanca de velocidades (devido à prótese que passou a usar), envolveu-se com os automóveis a partir de 1955 e primeiramente com um Lotus MK VI, posteriormente com um Lotus Eleven, obteve resultados que chamaram a atenção de Colin Chapman. Na temporada de 1958, recebeu uma chance para pilotar o Lotus 16 no GP da Grã-Bretanha de F1, o qual abandonou na 20ª volta. Mas ganha nova oportunidade na temporada seguinte e corre em Aintree (Grã-Bretanha) e Sébring (USA). Foi melhor na prova “de casa”, terminando em oitavo e abandonando nos Estados Unidos. 

Colin, Innes, Jimmy e Alan
No box em Goodwood, 1959
 Zandvoort 1960, #4 Innes e 5 Alan

Em 1960, foi contratado para fazer toda a temporada, ao lado de pilotos como Innes Ireland e um estreante escocês chamado Jim Clark. No GP da Argentina, ainda está com o velho Lotus 16, mas recebe o modelo 18 em Montecarlo e com ele larga também no GP da Holanda. São corridas sem destaque, mas procura uma melhor sorte em Spa-Francorchamps e seu desafiador traçado de 14 quilômetros. O evento belga começou com mau presságio, especialmente para  a Equipe Lotus. Nos primeiros treinos, o experiente Stirling Moss perdeu uma roda(!!) em Burnenville, bateu e fraturou as pernas. Mike Taylor, outro que pilotava um Lotus 18 (no caso, de uma equipe particular), sofreu uma quebra da coluna de direção. Ele mais tarde processaria Chapman, responsabilizando-o por sua invalidez e ganharia a causa. Na corrida, o londrino Chris Bristow foi a primeira baixa. Ele vinha lutando duramente com seu Cooper T51 contra a Ferrari D246 do local Willy Mairesse, pela sexta posição. Na volta 19, quando passavam por Burnenville, onde Moss se acidentara, Chris perdeu o controle, bateu em um barranco e foi decapitado por uma cerca de arame farpado próxima. Cinco voltas depois, foi a vez de Stacey. Segundo testemunhas, ele teria sido atingido no rosto por um pássaro, em plena reta de Masta. A batida foi violenta e o carro incendiou-se e aquele jovem piloto de 26 anos morreu. Um final de semana para ser esquecido e que tocou fundo ao recém chegado Jim Clark. Vencedor em Spa-Francorchamps de 1962 a 1965, Jimmy sempre surpreendeu muita gente quando dizia que detestava o circuito belga.  

Curiosidade: Alan Stacey formava com seu mecânico Bill Bossom, uma parceria inusitada nas pistas. Bill não tinha um dos braços e fora o responsável pelo acelerador manual que possibilitava ao amigo competir.  

CARANGUEJO

Giovanni Salvati - A trágica corrida de Formula 2 no Tarumã - 1971


Em Setembro de 2010 escrevi sobre o trágico acidente de Giovanni, após Le Mans 2013 conversei com o Caranguejo sobre a morte de Allan Simonsen na 3ª volta da corrida francesa e do motociclista gaúcho Cristiano Ferreira na Moto GP 1.000. 
Hoje ao abrir as estatísticas do blog vejo muitas visitas ao post e resolvi postar novamente. 
Quarenta e dois anos se passaram do acidente de Salvati, o automobilismo mudou muito, assim com a segurança dos pilotos hoje algo inimaginável naquela época,  porém uma coisa é inegável nosso esporte é perigoso, muito mais violento do que podemos imaginar ao ver os carros nas pistas e este perigo é parte inerente do esporte, quem quer segurança absoluta deve procurar praticar ou assistir outro.
Cada morte nos abala, magoa, entristece, mas  seguimos adiante... 

Rui Amaral Jr     
             

Ronnie Peterson March 722.

Grahan Hill

 Ao final de 1971 parte da  elite do automobilismo mundial veio ao Brasil para o I Torneio Internacional de Formula 2, eu tinha começado a correr aquele ano e para mim andar pelos boxes em Interlagos e cruzar com aqueles pilotos que tanto admirava era algo indescritível.
Lembro perfeitamente de vir caminhando pelo Box e em minha direção vir Grahan Hill, sempre com um sorriso e aquelas pernas tortas do acidente em Jarama, fora outros nomes que sem a carreira do bicampeão do mundo vinham fazendo seus nomes na Formula Um e Dois. Já conhecia quase todos da Formula 3 onde muitos estavam a busca de um lugar no topo do automobilismo e  para temporada brasileira no final do ano vieram grandes nomes.
Alguns já na Formula Um como Ronnie Peterson, Carlos Reutman, Reine Wissel, Tin Schenken fora nossos ídolos Emerson, Pace, Luiz Pereira Bueno e Wilson.
Foi um espetáculo e tanto ver os Formula 2 virar em Interlagos em 2.43s a volta e não perdi um treino ou corrida, sempre chegava cedo e saia no finalzinho da tarde, quando os carros paravam de andar ficava em algum Box acompanhando o trabalho dos mecânicos, foi sem duvida inesquecível. 

Não fui a Tarumã e foi lá que no belo espetáculo aconteceu a tragédia com Giovanni Salvati. Na Europa ele foi campeão Italiano de Formula 3 e buscava seu lugar ao Sol depois de muitas dificuldades em seu difícil inicio de carreira, já que vinha de uma família humilde e para correr fez muitos sacrifícios. No Brasil tinha se apresentado muito bem no Torneio de Formula 3 e vinha andando muito bem na Formula 2, na primeira corrida do Torneio chegou em 5º na classificação final tendo sido 6º na primeira bateria e 5º na segunda. Na segunda corrida foi 13º na final tendo chegado em 11º na primeira bateria e 16º na segunda.

O Guard Rail colocado de forma errada, deixou com que o bico do carro entrasse por baixo...
e a lamina alta pegasse na cabeça de Giovanni.

Em Tarumã chegou na primeira bateria em 13º lugar e na segunda quando vinha brigando com Wilson Fittipaldi pelo 4º lugar e tentou uma ultrapassagem após a reta dos boxes na curva 1, lá a uns 200 km/h foi reto e a lamina do guard rail colocada de forma incorreta acabou com a carreira e a vida do promissor piloto Italiano.
Vivíamos o começo da cruzada de segurança nas pistas, a era pré pneus slick, era o começo das proteções que chamamos de guard rail e infelizmente em Tarumã eles estavam colocados do forma incorreta.
Foi certamente uma tragédia, lembro de ter ficado muito abalado, pois tinha estado com aqueles pilotos durante as corridas de São Paulo e agora aquele que tinha visto aqui na Formula 3 e 2 estava morto. 



terça-feira, 25 de junho de 2013

Caruaru

É triste e desalentador o atual momento por que passamos em nossa nação, desmandos mil, falcatruas oficializadas, mal gestão do bem publico e outras mutretas mais...
O futebol consome bilhões de reais, muitos bilhões, mal geridos e certamente direcionados para que alguns apaniguados encham seus bolsos!
Neste turbilhão de incensatez e descaso também caminha nosso automobilismo...
Hoje conversando com meu amigo Alysson Vilela pernambucano da cidade de Paulista vêm à tona o assunto da situação dos autódromos de Caruaru - Autódromo Ayrton Senna - e Curitiba.
Sobre Curitiba nada sei de concreto ainda, mas segundo me consta o autódromo de Caruaru está jogado às moscas, tendo como única atração a Formula Truck, que tem entre os pilotos da categoria o representante pernambucano Beto Monteiro, fora os Trackin Day modalidade que nada contribui para o automobilismo!
Sobre a situação atual do automobilismo pernambucano leia a excelente matéria do Nobres do Grid com o atual presidente da Federação Pernambucana de Automobilismo, Zeca Monteiro pai de Beto.
E assim caminha nosso automobilismo, o sistema federativo pouco contribui para alguma solução, dirigentes competentes e bem intencionados nada podem fazer, enquanto grande parte deles se interessam apenas pela arrecadação e venda de carteiras de pilotos das corridas regionais.
Alguns bons exemplos vem do Sul do país, como as corridas na terra de Santa Catarina. Nosso automobilismo não pode viver apenas destes exemplos, temos que voltar à organizá-lo, tentar trazer de volta o publico que tenho certeza gosta demais dos grandes pegas, ajudar nossas equipes, preparadores, pilotos e demais pessoas que fazem parte desse nosso mundo a ter motivo para continuar atuando nele...afinal temos “apenas” nove títulos mundiais, mais 5 ou 6 entre Indy e Cart, fora os das outras categorias como F3...


Rui Amaral Jr       


Toninho da Fonte, Joca Ferraz e Lulu Geladeira


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Caranguejo...

Dos inúmeros e-mails trocados com o Caranguejo, e bota inúmeros nisto, muita conversa sobre tudo que diz respeito ao automobilismo, algumas vezes assuntos sérios, outras comentários certamente impublicáveis, mas sempre querendo mostrar à todos alguns belos momentos do esporte. Na sequencia algumas fotos de caronas na F.Um...

 GP da Bélgica 1961 Maurice "Le Petulet" Trintignant carrega Innes de Ireland 
 GP da França 1965, Clermont-Ferrand, Big John dá uma carona a Clark 
1964 Bélgica, Spa, Peter Arundell leva seu companheiro de equipe Jimmy Clark
 Graham Hil era posudo até quando tomava uma carona com Innes de Ireland
 A equipe Lotus em 1960, Colin, Innes de Ireland, Clark e Alan Stacey em Mosport