A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Montjuich Park

 Rumo à vitória...



A vitória de Emerson Fitipaldi no GP da Espanha/73, parecia indicar que aquela seria outra temporada de vitórias e título, como a anterior. Nesse difícil e já pouco seguro traçado espanhol, Emerson largou da sétima posição no grid para fazer uma corrida estratégica. Seu companheiro de equipe, Ronnie Peterson, fizera a pole position e assumira a ponta sem maiores problemas, enquanto Emerson conseguia surpreender Jacky Ickx e Peter Revson, que estavam à sua frente. Enquanto Stewart acompanhava Peterson, Fittipaldi era o último vagão de um "trenzinho" que tinha Denny Hulme e François Cevert. A estrela de Emerson começou a brilhar quando o retardatário Andrea de Adamich  rodou e bateu no guard-rail. O italiano não se machucou mas destroços de seu carro ficaram pelo caminho (estes eram os anos setenta: ninguém es- tava especialmente preocupado em limpar a pista). Assim Hulme e Cevert logo sumiram da frente de Emerson, devido a furos em seus pneus. Herdando a terceira colocação, Emerson tentou alcançar Stewart, porém começou a sofrer com perda de estabilidade e só desconfiou que também estivesse com um pneu furado bem mais tarde. Sem conseguir uma aproximação, passou para o segundo lugar quando Jackie Stewart teve problemas com seus freios e viu-se na liderança a quinze voltas da bandeirada,  quando a caixa de câmbio de Ronnie não tolerou mais seus abusos. À essas alturas, Fittipaldi já sabia do pneu e dirigia o mais cautelosamente possível, perseguido cada vez mais de perto por Carlos Reutemann. Teria a sorte desta vez escolhido outro sul-americano como seu favorito? Não, pois faltando oito voltas para o final, El Lole abandonou com problemas no semi-eixo. E mesmo em ritmo de passeio e com François Cevert, que trocara os pneus e voltara à corrida em segundo, Emerson venceu a terceira das quatro primeiras provas do Mundial.
Esse estava no papo.
Pelo menos, assim pensávamos.

Caranguejo

Ronnie
 #2 Peterson, #4 Cevert, #5 Hulme, #3 Stewart e Beltoise ao fundo.
Chapman, Maria Helena, Emerson, Cevert, faltou o 3º colocado Geoge Follmer
Veja o estado dos pneus da Brabham BT42 de Reutmann, atrás o ISO de Howden Ganley.
Box da Tyrrel 



#1

Sim, acreditem, em longos 20 anos três pilotos brasileiros levaram o #1 em seus carros por oito temporadas! Era uma época em que as corridas eram disputadas, vários carros tinham condições de vitória, e lá estavam Emerson, Nelson e Ayrton, brigando e vencendo...   

Emerson 
 Interlagos 1973
Zolder 1973
Monza 1975

Monza 1972, primeiro titulo. 


Nelson
Montreal 1982
Zeltweg 1984
Imola 1988

Monza 1983


Las Vegas 1981


Ayrton
Hockenheim 1991

Adelaide 1991

Suzuka 1990



Rui Amaral Jr










terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Ferrari 312/68


No post anterior mostrei a foto de Derek Bell testando uma Ferrari em Modena, tendo ao seu lado Mauro Forghieri, datando a foto de 1966. Bell correu duas vezes na FI pela Ferrari, o GP da Itália em Monza,  e o dos EUA no belo autódromo de Watkins Glen, quebrou em ambas. 
Abaixo algumas fotos de Jacky Ickx pilotando a 312/68 no GP da França de 1968 em Rouen, quando venceu.    

 Ickx seguido por Big John na Honda RA301
 Ickx, Big John e ao que me parece uma Lotus, de Hill ou Oliver.

Vamos ver Leone se conseguimos decifrar a data certa da foto de Bell...

ALGUMAS FOTOS...

Jimmy, breve o Caranguejo vai contar a história da "Cabeça do Marinheiro"!
 Pedro Rodriguez experimenta o capacete do Jo Siffert.
 Mike "The Bike" e Carlos Pace, 1973 Nurburgring.
Niki em 1976 na Karrousel 
 Reutemann testa a Lotus 80
 Big John Surtees larga com sua MV Agusta 350cc no TT da Ilha de Man em 1957
 Mario com a Lotus 78 no Rio
Parece que Ingo não se achou na curva!
 Dois momentos de Pedro Queiroz Pereira, acima com o Camaro Z28 em Angola e abaixo com a BMW M3

1966 apenas um teste em Modena, Mauro Forghieri observa Derek Bell.
 Toda beleza do eixo traseiro de uma Alfa Romeo. A suspensão De Dion, o cambio, freios in board...


domingo, 17 de fevereiro de 2013

Coisas do Duran...

A FERA!

1983 o Campeonato Paulista de Divisão 3, que havia começado no ano anterior, e tinha a denominação de TEP -Turismo Especial Paulista- passava por momentos difíceis  Em 82 fora bem disputado com mais de 20 carros no grid, e alguns nomes de peso de nosso automobilismo, com Elcio Pelegrini, Ricardo Mogames, Álvaro Guimarães, José Antonio Bruno, Clelio Moacyr Sousa o Bé, Marco de Sordi, Luiz Henrique Pankowski e outros. Corridas disputadas e com bons pegas por posições, o campeonato foi vencido por Ricardo Mogames com o carro que havia disputado Campeonato Brasileiro da Divisão 3 no ano anterior, não lembro minha posição, mas cheguei em terceiro em três corridas, nas outras quebrei. 
Pois bem, vocês vão me perguntar por que “Coisas do Duran”?
Acontece que meu amigo, esperto como sempre, ao fazer sua inscrição na FPA junto com o Ricardo, ouviu lamurias sobre a categoria do presidente da entidade. Aqui abro um parênteses para mandar um forte abraço ao meu amigo Rubens Carpinelli, então presidente da FPA, posso não concordar com a sua atuação como dirigente, mas sempre mantendo o respeito e carinho como amigo! 
Os grids então eram fracos e muitos carros quebravam eram as reclamações, aí...da imaginação sempre fértil do Duran, veio a bela idéia de nas primeiras seis voltas todos os carros andarem embolados, num regime máximo de 7.000rpm. E apesar de apenas 9 carros estarem na pista é o que se vê no vídeo, lá estavam Amadeo Campos, campeão da D3, Ricardo Mogames, Elcio Pelegrini campeão da F. Vê, José Antonio Bruno, pilotos que sempre disputaram a ponta e os demais amigos, Ferraz, Manzeti, Conde, Sueco... é esse é o grupo que vem embolado, levando os espectadores ao delírio! Mesmo assim, andando com as rotações reduzidas, tem um carro que não consegue chegar no grupo!
Duran não correu, e assistia à corrida no barracão de cronometragem junto aos dirigentes, que até a segunda ou terceira volta estavam entusiasmados, massss aí um deles de cronômetro à mão, notou que os tempos estavam muito abaixo dos habituais!
Neste momento ouvir o Duran contando e rindo é hilário! Ele notando que ia sobrar para ele sai de mansinho e vai para os boxes, quando na quinta ou sexta volta cai um baita toró e a corrida é interrompida pela bandeira vermelha, pois todos estavam com pneus slick.
Como todos nós sabemos em caso de Bandeira Vermelha, segundo a regra da FIA, a corrida é interrompida e valem as posições da volta anterior.
O certo é que depois do toró o Duran foi embora, assim como Ricardo Mogames e outros pilotos e se a corrida reiniciou ou não ele não sabe.



Depois dessa corrida a TEP se juntou à Hot Cars apenas para fazer numero nos grids, pois nomes como o Mogames, Pelegrini e outros não viam com bons olhos correrem contra Passats com 50/60hps a mais apenas para fazer numero.   
Mesmo assim em uma corrida em Interlagos na chuva,  Tide Dalécio, pilotando o carro que Laercio dos Santos correra o ano anterior e que fora do Amadeo Campos, venceu os Passats numa clara demonstração que os valentes Fusquinhas, no aguaceiro ainda eram bravos competidores!  
Jamais vou esquecer a perplexidade do amigo Fabiano Guimarães, a voz que se ouve no vídeo, quando soube do ocorrido, todo gravado por seu pai Luiz Guimarães!
Ao Fabiano e seu pai Luiz Guimarães

Rui Amaral Jr       


1982 

OS GRIDS




AS DISPUTAS


Manzeti, Mogames, Bruno, Ferraz, Dalécio e Duran... e abaixo o vídeo


A voz ao fundo é do Fabiano.

 Bruno
 Marco de Sordi, Alvaro Guimarães, Tide Dalécio, Duran, Amadeu Rodrigues, Clelio Moacyr Sousa e eu
 Ferraz e Manzeti
Alvaro, eu, Mogames, Laercio dos Santos, Pelegrini e Ferraz
Pankowski, Tide e Durazzo
Eu e Sueco-Carlos Aparecido Gonçalves, na tomada da curva Um. 
Eu e Elcio no S
Eu, Mogames e Laercio

MOTOR 3


Conta Expedito!